Capítulo 93
2522palavras
2022-12-27 10:57
Em pouco tempo estávamos todos no apartamento de Emy Beaumont, futura rainha de Avalon. Para minha surpresa, ela ficou muito feliz em receber os príncipes de Noriah Sul e Alpemburg, que certamente seriam seus aliados futuros. Ela não ficou satisfeita com a briga entre Samuel e Estevan. A própria Emy colocou gelo no nariz dele para desinchar. Pelo que percebi ela ficou mais brava por Samuel ter sido golpeado do que por Estevan ter batido. Ela também se agradou do plano de enfim fazer o vídeo e falar a verdade ao mundo sobre a verdadeira herdeira do trono. Claro que ela sempre intencionou isso, mas parece que precisava ouvir de pessoas de fora da Coroa Quebrada que finalmente estava na hora de toda Avalon saber a verdade.
O tempo passou tão rápido que quando vimos já era quase onze horas da noite.
- Preciso fazer algo para vocês comerem. – ela disse preocupada. – Jamais receberia os príncipes sem lhe oferecer algo. Aliás, quase os matei de fome. – ela brincou.

- Não é necessário, Emy. – disse Estevan. – Estamos bem.
- Ora, primo, claro que você também deve estar com fome. Eu estou. – disse Dereck. – E aceito sim. Confesso que muito mais pela curiosidade de ver uma rainha cozinhando.
- E ela cozinha muito bem. – observei.
- Faço o possível. – ela disse levantando e providenciando algo para o jantar. – Mas agora não vamos falar de política. Vamos aproveitar o resto do tempo que temos para falar de outras coisas.
- Acho uma ótima ideia. – disse Samuel pegando um vinho e servindo a todos.
Eu fui pegar uma das taças cheias e Sean retirou da minha mão.

- Suco para Satini. Ela ainda não tem idade para bebidas alcoólicas.
- Sean... – critiquei. – Eu tenho idade para casar e não para beber, é isso?
- Se quer saber, acho cedo para o casamento também.
- Não. – eu e Estevan dissemos juntos.

Nós três começamos a rir. Sabíamos o que se passava e do que achávamos graça.
- Sinceramente, acho linda a forma como você e Sean se tratam. – disse Emy. – Me parece que ele decidiu fazer por você tudo que seu pai nunca fez. Você tem filhos, Sean?
- Não... – ele disse tomando um grande gole de vinho.
- Deveria. Teria sido um ótimo pai.
- Eu concordo. – falei.
- Eu disse a ele o quanto o admiro pelo que faz por Satini... Sem querer nada em troca. Vejo em seus olhos o quanto se preocupa com ela. – disse Estevan.
- Depois que Sean assumiu o lugar de Alexander as coisas evoluíram bastante. – disse Samuel.
Dereck começou a conversar com Emy sobre algumas curiosidades dela com relação a Noriah Sul.
Estevan falou:
- Satini, precisamos resolver sobre a data do casamento.
- Sim... Precisamos. Eu não me importo em ser o mais breve possível. – confessei.
- Ei, acalmem-se. – disse Sean. – Vocês são jovens. Não precisam apressar isso. Podem seguir a ordem das coisas: namorar, noivar e depois casar.
- Somos noivos há dezessete anos. – disse Estevan. – Realmente acha que precisamos de mais tempo?
- Sean... Eu não tenho dúvidas de que é isso que eu mais quero na minha vida: casar com Estevan. Agora que ele sabe a verdade, nada mais nos impede.
- Não mesmo? – perguntou Sean.
Estevan nos olhou desconfiado:
- Ainda há algo. – ele afirmou, percebendo que os demais não se importavam com a nossa conversa.
- Sim. – eu disse olhando para Sean.
- E quando pretende me contar?
- O mais breve possível. – eu disse.
- Hoje?
- Se der, sim. – prometi.
