Capítulo 38
2259palavras
2022-12-24 14:56
Eu achava o rosto dele tão delicado, tão perfeito, tão doce... Mas seu corpo não era de garoto. Era de um homem.
- Relaxe... – ele falou olhando nos meus olhos. – Eu não vou machucar você... Eu prometo.
Meu corpo imediatamente obedeceu ao seu comando. Eu jamais pensei que ele fosse me machucar de propósito, assim como não imaginei sentir o desconforto que eu sentia em alguns momentos que ele aprofundava os dedos, embora eu estivesse completamente lubrificada e meu corpo estivesse em chamas querendo-o dentro de mim.
- Eu não aguento mais... – falei com o pouco de força que me restava. – Eu quero você... Agora.
Dizendo isso eu empurrei sua cueca para baixo e seus lábios novamente tomaram os meus, agora delicadamente, apaixonadamente. Meus dedos se perderam em seus cabelos molhados enquanto eu puxei sua cabeça com força para um beijo ainda mais envolvente e apertado.
Então vagarosamente senti ele entrando dentro de mim, me penetrando devagar, enquanto eu sentia um misto de prazer inexplicável misturado com uma dor que não doía... Era como uma lança entrando no meu corpo. Soltei um gemido enquanto sua boca envolvia a minha e meus olhos se comprimiram ainda mais, não deixando de expressar o incômodo de perder a minha virgindade.
Ele largou meu lábios e me olhou, ainda dentro de mim. Então movimentou-se novamente, não tirando os olhos dos meus, vendo cada suspiro que eu não continha, vendo eu morder meu lábio inferior com tamanha força, não conseguindo esconder todas as sensações novas que meu corpo era capaz de produzir.
Lentamente ele saiu de dentro de mim para depois entrar novamente, intensificando os movimentos de entra e sai, me fazendo arder sob seu corpo, queimando a minha pele e sentindo-o em brasa sobre mim. Agora não havia delicadeza. Ele queria se enterrar cada vez mais fundo e eu não suportava conter os gemidos, agora altos, ecoando-os por todo o local. Seu rosto afundou-se ao lado da minha cabeça, enquanto ele mordia levemente minha orelha. Cravei minhas unhas nos seus ombros, acompanhando os movimentos que ele fazia dentro de mim. Nossos corpos mesmo grudados, se chocavam um no outro, e conforme ele aumentava a potência e intensidade dos movimentos, eu ouvia nossos sons de prazer e entrega total.
Estevan, você está gemendo comigo... Estamos num mesmo ritmo e eu estou dando prazer para você, mesmo sendo a minha primeira vez. Meu corpo tremia intensamente e eu tinha tanta necessidade dele dentro de mim quanto o ar que entrava pelos meus pulmões.
- Não precisa se controlar... – ele disse. – Deixe-se sentir todas as sensações... Goze para mim, pela primeira vez, meu amor... – implorou num fio de voz enquanto gotas de suor escorriam pela sua testa.
Com aquelas palavras meu corpo se contraiu por inteiro e foi como se foguetes explodissem dentro de mim. Eu me sentia totalmente fora de controle de mim mesma e de tudo que meu corpo podia me dar. Então eu gemi alto e senti o líquido quente dele dentro de mim, quando ao mesmo tempo gritamos extasiados e libertos de tudo que tanto esperamos.
Meu corpo amoleceu completamente e se eu não estivesse sobre aquela cama, duvido que minhas pernas conseguissem segurá-lo. Senti o peso do corpo dele sobre o meu e sua respiração no meu ouvido, rápida, ofegante, intensa...
Ele abraçou-me, com o rosto afogado no meu pescoço. Ficamos assim, por minutos, talvez horas... Eu não sabia, pois o tempo não existia naquele momento.
Estevan, fique para sempre aqui comigo. Nunca mais eu quero estar longe de você. E não é por tudo que seu corpo acaba de me proporcionar... É porque meu coração não bate por nada nem ninguém como bate por você.
Porra, não usamos preservativo! Eu era virgem, mas sabia muito bem como se faziam bebês.
Ele levantou a cabeça e me fitou:
- O que a preocupa?
Estevan, você lê meus pensamentos agora? Como sabe que eu estou preocupada?
- Nós não usamos preservativo.
Ele girou para o lado e deitou, colocando um travesseiro sob a própria cabeça e me encarando:
- Me desculpe... Não consegui... Não deu tempo... Não tenho desculpas. – ele sorriu timidamente.
- E se...
Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha:
- Não é impossível, mas seria muito azar “engravidarmos” na sua primeira vez.
Como você pode ser ainda mais fofo do que como eu o idealizei, Estevan?
