Capítulo 101
2518palavras
2022-12-27 11:02
- Querem o meu consentimento para dormirem juntos? – ele Sean irônico, arregalando os olhos divertidamente.
- Sim. – falou Estevan.
Sean olhou atentamente para os soldados de Alpemburg reunidos com Alexander e disse:

- Estevan, poderia aguardar um minuto para eu responder?
Eu e Estevan o olhamos curiosos. Sean foi até o grupo e ficou em frente a Alexander, dando-lhe um soco na cara, surpreendendo a todos. Alexander era forte e não caiu, mas cambaleou para trás. Corri até lá, quando vi o sangue escorrer pelo nariz dele.
- Sean... O que significa isso? – perguntou Alexander tentando conter o sangue com as próprias mãos.
Houve um pequeno tumulto entre os soldados contra Sean, mas Estevan ordenou:
- Ninguém se mete nisso!
- Isso significa que eu quero você longe da minha filha, entendeu? – Sean falou em alto e bom som. – Ela o perdoou, você salvou a vida dela e agora a dívida está paga. Vocês não são irmãos e nunca serão, porque eu sou o pai dela e não tenho outros filhos. Além do mais, irmãos não fazem o que você fez... Jamais.

Estevan me olhou confuso:
- O que houve? Há algo que ainda não sei?
- Sim, há. – disse Sean. – E se soubesse certamente não o teria salvado, Estevan. Alexander, entendo que vocês dois tenham se perdoado, enquanto a meu ver era só você que teria que pedir perdão. Quero você longe da minha filha... Ou mato você.
- Pai...

- Isto é uma ordem, Satini.
- Eu estou disposta a obedecer, pai. – falei seriamente.
- Dorme com ela em troca de isso só acontecer novamente depois do casamento quando ela voltar a Alpemburg. – disse Sean olhando para Estevan. – Até chegar a noite de núpcias, ela não dormirá com você. E não é porque eu não quero que você a toque... Mas é porque eu mereço recuperar o tempo que perdi sem minha filha. Você a terá a vida toda para si. Enquanto isso não acontece, ela será só minha... A minha garotinha.
Dizendo isso Sean me deu um beijo no rosto e saiu. Olhei para Beatrice correndo para ajudar Alexander e senti tanto orgulho do meu pai que fiquei ali, imóvel, sem palavras.
- Eu não vou contestar a decisão dele. – disse Estevan me olhando seriamente.
- Não deve... Viu do que ele é capaz?
Estevan colocou o braço sobre meus ombros e disse:
- Aonde vamos agora?
- Vou lhe mostrar o castelo de Avalon, Estevan D’Auvergne Bretonne.
E foda-se Alexander, Beatrice e todo o resto.
Subimos a escadaria enquanto Estevan me perguntou:
- Quer me falar o que aconteceu aqui?
- Sinceramente, não. Eu enterrei esta parte da minha vida, Estevan. Eu já perdoei Alexander... E não quero retomar isso porque não me faz bem. Eu tenho você agora, tenho meu pai e eu sou imensamente grata pela vida ter me dado vocês. Não quero nada além disso: meu pai e meu namorado.
- Namorado? Não seria noivo?
- Noivo? Eu não recebi o anel... – brinquei.
- Não seja por isso. Posso buscar agora mesmo.
- Não precisa. É só uma brincadeira.
Ele parou na minha frente, ficando um degrau acima, olhando nos meus olhos:
- Quer ser minha namorada?
Olhei-o confusa e ri quando percebi que ele falava sério.
- Quer mesmo uma resposta, príncipe de Alpemburg?
- Quero... Vou fazer tudo corretamente, como se fôssemos pessoas normais. Vou pedi-la em namoro, depois em casamento. Entende o quanto estávamos destinados a ficar juntos?
Coloquei minha mão no rosto liso dele. Eu adorava a pele quente e o jeito que ele ficava ruborizado quando eu o tocava.