- Quero que saiba que nada mudará o que eu sinto por você, independente do que você tem para me contar.
- Espero que possa sustentar isso depois do que eu vou dizer.
Ele pegou a minha mão e olhou nos meus olhos:
- Sustentarei.
Samuel pegou sua taça e sentou ao nosso lado:
- Minha mãe acha que vocês devem ficar na Coroa Quebrada esta noite. Está muito tarde para voltarem. Não é muito seguro.
Estevan olhou para Dereck, que disse:
- Você decide o que é melhor, Estevan.
- Não me importo em ficar. – ele disse me olhando.
- Ok. Vamos providenciar um lugar para dormirem confortavelmente. – disse Sam. – Não ofereço meu quarto para você, Estevan, porque já estou com hóspede, não é mesmo, Satini?
Porra, agora sim ele fodeu tudo.
- Você está dormindo com ele? – perguntou Estevan.
- Não... Estou dormindo no quarto dele. – corrigi nervosamente.
A estas alturas Dereck, Sean e Emy estavam envolvidos em outro assunto. Infelizmente restou só nós três naquela conversa.
- Como assim? – perguntou Estevan.
- A mãe dele fez questão que eu ficasse no quarto dele... Porque é mais... Confortável. – tentei alegar.
- Não se preocupe, afinal, somos primos. – ironizou Sam.
Percebi o olhar furioso de Estevan. Coloquei minha mão sobre a dele e tentei tranquilizá-lo:
- Você não confia em mim, Estevan?
- Claro que confio. Não confio é nele. – ele disse olhando para Samuel.
- Acha que eu faria qualquer coisa com a minha prima? Acho até que isso é pecado. – continuou Samuel debochando. – Mas se eu fosse você, tomava cuidado com ela. Acredita que ela não usava calcinha no dia do baile?
- Sim, eu sei disto. Fui eu que tirei, enquanto estávamos a sós numa sala escura. Quer os detalhes? Eu posso contar, pois acredito que você só tenha visto a nudez, nada a mais que isso. Sei o quanto ela é perfeita sem roupa... Mas posso afirmar que tocá-la é infinitamente melhor.
- Estevan, deu. – implorei para ele parar.
- Já tive o prazer, acredite. – disse Samuel. – Já provou a tatuagem dela?
- Porra, eu vou matar você.
Levantei e tentei bater em Samuel, mas Estevan me segurou. Sean tentou apartar o início da briga.
- Jantar quase pronto. – disse Emy tentando amenizar os ânimos. – Aposto que estão brigando porque estão com fome. – ironizou.
Quando vi Estevan saiu, batendo a porta. Eu corri imediatamente atrás dele. Não deixaria mais nada ficar entre nós... Nunca mais.
Ele não sabia para onde ir, ainda assim andava.
- Estevan, pare, por favor. Ele fez isso para provocá-lo.
- Satini, você está dormindo no mesmo quarto que ele. Eu vi vocês se beijando aquela vez. Quer que eu fique como?
- Quero que você confie em mim, como eu confio em você.
- Não sei se consigo controlar o que sinto.
Ele continuou andando. Peguei-o pela mão e o levei para o outro lado, pela escadaria. Samuel já havia me levado lá um dia e eu sabia que era seguro e ninguém nos perturbaria. Embora tenha resistido no início, ele acabou aceitando mudar o curso de seus passos.
Assim que descemos o lance de degraus, logo ficamos na completa escuridão da noite, no outro lance que levava ao andar inferior.
- Vai me dizer que conheceu este lugar sozinha, nos poucos dias que esteve aqui? – ele perguntou.
- Não... Samuel me trouxe aqui. E eu lhe dei um beijo. O último beijo, pois eu achava que eu nunca mais o veria, Estevan. – confessei.
- Como assim?
- Você tinha me deixado, esqueceu? Porque se casaria com outra mulher.
- Mas era você, Satini!
- Mas você não sabia, Estevan. Ainda assim me deixou.
