Capítulo 97
1806palavras
2022-12-27 10:59
Estar com Estevan, abraçada a ele, senti-lo junto de mim novamente era como se o meu mundo estivesse fazendo sentido novamente. Como se nada mais tivesse importância... Só estar com ele. Mas estávamos indo fazer agora uma das coisas mais importantes da minha vida: destronar Stepjan Beaumont, que até pouco tempo atrás era o meu pai. E nunca, nos meus pensamentos mais íntimos, eu pensei ter Estevan ao meu lado naquele momento.
Ele de repente saiu da pista, entrando com a moto num arvoredo denso, seguindo o quanto deu até o matagal ficar mais alto. Paramos e eu fiquei confusa. Ele desceu e tirou o próprio capacete para em seguida tirar o meu, delicadamente.
- O que... – comecei a falar.

Ele me silenciou com um beijo quente e molhado. Senti a língua dele pedindo passagem entre meus lábios e os abri convidativos para ela. O que mesmo eu ia dizer? Não lembro... Eu estava completamente dentro daquele beijo. Senti a língua dele explorando cada canto da minha boca, como se fosse me engolir. Os lábios dele eram tão macios... Minha língua alcançou internamente a boca dele, que me aceitou. Ele segurou com força nas minhas nádegas e nós só paramos quando não conseguíamos mais fôlego para continuar.
- O que... Foi isso? – perguntei num meio sorriso, ofegante.
- Era isso que você ia perguntar? – ele riu.
- Não... Na verdade eu queria saber o que estávamos fazendo aqui. Mas já entendi.
- Que bom que entendeu, minha princesa.
- Ok, agora vamos voltar. Estamos indo invadir um castelo, lembra?

- Sim... E estamos bem adiantados que os demais. – ele olhou no relógio. – Quanto tempo acha que aqueles homens de barco levarão para chegar?
- Eu... Não tenho ideia. – confessei.
- Não vamos nos atrasar, meu amor. Eu prometo.
- Mas... Por que paramos aqui neste matagal para nos beijarmos? – perguntei tentando entender. – Está noite, Estevan. É perigoso... Pode ter algum animal por aqui.

