Capítulo 20
1113palavras
2022-09-07 02:59
E lá foi ela conhecer a casa de seu vizinho misterioso. Ou melhor dizendo, a casa de Carlos Sabriel. Assim como no prédio de Dayane, teve de usar as escadas, já que também não tinha elevador. Ainda bem que ela já se acostumou com a prática.
Chegando lá, ele cumpriu a sua promessa: deixou a porta aberta e ela preferiu ficar na entrada. O apartamento dele era um pouco menor do que o apartamento de sua amiga, tinha somente dois quartos.
— Bien... agora que você já sabe onde moro, pode vir me visitar.
— Você veio sozinho?
— Sim. Achei melhor alugar um apartamento do que ficar em um hotel. Mas o melhor mesmo seria você vir me visitar.
— Tudo bem, eu venho. — De repente Helena teve uma ideia: — Hum... vamos fazer o seguinte: eu venho amanhã, no fim do dia. Me passa o número do seu Whatsapp.
Sabriel adorou a iniciativa dela. Talvez ela própria tenha se surpreendido consigo mesma. Trocaram os seus números.
— Você realmente precisa ir?
— Sim. Tenho um assunto pendente a resolver e também preciso levantar cedo amanhã. Mas eu te ligo ou mando mensagem.
— Ok vou aguardar.
Ele a acompanhou até a porta. Começaram a trocar certos olhares. Mais uma vez o olhou de cima a baixo. Lembrou das vezes em que o viu pela janela de seu quarto sem camisa, exibindo aquele peitoral maravilhoso, aqueles braços fortes e aquele abdômen tanquinho.
Sentiu uma imensa vontade de ficar. A sua boca começou a se encher de água... aliás, não foi somente a sua boca que ficou encharcada.
Uma onda de pensamentos indecentes começou a invadir a sua mente. E ela notou que ele fazia o mesmo. Sabriel também começou a observá-la de cima a baixo. A olhava com desejo e luxúria. A desejara desde a noite que a viu pela primeira vez.
Os dois ficaram se olhando. O silêncio do momento foi quebrado por ele:
— Não pode mesmo ficar?
— Eu até queria..., mas se eu ficar hoje, não terei motivos para voltar amanhã. — Conteve-se.
— Tudo bem... — Ele se deu por vencido: — mas você vai pelo menos se despedir? — Perguntou ansioso por um beijo.
— Ah claro! — Disse lhe estendendo a mão para um cumprimento formal. Ele olhou incrédulo para a mão dela.
— Poxa só isso? Não podemos terminar la noche con un besito? (A noite com um beijinho).
— Pode ser.
Na hora em que ele se inclinou para beijá-la, ela pegou em seu queixo, o virou de lado e lhe deu um beijo no rosto.
— Tchau e obrigada pela noite. — E ele somente a viu indo embora, lhe dando às costas.
"Poxa!" Pensou fechando a porta meio que decepcionado. Quando menos espera, ouviu batidas na porta. Foi atender na esperança de que fosse ela, porém quando abriu e viu que não tinha ninguém.
Fechou a porta e bateram de novo. Foi atender já meio que irritado e mais uma vez não havia ninguém. Quando bateram pela terceira vez, ele abriu a porta com tudo xingando meio mundo. Enfiou a cabeça para fora do apartamento e quando virou de lado, foi tomado por um beijo!
Sim, era Helena pendurada em seu pescoço, lhe roubando um beijo. Quando ele percebeu o que estava acontecendo, ela já o havia feito.
— Ei o que estás haciendo?
— Desculpa, eu não resisti. Au revoir! — E ela saiu saltitando como uma garotinha satisfeita com a travessura.
— Sua chica atrevida! Como ousa? Volte já aqui! — Sabriel esbravejava e se divertia ao mesmo tempo.
— Vai ter que me pegar primeiro! — Ela debochou, achando que ele não iria.
Mas ele foi. Ela saiu correndo escadaria abaixo o máximo que pôde. Porém, não contava com a agilidade dele. Quando menos esperava, Sabriel deu um salto, pulando os degraus da escada, a pegando no ar e encostando contra a parede de um dos andares do prédio. O medo, junto com a excitação tomaram conta dela.
— Sua chica levada, deveria te dar umas boas palmadas!
Helena arregalou os olhos quando ouviu aquilo. Ele ia fazer isso mesmo? Está certo que ela já estava acostumada com as raquetadas que Luiz lhe dava. As marcas dos dedos dele chegavam a ficar gravadas em seu traseiro.
"Credo ficou a marca dos dedos! " "Sim, para lembrar que você é minha!"
E seu pai nunca encostou um dedo nela...
— Como ousa acender o meu fogo e deixá-lo queimando, hein?
— Desculpa! — Pediu assustada com a reação dele. Ela se sentiu como uma coelha acuada pelo grande lobo mal. E Sabriel estava realmente fazendo uma cara de mal. Ele a pressionou contra a parede de um jeito que ela nem conseguia se mexer. E fez questão de pressionar o seu corpo ao dela, para que ela sentisse a sua virilidade.
Os dois ficaram se olhando, até que a hora em que ele foi chegando mais perto e bem devagar de seu rosto... e quando menos se espera, fez o que ela mais queria: lhe beijou. E do jeito que ela mais gostava, um selinho, um atrás do outro. Até que ela finalmente abaixou a guarda e abriu os lábios para recebê-lo.
"Nossa que bella chica!" Ele pensava enquanto a beijava. "Valeu a pena ter corrido atrás dela!". Por sua vez, Helena pensava o mesmo. "Oh como ele beija bem! Valeu a pena ter subido!"
Enquanto o beijava, ela abraçou a sua cintura, pressionando o corpão dele de volta ao seu para senti-lo novamente. E desta vez, com direito à mão boba! Helena não se contentou em ficar somente no abraço e começou a deslizar as suas mãos até o traseiro dele e se atreveu a dar uma apertada nele.
Na hora em que ela fez isso, ele soltou um gemido em espanhol. E gemeu muito mais, quando ela resolveu enfiar as mãos por dentro da blusa dele. Queria sentir a sua pele... por sua vez, Sabriel alisava seus cabelos com uma das mãos e a outra, segurava o seu rosto. Se ele soubesse o quanto ela adorava aquele carinho...
Vendo que ela avançava o sinal, ele também se atreveu a fazer o mesmo. Não se contentando em apenas sentir a pele do seu rosto, ele desceu as duas mãos por seus ombros, passando por seus seios e chegando até a cintura. Enquanto com uma mão, tentava alcançar o traseiro dela, enfiava a outra para dentro de seu suéter. Ele foi alisando a pele macia de suas costas até chegar ao soutien. Ela só sentiu o elástico da peça a ricocheteando.
Nunca uma ricocheteada lhe deu tanto prazer...