- Eu não teria casado e você sabe disto. Conhecê-la antes foi o plano para fugir de tudo que havia sido planejado. Eu achava que você concordaria em não assumirmos aquele compromisso. No fim, era você... Então tudo mudou.
- Eu amo você... E nunca amei outro homem. Mas sim, beijei Samuel algumas vezes.
- Como você tem coragem de dizer isso?
- Eu era virgem quando fizemos amor. E eu nunca dormi com outro homem além de você. E não sei se conseguiria fazer isso. Mas você dormiu com outras mulheres.
- Foi antes de você.
- Ainda assim dormiu. Por que você pode e eu não poderia? Por que você é homem?
- Eu... Não disse isso. É um ato de ciúme... Só de pensar em outro homem tocando-a eu tenho vontade de matá-lo. Mas se você não fosse virgem, em nada mudaria o que eu sinto por você. Não foi este fato que me fez apaixonar-me. Isso aconteceu quando a vi na rua, na primeira vez que nos vimos. E acha que não fiquei pensando em você com outros homens quando pensei que era uma prostituta? E mesmo que você fosse, nada teria mudado.
- Pensa que nunca me passou pela cabeça com quantas mulheres você já dormiu? Conforme você me toca, às vezes eu penso se já fez isso no corpo de outra. Acha que não sinto ciúme quando imagino como fez outras gozarem? Quantas posições você já testou? Quantas virgens você “pegou”? Esqueceu o preservativo com alguma delas?
- Nunca me envolvi com uma mulher normal. Eu sempre paguei por sexo.
Mesmo na escuridão eu conseguia ver os olhos dele e sentir sua respiração acelerada.
- Como assim?
- Eu não poderia gostar de outra mulher... No fim eu teria que me casar e isso não mudaria. Tinha medo de acabar me apaixonando um dia e querer não cumprir um trato entre reis por tantos anos.
- Então... Pagava prostitutas?
- Não foram tantas quanto você imagina.
- Claro que foram... A forma como você faz sexo... A fome com que você faz.
Ele pegou meu rosto entre suas mãos e disse:
- Eu tenho fome de você... Eu nunca senti isso com outra mulher. Claro que elas me deram experiência. Mas eu juro que foram poucas.
- Poucas, mas as melhores. – ironizei.
- Elas nunca dormiram na minha cama... Nunca amanheceram ao meu lado. Nunca estive com elas uma segunda vez.
- E eu nunca fiz sexo com outro homem além de você. Mas tive uma vida também antes que você aparecesse. E não beijei só Samuel. Beijei outros homens também.
- Por isso beija tão perfeitamente bem? – ele disse se aproximando de mim.
Eu preferia pensar que aquilo era só uma conversa e não uma briga. Mas precisávamos colocar aquele ponto em ordem. Eu não queria que ele tivesse ciúme cada vez que eu me aproximasse de outro homem. Sim, Samuel provocou, mas Estevan sabia do meu amor por ele, então não deveria ter cedido ao ataque.
Sentí-lo com a boca tão próxima da minha já fazia eu querer tocá-lo, ter a língua dele na minha, suas mãos no meu corpo. Estevan fazia meu coração bater fortemente, o sangue ferver dentro de mim e minha calcinha encharcar num simples toque.
Passei minhas mãos por seu pescoço e o beijei, levando-o de encontro à parede. Eu só quis aquilo, desde o primeiro momento que o vi, parado perto do rio. E ele estava ali, comigo. Sentir sua língua dentro da minha boca, exigindo um toque mais íntimo era tudo que eu precisava. Fomos contidos por horas. Agora não havia como controlar aquilo. Éramos como duas bombas relógio prestes a explodir quando nos tocávamos.
Suas mãos desceram delicadamente pelas minhas costas e em seguida ele levantou minha blusa, passando os dedos pela minha pele. Sua boca deixou os meus lábios e passaram a lamber meu pescoço, de uma forma que me fazia ficar enlouquecida.
