Capítulo 51
1425palavras
2022-08-26 01:18
Daiana Hereza Nunez 
Alexandre, por sua vez, ignorou minha  pergunta  e simplesmente  falou no aparelho que estava em suas mãos  e disse  ordenando.  
— Rapazes,  tragam-me  a panela, hoje  iremos cozinhar um prato brasileiro para fazer a minha feiticeira se lembrar do seu namoradinha. — Eu entendi o que  ele queria fazer, matar ALEKSEI 

— NÃO,  NÃO  POR FAVOR NÃO,  ALEXANDRE POR FAVOR  NÃO FAÇA ISSO.  —  Implorei chorando muito, minha cabeça  está doendo tanto que se fosse  possível explodiria, olhei para Aleksei  o mesmo não  expressava nada,  ele está muito  calmo.  — Aleksei,  estou com muito medo. 
— Está? Meu amor não se preocupe,  logo isso irá passar. -- Disse Alexandre,  sorrindo alegremente com tudo. 
— EU ODEIO-TE,  SEU DESGRAÇADO,  SEU MONSTRO,  MONSTRO.  
— Oh, querida, eu não me importo com o seu amor,  eu já me amo o suficiente.  E  espero que veja bem o rosto do seu  homem  porque  essa será a última vez,  pequena feiticeira.  —  Disse Alexandre,  debochado,  enquanto três homens  entram e com eles trazem   duas garrafas. 
— Senhor,  cá  está.  — Disseram eles chamando atenção de todos nós para eles,  então Alexandre   pergunta.  
— Onde está a panela?

— Estão  a trazer. — Responderam  eles, e com  sempre  submisso a Alexandre.  
— Ótimo irmãos, agora  vamos fazer  churrasco   primeiro e depois  a feijoada. --  Disse Alexandre  voltando a olhar para mim, sem parar de rir.  Então  aproveitando essa oportunidade  voltei a implorar por misericórdia.  
- Por favor Alexandre, não  faça  isso eu imploro,  por favor.  Não  mate ele. — Eu estava muito cansada, já não  sentia nada do meu corpo. -- Não  mate ele, eu te suplico. Olha, mate-me  tá,   deixa  ele e  mate-me. - Alexandre apenas  olhava para mim  por alguns segundos achei que ele  Lacerda as minhas palavras em consideração,  mas não,  Alexandre  desatou a gargalhar como um louco.  
— Rapazes, vamos logo com  isso,  joguem essa gasolina nele.  Estou com muita fome. 

