Capítulo 61
2384palavras
2022-12-27 10:38
Quem olhava aquele homem na rua não sabia tudo que ele conseguia fazer com o corpo de uma mulher. Ele me deixava completamente entregue a ele... E com o desejo e o tesão a flor da pele. Deve ter sido ensinado por prostitutas, ou pelo próprio diabo... Eu não havia feito amor com nenhum outro homem na minha vida a não ser ele, mas eu duvidava que alguém pudesse superá-lo.
Claro que depois que gozei meu corpo ficou um tempo esperando para se recompor e conseguir se mover novamente. Então eu voltei para o meu banco, ao lado dele e decidi que era hora de fazer meu primeiro sexo oral... Hora de devolver todo prazer recebido, segundo por segundo. Também quero sentir você gozando para mim, Estevan...
E ele estava com o pau duro o tempo inteiro. Lembrei da noite anterior que ficamos juntos e lembrei das maravilhas que aquilo fazia em mim. Por qual motivo o sexo era tabu para algumas pessoas se era tão bom? Acho que eu poderia fazer amor com ele 24 horas por dia. Se nos casássemos jamais eu sairia da cama, até satisfazer o desejo contido por anos.
Desci minha cabeça até ele e chupei pela primeira vez. E como eu me enganei achando que aquilo daria prazer somente a ele. Cá estava eu, toda molhada novamente, sentindo tesão ao enfiar o máximo que eu conseguia aquilo dentro da minha boca, até quase alcançar a minha garganta. Ele segurava meus cabelos, mas não chegava a comandar os meus movimentos. Por incrível que pareça, lembrei naquele momento de Alexander me chamando de princesa vagabunda. Então Estevan colocou o dedo na minha intimidade novamente, enquanto eu o sugava vorazmente. Muito melhor que ser a princesa de Avalon, era ser a “vagabunda” de Estevan. Sim, eu jogava fora a coroa por ele. No ritmo das minhas chupadas ele enfiava o dedo em mim, fazendo com que eu gemesse em seu membro. Eu estava tão envolvida naquilo que não me dei em conta do quanto ele estava curtindo aquele momento. Ouvir os gemidos de prazer de Estevan era tão bom quanto o que ele fazia em mim com seus dedos. Não bastava chupar, forte e profundamente, como se eu pudesse engoli-lo a qualquer momento. Eu fiz questão de babar a extensão com toda a minha saliva, lambuzando tudo, tornando ainda mais excitante. Quando ele estava preste a gozar, retirou-me rapidamente. Confesso que eu estava disposta a seguir em frente. Mas não quis forçar a barra. Certamente eu engoliria da próxima vez, sem pestanejar, tamanho tesão que eu sentia e curiosidade extrema quanto à tudo relativo ao sexo.
Sentamos cada um no seu banco, nos encarando ofegantes, eu só de calcinha, ele com o pau lambuzado para fora.
- Eu poderia perguntar o que foi isso... Mas não vou. Isso é o que acontece comigo quando estamos juntos. – eu disse olhando nos olhos dele.
- Você foi feita para mim, Satini. – ele disse secando minha boca com seu polegar.
- Desculpe minha inexperiência. Prometo que da próxima fez farei melhor. – sorri.
- Inexperiência? Parece-me que você nasceu sabendo fazer isso.
- Seu bobo...
- Tocá-la é a melhor coisa da minha vida.
- Eu amo você. – afirmei com toda a certeza.
- Você me faz esquecer todo o mundo ao meu redor. Como...
- Se nada importasse no mundo... A não ser nós dois. – completei.
- Não sei se consigo ficar longe de você.
- Você não precisa, Estevan.
Ele fechou a calça e eu coloquei rapidamente a minha roupa, no aperto do carro.
- Agora vamos fazer amor na praia. – ele sorriu.
- Na praia. – concordei lhe dando um beijo no rosto.
Ele ligou o carro e seguiu caminho pela estrada secundária. O sol já começava a se pôr na nossa frente. E novamente eu estava com ele. Fizemos sexo no carro, na estrada, enquanto o movimento seguia fluxo. Imagina se alguém tivesse filmado... Eu literalmente seria condenada ao escândalo para sempre.
- Haverá um baile no castelo de Avalon em três semanas. – eu disse.
Ele ficou um tempo em silêncio. Achei que ele pudesse dizer algo, mas não o fez. Pareceu ficar distante e não me dar atenção.
- Estevan... Você me ouviu?
- Eu... Ouvi.
- Soube da festa?
- Sim.
- É um momento importante em Avalon.
- Eu imagino. Você irá ao evento?
- Talvez...
- Por que está me falando sobre isso?
- Simplesmente lembrei... Imagina a princesa de Avalon casar-se com um homem que ela nunca viu na vida. Isso deve ser... Triste.