Ele pousou a cabeça sobre o braço esquerdo, passando os olhos pelo meu corpo desde o meu pé até voltar aos meus olhos, passando a mão levemente pelo contorno da minha cintura, fazendo com que meu corpo arrepiasse ao toque dele.
- Como você consegue ser ainda mais linda do que eu lembrava?
Eu não costumava ficar muito intimidada com nada, mas aquele elogio me deixou corada. Vinha da pessoa que eu tanto esperei...
- O que... Exatamente está acontecendo com a gente? – perguntei tentando entender.
- Eu não sei... Mas se for um sonho, eu não quero acordar. Não houve um dia que eu não tenha pensado em você desde o nosso primeiro encontro.
- E se eu disser que aconteceu o mesmo comigo, você acreditaria?
Ele riu, mostrando seus dentes alinhados e perfeitos e então percebi que ele tinha uma covinha na bochecha.
Eu poderia ficar ali até amanhecer o dia olhando para aquele homem sem dizer nenhuma palavra. Ele me trazia uma sensação de calma, paz, tranquilidade, que jamais eu senti em toda a minha vida.
- Eu... Machuquei você? – ele perguntou tocando levemente o meu rosto, descendo pela minha boca, onde ele se atentou em fazer o contorno dos meus lábios com seu dedo firme.
- Não...
- Foi perfeito, exatamente como eu pensei que seria.
- Como você sabia que eu estava lá, Estevan?
- Eu estive lá algumas vezes, procurando por você. Decidi que não desistiria... Até encontrá-la.
- Eu fiquei com medo de nunca mais vê-lo...
Ele se aproximou ainda mais de mim, tocando-me com seu corpo e deixei minha cabeça descansar sobre o seu peito. Estávamos nus e não havia nenhum tipo de pudor entre nós.
- Eu vou precisar voltar... E eu nem para onde. – confessei.
- Eu praticamente raptei você. Sei que provavelmente não estava sozinha.
- Rodeada de pessoas, mas sempre solitária... Esta é a verdade.
- Entendo bem como é esta sensação, acredite.
Passei minhas mãos pelo seu peito, com as pontas dos meus dedos, sentindo sua pele macia. A mão livre dele encontrou a minha e ele entrelaçou os dedos aos meus.
- Voltar... – ele disse. – Minha vontade é nunca mais voltar.
Eu ri:
- Sim...
Mas embora eu tenha certeza de que sou completamente apaixonada por você, não podemos ficar juntos. Eu não quero que você corra perigo... E eu não tenho coragem de lhe falar a verdade. Eu preciso protegê-lo.
- Eu já lhe disse que estou aqui de passagem? – ele perguntou.
- Mais ou menos.
- E eu já não tenho mais certeza se eu não quero fazer daqui minha morada. E isso seria por você.
Eu suspirei:
- Não... Você não pode mudar nada dos seus planos por mim, Estevan.
- Por que você acha isso? – ele deu um meio sorriso.
- Porque... Não pode.
- Eu sei que acabamos de nos conhecer... E que aconteceu tudo muito rápido. Eu mesmo tento entender exatamente o que houve...
- Discordo desta parte. – eu sorri. – Parece que demorou tanto...
- Três encontros... E...
E... Talvez ele quisesse dizer o mesmo que eu: três encontros para estarmos completamente apaixonados.
Na primeira vez você me confundiu com uma mendiga, na segunda com uma prostituta e na terceira eu já estava completamente apaixonada por você.
- Eu nunca tinha estado com um homem desta forma... – expliquei.
- E eu jamais pensei que pudesse ser o seu primeiro.
- Achou q eu era uma prostituta... – eu ri.
Ele colocou o braço na frente dos olhos, sem soltar minha mão:
- Vergonha! – ele riu. - Confesso que pensei em pegar todo dinheiro que eu tinha e lhe oferecer.
- Seu bobo... Sabe que eu teria ido de graça para qualquer lugar com você.
- Economizei um bocado no fim. – ele riu alto.
- Pelo menos depois de você ter me confundido com tudo que era coisa, eu decidi ser eu mesma.
- Mas você fica perfeita de qualquer jeito, Satini.
Olhei nos olhos dele. Como eu conseguiria ir embora daqueles braços, se minha vontade era ficar ali para sempre?
- Que horas são? – eu perguntei.
Ele puxou meus braços, colocando-os para cima do meu corpo, segurando-os com força:
- Eu não vou deixar você olhar no relógio.
- Estevan...
- Sequer sei se vou deixar você sair daqui.
Eu sorri e ele me beijou, sem soltar meus pulsos. Sua língua entrava na minha boca com tanta vontade de explorá-la que parecia que nasci para tê-lo em mim. Ainda estávamos nus e o desejo começou a consumir nossos corpos novamente. Tentei me soltar e tocá-lo, mas ele não permitiu.