— NÃO,  não por favor – Alexandre veio até mim e assim que chegou perto do meu rosto  disse bem baixo. 
—Olhe isso querida,  talvez assim você  possa aprender que nunca deve  fugir de mim. — Dito isso Alexandre  saiu de perto de mim e foi até onde os seus homens jogavam gasolina, Aleksei por sua vez não  fazia nada ao contrário de mim que me derramava  em lágrimas.—  Olhe Daiana,  e lembre- se que tudo que acontecer aqui será culpa sua. – Então  ele recebeu  a caixa de fósforo que estava nas mão de um dele, e antes  de aceder Alexandre  vira-se para mim  com um sorriso  diabólico  e por fim acede o palito dizendo em voz  baixa.  — Culpa sua Daiana. — Assim,  Alexandre  voltou-se para Aleksei   e por fim jogou o fósforo.  
Eu  fiquei por alguns segundos  em transe, diante de tudo que vem acontecendo à minha volta.  Não  sei dizer  exatamente quanto tempo se passou, só voltei a terra quando ouvi a voz de Aleksei  invadir meus ouvidos.  Neste momento só  existia nós dois,  sem Alexandre,  sem  fogo, sem nada , era somente eu e Aleksei na nossa bolha. 
— NÃO SE PREOCUPE,  EU FICA BEM,  E EU PEÇO  QUE ME PERDOE Daiana.  Me desculpe, meu amor. —  As últimas palavras proferidas em sua boca , me trouxeram de volta a realidade fazendo-me  gritar ao ponto de sentir minha  garganta  doer. 
— NAAAAAAAAAAO. -- Meu mundo cai  e não conseguia assistir,  nem acreditar no que via. -- Não,  por favor,  ALEKSEI,  ALEKSEI NÃO. – A essa altura eu já não sabia se chorava  ou gritava. Não conseguia tirar meus olhos de Aleksei e nem podia fazê-lo.  Os olhos de Aleksei estavam em mim,  e via um pedido de desculpas, o único homem que um dia me amou. Estava tão concentrada nele que nem via como Alexandre chegou até mim.  Ele  desamarrou-me da cadeira, pegando em meu braço, Alexandre  levanta-me e põe  diante do corpo de Aleksei que queimava.  E diz no meu ouvido. 
— Olhe  para isso meu amor, o seu herói  está a morrer, consegue sentir o cheiro de carne queimada amor? Sente esse cheiro maravilhoso, sente  ele, e sabe de uma coisas?  E sua culpa, exclusivamente sua culpa. – Sua mão  estava em minha cabeça  forçando-me a olhar para Aleksei  que  infelizmente  acabou por morrer.  
— Não,  Aleksei, Não  vá por favor meu amor. — Em sussurro, eu disse para mim mesmo. Pois já não  tinha mais voz para isso. Já não  podia mais. 
–  O meu amor, eu sinto muito,   Daiana  você mas do que ninguém sabia que   não  faria isso sem motivos é o único motivo é você. — Alexandre dizia mas eu não estava disposta a responder  nem ouvir, minha atenção é  totalmente para  Aleksei, com o corpo totalmente  carbonizado. — Você sabia que era minha,  só minha mas decidiu fugir e ficar com ele querida, agora eu vou voltar a prender você meu bem.   Olhe eu vou deixar você  e te dar um tempo para degir  esse pequeno problema,  lembre não  faça nada de estúpido ok. —      Alexandre, voltou a  prender na cadeira. Após  isso  mesmo mandou que seus homens  tirassem o corpo de Aleksei   e esquartejassem   e depois  levaram-na. 
Meu sistema não está processando nada, simplesmente me desliguei do  de tudo  e infelizmente minha mente me levou para  os momentos lindos que passei ao lado de Aleksei,  embora  que fosse falso,  mas eram bons.  Não consigo controlar minha  respiração,  estava a ter um  ataque de pânico,  mas não pude fazer nada pois estava presa numa cadeira.  
****
— Daiana,  meu amor,  olha o que temos aqui, uma feijoada  gostosa. Daiana,  é  muito  feio  responder as pessoas,  venha meu amor acredito que esteja com fome já  passam das três da tarde. --  ignorei todas as suas falas,  eu não conseguia e nem queria  ouvir ele então o único jeito  era esta com a mente em outros lugares.  
Alexandre chegou perto de mim  e olhou para mim e diz.
— Não  vai me responder? Tudo bem!    Eu também gosto de conversar sozinho,  então  não tem problema algum.  — Eu olhei para Alexandre  e sem pensar duas vezes   cuspi  no seu rosto e disse. 
— Vai para o inferno seu desgraçado.  — Alexandre,  apenas ri do meu acto,   e limpa o seu rosto. Logo os seus olhos mudam de tonalidade  e ficam numa escuridão total,  pois seu rosto  é então   um tapa  forte  foi-me dado,  meu rosto virou com a tamanha  força aplicada.  
Podia sente o gosto metálico  de sangue presente em minha boca misturando-se com a saliva.  
— Sua vadia,  já  perdi  a paciência com você desgraçada.  - Alexandre jogou o pará no chão  e antes que  pudesse  voltar a bater me    tiros soaram  no ar impondo sua acção. Alexandre,  praguejou  e saiu apressado  com uma arma em mãos.  
Com a sua ausência   comecei a tentar  desatar as cortada do braço,   depois de alguns segundos tentando finalmente  e felizmente consegui   pois ver-me livre  sair correndo para qualquer lugar mas os tiros lá fora eram constantes,   assustada  olhei em volta  em busca de alguma coisa que  poderia me  proteger  de qualquer forma  de  um desgraçado.  Por fim  acabei  por ver um martelo     rapidamente  fui pegar  ele , ficando num canto esperei  que viesse alguém. Por azar ou sorte quem apareceu foi Alexandre  e como ele estava distraído e com pressa   andei até pois o mesmo  estava de costas para mim.   Então  andei ele e antes que pudesse se virar  bati nele com toda a minha força.  Não  esperei ver sua reação  e sai correndo para fora, por sorte a mesma  estava  aberta.
Corri sem olhar  para trás  os tiros  cessaram  por alguns minutos,  eu estava no automático,  não sabia para  onde ir , olhei para trás a todo instante para me  certificar  que Alexandre não  vinha trás de mim.  assim que voltei minha visão para frente braços fortes me rodearam o corpo me assustando , gritei pois não  meus pensamentos estava em Alexandre.
— NÃO,  NÃO ME SOLTA  SOCORRO.  —  Comecei a gritar  e a debater-me para me ver livre mas as mão do indivíduo eram muito fortes, não sabia quem ele era pois Alexandre não possui esse cheiro.
— Calma senhora,  sou agente do FBI, amigo de Aleksei, estamos aqui para salvá-los. — Disse o moço me tranquilizando.  Todavia eu já não  estava mas em mim, estava sob ataque de ansiedade e respiratória,  só queria sair daqui,  talvez acordar  e ver que tudo isso não passou de um pesadelo.  
Estava tão  cansada que não  resisti e acabei por  apagar  nos braços de um  desconhecido.