- E a tatuagem? – ele perguntou sem parar de me beijar.
- Esperando por você... – eu disse ofegante. – Porque é só você, sempre foi você... E ninguém mais. – falei abrindo o botão da calça dele.
- Minha princesa safada. – ele disse dando atenção aos meus seios, sem retirar meu sutiã.
- Temos pouco tempo. – observei.
- Quando tivemos, não é mesmo? – ele disse sentando na escada e me puxando de pé para perto dele, abrindo minha calça e a deslizando para baixo.
Suas mãos envolveram minhas nádegas e ele me aproximou ainda mais, a ponto de eu sentir sua respiração na minha intimidade, na altura de onde ele estava sentado. Seus dedos passaram por uma lateral da calcinha e depois por outra, me fazendo arder em fogo e sentir que eu gozaria em breve. Quando ele a abaixou, imediatamente afundou sua língua na minha entrada, me fazendo soltar um gemido alto.
- Não podemos fazer barulho... – eu disse.
- Eu não estou fazendo nenhum barulho... – ele disse. – Mas quero ouvi-la gozando para mim, minha princesa.
- Estevan, não posso...
Ele continuou entrando e saindo com sua língua ávida dentro de mim enquanto seu dedo pressionava meu ponto de prazer. Puxei seus cabelos com força, sentindo o clímax chegando, contraindo minhas pernas e deixando um gemido novamente sair, sem conseguir me controlar.
- Ok, paramos por aqui. – ele disse. – Eu não tenho preservativo.
- Foda-se o preservativo. – falei abrindo o zíper da calça dele e retirando seu membro duro para fora, só esperando por mim. Sentei-me de frente para ele, deixando cada centímetro entrar em mim. Suas mãos alcançaram minhas nádegas, que ele apertou com força, fazendo com que uma leve dor se misturasse ao prazer.
Eu me movia com rapidez e ansiedade, querendo mais e mais. Eu sabia que poderia gozar inúmeras vezes com ele. E sequer sabia se aquilo era normal ou se eu era uma privilegiada. Benditas prostitutas, que fizeram muito bem seu trabalho ensinando o príncipe de Alpemburg exatamente como satisfazer uma mulher. Se eu tinha curiosidade de fazer aquilo com outro homem? Duvido que alguém me fizesse sentir o que Estevan fazia.
- Me fode até não aguentar mais, Estevan. – provoquei.
Ele gemeu alto e eu tapei a boca dele. Realmente não poderíamos fazer barulho. Embora fosse tarde da noite, sempre corria o risco de alguém aparecer, o que fazia aquilo ser ainda mais excitante.
- Eu vou gozar... – ele disse num fio de voz.
- Quero cada gota dentro de mim...
Senti o líquido quente dele junto meu segundo gozo em minutos. Minhas pernas ficaram trêmulas e eu descansei minha cabeça no ombro dele, sentindo seu coração batendo tão forte e intensamente quanto o meu. Não falamos nada, apenas nos abraçamos. Não havia palavras para serem ditas naquele momento. Estávamos simplesmente extasiados de tudo que podíamos provocar um no outro.
- Eu vou comê-la por noites inteiras, dias inteiros, sem lhe dar um minuto de paz. – ele disse no meu ouvido.
- E eu vou fazê-lo gozar intensamente, como nunca, em cada uma delas. – garanti.
Sai de cima dele, tentando achar minha calcinha na escuridão.
- Quando faremos isso numa cama de novo? – ele perguntou enquanto abotoava a calça.
- Pouco me importo com a cama. – confessei.
- Bendito degrau. – ele brincou dando um tapa na minha nádega. Eu rebati apertando seu membro com força, e puxando-o para perto de mim novamente.
- Se continuar com isso, juro que faço tudo de novo. – ele ameaçou.
- Duvido que consiga. – provoquei.