- Muito. Mas imagino que ela deva estar a par disto... Há muito tempo.
- Também acho. Ainda assim não torna o momento menos triste. Imagine se um de nós tivesse que casar com alguém que não conhece?
- Sim...
Será que vamos casar algum dia, Estevan? Desde que o conheci não imagino minha vida sem você. É como se a minha felicidade dependesse da sua presença ao meu lado. Eu não vou me casar com o homem que me foi prometido desde que nasci. Porque é com você que quero ficar, para o resto da minha vida.
Ficamos em silêncio, cada um imerso nos seus próprios pensamentos. Eu não sei sobre o que ele pensava, mas eu naquele momento tive a certeza de que o meu casamento com o príncipe não aconteceria.
Em pouco tempo o carro foi para uma rua de terra, chegando em seguida à praia, já com o sol se despedindo. Ele estacionou o carro no meio do nada, entre o mar e as dunas não muito altas que circundavam o local.
Assim que ele parou, eu abri a porta e retirei meu calçado, correndo pela areia fina até alcançar a água gelada. Deixei a onda molhar os meus pés.
Eu nunca tinha visto o mar pessoalmente, mesmo tendo praia costeando toda Avalon. E eu poderia ter vindo ali, tão perto de onde eu morava, com qualquer pessoa. Mas não... Parece que estava escrito que tinha que seria com ele.
Ele me abraçou por trás, colocando sua cabeça no meu ombro:
- Parece uma garotinha que nunca viu o mar.
Eu sorri, alisando o rosto dele descansando no meu corpo:
- Eu sou uma garotinha que nunca viu o mar.
Ele levantou a cabeça e ficou ao meu lado:
- Verdade?
- Verdade. – falei chutando a água com meus pés, molhando tudo.
- É um prazer lhe mostrar o mar pela primeira vez, meu amor. – ele disse pegando delicadamente o meu rosto e fazendo-me voltar para ele.
- Obrigada por tudo que você me fez conhecer.
- Sabe o que eu penso? Bendita hora que você decidiu, não sei por qual motivo, parecer uma mendiga.
Eu ri alto:
- Bem, pensa num local que me senti completamente perdida e deslocada. Então cortei minha calça com um canivete e minha blusa e amarrei, tentando parecer um pouco mais “descolada”. Quebrei o salto do meu sapato quando decidi ir na rua pegar um ar. Cansada, decidi sentar na beira da calçada... E então o resto você sabe.
- Eu sei que encontrei a mendiga mais linda que eu já tinha visto na minha vida.
- Então decidiu presenteá-la com algo valioso... Muito valioso.
- Eu só queria que você pudesse ficar bem...
- Eu voltei lá atrás de você. – confessei olhando nos olhos dele.
- Eu procurei você nos piores becos de Avalon para resgatá-la.
- Não voltou ao Avalon Club?
- Eu... Nunca estive lá. Imaginei que você estivesse na rua... Então não me apeguei ao local e sim em qual o lugar mais provável de reencontrá-la.
Ele me abraçou com força e eu correspondi. Já falei que o abraço dele era sempre apertado, como se eu pudesse fugir a qualquer momento? Mal sabia ele que eu só fugiria ao encontro dele na minha vida.
Estevan me beijou, daquele jeito quente, ao mesmo tempo calmo e tranquilo que me acendia imediatamente. Depois foi dando passos, me fazendo andar para trás, adentrando na água gelada.
- Eu não tenho roupa para trocar... – falei tentando dizer entre os lábios dele, preocupada.
- Eu também não... Quem disse que precisamos de roupas?
- Mas... E se vier alguém?
Ele me encarou:
- Ninguém vai aparecer numa praia deserta à noite.
- Eu teria que voltar... Mas acho que não vou conseguir. Prefiro sofrer as consequências desta noite. – confessei, passando meus braços em torno do pescoço dele.
- Vamos imaginar que é nosso último encontro.
- Como assim?
- Esqueça tudo o mais... Só existe nós dois, entende?
- Entendo... E como eu entendo. E sim, eu consigo fazer isso.
- Imaginar que é o nosso último encontro?
- Não... Mas esquecer tudo e pensar que só existe nós dois no mundo todo.
Retiramos nossas roupas rapidamente, jogando na areia e ficando somente com as peças íntimas. Ele me pegou no colo. Enlacei meus braços em torno do pescoço dele enquanto ele me conduzia para dentro do mar. Eu não sei se a água que estava muito gelada ou meu corpo que queimava. Ele me soltou quando a água atingiu a altura dos meus seios.
- Quero fazer este momento eterno. – ele disse me olhando.
- Ele já é... Nunca sairá da minha mente.
