Capítulo 55
1060palavras
2023-04-04 08:41
Assim que eu e Tessa chegamos na casa do meu pai vou até à cozinha, pego uma água com açúcar para ela se acalmar. Tessa está sentada no sofá da sala, a televisão está ligada no noticiário onde está noticiando o incêndio na escola onde ela trabalha, vinte pessoas sofreram queimaduras leves, e três pessoas morreram, os corpos encontrados foram levados para o IML. Olho para Tessa que chora em silêncio. Ligo para o Ralf, mas ele não me atende.
— Ele não atende. — Eu falo impaciente.
— Me leva até a minha mãe por favor? — Ela pede com os olhos marejados.
— Antes de irmos preciso ligar para o meu advogado, com certeza você vai precisar de um, vou ligar e pedir para ele nos encontrar no IML. — Eu encaro ela que assente com a cabeça.
Ligo para o meu advogado Peterson e falo para ele nos encontrar no IML.
Depois vou com a Tessa até o IML. Ela chora horrores ao ver a mãe morta. Mais tarde os policiais quiseram interrogar a Tessa, o meu advogado acompanhou ela, Tessa estava muito abalada, ela só disse aos policiais que não sabia o que havia acontecido com a sua mãe.
— Então você não faz ideia de quem atirou na sua mãe? — O policial perguntou mais uma vez.
— Não. Eu já disse, eu estava discursando quando o fogo começou, e durante a correria nós duas nos perdemos.
— Acho que já deu senhor policial, a minha cliente está cansada e abalada com a sua perda. — Peterson diz seriamente.
— Estão liberados.
Saímos, agradeço ao Peterson, que se despede de nós dois e vai para casa.
Enquanto eu e Tessa vamos caminhando até o meu carro pergunto a ela porque mentiu, ela sabe muito bem quem tirou a vida da mãe dela.
— Por que não disse a eles que foi a Raven?
— E o que isso ia adiantar? — Ela diz com um certo tom de grosseria na voz.
— Desculpa isso não é da minha conta.
— Perdão Jimmy? Eu não devia ter falado assim eu...
— Tudo bem, eu te entendo, você está nervosa. — Eu interrompo ela, que não diz mais nada, apenas chora, abraço ela com o meu coração totalmente despedaçado, não queria vê-la sofrendo. — Vamos, vou levar-te até a casa do Ralf.
Tessa entra no carro e senta no banco do passageiro, entro no banco do motorista e sigo para a casa do Ralf.
Raven Carter
Após acabar com a vida da mãe da maldita da lambisgoia peço para dois dos homens do meu pai irem atrás dela, que se enfiou na mata, eu mesma queria ter o prazer de acabar com a vida dela, mas preciso ir falar com o Ralf. Antes de ir dispenso os homens do meu pai, não preciso mais deles, que eles matem essa maldita e sumam da minha frente. Vou sozinha para a casa do Ralf.
Assim que paro o carro na frente da casa dele tento entrar, mas os seguranças não me deixam passar.
— Me deixa passar seu filho da puta!
Começo a gritar o nome do Ralf cada vez mais alto, e falo que tenho uma coisa para mostrar a ele.
Ralf Campbell
Chego na minha casa ainda sem acreditar nas palavras que saíram da boca daquela mulher, toda a minha vida foi uma mentira, como ela e o meu pai foram capazes de fazer uma coisa dessa.
Caminho no meu quarto de um lado para o outro enquanto penso nisso, vou para o banheiro tiro todo a minha roupa ligo o chuveiro e entro em baixo. Pelo menos agora eu entendo o porque dessa ligação forte que existe entre mim e a Tessa, o nosso amor já existia. Termino o meu banho, desligo o chuveiro seco-me e saio enrolado na toalha, do meu quarto escuto gritos lá fora, vou até à janela e vejo a Raven lá em baixo gritando feito louca e xingando os seguranças, o que essa maldita veio fazer aqui? Saio do meu quarto enrolado na toalha e vou lá fora.
— Que caralho você tá fazendo aqui? — Ela lança-me um olhar malicioso por eu estar só de toalha.
— Que recepção em. — Diz com uma cara bem safada.
— Tirem ela daqui! — Grito para os seguranças.
Os meus seguranças seguram ela.
— Espera Ralf! Tenho uma coisa para te mostrar. — Ela diz levantando o braço onde estava com um envelope na mão.
— Não muito obrigado. — Eu lhe dou as costas, e dou alguns passos para frente.
— Espera Ralf! É sobre a Tessa, ela está te traindo. — Paro na mesma hora após ouvir essa frase.
— Acha mesmo que eu acredito em você? — Pergunto me virando encarando ela.
— Veja você mesmo. — Ela estende a mão com o envelope.
Por que estou dando ouvidos para essa vagabunda? Tá na cara que isso é mais uma armação dela, faço sinal para que os meus seguranças a soltem, ela vem correndo até mim, afasto-me dela, ela estende a mão com o envelope, encaro aquele envelope por alguns segundos, depois pego da sua mão e vou caminhando para dentro de casa enquanto abro e pego o conteúdo de dentro.
— Só pode ser brincadeira. — Eu falo enquanto riu encarando ela.
— Eu juro que não é montagem Ralf.
— E você quer que eu realmente acredite nisso?
— Ralf eu juro que é verdade, eu pedi para um detetive seguir os dois, e ele tirou essa foto. — Começo a rir compulsivamente. — Você quer acreditar que isso é montagem, mas sabe que os dois passaram bastante tempo juntos depois que você viajou.
Fico sério por um momento, essa maldita não pode estar falando a verdade, claro que a Tessa não me trairia, ainda mais com o Jimmy, se bem que os dois ficaram bem próximos enquanto eu estava no Brasil. Com uma raiva enorme vou para cima dela e já agarro ela pelos cabelos.
— Sai da minha casa agora sua vagabunda!
— Eu juro que estou falando a verdade Ralf.
— Vai embora daqui! — Eu empurro ela com força, e nesse mesmo instante vejo a Tessa entrar acompanhada pelo Jimmy, encaro os dois sério, será que a Raven está a dizer a verdade?