Capítulo 108
2186palavras
2023-02-08 10:40
Charles abriu as pernas e ajoelhou-se, com meu corpo sob o dele.
- Ainda estamos bem próximos da nossa casa – me olhou, a claridade da lua iluminando seus pupilas claras, destacando o rosto perfeito – Mas não vou aguentar esperar mais um minuto para fodê-la, meu amor... – Disse pegando minha mão e fazendo-me sentir sua ereção sob a calça jeans.
- Diga novamente “foder” e eu gozo aqui e agora. – Confessei.
- Não... Não pode gozar antes de eu me enfiar em você, garotinha. – Disse enquanto levantava minha blusa, deixando o sutiã aparente.
Charles contornou a meia taça da lingerie com o dedo indicador, sem pressa, fazendo minha pele arrepiar-se. Pus os braços para cima da cabeça, sentindo a areia fina debaixo deles. Meus cabelos estavam imersos nos minúsculos grãos e eu pouco me importava. Só queria transar com meu “el cantante”. Porque eu estava feliz... Muito feliz.
Ele desceu a cabeça, tocando minha barriga com seus lábios quentes, descendo vagarosamente até o umbigo, onde senti sua língua. Depois contornou o cós da calcinha, a língua úmida, fazendo-me estremecer debaixo dele.
Sorriu, quando gemi baixinho. Fechei meus olhos e senti ele retirar minha calça, junto da calcinha. Seu joelho ficou sob minha bunda, para que ela não encostasse no chão. Depois, cuidadosamente, pôs minha própria roupa debaixo de mim, para que a areia não me tomasse por inteiro.
Mas não deixou meu corpo cair sobre ela, ao sentar-se sobre as próprias pernas enquanto levantava as minhas, fazendo-as descansarem sobre seus ombros.
Minha boceta ficou a alguns centímetros da sua boca e eu conseguia sentir o hálito quente no meio das pernas. Arqueei minha parte mais íntima em direção a ele, gemendo antes mesmo que me chupasse, mordesse e beijasse, fazendo com que eu esquecesse o mundo ao meu redor.
Fechei os olhos quando meu corpo foi puxado para ainda mais perto dele, e então senti sua língua quente brincar em toda minha extensão, aumentando os gemidos, que eu já não queria mais conter. A mordida leve no clitóris me deixava simplesmente enlouquecida e ele sabia do meu segredo e usava aquilo para literalmente acabar comigo e toda sanidade que existia em mim.
Me rendi quando uma lambida pareceu contar em milímetros, segundo por segundo, o tamanho exato que eu tinha do clitóris ao ânus, misturando o gozo incontrolável e rápido com a saliva do meu homem.
Involuntariamente, repetindo o que já havia feito outras vezes, senti minhas pernas envolverem sua cabeça, prendendo-a entre elas. Aguardei até meu último espasmo para conseguir abri-las e finalmente soltá-lo.
Abri os olhos e comecei a rir:
- Me desculpe...
- Nada melhor que ficar preso no meio das suas pernas, garotinha.
- Acha que sou muito rápida?
- Muito rápida – confirmou – E goza inúmeras vezes. E eu fico louco com isso... Por conseguir satisfazê-la tantas vezes, Sabrina.
- E eu consigo satisfazê-lo? – Sentei sobre a calça que estava no chão, amparando-me em meus próprios braços, enquanto o encarava.
- Preciso comprovar isso. – Ele disse, enquanto desabotoava a calça, deixando seu pau ereto na minha direção.
Mordi o lábio, sedutoramente e disse, virando-me para ele, de quatro:
- Me deve cinco anos sem sexo... – falei enquanto olhava as ondas do mar prateadas vindo na nossa direção, morrendo a centímetros de distância – Estou contando como se fôssemos fazer uma vez por dia a cada que estivemos separados... Então, me deve exatamente 1825 “fodas”
Charles pegou minha cintura firmemente e disse:
- Sabe que não consigo fodê-la uma única vez ... Então ainda temos 3600 fodas em haver, contando que no mínimo teria lhe dado duas gozadas ao dia.
- E as outras 50? Simplesmente extinguiu da conta?
- Que outras 50?
- Você fez 1800 vezes 2 e esqueceu das outras 50.
- Ah, porra, fica quieta, Sabrina. E conta quantas vezes eu vou meter fundo em você...
Dizendo isso ele enfiou seu pau com força, enquanto me puxava pela cintura em sua direção, fazendo minhas pernas ficarem bambas a ponto de quase não suportarem meu próprio peso.
Gemi alto, sabendo que ninguém nos ouviria. O choque do corpo dele contra o meu excitava-me ainda mais.