- Nada mais vai nos separar. Não vamos mais nos ver, fazermos amor e nos despedirmos sem saber quando e se nos veremos novamente. – falei. – E eu aceito... Aceito namorar, noivar, casar... Eu aceitaria até ser sua amante.
Ele riu:
- Jura?
- Sim... Eu já tinha decidido isso. – confessei.
- Podemos tentar. – ele disse no meu ouvido. – Minha esposa de dia e minha amante de noite?
- Ou o contrário. – falei beijando o pescoço dele.
- Podemos começar o tour pelo seu quarto? Eu não consigo esperar mais...
Eu ri:
- Estevan, eu não sei de que inferno você saiu, mas quero que me leve para conhecê-lo... Outra vez.
Ele abaixou-se e me beijou. Tínhamos pouca diferença de altura, mas como ele estava um degrau acima, ficou mais alto. Os lábios dele eram sempre quentes e me davam vontade de ficar ali para sempre. A língua dele pediu passagem e logo explorava minha boca. Tentei levantar a camisa dele, mas não consegui. Que droga de roupa era aquela? Eu precisava sentir a pele dele ou morreria ali mesmo.
- Que porra! Será que vocês não poderiam ir para um quarto?
Nos soltamos ao ver Samuel descendo.
- Sinceramente, não preciso ver isso. – ele disse descendo. Eu corei envergonhada.
- Há algum homem que não seja apaixonado por você em Avalon? – Estevan perguntou pegando minha mão e subindo.
Eu ri e perguntei:
- Alguma mulher apaixonada pelo príncipe Estevan em Alpemburg? Devo ficar preparada?
- Nada comparado ao que passo aqui com Alexander e Samuel.
- Hum, então há alguém...
- Claro que não.
- Não me importo. Sou boa de briga. – me ouvi falando.
- Disso eu não duvido.
Assim que chegamos ao terceiro andar eu o conduzi até o meu quarto. Era estranho não haver nenhum guarda ali no corredor. Quem tomava conta do castelo de Avalon agora era a Coroa Quebrada e os soldados de Alpemburg.
Abri a porta e acendi a luz, olhando o meu quarto exatamente do jeito que eu havia deixado.
- Bem-vindo ao meu quarto... Onde passei tantas noites sonhando com você... Chorando por você... – falei lembrando o quanto ter ele ali me soava impossível.
Ele fechou a porta e me abraçou:
- Não quero que chore por mim... Nunca.
- Então não me deixe de novo.
- Jamais chorará novamente, pois nunca vou deixá-la.
Ele me pegou no colo, me surpreendendo, levando-me até a cama. Seus olhos não desviavam dos meus. E eu podia sentir tudo que ele sentia dentro de si...
- Será ainda melhor que na primeira vez. – ele disse beijando meu pescoço enquanto seu corpo estava sobre o meu.
- Eu e você numa cama... Isso é especial. – eu ri.
- Com certeza. Não sabe o que sou capaz de fazer numa cama.
- Ah, eu sei sim... Mas acho que testaremos a cama depois. – me desvencilhei dele e levantei.
Olhei nos olhos dele e comecei a tirar a minha roupa, neste caso o uniforme de guerra de Alpemburg, lentamente. Ele ficou imóvel na cama, me observando.
- Eu sonhei tanto com este momento... – ele disse com a voz branda.
Quando me desvencilhei da última peça, minha calcinha, peguei-o pela mão, fazendo-o levantar-se. E o conduzi até o banheiro, onde liguei a hidromassagem.
- Hora de testar o que conseguimos fazer aqui. – falei sensualmente.
- Depois da moto tive a certeza de que pegamos fogo juntos e somos bom em fazer o melhor sexo em qualquer lugar.
Entrei na banheira e ordenei:
- Retire esta roupa o mais rápido possível que eu quero você... E sua língua em cada pedaço do meu corpo.
