Capítulo 52
2752palavras
2023-02-08 10:09
Ela sorriu e fiquei encarando-a, enquanto erguia a perna dela, beijando-a até chegar na virilha quente. Abri levemente e vi sua boceta esperando por mim. Eu ainda sentia o gosto dela quando fechava os olhos.
Num ímpeto, ela puxou meus cabelos, levando-me imediatamente para dentro dela. Sorri, achando engraçado a falta de paciência da minha garotinha, lambendo toda sua extensão gostosa e úmida.
Sabrina arqueou o corpo para trás, gemendo alto. Apressadamente, enfiei a língua dentro dela, fazendo-a puxar meus cabelos com força. A pele dela estava arrepiada e ela queimava de desejo nos meus braços.

Pus as pernas dela sobre meus ombros e mordi levemente o clitóris, ouvindo o gemido intenso e incontido. Se passou pela cabeça dela um dia me esquecer, aquilo acabava naquele momento. Eu a chuparia por inteiro que jamais ela conseguiria gozar com outro homem a não ser eu.
Apertei a bunda dela com força enquanto chupei seu clitóris, alternando com leves mordidas, deixando-a completamente louca e fora de si. Percebi que ela gozou porque seu corpo tremeu involuntariamente e quase me sufocou dentro dela, apertando as pernas com força em torno da minha cabeça.
Passei a língua pelos lábios, sentindo seu gosto, seu gozo na minha boca, por inteiro. Aquele era o sabor de Sabrina, a mulher que povoou meus pensamentos por anos, que me fez conhecer um sentimento inimaginável que se chamava amor. E eu só soube depois de conhecê-la que amor doía... Doía pra caralho. Eu chorei por aquela mulher, enquanto estava preso numa cela que era um verdadeiro cubículo.
Tive quatro anos atrás das grades... Tempo suficiente para venerá-la e saber que se eu estava ali por ela, valia a pena cada dia trancado, sem ver o mundo externo.
Nunca duvidei de que tudo tinha sido um plano sórdido para acabar comigo. Só não tinha certeza de quem havia tramado contra mim de forma tão inteligente e que me deixou completamente sem saída... E defesa.
Ainda tinha certa dúvida se era alguém da família de Sabrina, ou talvez o ex noivo... Ou mesmo a mãe de Kelly, para não me deixar chegar perto do meu filho, visto que o Juiz Francis Provost, um dos mais renomados de Noriah Sul, estava do meu lado e havia grande possibilidade de eu ganhar a guarda dele novamente antes do ocorrido.

Uma vez preso pelo crime de abuso sexual contra menor, invasão de privacidade e roubo, sabia que jamais veria meu filho novamente. O primeiro motivo é que nunca um juiz me daria a guarda depois do que houve. O segundo é que, mesmo ele tendo 18 anos agora, não acreditaria na minha inocência ou que lutei por ele a vida inteira.
Enfim, eu não queria pensar em nada que não fosse ela. Só aproveitar aquele momento ao lado da mulher da minha vida. Teríamos tempo para conversar. E nada nos afastaria novamente.
A não ser a porra dos seguranças, que começaram a bater na porta:
- Senhor, está tudo bem?

- Tudo bem, porra! Sumam daqui. – Gritei, enquanto abria as pernas de Sabrina e me enfiava completamente dentro dela.
Segurei-a com firmeza pela bunda e ela puxou-me pelo quadril com suas pernas, grudando-se a mim de uma forma perfeita.
- Ainda gosta de ser “fodida”? – Perguntei, enquanto enfiava meu pau dentro dela com força, ouvindo o choque do seu corpo contra o espelho.
- Só se for por você, “el cantante”...
- Quero ouvi-la, garotinha... Cada acorde da minha música preferida, que é o som do seu orgasmo.
- Nossa melodia... Nós temos nossa Melody... – Ela fechou os olhos e arqueou o corpo para trás, abrindo as pernas para facilitar minha entrada.
Ela estava tão molhada que eu entrava e saía com facilidade. Estocava profundamente, mas sabia que não conseguiria resistir muito tempo, pois aquela mulher era simplesmente minha ruína, todo meu desejo num só lugar... O meio das suas pernas e a profundeza da sua boca eram a minha perdição.