Então nos beijamos novamente, dentro da água, unindo nossos corpos sedentos num só, fazendo o fogo que ardia ao toque um do outro se acender. A noite começava a cair e só o que nos iluminava era a luz da lua cheia no céu, parecendo muito próxima de nós. Ao longe se via a estrada por alguns poucos carros que passavam vez ou outra, pois não havia iluminação na via.
Novamente fui pega no colo, com tanto carinho que chegava a deixar meu coração derretido. Ele me levou para próximo do carro e me deitou sob a areia, colocando o corpo sobre o meu.
- Eu vou lamber cada parte do seu corpo salgado. – ele disse me encarando.
- Isso tudo foi planejado? – perguntei, tentando não admitir para mim mesma que tudo foi obra do destino.
- Está falando sobre eu encontrá-la na praça onde brigamos? Ou sobre eu não ter trazido um colchonete... Nem algo para fazer fogo para nos aquecermos. Ou seria por não termos absolutamente nada para comer nem beber?
- Tem água no carro. – eu disse rindo.
- Droga, eu queria pescar com minhas próprias mãos um peixe para você... E recolher água da chuva para lhe dar de beber.
- Eu odeio peixe.
- Eu detesto pescar. – ele riu.
- Então se você não planejou, o que eu acho que realmente não fez, me diga pelo menos que você tem preservativo.
Ele saiu de cima de mim e foi até o carro, voltando com a embalagem prateada na mão:
- Um... Apenas um. – ele começou a rir alto. – A prova como eu não planejei isso.
- Ok, tem direito a uma gozada, meu amor. – falei irônica, mas seriamente.
- Jura que você vai fazer isso comigo?
- Juro.
- Uma dentro você quis dizer?
- Acho que sim... Você achou a solução do problema. – comecei a rir.
Continuei no chão. Achei que íamos começar a tentar apagar o fogo que nos consumia, mas não. Estevan simplesmente deitou ao meu lado e colocou a minha cabeça sobre o seu braço.
- Fico na dúvida sobre fazer amor com você ou olharmos a lua juntos.
- Acho que podemos fazer as duas coisas... Temos um tempo.
Nos olhamos e ele disse:
- Eu não tenho tempo.
Que porra ele tinha com a questão do tempo? “Eu” não tinha tempo. Mal ele sabia que eu tinha três semanas para andar por Avalon e vê-lo. Depois minha vida seria um inferno. E com meu rosto estampado em todos os jornais, ele saberia quem eu realmente era. Não... Eu não podia deixar que ele soubesse daquela forma. Eu tinha que contar a verdade. Mas não naquele lugar. Não naquele momento. Era o nosso momento mágico e eu não deixaria nada quebrar aquele encanto.
Nos beijamos e logo o desejo voltou intenso aos nossos corpos. Nos livramos das nossas peças íntimas e ficamos sobre a areia fina, nus, ele sobre mim. Embora fosse noite, eu conseguia ver nitidamente seu rosto, bem como o brilho dos seus olhos. Ele desceu os lábios no meu pescoço, dando chupões leves em alguns lugares. Eu adorava a forma como ele chupava a minha pele. Eu sabia que estava completamente salgada, mas ele pouco se importava. Era como se eu fosse a principal refeição dele... E também a última. Suas mãos passaram pela minha perna, encontrando a parte interna da minha coxa, que seus dedos quentes deixavam rastros como fogo ate chegarem na minha intimidade úmida e ardente. Ele passava os dedos para cima e para baixo, encostando no meu clitóris e depois saindo, me deixando enlouquecida. Seus lábios alcançaram meus seios e eu estremeci de desejo. Dois dedos entraram em mim lentamente enquanto o polegar massageava meu ponto G, que me deixava absolutamente entregue, gemendo de prazer. Ele voltou os olhos para mim.
Comprimi meus olhos e arqueei meu corpo com os dedos experientes me estimulando.
- Olhar você assim é a melhor coisa... Vou fazê-la gozar meu amor... Só para mim.
Mal sabia ele que eu já devia ter gozado antes mesmo daquela hora.
- Se você não entrar em mim agora, eu vou matá-lo Estevan. – quase gritei.
Ele riu e se enfiou em mim, vagarosamente, fazendo meu corpo tremer de vontade de tê-lo mais e mais. Minhas mãos alcançaram as nádegas dele e eu cravei minhas unhas compridas, obrigando-o a colocar seu pau o mais profundamente que ele pudesse. Então ele iniciou os movimentos de vai e vem, me penetrando com força enquanto ofegava deliciosamente. Ele saiu de dentro de mim e colocou o preservativo habilmente, e esperamos o quanto deu tentando não chegarmos ao ápice. Mas aquilo era absurdamente bom e então gozamos juntos, ao mesmo tempo, podendo emitir os sons mais altos e loucos, pois não havia ninguém ali... Só nós dois e o barulho do vai e vem das ondas do mar.
Eu era uma princesa devassa.