Estevan subiu sobre mim e senti seu membro enrijecido me tocando novamente, fazendo com que eu gemesse. Ele puxou meu lábio inferior com seus dentes e soltou minhas mãos. Passei meus braços em volta do pescoço dele e quando percebi, ele me tomou no colo e levou-e até uma porta onde havia um enorme banheiro.
Ele me depositou no Box envidraçado e abriu o chuveiro, deixando a água morna cair sobre os nossos corpos.
Aquele homem me enlouquecia, mexia com cada pedaço de mim, fazia meu coração querer sair de dentro do meu peito e se aquilo não era amor, eu não tinha noção nenhuma do que poderia ser.
Ele me beijou com ardor novamente e correspondi com todo o meu coração. Depois seus lábios desceram pelo meu pescoço, onde ele depositou beijos longos e sensuais, em que eu conseguia sentir sua língua quente na minha pele. Quando ele me virou de costas, colocou gentilmente meus cabelos molhados para o lado e voltou a dar mordidas leves nos meus ombros, descendo enquanto suas mãos massageavam meus seios. Eu não sabia se era normal a forma como meu corpo reagia a tudo aquilo: vontade de tê-lo dentro de mim novamente, entrando e saindo inúmeras vezes, profundamente, até eu pedir para parar por não aguentar mais tanto tesão.
Suas mãos desceram lentamente, encontrando meu clitóris, que ele estimulou enquanto eu gemia de prazer, sem conseguir me conter, enquanto ondas de calor misturadas com sensações que eu não sabia que meu corpo era capaz de produzir chegavam até mim.
- Espere... Não goze ainda. – ele pediu no meu ouvido, para em seguida me virar para ele.
Então ele abaixou-se e nossos olhos se encontraram. Ele tinha olhos cor de avelã, castanhos tão claros... E que brilhavam intensamente para mim. Ele fechou os olhos e passou a língua sobre minha intimidade, fazendo eu gemer alto. Eu já havia visto aquilo em filmes e nunca achei que fosse tão maravilhoso quanto o que eu sentia naquele momento. Minhas pernas estavam totalmente cambaleantes e sem força, especialmente quando sua língua lambeu cada parte interna minha, depois entrando e saindo vagarosamente, explorando meu corpo de uma forma que nunca havia sido antes. Ele não só tinha tirado a minha virgindade... Estevan tirava tudo que mim: minha consciência, minha noção do tempo, minha noção de certo e errado, meu fôlego por completo. Até meu coração queria sair de dentro de mim...
Com a leve mordida que ele deu no meu clitóris eu gozei novamente. Era possível uma mulher ter vários orgasmos numa única noite, mesmo sendo a sua primeira? Quantas vezes ele me levaria a loucura e me faria chegar às estrelas no céu, sentindo foguetes estourando dentro de mim?
Ele voltou para minha boca, com sua língua pedindo passagem ferozmente, me beijava enquanto consumia meus lábios com avidez.
Habilmente ele puxou uma perna minha, com a qual me segurei ao corpo dele e se enterrou em mim, com seu membro duro e grande, fazendo eu sentir cada centímetro. Grudei-me ao corpo dele com força enquanto a água descia sobre nós, tentando apagar um fogo que jamais seria desvanecido. Eu o sentia entrando e saindo, com movimentos seguros e fortes. Não havia mais gentileza nas estocadas dele, assim como eu não mais sentia dor enquanto ele me fodia furiosamente.
Consegui me desvencilhar do beijo molhado por estar quase sem ar, deixando gritos altos de prazer ecoarem pelo cômodo grandioso onde nos consumíamos como se fosse a última vez que nossos corpos se tocariam na vida. Senti ele se derramar dentro de mim, ainda sem parar as estocadas, me mordendo com força no ombro. Sentir seus dentes na minha pele foi atiçar ainda mais o fogo dentro de mim e o gemido abafado dele no meu ouvido fez-me gozar novamente, não conseguindo segurar meu próprio corpo, sentindo ele me envolver com seus braços fortes enquanto eu não tinha mais um pingo de força... Nem de decência dentro de mim. Estevan havia acabado com a princesa virgem, bem como com a garota inocente que queria encontrar a paixão antes de casar. Ele me transformou numa mulher, sedenta, curiosa, assim como me fez realizar naquela noite dois dos meus desejos: perder a virgindade com alguém especial assim como me apaixonar loucamente por alguém.
- Eu comer você até não aguentarmos mais. – ele disse sorrindo.
Faça comigo o que quiser, Estevan. Meu corpo e meu coração são completamente seus.