Capítulo 21
1006palavras
2022-09-07 03:00
Os dois deram uma pausa para recuperar o fôlego. Se a intenção de Sabriel era fazer Helena mudar de ideia e voltar para o apartamento dele, conseguiu:
— Quiero estar contigo esta noche para poder sentir ese su cuerpo desnudo cerca de mí! (Eu quero estar contigo esta noite para poder sentir esse seu corpo nu perto de mim!) — Sussurrou em seu ouvido em espanhol. E ela, é claro, adorou.
A quanto tempo ela não sentia amada, desejada... e a chance de sentir tudo isso mais uma vez estava ali bem na sua frente, com um homem muy caliente disposto a lhe dar tudo isso e mais um pouco, nem que seja por apenas uma noite.

Sim, era tudo o que ela precisava naquele momento!
Enquanto decidia se voltaria ou não ao apartamento de Sabriel, ele tirou as suas mãos da cintura dele e as colocara acima de sua cabeça, as prendendo contra a parede com as mãos dele. E ainda a encarava daquele jeito. Helena não sabia se ficava com medo do jeito como ele a olhava ou se ficava com tesão ou as duas coisas.
Bem que Helena tentou consultar a sua deusa interior..., mas ela só sabia gritar em seu subconsciente:
“Volte já para aquele apartamento e dá logo para este homem, carai!”
E gritou muito mais quando ele fez um certo movimento masculino com os quadris, do qual ela conhecia muito bem. Chegou a morder os lábios para não gemer muito alto e chamar a atenção da vizinhança. Mas chamou a atenção dele.
— Seja minha. Volte para o meu apartamento. Fique comigo. Quiero sentir o toque delicado de tu manos, acariciar mi piel... vou te jogar na minha cama para a gente fazer muito amor!

"Eu sinto muito Sam. Mas preciso suprir a necessidade da minha deusa interior!"
Helena aceitou a proposta de Sabriel com mais um beijo. E não era um beijo qualquer. Foi o seu beijo molhado, demorado, intenso e apaixonado. E para completar, lhe deu uma leve mordida, acompanhada de uma chupada gostosa no seu lábio inferior.
"Uau, se ela fez isso aqui na escada, imagina o que vai fazer lá dentro! O que será que isto significa?"
Era o seu sinal pessoal para dizer que estava pronta para se entregar a ele. Sabriel interpretou aquele gesto como um "sim". Ainda que não estivesse, estava disposta a correr o risco. De repente, ela falou:

— Ó Christé mu! (Oh, meu Cristo!)
— Que te gusto (você gostou né)?
— Não!
— Não? — Perguntou não entendendo a reação dela. Sabriel viu que de repente Helena começou a se debater desesperadamente, tentando sair do abraço dele e olhando para o lado. Quando foi olhar para a mesma direção que ela, quase teve um ataque. Viram que alguém assistia de camarote a cena hot que acabaram de realizar no vão da escada. E com direito à aplausos.
— Bravo, bravíssimo! Finalmente conseguiu convencê-la a subir com você!
Era um morador do prédio que assistia toda a cena. A quanto tempo ele deveria estar ali? Precisou perguntar e ele, é claro, fez questão de responder:
— Desde a hora em que ele te agarrou no ar e te prendeu contra a parede... isso já tem uns vinte minutos. Ui! Olha, eu já li e vi muita cena hot, em livros e filmes, mas ver ao vivo, as cores e muito tesão foi a primeira vez. E a cena de vocês ganha de todas. Acho que preciso de um banho de água fria, oh!
Aquela biba tava era muito da afetada!
Helena e Sabriel não sabiam onde enfiar a cara. Eles estavam sendo espionados durante todo esse tempo?
— Desculpa senhor... — ela ficou muito sem graça com a situação: — A gente só tava se despedindo e perdemos a noção do tempo...
— Imagina mon chéri, eu é que peço desculpas, se a minha noite tivesse sido um pouquinho melhor, a de vocês teria sido melhor ainda. E me desculpem por espiar, não foi a minha intenção. Não precisam me explicar nada, afinal estamos em Paris. E se eu tivesse com um deus grego feito o seu bofe, também perderia a noção do tempo... e do perigo!
Quando ele falou em perigo, Helena sentiu seu estômago embrulhar. Ela estava no maior amasso com Sabriel e no prédio dele. Na hora, nem se ligou nesse detalhe. E ele não gostou nada de ser chamado de deus grego pelo rapaz.
— A sorte de vocês é que fui eu que vi, pois se fosse a velha antipática da síndica, não sei... ou ela jogaria um balde e água fria em vocês ou ficaria excitada!
Agora ela sabe como Dayane se sentiu ao ser flagrada em um momento de intimidade... Depois desse flagra e para não piorar mais a situação, resolveu ir embora. Se despediu dos dois.
— O quê, você não vai ficar? Quer dizer que eu fiquei aqui torcendo para voltar ao apartamento dele para nada? Vai ter a coragem de deixar este homem lindo sozinho? Ah, eu sinto muito, mas eu não posso deixar isto acontecer!
— É que eu realmente preciso ir embora, depois eu volto. Tchau e boa noite! — Ela se despediu de Sabriel. Depois dessa, o fogo dos dois se apagou e infelizmente não foi do jeito como eles queriam.
— Posso te acompanhar mon chéri? Assim você não corre o risco de perder a noção do tempo de novo.
— Sim tudo bem. — Helena somente concordou em ser acompanhada para não deixar Sabriel sozinho com aquele rapaz, pois do jeito que ele estava, era capaz de bater no coitado. Chegando na entrada do prédio, ela se despediu e mais uma vez pediu desculpas.
— Imagina mon chéri. Você mora longe?
— Ah não estou hospedada na casa de uma amiga, aqui no prédio ao lado.
— Tudo bem... a propósito, que indelicadeza da minha parte: sou Thierry Beaumont.
— Prazer em conhecê-lo, senhor Beaumont. Helena Petropoulos. Boa noite! — E ela correu para casa.