Ela gemeu alto e vi que estava a ponto de gozar. Empurrei os ombros dela para baixo, sentindo meus testículos tocarem-na, de tão fundo que entrava, e então gozei... Dentro da boceta dela, sem a porra da camisinha. Acho que mesmo que tivesse naquele momento, não seria capaz de usar, pois queria e precisava sentir cada centímetro daquela mulher.
E gozar dentro era simplesmente maravilhoso. Saber que ela levantaria dali e parte de mim ainda estaria em seu interior.
Começaram a bater forte na porta e ouvi os gritos da plateia, meio que acordando do meu sonho.
Afastei-me e puxei a calça, enquanto a encarava.
Ela desceu da mesa e vi o espelho rachado. Virei-a imediatamente de costas, me certificando de que estava tudo bem com Sabrina. Sim, estava.
A porta foi arrombada e só deu tempo de eu pegar um roupão de cetim que vi sobre uma cadeira, jogando sobre ela.
Sim, eu mataria quem ousasse olhar na direção dela.
Sabrina era minha... Só minha. E nada nem ninguém me separaria dela desta vez.
- Você precisa entrar de volta no palco. – Disse meu assistente, furioso.
Aquele garoto era os olhos e ouvidos da minha empresária, que não conseguiu vir naquele show, devido a outro compromisso. E eu pouco me importava do que ele diria para ela.
- Não! – Falei, parecendo um garoto mimado.
- O que você está pensando? Estas pessoas pagaram para vê-lo cantar e não para que arrancasse uma fã do palco e a fodesse no camarim, seu imbecil. Pode muito bem fazer isso depois que acabar o show. – Agora era Otávio quem falava, furioso.
Ele era o homem que organizava os shows na prática e estava comigo em todos os lugares que eu ia. Era sério e dedicado e graças a ele eu tinha evoluído muito enquanto artista. Antes eu só era um cantor.
Olhei para Sabrina e depois para ele:
- Ela não é uma simples fã...
- Não, claro que não! – ele riu de forma irônica – Arruma a porra da sua roupa e volte para o palco agora antes que destrua sua breve carreira em menos de quinze minutos e se arrependa para o resto da vida.
- Vá... – Sabrina disse imediatamente, com o rosto ruborizado, ainda coberta pelo robe branco.
- Me prometa que vai esperar aqui.
- Sim, estarei aqui quando você voltar. Eu prometo. – Ela garantiu.
Arrumei minha roupa rapidamente e dei um passo em direção à porta, parando. Eu esperei por aquela mulher por cinco anos e agora virava as costas e a deixava ali, sendo que tudo que mais desejei foi ela.
Voltei imediatamente até ela, encarando seus olhos escuros e os cabelos lisos e brilhosos, que emolduravam o rosto parecendo esculpido em porcelana. Os lábios dela estavam rosados e o batom levemente borrado. E ela continuava linda.
Peguei seu rosto entre minhas mãos, aspirando profundamente seu cheiro de perfume misturado com sexo e desejo. Passei o nariz sobre a pele lisa de sua bochecha, fechando meus olhos e tentando acreditar que não tinha sido um sonho, que ela estava realmente ali, junto de mim.
Me afastei e vi seus olhos ainda fechados e um meio sorriso no seu rosto. Beijei seus lábios levemente, sabendo que aquele tipo de contato era praticamente impossível com ela. Quando me dei por conta, estava com a língua dentro da boca da minha garotinha, querendo consumi-la novamente, tomá-la nos meus braços e não fazer nada mais a não ser fodê-la enquanto aguentássemos, como fizemos há anos atrás.
- Charles! – Otávio estava impaciente.
Soltei-a e repeti:
- Não saia daqui... Me espere.
- Esperei você por cinco anos, “el cantante”. Acha que eu arredaria meus pés daqui agora que o encontrei?
Me veio aos lábios “eu amo você”, mas segurei, para falar quando estivéssemos nós dois sozinhos novamente. Eu tinha a necessidade que ela soubesse que era amor que eu senti e que não a esqueci um dia sequer. Era a minha garotinha... Ela estava de volta.
Fui andando vendo os seguranças na porta, Otávio e o assistente esperando pelo meu retorno ao palco, os gritos da plateia histérica esperando pelas próximas músicas. Não conseguia desvencilhar os olhos dos dela. E fiquei seguindo com o olhar no dela até voltar à entrada do palco.
