Capítulo 102
1859palavras
2022-12-29 23:47
Despertei agarrada a Estevan, e com a mão dele descansando sobre a minha perna. Depois do sexo na moto antes da invasão ao castelo e depois na banheira e na cama após a invasão, eu decidi dormir com uma camisola rendada sexy, para acordar linda para ele. Eu ri... Ele só me queria nua o tempo todo. Nunca imaginei fazer sexo tantas vezes num só dia... E se eu dissesse que não estava cansada estaria mentindo. Mas ainda tinha uma coisa que eu queria muito fazer... Poderia se dizer um desejo erótico. E eu realizaria com ele. Claro que eu poderia esperar... Mas meu pai havia dito que quando fôssemos para Alpemburg só dormiríamos juntos depois do casamento. E eu sinceramente não queria esperar... Não enquanto olhava o corpo dele perfeito e nu adormecido na minha cama. Retirei o lençol de cima dele e coloquei seu membro na minha boca.
Estevan acordou num sobressalto, me olhando confuso. Mas não se desvencilhou. Continuei passando a língua carinhosamente por toda sua extensão, olhando nos olhos dele, que disse:
- Como você se atreve a dizer que eu venho do inferno? Você vai me matar garota.
- Cala a boca e fica duro para mim, Estevan.
Foi como se eu tivesse dado uma ordem. Imediatamente seu membro ficou rígido e eu conseguia ver até as veias sobressaltadas. Sorri ao ver o que eu causava nele. Então dediquei toda minha boca quente a ele. Sugava, ajudava o estímulo com minha mão, apertava e depois soltava, brincando com o tesão dele. Comecei a chupar mais, tentando colocar toda a extensão na minha boca. Mas não consegui. Ele segurava meus cabelos enquanto me olhava louco de desejo.
- Eu não vou aguentar muito tempo... – ele falou num fio de voz.
- Não quero que aguente... – falei certa da minha decisão.
- Eu vou gozar...
Segurei seu membro firmemente, não retirando a minha boca. Senti o jato quente dele, engolindo tudo de uma vez. Deitei minha cabeça na barriga dele, vendo seu membro aos poucos se contrair em espasmos até deixar de ficar duro. Os dedos dele alcançaram meus lábios, que ele alisou ternamente.
- Será que depois de casados conseguiremos viver fora de um quarto? – eu perguntei passando meus dedos na barriga dele, levemente, sentindo a pele de Estevan arrepiar-se.
Ele alisou meus cabelos e disse:
- Enquanto eu não apagar todo o seu fogo não...
- Nunca vai conseguir... – eu disse olhando nos olhos dele. – Por que é com você que eu queimo. – confessei.
- O que foi isso que você fez agora? – ele perguntou.
- Um desejo erótico contido por um tempo...
- Posso ajudá-la em mais algum? – ele riu.
- Sim... – falei subindo para cima dele. – Aliás, só você pode.
Alguém bateu na porta. Nos olhamos confusos. Eu fui abrir. Era meu pai. Por incrível que pareça, me senti nua. E coloquei as mãos na frente dos meus seios, tapando minha camisola. Sean olhou na direção de Estevan, que felizmente estava coberto.
- Não é minha intenção deixá-los constrangidos. Lembro bem que fizemos um trato.
- Quer... Entrar? – perguntei torcendo para que ele dissesse que não.
- Não. Só vim avisar que o rei Estefano ligou e pediu que Estevan retorne imediatamente a ligação assim que possível.
- Obrigado, Sean. – disse Estevan sentando na cama, com o lençol cobrindo seu corpo, incerto de levantar ou não.
- Bom saber que vocês ainda têm um pouco de pudor. – ele disse piscando e saindo.
Fechei a porta e olhei para Estevan:
- Que situação constrangedora.
- Pois então... – ele retirou o lençol. – Confesso que Sean me intriga... E me assusta um pouco.
Eu fui até Estevan e o abracei:
- Meu pai o assusta, Alteza?
- Mais do que o rei Stepjan... – ele confessou.
- Está falando sério?
- Sim... Porque sei que ele também a ama... E que não deve ser muito fácil para ele enquanto pai saber o que fazemos quando ele não está presente. Ainda assim ele tenta fingir que está tudo bem quando a entrega para mim...
- Acho que ele vai superar isso. – eu disse tranquila.
- E ele que disse que você ainda tinha pudor... – ele riu, me dando um beijo no pescoço.
- Mal ele sabe que eu quase não consigo me conter quando estou ao seu lado.
- Satini, você é completamente louca e pervertida.
- E você me ama do jeito que eu sou, não é mesmo?
- Completamente, sem tirar nem botar nada.
- Vamos tomar banho? – convidei.
- Satini, eu realmente preciso ligar para o meu pai. E eu não recusaria tomar um banho com você se eu não achasse que é sério.
Fiz beicinho e deixei ele trocar de roupa. Eu sabia que era só o início. Em breve dormiríamos juntos todos os dias. Eu acordaria vendo ele e sua beleza estonteante na minha cama diariamente.
Ele voltou com a roupa do exército de Alpemburg, que usava na noite anterior.
- Quer que eu pegue uma roupa normal para você? – perguntei.
- Não... Preciso igual voltar para o hotel.
Assim que abri a porta uma criada estava na porta, prestes a bater:
- Altezas... O café da manhã está servido na sala de jantar principal.
- Obrigada. – falei.
- É seguro comer aqui? – ele perguntou.
- Sinceramente, acho que agora é mais seguro do que na época do meu pai. Mas ainda assim tenho um pouco de medo. Então acho melhor não arriscar.
- Participamos do desjejum, mas fingimos comer.
