Capítulo 10
1220palavras
2022-09-28 07:15
Marius fitzy narrando:
Assim que entro na minha sala vejo a mulher que só agora me toquei que não perguntei seu nome, a mesma encarava meu irmão mortalmente enquanto Cristian também a olhava com muita raiva.
Depois que todos sairam e nos deixaram sozinhos pedi pra ela me falar o que estava acontecendo.

Não conheço essa mulher mas conheço meu irmão e o quanto ele pode ser um babaca, por isso sei que ele deve ter feito algo.
- Ele me chamou de vadia e disse que eu estava inventando a história da bebê ser sua filha _disse ela_ eu não falei nada sobre ela mas creio que ele deve ter raciocinado tudo.
- Eu não posso falar se você está mentindo ou não sobre a criança ser minha filha _falei sério_ mas quero me desculpar sobre ele ter te chamado de vadia, ele não pode sair falando com mulheres assim.
- Tudo bem... mas como iremos resolver tudo isso? _disse ela.
- Amanhã mesmo iremos na clínica fazer o exame _falei e ela assentiu.
- Tudo bem _disse.

- Não tenho nada pra fazer agora, então posso te levar na sua casa _falei atraindo seu olhar no mesmo minuto.
- Não _disse rapidamente_ meu pai é usuário de drogas e não quero minha filha naquele lugar.
Seu olhar era de tristeza, preocupação e ao mesmo tempo medo, o que será que aconteceu com ela para deixá-la assim.
- Posso te levar em outro lugar? _falei

- Não tenho mas pra onde ir... _disse tristemente.
Então ela irá ficar na rua? Com aquela coisinha rosa tão pequena.
- Então você irá ficar na rua? _sua falta de resposta me fez ter certeza de que era sim_ de jeito nenhum, você irá ficar comigo até resolvermos tudo isso.
- Não quero incomodar mas creio que a rua não é local pra um recém nascido e uma mulher que acabou de ter um bebê a três dias _disse me fazendo arregalar os olhos.
- Três dias? Você deveria estar descansando _falei.
- Eu sai do hospital diretamente pra cá _disse ela_ Eu precisava garantir que minha filha tivesse um local seguro para ficar, mesmo que eu tivesse que ser humilhada novamente.
- Humilhada? Novamente?
- Esquece, enfim, eu só quero comer alguma coisas e poder descansar com minha filha _disse_ nossa filha no caso.
- Certo, mas antes de irmos, qual seu nome mesmo?
- Victoria _disse se levantando com a bebêzinha cor de rosa em seus braços.
[...]
Eu a levei para minha cobertura, sei o quanto posso estar cometendo a burrada de levar uma completa estranha pra minha casa mas mesmo assim a levei.
Na minha cobertura não tem muitos objetos de valor pois normalmente só vou lá pra relaxar, tudo que tenho de valor como joias ou até mesmo dinheiro ficam no banco ou na casa dos meus pais, aqui tem apenas móveis e eletrodomésticos que são grandes e creio eu que ela não conseguiria roubar isso, fora que meu apartamento também conta com várias câmeras de segurança então fico despreocupado.
Pedi para que Leonor a governanta da minha mãe fosse para meu apartamento e cuidasse das duas, a Victoria estava bem magrinha e pálida, ainda não esqueci aquela marca no seu braço e irei descobrir quem fez aquilo.
Tive que voltar para a empresa depois de deixá-las no meu apartamento pois teria duas reuniões e não poderia perdê-las, também fiz uma ligação para a clínica marcando um horário pela manhã para fazermos o exame já que Avellar acabou não conseguindo antes e eu tive que fazer isso. Aquelas duas não saiam dos meus pensamentos, a todo instante aquela mulher e a pequena garotinha vinham na minha mente e eu de certa forma estava ansioso para vê-las novamente.
Na volta pra casa lembrei que elas poderiam não ter roupas e que a menininha poderia passar frio, então fui até o Shopping que não era muito longe dali e comprei algumas coisas.
A bebê era recém nascida então foi bem fácil, comprei pra mesma algumas roupinhas e falei para a vendedora escolher algo bem quentinho e confortável, ela deve estar me achando um pai desnaturado pois eu não sabia escolher nada para um bebê.
Pra Victoria eu não sabia o que realmente escolher então comprei alguns conjuntinhos de moletom, ela precisava ficar confortável e nada mais confortável que moletom.
Depois daquelas comprinhas fui até meu apartamento para entregá-las.
Ao entrar vejo Victoria sentada no sofá enquanto dava de mamar a bebê que ainda não sei o nome, agora até eu estou me achando um desnaturado.
- Oi _falei me aproximando.
- Oi _disse me olhando, ouvi um resmungado baixinho e olhei pra baixo vendo a pequena bebê esfomeada com o peitão da mãe na boca.
- Trouxe isso pra vocês _falei colocando a sacola perto dela.
Curiosa Victoria abriu a bolsa e de lá tirou o primeiro conjuntinho de roupinhas, seus olhos brilharam ao ver a pequena roupinha, logo depois de ver todas e acabar deixando algumas lágrimas caírem ela viu as roupas que comprei pra ela.
- Não precisava comprar pra mim _disse.
- Claro que precisava, quero que você fique confortável _falei.
- Você realmente é o sonho de qualquer mulher _disse me fazendo a olhar confuso_ Obrigada pelas roupas.
- Por nada, então você conheceu a Leonor? _perguntei
- Sim, ela é muito legal _disse.
- Ótimo, irei sair mas qualquer coisa que você precisar peça a ela _falei.
- Eu estou precisando de algo mas se você me levar em uma farmácia posso comprar _disse meio envergonhada.
- O que precisa?
- Fraldas, essa coisinha é pequena mas gasta muito _disse olhando pra filha com carinho e me fazendo ficar cada vez mais encantado.
- Só isso?
- Alguns produtos de higiene também _disse ainda mais envergonhada.
- Irei comprar e mandar te entregar _falei.
- Não precisa, já estou atrapalhando demais _disse rapidamente.
- Faço questão de comprar _falei andando até a porta_ ainda não sei se você está mentindo ou não mas ela é apenas um bebê, quero que ela fique bem.
- Helena _disse_ o nome dela é Helena.
Sorri ao saber o nome da coisinha rosa, Helena é um nome muito bonito e também foi o nome de alguém muito especial pra mim.
[...]
Estaciono o carro na frente da casa dos meus pais e rapidamente desço do  mesmo, mas antes de vir pra cá passei na farmácia e comprei vários pacotes de fraldas e também produtos de higiene como shampoo, lenços umedecidos, talco e outras coisas necessárias pra um bebê.
Tudo isso foi escolhido pela mulher que trabalhava lá pois eu não sabia qual era o melhor, eles também não faziam entrega mas com uma boa quantia em dinheiro rapidinho esse problema foi resolvido.
Agora irei falar com minha mãe e dizer pra ela o que está acontecendo, quero pedir conselhos também.
Ao entrar vejo que ela estava conversando com Cristian, eles não me viram então fico ouvindo a conversa.
- Então aquela mulherzinha me bateu _disse meu irmão virando o lado do rosto para nossa mãe ver.
- Calma filho, tenho certeza que seu irmão sabe o que está fazendo _disse mamãe_ quando ele chegar, iremos conversar e tudo isso será resolvido.
- Eu já estou aqui _falei_ vamos conversar.