Capítulo 54
1125palavras
2023-04-04 08:40
Pego a arma da mão do meu pai, e aponto para ele.
— Isso mesmo. Eu pedi várias vezes pra você parar, pedi várias vezes. Mas você não me ouviu nenhuma vez. Por que você acha que agora eu devo te ouvir?
— Não faz isso Raven. — Ele chega a soluçar de tanto que chora.

— Você não devia ter feito isso comigo Frédéric. — Falo balançando a cabeça negativamente.
— Eu sei. Me perdoa Raven? — Pediu chorando.
— Claro que não te perdoo Frédéric, mas antes de você morrer, quero que saiba que estou grávida, o filho é seu, mas sabe quem vai criá-lo?
— Raven por favor não faz isso? — Ele se ajoelha e implora.
— Você sabe quem vai criar o seu filho Frédéric!
— Por favor não me mate? — Ele chora feito uma criança quando tomam o seu doce.

— Você é patético Frédéric. O seu filho vai ser criado pelo Ralf. No final o meu plano vai dar certo, aquela lambisgoia vai desaparecer para sempre da vida dele, ela vai morrer hoje, eu vou mostrar aquelas fotos para o Ralf, ele vai achar que ela estava traindo ele, ele vai sofrer tanto, mas eu vou estar lá para consolá-lo.
— Acorda sua idiota! O Campbell te odeia.
Dou dois tiros certeiros na cabeça dele. Frédéric cai sem vida no tapete da minha sala.
— Ótimo trabalho. — Meu pai diz pegando a sua arma das minhas mãos.

— Vamos até à escola, quero estar esperando quando aquela lambisgoia e a idiota da mãe dela saírem esperançosas pela saída de emergência, só para depois levarem um tiro.
— Não vou te acompanhar, agora é com você, os meus homens já receberam a ordem de atear fogo em tudo. — Concordo com a cabeça.
Antes de sair o meu pai pede aos seus homens para limpar a minha bagunça. E logo depois eles me levam para escola.
Assim que chego vejo o Ralf sair, ele parece estar bravo, sinto vontade de ir atrás dele, mas antes quero matar essa lambisgoia maldita. Os homens do meu pai cuidam de dois seguranças idiotas que estavam na entrada da escola, depois eles começam a espalhar gasolina por toda a parte, um deles entra e começa um foco de incêndio em uma das salas, logo se forma um enorme fogaréu, dou risada de dentro do carro. Quando as pessoas começam a sair eu desço do carro e me escondo, fico olhando aquela gente toda sair, um tempo depois vejo a lambisgoia e a mãe dela saírem, de onde estou acerto um tiro na mãe da lambisgoia, que cai no chão.
— Não! — A lambisgoia grita.
As outras pessoas que estavam saindo junto com elas saem correndo desesperadas, após ouvir o barulho do tiro. Saio de onde estou e me aproximo das duas.
— Isso é pela vergonha que você me fez passar aquele dia, na frente da sua casa, sua velha. — Falo encarando a mãe da lambisgoia.
Tessa Bennett
Olho para a minha mãe que está baleada no chão.
— Eu te amo filha. — Ela diz com dificuldade.
— Mãe... Eu também te amo. — Eu choro.
— Sinto muito, mas ela vai morrer. Vai para lá? — Ela aponta a arma para mim. Faço o que ela pede e me afasto um pouco da minha mãe, ela aproxima-se e fica agachada ao lado da minha mãe, depois cospe na cara dela.
— Seu lixo humano! É tão bom te ver assim... Bem diferente daquela valentona que me botou pra correr aquela noite. — Ela passa o cano da arma sobre o rosto da minha mãe. — Vai ser um prazer te mandar para o inferno.
De repente a minha mãe agarra o pescoço dela e a puxa para o chão.
— Foge filha!
Saio correndo sem destino, ouço vários disparos enquanto estou correndo, um deles acerta o meu braço de raspão, os outros eu sei que puseram fim à vida da minha mãe, entro numa mata encosto-me numa árvore e começo a chorar, se pelo menos eu tivesse com o meu celular poderia ligar para o Ralf, mas nem sei onde ele ficou, começo a correr novamente sem rumo quando vejo duas luz de lanternas. Chego numa rodovia rural pavimentada, vejo a minha frente uma ponte, corro rápido até ela, olho para baixo e penso em pular, mas é muito alto. Os homens se aproximam de mim, eu encosto-me na beirada da ponte, fecho os meus olhos quando eles apontam as suas armas para mim, ouço dois disparos. Abro os meus olhos devagar, enquanto penso “eu ainda não morri?” Vejo os dois homens mortos no chão e à minha frente está o Jimmy, corro na sua direção e abraço ele, chorando compulsivamente.
Jimmy Ricci
Assim que chego na fazenda do meu pai, que fica à poucos minutos depois da cidade, eu e ele vamos conversar um pouco, colocar o papo em dia, ele questionou a minha visita sem aviso, eu só disse que queria um pouco de sossego. Um tempo depois meu pai vai dormir, como estou sem sono pego uma cerveja, saio da casa e vou observar a noite estrelada perto da margem do rio, enquanto tomo a minha cerveja, a noite está clara devido à lua, e de onde estou vejo uma mulher se aproximar da ponte, ela parece estar assustada, de repente ela parece querer pular, mas é muito alto, se pular com certeza morrerá, talvez seja isso mesmo que ela queira fazer, sem pensar em mais nada corro rapidamente até onde ela está, assim que chego perto reconheço a moça, é a Tessa, dois homens estão apontando uma arma para ela, então eu saco a minha arma da cintura e mato eles antes que atirem nela. Tessa permanece onde está com os olhos fechados, assim que ela abre os olhos vem correndo até mim, e me da um abraço apertado.
— Obrigado Jimmy. — Ela diz enquanto chora.
— Você está bem? — Pergunto enquanto acaricio os cabelos dela.
— Ela matou a minha mãe. — Diz em meio ao choro
— Quem matou a sua mãe? — Eu pergunto confuso.
— A Raven, ela matou a minha mãe. — Tessa diz com a voz falha, abraço ela novamente.
— Calma Tessa? Vem comigo até a casa do meu pai?
— Não posso. Eu preciso voltar.
— Se acalma Tessa? Vamos até à casa do meu pai, é aqui pertinho, assim que chegarmos lá ligamos para o Ralf.
— Eu preciso voltar... Ver a minha mãe. — Ela diz chorando.
— Podemos fazer isso. Eu ligo para o Ralf depois vamos ver a sua mãe. Podemos fazer assim? — Ela concorda com a cabeça.