- Não paramos aqui para nos beijar.
- Então... – fiquei curiosa.
- Lembra que eu disse que iria comê-la na minha moto? – pude ver o olhar devasso dele na luz da noite.
- Eu... Não acredito que você quer transar antes de invadir o castelo de Avalon. – falei incrédula.
- Acredite... E vou fazer isso com você todos os dias... Todas as noites... Até o fim das nossas vidas.
- Isso foi fofo. – me ouvi falando.
- Eu não sou fofo. – ele contestou.
- É sim... – falei enlaçando meus braços no pescoço dele.
Ele se escorou na moto e voltamos a nos beijar. Agora ele estava ainda mais focado naquele beijo. Ele não precisava fazer muita coisa para me deixar molhada, mas chupar meu lábio era simplesmente, absurdamente, excitante. Sua boca desceu até meu pescoço e ele foi tirando minha jaqueta.
- Você está falando sério? – perguntei.
- Sim... E adivinha?
- O quê?
- Eu tenho preservativo. – ele retirou de algum lugar, me mostrando orgulhoso.
- Porra... Você é simplesmente insano... E...
Ele mordeu meu pescoço carinhosamente:
- Achei que eu era fofo...
- E fofo. – completei virando a cabeça para que ele pudesse ter mais acesso à minha área sensível do pescoço.
Mas ele me virou de repente e deixou de costas para ele, me recostando no banco da moto. Com seus pés ele afastou os meus, e senti seu membro duro de encontro a mim enquanto suas mãos acariciavam meus seios por dentro da blusa.
Eu pegava fogo quando ele me tocava. Minha calcinha estava completamente encharcada. Ele abaixou minha calça, retirando junto dela a calcinha. Senti seus dedos me massageando, espalhando minha umidade. Ele gemeu e me apertou contra si, fazendo nossos corpos se encontrarem. Ele ainda usava sua calça.
- Eu amo você, Satini. – ele falou ofegante.
- Se você me ama, termine logo isso que eu não estou aguentando mais Estevan. – falei com o pouco de fôlego que eu tinha. – Quero você... Dentro de mim... Agora.
- Seu pedido é uma ordem.
Assim que ele falou isso retirou sua calça, e o senti entrando em mim firmemente. Porra, aquilo era excitante. Estávamos fazendo sexo numa moto, no meio de um matagal, com a noite sobre nós. Era isso que eu amava nele. Nunca nada era igual. Era sempre tudo perfeito e diferente. Enquanto ele se enterrava em mim, eu sentia meu corpo trêmulo de prazer. Suas estocadas eram fortes e seguras e eu ergui ainda mais meu quadril para que ele conseguisse enfiar tudo. Gemi alto e ele disse:
- Adoro seus gritos, princesa.
- Eu...
Parei de falar quando senti o orgasmo chegando ao meu corpo, enquanto me apertei em torno dele, ficando completamente entregue. Ele acelerou os movimentos e senti seu dedo na minha boca. Eu chupei-o e em seguida ele gozou, dentro do preservativo. Assim que ele saiu de mim, eu virei e retirei o preservativo, passando a mãos sobre seu líquido viscoso e quente. Ele me olhou confuso.
- Quero de novo... – falei. – Com tudo dentro de mim.
Ele passou os dedos sobre meus lábios, ofegante e eu os chupei novamente.
- Eu... Não sei se consigo assim... Tão rápido. – ele disse rindo.
- Eu sei que você consegue. – falei mordendo seu lábio inferior sedutoramente.
- Eu...
Minha mão encontrou seu membro e eu passei a massageá-lo, para frente para trás, em toda a extensão, sentindo seu gozo se espalhar.
- Porra, você me enlouquece.
- Diga que nunca vai me deixar. – falei no ouvido dele.
- Nunca... Jamais farei isso. Onde você estiver, eu vou estar junto. Até o fim dos meus dias.
Mordi o lóbulo de sua orelha e em questão de minutos ele já estava duro feito pedra novamente. Acomodei-me no banco de frente para ele, que entrou em mim novamente, agora menos veloz, com mais calma. Ele me penetrava enquanto segurava-me pelas costas, para que eu não caísse. Eu poderia ficar ali para sempre fazendo sexo com ele. Porque só Estevan apagava o meu fogo. Tinha uma guerra acontecendo lá fora... E nós éramos peças chaves na luta. Mas nossos corpos não resistiam um ao outro. Enlacei minhas pernas nas nádegas dele e deixei meu corpo levemente para trás enquanto ele me fodia agora com mais força. Seu dedo encontrou meu ponto de prazer, me levando à loucura.
- Goze para mim, minha princesa. Eu amo ouvir você gritando de prazer.
Ouvindo as palavras dele eu gozei fortemente de novo, gritando o nome dele em voz alta. Ele riu e perguntou:
- Tem certeza?
Eu sabia que ele falava sobre o preservativo.
- Sim. Quero sentir... Quero estar com tudo dentro de mim quando você acabar.
- Eu sou orgulhoso do que transformei você... – ele disse se enterrando com força e velocidade, enquanto suas mãos puxavam meus ombros de encontro a ele.
Ele gozou me chamando de princesa num fio de voz. E senti tudo dele dentro de mim. Se eu era inconsequente? Talvez. Mas ele seria meu marido em breve. E simplesmente eu havia transado com ele desde sempre sem preservativo. Não sei se eu me acostumaria a deixar uma borracha entre nossas peles, impedindo nosso contato. Se meu pai soubesse, ele me mataria. Estevan tentou... Ele não era culpado. Porque eu era a porra de uma puta pervertida.
A cabeça dele descansou sobre meu ombro e ele disse rindo:
- Espero que eu sempre consiga fodê-la sem intervalos.
- Acho que com o tempo talvez não tenhamos tanta necessidade um do outro... – falei. – Pelo menos não dentro um do outro.
Ele pegou meu rosto com suas mãos e me deu um beijo leve nos lábios:
- Eu sempre vou ter necessidade de você. Porque você é o que eu tenho de mais importante.
- Eu amo você, Estevan.
- E eu vou amá-la para sempre.
Ele olhou no relógio e disse:
- Ainda temos um tempo, mas sinceramente, acho que temos que ir e deixar um pouco de energia para comemorarmos depois... Quando estivermos a sós depois da invasão.
- Concordo. – falei saindo e puxando minha calça.
Ele se arrumou e disse:
- Porra, seu pai vai me matar.
- Ele não precisa saber, não é mesmo?
- Claro... A menos que você tenha um bebê. – ele disse confuso.
- Não se preocupe... Eu não vou ter um bebê.
- Está tomando pílula?
- Não... – falei confusa.
- Precisamos comprar. Imediatamente.
- Hum, não quer um bebê? – brinquei.
- Não agora. Acho que vou querer você inteiramente para mim por no mínimo uns cinco anos.
Eu ri:
- Acho boa a proposta. Concordo, meu noivo.
Nossos lábios se encontraram novamente. Ele me afastou e levantou os braços para cima:
- Acho melhor você ficar longe de mim... Ou nunca chegaremos ao nosso destino, princesa.
- Ok... Capacete? – estendi minha mão.
Ele não aceitou minha mão. Ele mesmo colocou cuidadosamente o capacete em mim, certificando-se de que estava bem firme e seguro. Depois colocou o seu e então partimos do matagal onde fizemos amor enlouquecidamente na moto. Ele havia dito que faria aquilo. Eu que não acreditei.
Estevan tinha razão, chegamos antes da Coroa Quebrada. Mas não antes do exército de Alpemburg.
Eu conseguia ver o topo da torre do castelo de Avalon onde paramos. Havia tantos homens uniformizados que era impossível contar. Estavam aparentemente tranquilos, até chegarmos. Assim que viram Estevan, todos se curvaram na direção dele. Eis uma cena que eu não esperava: meu príncipe prometido e seu exército para tomar a minha casa, o lugar onde morei a vida inteira, e prender meu até então pai.
- Alteza, estamos no aguardo de suas ordens. – disse um dos homens se aproximando dele.
Eles vestiam uniformes pretos. Não se parecia uma roupa de guerra, tampouco de guarda real. Todos tinham armas longas e potentes nas mãos.
- Minha noiva e futura esposa, Satini... – ele me olhou incerto do que dizer, mas completou: - Beaumont.
Todos se curvaram novamente.
- Satini, este é o líder da guarda de Alpemburg.
Fiz um cumprimento com a cabeça a ele.
- Como você trouxe todo mundo? – perguntei curiosa.
- Aviões. Como não couberam todos nos voos particulares, optei por trazer alguns e as armas. Um pouco veio de voo normal. Confesso que não foi fácil... Mas enfim, eu trouxe o que consegui.
- É... Muita gente. – falei certa de que tínhamos um número muito superior que a guarda de dentro do castelo.
- Menos do que eu queria, acredite. Mas há uma pessoa em especial que desejo que você veja, pois faz questão de lutar ao seu lado.
Fitei Estevan confusa. Eu certamente não conhecia ninguém de Alpemburg que quereria lutar junto de mim.