Capítulo 10
1080palavras
2022-12-04 00:56
Assim que entro em casa vou logo tomar um banho, estou tão feliz por saber que o Ralf também está interessado por mim. Termino o meu banho troco de roupa, e fico no meu quarto fazendo o meu passatempo preferido, ouvir música, sem perceber acabo pegando no sono, sou acordada pela minha mãe. Tem dias que ela sai mais cedo do hospital, e hoje foi um desses dias.
— Tessa… acorda…Tessa?
— Mãe o que houve, aconteceu alguma coisa? — Falo sonolenta.
— Não aconteceu nada, só estou te chamando para jantar.
— Credo mãe, pensei que tivesse acontecido algo
— E o que teria acontecido? Anda vem jantar.
— Vou daqui a pouco.
— Não demora o jantar está na mesa.
Me levanto e fico alguns instantes sentada na beirada da cama tentando me recuperar do susto que a minha mãe me deu, e enquanto faço isso me recordo do Ralf me pedindo o meu número, se ele soubesse que nem celular eu tenho, preciso comprar um, terei que falar com a minha mãe, ela que é a responsável por administrar o meu dinheiro. Ela não vai gostar da ideia deu ter um celular, pois sempre diz que eu não devo ter um. Vou para a cozinha.
— Hum... O cheiro está ótimo! — Sentei-me a mesa.
— Sabe o que temos hoje para o jantar filha?
— Deixe-me pensar... O cheiro é de, lasanha!
— Isso mesmo. — Toca o meu ombro, logo depois coloca o prato na minha frente.
Passo a mão sobre a mesa até alcançar o garfo ao meu lado e como um pouco da lasanha, que está ótima.
— Está uma delícia mãe. — Falo de boca cheia.
— Obrigada filha, mas não fale de boca cheia por favor.
— Para de ser tão certinha mãe.
— Sabe que detesto que falem de boca cheia na minha frente Tessa, isso é uma tremenda falta de educação.
— Está bem, me desculpe.
Assim que termino a minha refeição crio coragem e falo sobre o celular.
— Mãe quero comprar um celular.
— Comprar um celular, por que isso agora filha?
— Por nada, só quero ter um celular.
— Já disse que celular é perigoso.
— Eu sei mãe, mas eu quero ter um, todo o mundo tem, menos eu.
— Sabe que vai ser difícil você se adaptar.
— Não se preocupe, eu aprendo rápido.
— Você não ta querendo celular para conversar com aquele homem?
— De que homem você está falando mãe? — Fiz-me de sonsa.
Sinto ser abraçada por trás pela minha mãe.
— Filha por favor, não se envolva mais com esse tipo de gente?
— Não vou mãe.
Senti-me mau por estar mentindo para ela, mas não consigo mais esconder o que estou sentindo pelo Ralf.
— Só quero ter um celular, por acaso não posso? — Faço um drama tentando reverter a situação.
— Claro que você pode ter um celular filha, só estou preocupada.
— Fica tranquila, eu sei me cuidar mãe.
— Está bem, você terá o seu celular.
— Obrigada mãe.
Ralf Campbell
Chego em casa e vou tomar um banho, depois visto uma roupa confortável e me deito na minha cama, olho o meu celular e vejo várias ligações da Raven, abro o meu aplicativo de mensagens e também haviam várias mensagens dela.
Mensagem on
É sério que vai trocar-me por uma cega?
Você nunca me levou para sair. Responde Ralf?
Mensagem of
Em baixo de uma das mensagens que a vagabunda mandou, havia uma foto minha e da Tessa saindo da sorveteria. Ligo para ela cheio de ódio.
Ligação on
— Quem caralho você pensa que é?
— É sério isso Ralf, realmente está tendo algo com essa mulher cega?
— Raven cala essa boca, e se eu tiver?
— Você só pode estar louco.
— Olha aqui Raven nunca mais me liga ou manda mensagem para me cobrar algo, eu não tenho nada com você, estamos entendidos?
— Ela não é mulher para você Ralf.
— Você que é.
— Você sabe que sim. O seu pai sempre foi a favor da nossa união, todo o mundo sabe disso.
— O meu pai está morto, quem decide o que é bom ou não para mim sou eu.
Ligação off
Desligo o telefone e jogo ele com força em cima da cama.
Dia seguinte...
Acordo de manhã apavorado de um pesadelo que tenho sempre;
Eu estou feliz dentro de um avião, uma mulher segura a minha mão eu não consigo ver o rosto dela, de repente o avião começa a cair, a mulher aperta forte a minha mão e diz que me ama, e logo depois tudo fica escuro.
Não entendo porque tenho sempre esse mesmo pesadelo e o pior é que tudo parece ser tão real. Levanto-me todo suado tiro a minha roupa e vou para o banheiro, ligo o chuveiro entro em baixo e deixo a água caindo sobre o meu corpo por um tempo, desligo o chuveiro seco-me e enquanto estou me trocando-me lembro da tarde de ontem que tive com a Tessa, nunca nenhuma mulher entrou desse jeito na minha mente como ela, lembro também das coisas que a vagabunda da Raven disse sobre ela, se a Raven aparecer aqui em casa de novo vou meter uma bala na cabeça dela, essa maldita já me encheu o saco demais. Desço do meu quarto e peço para a Meghe a cozinheira levar-me um café da manhã na área da piscina, vou até lá e fico aguardando ela trazer, enquanto aguardo fico olhando as minhas redes sociais.
Tessa Bennett
Acordo animada, me levanto e vou fazer as minhas higienes pessoais, depois me troco e vou falar com a minha mãe para ir mais tarde comigo no “shopping” comprar o meu celular, não saio sozinha para lugares onde não estou acostumada a ir, e quando vou sempre chamo a minha mãe para me acompanhar.
— Mãe você vai me acompanhar até o shopping mais tarde? — Grito da sala.
— Para quê? — Responde da cozinha, vou até lá.
— Mãe esqueceu que vou comprar o meu celular?
— Não vai dar filha, vou voltar tarde do hospital.
— Mais mãe...
— Me desculpa meu amor? Outro dia vamos, beijos. — Fala saindo da cozinha.
Sei que ela deu essa desculpa porque não quer que eu compre um celular. Saio de casa chateada, e dou início a mais um dia de trabalho.