Capítulo 14
1114palavras
2023-01-12 01:39
— Por que está com as mãos tão frias Tessa?
— Estou nervosa. Eu fiz algo errado diretora Emma? — Pergunto preocupada.
— Fique tranquila. Não lhe chamei aqui para lhe dar bronca, ou chamar a sua atenção.
— Então porque eu estou aqui? — Pergunto ainda mais apreensiva.
— Te chamei aqui, para agradecer por ser tão competente. Obrigada professora Tessa, por sua causa a minha escola juntamente a você terá a honra de participar do concurso de melhor professor da cidade.
Por essa eu não esperava, chego aqui pensando que vou levar uma bronca ou até mesmo ser demitida e recebo essa notícia.
— Eu não sei o que dizer. — Falo ainda surpresa.
— Apenas me diga que vai aceitar.
— Nunca pensei que participaria de algo assim.
— Bom, eu ficaria extremamente agradecida se aceitasse esse convite.
— Não sei se me sairia bem participando de algo dessa magnitude.
— Não tenho dúvidas que se sairá muito bem, mas a escolha é sua, pense um pouco, e me dê a sua resposta amanhã. Pode ser?
— Tudo bem — Digo me levantando.
— Mas pense com carinho Tessa.
— Vou pensar. Obrigada.
Estou muito surpresa, há tantos outros professores ótimos na escola, e dentre tantos, eu fui a escolhida, mas confesso que estou feliz.
Ralf Campbell
Estou a voltar de um dos galpão que usamos para torturar os traidores, hoje eu fui obrigado a socar a cara, e arrancar dois dedos e um dente de um idiota que pensou que poderia me enganar, o safado estava passando informações nossas para o inimigo, o Jimmy que descobriu, por isso gosto tanto desse garoto, ele é leal e competente. Mas o maldito do traidor não entregou quem o comprou, se ele não abrir o bico amanhã vai receber uma bala na cabeça. Estaciono o meu carro na porta de casa, vejo o Frédéric sair com o carro.
— Você está indo buscar a Tessa? — Falo ainda dentro do meu carro.
— Sim senhor.
— Pode deixar que vou buscá-la. — Frédéric assente com a cabeça.
Ligo o carro novamente e vou para a escola, eu preciso ver a Tessa, ela é a minha calmaria, sei que preciso fazer essas torturas, mas isso não me faz bem, prefiro mil vezes matar o infeliz de uma vez. Logo que chego em frente a escola observo a Tessa saindo, desço do carro e vou ao encontro dela, o porteiro me olha com olhar desconfiado, chego mais perto da Tessa e seguro na sua mão.
— Aí que susto! — Fala levando a sua outra mão na direção do seu peito.
— Desculpa eu não queria te assustar. — Digo rindo.
— Nuca mais faça isso. — Me dá um tapinha sobre o meu peito.
Desvio o meu olhar da Tessa para olhar o porteiro que se aproxima de nós dois.
— Tudo bem por aqui senhorita Tessa? Posso te ajudar em algo?— Pergunta me olhando sério.
— Está tudo bem sim! Ethan, eu conheço ele. — Diz tranquila esboçando um leve sorriso.
— Certo. Se precisar de ajuda estou a disposição. — Diz me olhando.
— Você tá surdo seu palhaço, não ouviu ela dizer que me conhece!
Tessa Bennett
Aquela alteração do Ralf tão de repente me preocupou.
— Você tá querendo arrumar confusão? — Ethan disse alterado.
— Você faz ideia com quem tá se metendo?
— Ralf se acalma por favor, ele só está fazendo o trabalho dele. — Digo e seguro o seu braço.
— Se ponha no seu lugar seu otário. — Ralf diz enraivecido.
— Já chega! Vamos embora. — Falo firme.
Andamos até o seu carro. Durante o caminho, percebo que Ralf não está me levando para a minha casa, e sim para a dele, mas não questiono.
— Você não perguntou se eu queria vir para a sua casa. — Falo assim que ele estaciona.
— Como sabe que estamos na minha casa?
— Eu só sei Ralf. Por que me trouxe aqui? — Falo enraivecida.
— Está chateada comigo?
— Não sei, o que você acha?
— Você não devia estar, aquele cara é um idiota.
— O Ethan só estava sendo cuidadoso.
— Não vou me desculpar, se for o que espera de mim.
— Não vou pedir que faça isso.
— Eu vou te levar de volta para casa. — Da partida no carro.
— Ralf você está bem?
— Estou sim.
— Não, você não parece bem. Para o carro? — Falo firme.
Ralf Campbell
Paro o carro um pouco ainda próximo a minha casa.
— Estou bem, eu juro. — Falo tentando não deixá-la preocupada.
— Você parece estar tenso.
— Você é a minha calmaria sabia? — Seguro a sua mão.
— Conta o que aconteceu?
— Se eu lhe contar, vai me achar um monstro. — Acaricio o seu rosto.
— Não vou, eu juro. — Coloca a sua mão sobre a minha.
Olho para ela em silêncio por alguns segundos, aproximo os nossos rostos e beijo a sua boca.
— Dorme comigo essa noite Tessa? — Peço enquanto deposito leves bitocas sobre os seus lábios macios.
— Ralf, eu preciso tomar um banho, trocar de roupa.
— E se eu conseguir uma roupa pra você. Você fica?
— Deixe-me pensar...
— Por favor?
— Tá bom eu fico.
Volto para casa, e ligo para uma das lojas onde compro roupas, peço para trazerem algumas roupas femininas para Tessa.
— Ralf, eu preciso ligar para a minha mãe.
— Claro fique a vontade. — Me afasto por achar que ela queria privacidade para conversar com a mãe.
— Pode me emprestar o seu celular?
— E o seu?
— Na verdade, eu não tenho. — Disse acanhada. Dou risada.
— Por que você riu? — Pergunta parecendo estar chateada.
— Juro que não foi por deboche ou algo assim.
— E foi por que então?
Tessa Bennett
Após o riso de Ralf fico constrangida, pois não sei se o seu riso era de deboche ou pena.
— Perdão, não tinha a intenção de te ofender. Eu só ri porque me lembrei daquele dia que pedi o seu número, e você me disse que não estava com seu celular, achei estranho, quem hoje em dia esquece o celular em casa.
— Eu poderia ter esquecido, qual o problema?
— Tenho certeza que se tivesse um celular não iria esquecer em casa. Você não tem celular.
— Não, eu não tenho Ralf.
— Tudo bem, não precisa ficar emburrada. Você pode usar o meu sempre que quiser. — Agradecida Sorri.
— Pode digitar o número para mim?
— Claro que sim.