- Faça uma música sobre este momento... “el cantante”...
- O momento que você se entrega completamente... A mim.
- Estou sempre entregue a você... Até mesmo quando me olha.
- A gente não tem camisinha... – ele lembrou – Quer que eu goze fora?
- Nem pensar... Foi muito tempo sem transar. Quero dentro... Tudo dentro.
- E... Se a gente tiver outro bebê?
- Não se fica grávida na quarentena.
- Não?
- Não. – Confirmei, sem ter muita certeza do que eu dizia, completamente envolvida pelo momento puramente carnal.
Charles pôs as mãos nos meus ombros, puxando-me com ainda mais força contra seu corpo, enfiando seu pau profundamente, gemendo de prazer e pela força que fazia.
Gritei quando senti que gozaria novamente, sentindo meu corpo todo estremecer.
- Toma cada gota, sua pervertida... Cada gota da porra que você tanto gosta... – Foi o que ele disse enquanto se jorrava dentro de mim, tentando gritar, me fodendo com força até que eu amparasse a última gota e seu corpo não aguentasse mais, caindo na areia, extasiado, satisfeito, completamente sem forças.
Ainda de quatro, encarei-o no chão, percebendo as gotas de suor que umedeciam seus cabelos, o peito movimentando-se rapidamente devido à respiração acelerada, um sorriso maroto nos lábios:
- Acha que estou satisfeito?
Comecei a rir, jogando-me na areia ao seu lado, contemplando as inúmeras estrelas do céu:
- Eu acho que sim.
Ele virou a cabeça na minha direção:
- Resposta errada.
- Não?
- Não... – levantou, me pegando no colo, fazendo-me envolver as pernas nos seus quadris.
Envolvi seu pescoço com meus braços, juntando nossos corpos, os seios na altura do peito dele. Habilidosamente ele abriu meu sutiã, única peça que restou, com uma só mão.
- Vou fodê-la no mar... – Falou, enquanto entrava na água comigo envolta em seu corpo.
- Será que vamos descontar 2 fodas só nesta noite? – Comecei a rir, levantando minha cabeça, olhando para o céu, agradecendo internamente por eu ser tão feliz.
- Na verdade não... Porque eu já foderia você por duas vezes... Então continuo a dever 3650 fodas. Estou certo, professora?
Gargalhei, sentindo a água morna nos pés, depois na bunda, invadindo minha boceta e encobrindo minha barriga, os seios...
Nos encaramos, os rostos sombreados pela noite. Meu coração bateu forte e senti um frio na barriga.
- Tudo bem? – Ele perguntou.
- Tudo bem sobre você me comer na água? – Respondi com outra pergunta, rindo.
- Tudo bem sobre eu comer você todos os dias, em diferentes lugares?
- Eu ainda sinto frio na barriga quando olho para você. – Confessei.
- Eu ainda sinto desejo, carinho, vontade de ficar agarrado em você para sempre... Como quando a vi pela primeira vez.
- Me beija, Charles... Me beija até enjoar da minha boca.
- Jamais vou enjoar da sua boca... – Ele mordeu meu lábio inferior, puxando com os dentes vagarosamente.
Sorri, enquanto envolvia a boca dele dentro da minha, procurando sua língua quente e macia, que me pertencia inteiramente.
Eu era completamente louca de amor por aquele homem.
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- Bem, o Estado reconhece a culpa pela sua prisão de forma injusta, Charles. – Colin falou.
- E o que pretendem fazer quanto a isto?
- O chefe de Polícia da cidade, que fez a sua prisão e investigação será afastado. E você receberá um valor razoável pelo tempo que esteve na cadeia, julgado e condenado por um crime que não cometeu.
- Quanto? – Charles perguntou imediatamente, me surpreendendo, pois ele nunca se importava muito com valores.
- Ainda não foram feitas as contas, mas acredito que o suficiente para você viver bem pelo resto da sua vida.
- Eu nunca achei que havia um valor que fosse suficiente para cobrir o tempo que estive preso e afastado de tudo.
- Concordo com você. Mas ao mesmo tempo, não aceitar seria burrice.
- Eu vou aceitar. Quero muito comprar o Cálice Efervescente e manter meu próprio bar.
- Por que tem que ser exatamente este lugar? – Colin arqueou a sobrancelha.
- Porque tem um significado muito especial para mim. – Ele me olhou.
Sim, era o “nosso lugar”, onde nos conhecemos. E eu lembrava como se fosse hoje o momento que quase caí, sendo amparada por ele e me perdendo naqueles olhos verdes pela primeira vez.