Não foi preciso muito tempo para ele se livrar de tudo e se juntar a mim. Eu poderia dizer que eu amava cada parte de Estevan da mesma forma, mas estaria mentindo. Os olhos dele eram o que mais me chamavam a atenção, desde a primeira vez que o vi. Estevan nunca abaixou o olhar. Ele sempre me encarava olho no olho e era aquilo que acendia o fogo dentro de mim. Sempre foi como se ele desvendasse a minha alma com aquilo. Ele não era alto, nem baixo, mais magro do que corpulento, mas tinha músculos na medida. A barriga dele era perfeita e a pele macia e quente... Aliás, sempre quente. Eu gostava da covinha que ele tinha na bochecha, que o deixava fofo. O sorriso dele era largo e divertido e acho que derretia qualquer mulher.
Enquanto o encarava, fui lentamente até ele. Estevan me subiu para seu colo, apertando minhas nádegas. Enlacei minhas pernas no corpo dele. Ele não precisava fazer muito para me deixar puro fogo. Bastava me tocar ou ficar com o rosto corado, como estava naquele momento. Eu queria sua boca, mas antes eu lhe dei um beijo no rosto, demorado, carinhoso. Depois o abracei, descansando minha cabeça em seu ombro. Eu queria fazer amor com ele, mas antes precisava sentir que ele estava ali comigo... E que não era um sonho.
Senti sua ereção, mas ele não forçou nada. Continuou comigo aninhada a ele, alisando minhas costas carinhosamente. Seus dedos eram como pequenas tochas de fogo, que iam diretamente ao meu estômago, fazendo eu sentir aquele frio na barriga que só ele sabia fazer.
Então eu não aguentei mais e o beijei. A água desligou automaticamente quando a banheira encheu, tapando nossos corpos até a altura dos meus seios. A espuma não era densa. O cheiro era bom. A temperatura perfeita.
Enquanto o beijava, passei minhas mãos sobre os cabelos bem cortados dele, descendo por seu pescoço. Depois meus lábios alcançaram seu peito nu e com um pouco de espuma. As mãos dele seguravam meu cabelo num rabo. Desci minhas mãos até seu membro ereto e comecei a fazer movimentos de vai e vem, ouvindo seu gemido, que abafei com minha boca na dele novamente. Suguei seus lábios... Ah, como eu amava fazer aquilo. Eu poderia ficar ali para sempre, sentada nele. Enquanto eu fazia os movimentos de vai e vem, o membro dele encostava na minha vagina, o que nos deixava ainda mais enlouquecidos.
Ele tentou me puxar para cima, tentando me penetrar, mas eu o impedi.
- O que está tentando fazer comigo? – ele perguntou num fio de voz.
- Quero deixá-lo louco por mim...
- Eu sou louco por você... Completamente louco... – ele disse mordendo a minha orelha levemente, fazendo eu me arrepiar.
Seus dedos encontraram minha intimidade, então eu gemi de prazer quando senti ele me massagear.
- Gosta disso? – ele perguntou no meu ouvido.
- Gosto...
Ele enfiou outro dedo, sendo agora dois. Eu me retorcia de prazer. Estevan retirou os dedos e apertou minhas nádegas com tanta força que senti um pouco de dor. Então me puxou para cima dele, entrando cada centímetro dentro de mim. Seus dedos ainda apertavam minha pele sensível e a dor se misturava ao prazer de sentar nele. Ele me levantava e abaixava sem sequer sair de dentro de mim. Gemi alto e ele perguntou, retirando as mãos.
- Estou machucando você?
- Não... Quero que continue me apertando... – falei certa de que aquilo me excitava muito.
Novamente seus dedos encontraram a minha pele sensível das nádegas, agora mais ávidos ainda. Os movimentos passaram a se intensificar enquanto a água jorrava para fora da banheira. Quando os lábios dele encontraram meus seios enrijecidos eu gozei imediatamente.
- Não há melhor sensação do que ver você gozando, meu amor. Quer ver você assim, entregue a mim, todos os dias da nossa vida.
