Capítulo 41
1145palavras
2023-02-24 00:52
Tessa Bennett
Estou na escola me despedindo dos meus alunos e dos meus colegas de trabalho, pois vou ficar sete dias, afastada das minhas atividades, em repouso por conta da cirurgia.
— Boa sorte Tessa! Que tudo ocorra bem. — Emma segura na minha mão após dizer essa frase.
— Muito obrigado diretora Emma. — Falo com um sorriso.
Enquanto estou nesse momento de descontração o meu celular toca, atendo, e uma voz masculina do outro lado da linha, me diz que a minha mãe foi internada após sentir um mal-estar, após falar com o homem pego um carro de aplicativo e vou até o hospital.
— Mãe o que você está sentindo? — Pergunto preocupada.
— Um mal-estar muito grande filha.
— O médico já veio te ver?
— Sim. Ele pediu para eu fazer alguns exames.
Assim que a minha mãe termina essa frase uma enfermeira entra no quarto.
— Oi Meninas!
— Oi como vai? — Falo simpática.
— Vou bem obrigada. Você deve ser a filha da Lince.
— Sim. Eu sou a Tessa.
— Prazer Tessa. E a senhora Lince está se sentindo melhor?
— Não. Ainda estou sentindo um mal-estar horrível.
— Logo vai passar. Eu vou colher algumas amostras de sangue que o médico pediu, para realizar alguns exames.
— Você já sabe o que ela tem? — Pergunto apreensiva.
— Provavelmente é só uma queda de pressão. Mas só vamos ter certeza mesmo depois que o resultado dos exames saírem.
— Está bem. Muito obrigada.
— Obrigada vocês. — Ela sai do quarto.
— Filha são quase cinco horas você vai perder a sua cirurgia.
— Não se preocupe com isso mãe. — Seguro na sua mão.
— Obrigado por cuidar de mim querida. — Ela acaricia o meu rosto.
Um tempo depois o meu celular toca, é o Jimmy avisando que estava indo na minha casa para me levar ao hospital, conto a ele que estou com a minha mãe no hospital e peço para ele cancelar a minha cirurgia. Não posso deixar a minha mãe sozinha, preciso ficar ao lado dela.
Ralf Campbell
— Que merda! — Falo após encerrar uma ligação com o Jimmy, parece que a doida da mãe da Tessa não estava se sentindo bem, e a Tessa pediu ao Jimmy para cancelar a cirurgia. Logo hoje essa doida vai passar mal. Enquanto estou a resmungar vejo o Bruce entrar pela porta.
— Está tudo bem?
— Tá tudo uma merda.
— O que aconteceu?
— Só desacerto na minha vida, primeiro foi aquela vagabunda que você trouxe aqui, e hoje é a doida da mãe da Tessa, o meu saco não aguenta.
— O que a sua sogra aprontou?
— Ela vive se metendo na vida da Tessa.
— Normal, ela é a mãe.
— Ela é uma verdadeira pedra no sapato, isso sim.
— Eu quero te pedir desculpas, não imaginava que a Raven seria capaz de aprontar uma dessa.
— Tranquilo, a casa é sua, e como disse, você não imaginava que ela ia aprontar uma dessa.
— Essa casa também é sua.
— Valeu irmão.
— Estou perdoado então?
— Claro que sim. — Ele sorri satisfeito.
Meghe Zadia
Estou na mansão jantando quando a campainha toca, levanto-me e vou atender.
— O que está fazendo aqui Frédéric? — Pergunto séria encarando ele.
— Eu preciso de um lugar para passar a noite.
— Está louco, você não pode ficar aqui Frédéric. — Falo firme.
— Eu sei que o Campbell está no Brasil.
— Sabe que eu não posso deixar você entrar depois de tudo que aprontou.
— Eu não tenho onde passar a noite Meghe.
— Procura um hotel, pensão, ou dorme na rua.
— Vai me abandonar mesmo? Pensei que gostasse de mim.
— Gostar não basta.
— O que mudou?
— Você não foi capaz de dizer a verdade, me descartou para ficar com aquela vagabunda, eu já sei de tudo Frédéric.
— Ela não significa nada para mim.
— Isso não importa mais. Vai embora daqui Frédéric?
— Tá bem.
Fico vendo ele indo embora, uma lágrima quente escorre pelo meu rosto, eu amo o Frédéric, mas não posso colocar esse amor a cima de mim ou acima das ordens do meu patrão.
Dez dias depois...
Ralf Campbell
Hoje comprei uma passagem para ir à Los Angeles, pretendo ficar dois ou três dias, preciso ver a Tessa, não estou mais me aguentando de saudades dela. A obra no meu apartamento está cada dia mais enrolada, ontem um dos homens que estavam trabalhando sofreu um acidente de carro, e acabou falecendo, os outros que realizam a obra com ele eram muito amigo dele, então todos eles estão de luto, parece que só vão voltar a trabalhar depois de três dias, bando de folgados. Fui reclamar com o síndico do condomínio sobre isso, ele apenas disse que não pode fazer nada, que se ele for contratar outra empresa vai atrasar ainda mais o serviço, fiquei puto demais, mas por um lado isso veio a calhar, pois irei ver a minha mulher.
— Está ansioso para reencontrar a namorada? — Bruce pergunta animado.
— Você não faz ideia.
— Até que foi bom os rapazes tirarem esses dois dias de folga.
— Na verdade não, eles pararam com a obra na quinta-feira, esses folgados vão ficar mais três dias coçando a bunda.
— O amigo deles morreu na quinta-feira Ralf, você acha mesmo que eles iam estar com cabeça para trabalho.
— Eles são um bando de preguiçoso isso sim.
— Para de reclamar, você vai ver a sua namorada. — Olho para ele com a expressão séria, depois volto a arrumar a minha mala.
Tessa Bennett
Dez dias já se passou desde do dia que eu tive que cancelar a minha cirurgia, porque a minha mãe estava passando mal, o problema dela era pressão mesmo, o médico passou alguns remédios para ela tomar pela manhã, a minha mãe está bem já voltou a trabalhar, mas agora o seu horário de trabalho mudou devido a sua saúde, ela está trabalhando das oito da manhã até as seis horas da tarde, a minha mãe não quer mudar o seu horário de trabalho ela gosta da sua rotina, mas foi obrigada pelo seu chefe, que não quer perder a sua melhor funcionária do hospital.
Quanto a minha cirurgia, ainda não me decidi quando vou fazer, por enquanto esse assunto ficou de lado.
Depois de um dia de trabalho o motorista do Ralf o Ravi, que agora está encarregado de me levar e buscar diariamente na escola, para em frente a minha casa.
— Muito obrigado Ravi.
— De nada Tessa. Até segunda.
— Tchau! Até segunda.
Ouço o barulho do carro saindo, vou andando devagar até a minha casa quando de repente, sou puxada pelo braço com força.