Capítulo 42
1127palavras
2023-02-24 00:53
— Me solta! — Ouço gargalhadas.
— Você é patética garota. — Eu conheço essa voz. — Não sei o que o Ralf viu em você. Você é só uma mulher sem sal, e ainda é cega.
— Você deve ser a mulher rejeitada pelo meu namorado. — Ela ri alto.

— Namorado... Para de ser iludida garota, você é só mais uma na vida dele.
— Isso é mentira. E você sabe muito bem.
— Eu estava no Brasil com o Ralf, nós ficamos juntos.
— Sua mentirosa.
— Eu não estou mentindo, ele está hospedado no apartamento de um amigo nosso.
— Acha mesmo que vou acreditar em você, sua cobra. O Ralf me contou tudo sobre você.

— E o que ele te contou? — Me agarra pelos cabelos.
— Ai me solta sua louca!
— O Ralf é meu. Você tá me entendendo? — Puxa ainda mais forte o meu cabelo.
— Ele não te quer. — Ela começa a acertar vários tapas no meu rosto, tento me defender, mas é difícil quando você não consegue ver nada.

— Solta a minha filha! — Fico aliviada após ouvir a voz da minha mãe.
Lince Bennett
Assim que chego próximo a minha casa vejo uma mulher agarrada no cabelo da Tessa, apresso os meus passos indo na direção delas, tiro a minha arma que tenho para a minha defesa pessoal de dentro da minha bolsa e aponto para a safada, que está puxando o cabelo da minha filha.
— Solta a minha filha! — Eu aponto a arma para a desgraçada.
— Você sabe usar isso sua velha?
— É melhor você não pagar pra ver. Solta a minha filha agora. — Falo pausadamente, ela solta os cabelos da Tessa. — Agora vai embora daqui!
Ela olha-me depois entra no seu carro e vai embora. Guardo a minha arma de volta na bolsa, aproximo-me da Tessa e dou um abraço apertado nela, enquanto ela chora.
— Vamos entrar.
Antes de entrar em casa a fofoqueira da Mel sai da sua casa e vem correndo até nós.
— Eu vi tudo! Você está bem Tessa?
— Você viu tudo e não fez nada para ajudá-la? — Pergunto enraivecida.
— Não vou me meter nisso, eu avisei para afastar a sua filha daquele homem Lince.
— Some daqui sua fofoqueira! — Ela me olha assustada, depois sai correndo.
Entro em casa com minha filha.
— Você está bem filha? Ela te machucou? — Pergunto segurando seu rosto.
— Está tudo bem mãe. — Diz chorosa.
— Isso é tudo culpa daquele projeto de mafioso!
— O Ralf não tem culpa disso.
— Claro que tem. Antes não tinha nada disso, nós duas vivíamos em paz.
— O Ralf não tem culpa de ter uma ex-possessiva.
— Ótimo! Vai continuar a defender esse homem. Mesmo depois da ex dele ter lhe espancado.
— É claro mãe. O Ralf não tem culpa.
— É claro que tem. É por causa dele que essa mulher veio aqui te espancar. Eu não quero que esse homem entre na minha casa, Tessa Bennett. — Falo firme.
— Mãe você tá exagerando.
A campainha toca...
— Se for a fofoqueira da Mel de novo, eu juro que vou dar uma surra nela. — Falo indo na direção da porta. Assim que abro vejo o infeliz do Ralf. — Ah não! Você não. — Fecho a porta.
— Quem é? — Tessa pergunta curiosa.
— Ninguém. — O infeliz bate na porta novamente, e chama pela Tessa.
— É o Ralf. — Diz animada, indo abrir a porta.
Ralf Campbell
Assim que desembarco em Los Angeles pego um táxi e vou para a casa da Tessa, bato na porta e quem me atende é a doida da mãe dela, ela fala “ Ah não! Você não ” , e fecha a porta na minha cara, sem dar tempo deu falar uma palavra, mulher doida. Bato na porta novamente, mas dessa vez chamo pela Tessa, logo a porta se abre novamente, mas dessa vez vejo a minha mulher linda na minha frente.
— Ralf.
— Oi moça. — Agarro ela pela cintura, depois dou um beijo demorado na sua boca.
— Por que não me avisou que ia vim?
— Eu queria fazer uma surpresa.
Entro na casa com um sorriso enorme no rosto, a doida da mãe da Tessa olha-me com cara de poucos amigos.
— Boa noite Senhora. Tudo bem?
— A minha noite não está nada boa. E não está nada bem.
— Por quê? O que aconteceu?
— Quando eu cheguei, encontrei uma mulher espancando a minha filha.
— Como assim? Isso é verdade? Você está bem Tessa? Te machucaram? — Pergunto preocupado enquanto analiso a Tessa.
— Não se preocupe, estou bem meu amor.
— Me desculpe por isso? — Abraço ela.
— Ralf tá tudo bem comigo. — Fala tranquila.
— Você sabe quem era essa mulher? — Pergunto baixinho no seu ouvido para a doida da mãe dela não escutar.
— Pela voz era a mesma mulher do dia do sequestro. — Diz baixinho.
— A Raven? — Cochicho.
— Sim.
— Desgraçada. — Chamo atenção da doida da mãe da Tessa.
— Até quando vai ficar botando a minha filha em perigo? Some logo da vida dela?
— Mãe por favor.
— Não vou ficar quieta Tessa, se eu não tivesse chegado a tempo, aquela mulher teria feito picadinho de você.
— Sua mãe tem razão Tessa.
— Ralf não escuta a minha mãe.
— Talvez seja melhor se...
— Não, eu não quero. — Diz me enterrompendo.
— Nesse caso senhora, eu só deixarei a sua filha se ela quiser. — Ela olha-nos séria enquanto balança a cabeça negativamente. Depois ela vai para outro cómodo da casa deixando eu e a Tessa sozinhos.
— Que saudades que eu estava de você. — Ela me abraça.
— Também estava com muitas saudades. — Dou um selinho nela. — Tem certeza que tá tudo bem?— Pergunto preocupado.
— Sim, eu estou bem.
— Quer ir dormir na minha casa hoje?
— Claro, mas preciso tomar um banho antes.
— Vamos tomar banho juntos? — Falo baixinho no ouvido dela.
— Prefiro tomar banho sozinha.
— Tudo bem.
— Mas não precisa ficar chateado.
— Não estou chateado.
— Eu já volto. — Ela me dá um selinho.
— Vou te esperar aqui.
Enquanto a Tessa toma banho, fico na sala sentado no sofá, pego o meu celular e mando mensagem para o Jimmy, aviso a ele que estou em Los Angeles, depois peço para ele agendar uma reunião com o Davis Garcia, quero conversar com ele sobre a Raven, essa desgraçada tá me enchendo o saco demais.