POV SABRINA
Enquanto ele partia, minha vontade era correr atrás dele e pegar sua mão, implorando para que não fosse. Espere, “el cantante”... Nem deu tempo de lhe dizer que nós temos uma filha e que ela é a coisa mais linda e perfeita do mundo inteiro.
Assim que Charles desapareceu, o garoto que foi ríspido com ele minutos atrás me disse, com seriedade:
- Vista-se, por favor.
Ele fechou a porta e fiquei ali, sozinha. Retirei o robe de cetim que estava sobre meu corpo e pus minha roupa, esquecendo que estava completamente cheia de esperma dentro de mim. Puxei a calça, junto da calcinha e pus minha blusa.
Meu telefone tocou na bolsa. Peguei e vi o nome de Yuna. Fiquei apreensiva de imediato. Ela não me ligaria se não fosse algo sério.
- O que aconteceu, Yuna? – Perguntei, sentindo meu coração bater forte.
- Sabrina, fique calma, mas presta atenção no que vou dizer... Estamos no hospital. Medy caiu da escada.
- Como assim? – Senti meus olhos se inundarem imediatamente e o corpo tremer de forma involuntária.
- Ela está fazendo alguns exames. Você precisa vir... Ela está pedindo pela mãe.
Peguei a bolsa pela alça e a jaqueta e abri a porta, correndo pelo estreito corredor, sem me importar com mais nada.
Era como se minhas pernas andassem sem obedecer ao cérebro. Eu precisava chegar no meu carro.
Não demorou para o corredor acabar, dando numa escadaria de metal, que fui descendo de dois em dois degraus, chegando no chão. Saí na parte de trás do centro desportivo e corri até meu carro, que estava no estacionamento.
Eu poderia dizer que ouvi a voz de “el cantante” e a música que ele tocava. Mas não, porque fiquei completamente surda. Eu só queria chegar no hospital e ver minha Melody e me certificar de que tudo estava bem.
Deixei o carro de qualquer jeito, sem paciência para pô-lo ao meio de outros dois. Corri até a entrada do Hospital e encontrei Do-Yoon e Lianna na recepção.
- Como ela está? – Perguntei, sentindo minha voz falhando.
- Estamos aguardando notícias. Yuna está com ela.
- Meu Deus! – as lágrimas voltaram com tudo – O que houve, afinal?
- Yuna estava junto dela. Mas Medy correu na frente e falseou o pé. Rolou escada abaixo...
Eu pedi tantas vezes para ela não correr na escada, que era perigoso. Avisei que ela poderia cair. Mas Medy não ouvia. Preferia correr do que caminhar sempre. E agora ela estava ferida e longe de mim. Eu senti meu coração partido e uma dor sem tamanho tomando conta de mim.
Do-Yoon me abraçou. Escorei a cabeça no seu peito e Lianna alisou meus cabelos:
- Não deve ser nada grave, Sabrina... Ou Yuna teria nos falado.
- Espero que você esteja certa, Lianna.
- Medy é uma garota forte... Vai dar tudo certo, não se preocupe.
Larguei Do-Yoon e fiquei andando de um lado para o outro, sentindo minha cabeça latejar. Meu telefone tocou. Era Min-Ji:
- Querida... Como está Melody?
- Você... Já soube daí o que houve? Meu Deus... Isso quer dizer que é muito sério. – Me preocupei.
- Não... Não é isso, menina. Yuna estava muito nervosa e me ligou.
- Se ela estava nervosa... – Pensei o pior.
Vi Yuna chegando, saindo da porta que dava acesso ao interior da Emergência. Desliguei a ligação sem nem terminar de falar com Min-ji, indo diretamente até minha amiga:
- Onde está minha filha? Me diga que ela está bem... Por Deus!
Yuna limpou minhas lágrimas com o dedo e disse:
- Medy está bem. Fraturou a perna... Nada mais grave. Mas o médico pediu que ela fique esta noite em observação.
- Ela... Vai ficar no hospital?
- Só por precaução. Quem a atendeu foi um bom médico. Eu confio nele. Fizemos todos os exames que precisavam e está tudo certo com Medy.
A abracei com força, deixando as lágrimas agora rolarem de felicidade. Yuna me afastou e disse:
- Há quanto tempo você está chorando? Está péssima.
- Estou chorando há horas, minha amiga. Preciso ver minha bebê.
- Temos só um probleminha... Os quartos da Pediatria estão todos ocupados. Estávamos aguardando leito quando Medy encontrou um amigo por aqui.