Meu coração estava completamente acelerado e minhas pernas quase não respondiam por mim. Estevan me retirou da banheira em seu colo e me levou completamente molhada para a cama. Ele abriu minhas pernas e sua língua encontrou minha intimidade completamente encharcada da água da banheira misturada ao orgasmo louco e intenso que eu havia tido há minutos atrás. Não pude evitar que puxar seus cabelos com força, obrigando-o a entrar ainda mais fundo dentro de mim. Houve vezes que eu achei que não era normal o que eu sentia quando ele me tocava. Agora eu já tinha certeza de que não éramos normais juntos... Pegávamos fogo e não tínhamos pudor. Nos entregávamos completamente aos prazeres e sentimentos quando estávamos um nos braços do outro, sem nenhum tipo de restrição. E nossos corações batiam num mesmo ritmo. Minhas mãos apertaram com força o lençol quando o orgasmo veio pela segunda vez. E eu gritei de prazer. Assim que percebeu que havia me feito gozar novamente, a língua dele buscou a minha, voraz, selvagem, com meu gosto misturado ao seu. Minhas unhas cravaram nos seus ombros e ele gemeu baixo.
- Gosta de sentir dor? – perguntei baixinho mordendo o lábio inferior dele.
- Gosto de qualquer coisa que fizer comigo quando estiver nua...
- Agora quero você dentro de mim novamente...
- Não... Não seja tão apressada...
Ele levantou e me puxou para perto de si, deixando minhas pernas para fora da cama. Seus lábios quentes chuparam meus seios um a um, fazendo-os ficarem enrijecidos novamente e meu corpo inteiro se arrepiar. Depois ele beijou meu pescoço, descendo lentamente pelo colo, passando um tempo na minha barriga. Senti cócegas e comecei a rir. Achei que pudesse quebrar o clima, mas ele gostou daquilo e ficou entretido entre os seios e minha barriga. Não tínhamos pressa... Não devíamos satisfações a ninguém... Era somente nós dois e nossa noite, esperada por tanto tempo.
Num gesto rápido e firme ele me virou de costas e me pôs de quatro na beirada da cama. Senti sua ereção enquanto ele tocou novamente meus seios com suas mãos, me deixando ciente do que vinha logo em seguida.
- Estevan, eu não aguento mais... – eu realmente queria ele dentro de mim que chegava a achar que morreria se ele não fizesse aquilo. – Me fode agora ou vai se arrepender. – ameacei.
Ele riu:
- Confesso que estou com vontade de ver como fará eu me arrepender. – ele disse dando um tapa leve na minha nádega.
Depois ele me penetrou, lentamente, colocando o tirando sem pressa, como se nossos corpos fossem feitos exatamente para aquilo, se encaixando perfeitamente. Os movimentos foram ficando mais intensos e o som do corpo dele se chocando ao meu era altamente contagiante e me dava tanto tesão que eu quase não conseguia acreditar que meu corpo entraria em convulsão novamente. Ele derramou seu líquido quente sobre as minhas nádegas e depois jogou seu corpo sobre o meu, que estava de frente na cama, exausto. Meu coração batia descompassadamente.
- Você é minha perdição. – ele disse ofegante no meu ouvido.
- E você o amor da minha vida. E retome logo sua postura... Quero de novo... Com você gozando dentro de mim.
- Estou começando a achar que você quer ficar grávida.
- Não... De jeito algum... Mas gosto da sensação do risco que corremos. – falei rindo.
- Você é completamente louca.
- E eu ainda não quero ter um filho... Temos muito sexo para fazer antes disso.
- Eu concordo. Então amanhã mesmo vamos comprar a pílula.
- Hum... E o risco?
- Quer mesmo correr o risco?
Virei-me debaixo dele, ficando de frente, olhando nos seus olhos:
- Quero tudo de novo, Estevan... Do mesmo jeito.
- Foda-se a pílula.