- Acha que demorará muito para que Charles receba o valor? – Perguntei.
- Não há como dar-lhes um prazo. Não costuma ser demorado, mas por ser um valor alto, talvez não seja tão rápido como de costume.
- E o que vai acontecer com a garota que mentiu? – Charles questionou.
- Foi presa e solta sob fiança. Será aberto um processo contra ela. Poderia fazer um pessoal, caso queira.
- Não... Chega de processar a todos que nos prejudicaram de alguma forma. Se fosse pelo dinheiro ficaríamos podres de ricos. – Ele me olhou, rindo.
- Sim, concordo. O que importa é sabermos que não ficará impune. A mentira dela lhe trará consequências.
Eu já estava num ponto que, qualquer coisa após a prisão de meu pai, era bônus.
Colin havia nos ajudado muito com as questões jurídicas. Mas ainda assim a sorte não sorria para nós em algumas situações. O edifício da J.R Recording ainda não havia sido vendido, Charles demoraria para receber o valor devido pela sua prisão de forma injusta e eu havia voltado a estudar, o que fazia termos que investir um valor razoável mensal.
Embora eu tivesse ganhado a ação contra Rachel Roberts, que envolvia sua família inicialmente, por ela ser menor de idade, a sentença da garota foi prestar serviços comunitários e desculpar-se comigo frente à toda comunidade escolar da Escola Progresso. Ela fez uma carta, mencionando arrependimento por sua ação e explicando que não pensou nas consequências.
Enfim, agora ela certamente já tinha 18 anos. Eu já havia perdido meu emprego, e quem tinha visto aquele maldito vídeo não poderia “desver”.
O vídeo deveria ser destruído e caso eu o visse em algum lugar, o processo seria reaberto e então Rachel deveria me pagar um valor pela deturpação da minha imagem.
De certa forma, concordei com a sentença. Ela era jovem e talvez serviços comunitários lhe causassem mais impacto do que dar-me dinheiro, já que ela tinha de sobra e não lhe faria falta alguma.
Recebi uma ligação de Do-Yoon naquela mesma noite.
- Olá, meu amigo. Preparado para o casamento?
Ouvi a risada divertida dele do outro lado da linha:
- Acho que sempre estive preparado para casar com Lianna.
- Isso foi fofo.
- Vocês vêm para a cerimônia, não é mesmo?
- Claro que sim, Do-Yoon. Melody está ansiosa para ser a dama de honra.
- Eu imagino – ele riu – Ela fala sobre isso 24 horas?
- Não... Porque ela dorme por no mínimo oito. – Gargalhei.
- Eu estou ligando porque tenho boas notícias.
- Boas notícias? Enfim... Não costumo receber boas notícias.
- Eu consegui um comprador para sua casa.
- Conseguiu? Que ótima notícia.
- Porém ele ofereceu cem mil norians.
- Cem mil? Mas eu pedi 150.
- Você sabe que já pediu além do que ela realmente valia.
- Mas para tentar com a barganha dele no mínimo uns 130. – Confessei.
- Pode recusar, se quiser.
- Mas está há meses para vender. Porém o Cálice Efervescente custa 200 norians. Isso é só a metade do que eu preciso.
- Charles não tem nada de dinheiro?
- O pouco que tem estamos nos virando e ele me ajuda a pagar o Mestrado.
- Eu sugiro que pegue os cem que o comprador está oferecendo e guarde. Depois pode juntar mais... Ou pedir emprestado para alguém. Talvez minha mãe...
- Não, Do-Yoon. Eu não vou usar o dinheiro de Min-ji.
- Mas ela não se importaria. Além do mais, seria somente um empréstimo. Não lhe ofereço porque não tenho toda esta quantia.
- Não, Do-Yoon. – Reafirmei.
Fui para o quarto de Alice, dei-lhe de mamar e a pus no berço. Fui até a janela e olhei para o mar prateado pela luminosidade da noite enluarada. O vento fresco balançou meus cabelos e eu me dei em conta do quanto era uma privilegiada por poder criar minhas filhas naquela casa, junto de Charles e do lugar que escolhemos para dividir nossas vidas.
Ele não era só o amor da minha vida. Era também o meu parceiro de todas as horas, o homem que enfrentou tudo por mim, inclusive quatro anos numa prisão. O homem que me deu duas filhas maravilhosas e uma casa dos sonhos. Eu queria muito poder retribuir pelo menos parte do que ele fez por mim, presenteando-o com o Cálice Efervescente.
Mas pelo visto não daria certo. E eu tinha medo que vendessem o bar e ele perdesse a chance de um dia ser o dono.