- Um amigo?
- Sim... Então ela pediu para ficar no mesmo quarto que ele.
Suspirei e sorri:
- Medy sendo Medy. Como ela encontrar um amiguinho aqui no hospital?
- Vamos, ela quer vê-la.
- Posso ir junto? – Do-Yoon perguntou.
- Pode... Mas Lianna aguarda e entra depois que você sair. Já que Medy vai dividir o quarto, é melhor não enchermos de pessoas.
- Tudo bem. – Lianna consentiu.
Seguimos pelo corredor até o final, dobrando a direita quando chegamos ao final dele, sendo que havia também uma passagem pela esquerda. De lá, seguimos até o final, onde entramos na terceira porta à direita.
Assim que entrei, vi Melody na cama, a perninha para cima, engessada.
Corri até ela e a abracei, sentindo as mãozinhas quentes me envolverem e alisarem meus cabelos. Deixei meu nariz entre o pescoço dela, aspirando seu cheiro e me convencendo de que ela estava bem.
- Isso foi uma travessura, Medy. – Levantei a cabeça, dando-lhe repetidos beijos na bochecha.
- Não... Isso foi acidente. – Ela me corrigiu.
Alisei seu peito e olhei para a outra cama, sentindo meu coração dar um salto:
- Gui?
Ele acenou-me, sorrindo:
- Oi... Professora Sabrina.
- O que... Você está fazendo aqui?
Ele mostrou-me os braços machucados, cheios de hematomas e um dos lados completamente esfolados. Fui até ele, pegando sua mão e olhando com atenção:
- O que aconteceu com você?
- Gui caiu de skate. – Melody explicou.
Vi o quão ferido ele estava. Toquei seu rosto, com um corte profundo no maxilar e a boca inchada:
- Seu idiota... Como não se cuidou?
- Me choquei contra um carro...
- Meu Deus! Você poderia ter morrido! – O abracei, sem me dar em conta de que Yuna e Do-Yoon estavam ali.
Senti as mãos quentes dele nas minhas costas e me afastei rapidamente:
- Você disse... Que ela encontrou um amiguinho... – Me justifiquei para Yuna, como se aquilo bastasse.
Ela arqueou a sobrancelha, confusa:
- Não... Eu disse um amigo. E só deixei que os dois ficassem juntos porque sei que se conhecem. – Os olhos dela me fuzilaram.
- Professor Do-Yoon... Olá. – Gui cumprimentou.
- Ferimentos feios, garoto. – Disse Do-Yoon.
- Sim...
- Está sozinho aqui? Sua família sabe o que houve? – O professor perguntou.
- Sim. Minha mãe está aqui.
- Não estou vendo-a.
- Ela foi buscar algumas coisas em casa. Vai passar a noite comigo. – Ele explicou.
Ok, não fique nervosa, Sabrina. Você vai passar a noite com sua quase “sogra”, se não fosse Charles aparecer de novo.
Charles?
Sentei na poltrona próxima, descarregando o peso do meu corpo e não contendo as lágrimas de novo.
Yuna me pegou pelo braço:
- Venha!
- Me desculpe, mamãe. – Melody lamentou-se.
- Você não tem culpa, docinho.
Assim que saímos do quarto, Yuna fechou a porta.
- O que houve?
- Tudo... Houve tudo.
- Não sei se lhe pergunto primeiro sobre o garoto ou o pai de Melody.
- O pai de Medy... – Sorri, limpando as lágrimas.
- Este sorriso me diz que... Você conseguiu falar com ele?
- Sim e não.
- Sim e não? Você sabe que não gosto de meias palavras, Sabrina.
- Eu o encontrei. Mas não falei com ele.
- Não se aproximaram, isso?
- Na verdade sim... E nos aproximamos muito. Mas não conseguimos falar.
Ela pegou meu queixo e me fez encará-la:
- Quero a verdade, Sabrina.
- Foi como num sonho... Ele me encontrou no meio da plateia, Yuna e me fez chegar até ele. Então... Saiu do palco comigo em seus braços. Eu achei que fosse um sonho, juro... Até que senti seus lábios nos meus. E... – Mexi um pouco minhas mãos, nervosamente – A gente transou.
Ela ficou me olhando um tempo antes de perguntar:
- Mas você falou sobre Medy, não é mesmo?
- Não. – Confessei.