- Concordo. Não que eu ache que Emy ou Sam fariam algo... Mas tenho medo de alguém que possa ter ficado no castelo a fim de cumprir ordens de Stepjan.
- Pensei a mesma coisa. Assim que eu e minha família viemos para o castelo de Avalon, nos foi orientado por nossos conselheiros que consumíssemos o mínimo possível aqui dentro. Pelos casos de morte e medo de envenenamento por parte de Stepjan Beaumont.
- Nossas comidas eram todas provadas por alguém antes de ser servida.
- Isso é estranho...
- Com o tempo eu me acostumei... Com as tantas manias de meu pai... Quer dizer, Stepjan.
Estevan me deu um beijo no topo da cabeça e disse:
- Vou ligar para meu pai. Aguardo você na sala de jantar.
Eu o puxei para mais perto de mim e olhei nos seus olhos:
- Estarei lá.
Ele acariciou meu rosto:
- Não se preocupe, meu amor. Nunca mais vou deixá-la sozinha.
Estevan saiu e eu troquei de roupa. Era bom ver meu closet novamente. Penteei meus cabelos rapidamente e desci. Só estava Samuel à mesa.
- Bom dia. – cumprimentei.
Ele não respondeu, continuou comendo.
- Depois que assumiu o castelo e seu verdadeiro nome ficou mal educado? – perguntei.
- Não me considero mal educado. – ele não olhou nos meus olhos.
- Fiz algo para você, Samuel?
- Fui procurá-la para conversar ontem à noite.
- E...
- Você não é nada discreta. Ouvi seus gemidos do corredor.
Olhei-o envergonhada.
- Não deveria corar, depois de tudo que você é capaz de fazer na cama para os outros ouvirem.
- Acho esta conversa inconveniente, Alteza. – disse Estevan sentando-se ao meu lado. – E desnecessária.
- Inconveniente são os gemidos dela ecoando pelos corredores do castelo.
- Não se preocupe, Samuel. Amanhã os gemidos dela estarão ecoando no castelo de Alpemburg. Então releve, por favor. Só por uma noite.
- Chega. – falei antes que os dois começassem a brigar. – Desculpe, Samuel. Não quis lhe magoar. – falei sinceramente.
- Afinal, o que você foi fazer no quarto dela? – perguntou Estevan.
Sean finalmente chegou e sentou-se, de frente para mim.
- Onde está Emy? – ele perguntou para Samuel.
- Já tomou o café da manhã e foi resolver algumas coisas na Coroa Quebrada.
Sean olhou para nós, percebendo a tensão no ar:
- Está acontecendo algo aqui, crianças?
- Pergunte para sua filha. – disse Samuel.
- Não está acontecendo nada demais, Sean. – disse Estevan.
- Falou com seu pai? – perguntou Sean.
- Sim... Precisamos voltar para Alpemburg. – disse Estevan. – Hoje. Ele precisa de mim.
- “Precisamos”? – perguntou Sean.
- Sim, Sean, precisamos. Você e Satini irão comigo.
Eu sorri para ele. Finalmente eu iria conhecer Alpemburg e meu “felizes para sempre” estava próximo. Estevan pegou minha mão, carinhosamente.
- Tudo bem. – disse Sean. – Eu irei onde minha filha estiver. Nunca mais vou deixá-la.
- Eu sei disto, Sean. Sei também o quanto você é importante para ela.
- Como assim você vai levá-la? – perguntou Samuel.
- Samuel, ela será minha esposa. – disse Estevan. – E creio que você já sabia disto.
- Mas... Partir hoje, assim?
- Está tudo bem, Sam. Eu sabia que seria em breve. – falei tranquila.
- Sam, todos sabíamos que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer. – disse Sean.
- Maldita hora que aceitei sua ajuda, Estevan. – disse Samuel saindo.
Eu levantei para ir atrás dele e Estevan puxou minha mão:
- Deixei-o...
- Não, Estevan. Eu preciso falar com ele.
- Satini... Você não pode...
Eu peguei o rosto dele entre minhas mãos e o encarei no fundo dos olhos:
- Estevan, eu amo você... E nunca amei ou amarei outro. Mas eu gosto de Sam... Ele é importante para mim. Se eu perdoei e acolhi Alexander, que fez tantas coisas ruins, por que não acalentar Sam, que só me fez coisas boas?
Estevan soltou minha mão e disse:
- Vá lá... Resolva isso de uma vez. Não quero que parta com nada pendente em Avalon, meu amor. E por mais que me doa ver você ir atrás dele, sei que é necessário. Irei para o Hotel. Prepare suas coisas... – ele olhou para Sean. – Você também, Sean. Busco vocês no final da tarde. Pegaremos o voo do início da noite. Deixarei tudo providenciado.
- Estaremos prontos esperando por você. – eu disse lhe dando um beijo nos lábios.
Estevan saiu e Sean me disse:
- Sam é um bom rapaz. E se ele realmente não gostasse de você eu não me preocuparia. Por mais que ele saiba que você e Estevan iriam ficar juntos de um jeito ou de outro, isso o magoa. Principalmente agora, que a hora está chegando. E ele está vendo que irá perdê-la definitivamente.
- Não tenho muito o que fazer, pai... Mas vou tentar conversar com ele. Eu realmente gosto de Sam e não quero que ele sofra por mim.
- Então vá lá, querida. E tente diminuir pelo menos um pouco a dor dele.
Eu dei um beijo no rosto de Sean e brinquei:
- Pai, tomamos café da manhã juntos e hoje nem é domingo.
- Acho que você não tomou café da manhã. Não encostou na comida.
- Eu e Estevan optamos por não comer nada no castelo.
Ele riu:
- Medo de serem envenenados?
- Sim.
Sean balançou a cabeça:
- Você e Estevan são hilários.