Capítulo 52
1402palavras
2022-08-26 05:27
CAPÍTULO  FINAL 
Abrir meus olhos à claridade do ambiente  fez- me mal, fechei meus olhos para me acostumar com ela.    Meu coração começou a bater muito rápido e não entendi nada,  pois o barulho se preenche pelo quarto, então foi assim que dei conta que estava  no hospital. Olhei para o meu braço e  fio  foi ligado a uma agulha no costa da minha mãe  ignorei isso é tentei acalmar meu coração  respirei fundo   e por fim  deixei meu corpo relaxar.   Fechei meus olhos, após  isso minha mente mergulhou em um oceano e sangue,  todas as coisas que  tenho vivido  vieram  como um dilúvio me deixando assustada  e em estado paralítico. 
— Aleksei, não  pode não ele não.  —Não consigo acreditar,  isso só pode ser armadilha da minha cabeça sobre isso, eu não  posso  acreditar  que isso seja  verdade,  não ele. — ALEKSEI,  ALEKSEI.— gritei por ele mas ninguém pareceu   um nó se formou em minha garganta fazendo a mesma dor. As lágrimas logo começaram a banhar meu rosto.   

Sou possuída pela raiva,  dor, angústia e medo, estou sozinha, mas uma vez Alexandre conseguiu tirar um pedaço de mim.  Ouço o som vindo a porta mas não  digo nada, mas a pessoa do outro lado entra mesmo assim sem a minha permissão.  
—  Por favor me deixe.  
— Suponho que seja namorada de Aleksei,  eu sinto muito por ele, infelizmente...
– NÃO,  NÃO  DIGA ISSO EU NÃO ACREDITO QUE ELE ESTEJA MORTO.  — Eu estava  irreconhecível,  nunca pensei que poderia sentir tanta dor em perder uma pessoa maravilhosa, que tanto a todos custo  corar minhas feridas.  Eu olho para o homem vestido de polícia  parado a minha frente  e prossegui. —Por favor,  me diga que  não vê  verdadeira essa morte de Aleksei,  me diz que  estou aqui por causa da minha doença.  Por favor diz que ele não se foi. — Minhas palavras proferidas com  dificuldade  através dos soluços, meu tom de voz é fraco. — Eu ... Eu  o amo, por isso não  posso aceitar  que  Alexandre tenha acabado com mais um pedaço de mim. 
— Eu só  posso dizer que sinto muito,  eu também perdi um amigo, irmão  e parceiro,  mas se isso serve de consola,  Alexandre Fortinella  também  está morto.  — Disse o homem à minha frente, sua fala só serviu para me deixar mais triste ainda,  a morte de Alexandre não  fará com que Aleksei ou minha família volte,  mas também  não  posso negar que foi um bem para o sociedade se livrar dele. 
— Senhor,  por favor me deixe.  — Disse a ele assim, mas o mesmo ainda permanecia no mesmo lugar.  Então  olhei para ele e o mesmo responde:

— Eu sei que a senhora, não  está  em condições para tal, mas acredito que meu amigo merece um  funeral digno,  entretanto   esse serviço poderia se realizar ainda amanhã, assim que sair daqui.  
— Como  faremos  isso sem o seu corpo? — Perguntei pois Alexandre fez uma atrocidades com o corpo de Aleksei.  
— Com algumas coisas que sejam de carácter pessoal de Aleksei.  Bom eu preciso  ir senhora Daiana,  e aproveito meu nome é  Ricardo dos Anjos,  qualquer situação que acontecer estarei por  perto. Esse é  o meu cartão telefónico.  — Disse  após  chegar próximo a minha e entregar-me o cartão,  após  isso o mesmo saiu   deixando-me  a minha  fiel companheira  solidão. 
  Não consigo mais chorar e meus olhos ardem, a única coisa que não me abandonou e que creio que nunca vá embora é essa dor que me rasga por dentro, dói como se estivessem arrancando minha alma com as mãos, mas afinal, ela foi junto com Aleksei e minha família... Foi exatamente o que o Alexandre, já é difícil conviver com a morte dos seus pais quando eles morrem de forma  natural, mas quando eles são arrancados de você, mortes por motivos egoístas.. isso faz com que você morra junto aos poucos, porque se cria tantas perguntas e quanto mais você não acha as respostas mais isso te consome. Foi desumano, cruel e covarde, nunca perdoarei Alexandre Fortinella pela  minha tormenta, um assassinato não tem perdão, não para mim. 

A dor é tanta que tento colocar ela pra fora me machucado fisicamente, bato a cabeça diversas vezes  usando minhas próprias mãos  até me sentir tonta, puxo meus joelhos e apoio minha cabeça e tento apenas voltar a respirar de forma mais calma, começo a sentir uma queimação na garganta e não consigo me aliviar pois nem tenho saliva para engolir, tento ignorar, mas continuo falhando nisso. É exaustivo viver lutando para ser feliz, isso te causa a infelicidade,  foi quebrada das piores formas possíveis,  não  tive sequer  chance de lutar contra o inimigo,  e em vários cacos para ajudar todos que me traíram a se reerguer, sinto que todos esses meus pedaços jamais poderão ser encaixados novamente, o incômodo na minha garganta começa a me irritar mais ainda, e um soluço me escapa. Estou chorando novamente. Pelo o que parece,  a morte brutal de Aleksei ainda prematura, quando se trata de feridas da alma, lágrimas nunca se acabaram, me encolho em uma posição fetal e me permito ser vulnerável comigo mesma mais uma vez, me sinto vivendo em um eterno pesadelo e acho que estou no estado de negação, não consigo aceitar que minha vida seja isso apenas espinhos e que tenha perdido Aleksei para sempre. 
Começo a me sentir sufocada e sinto como se estivesse começando a entrar em uma crise de pânico e é exatamente o que acontece comigo , coloco minhas mãos na minha garganta e começo a sentir falta de respirar, pontos pretos aparecem na minha visão, me sinto desfalecer e lágrimas silenciosas dessem por toda minha face, não luto, apenas desisto. 
Uma vez tentei desistir, mas não  me foi permitido,  tentei outra vez viver e lutar  contra todo sofrimento,  mais me foi em vão pois agora  eu sei que tenho  que ir essa não  é  a vida que foi planeada para mim . Todavia  deixarei que a terra me receba, espero que ele seja misericordioso  comigo.  Então desisto de viver, me permito ser mergulhada pela escuridão. Hoje nasceu uma nova Daiana,  deixarei que o mundo  veja a Daiana  que tanto  desejava que fosse.  Apesar de não poder trazer a vida Alexandre Fortinella para poder vingar a morte de todos aqueles que perderam a vida em suas mãos, farei com que as famílias destruídas sejam recompensadas pela falta  dos seus familiares mas queridos.   
**** 
Na manhã de sangue   lá estávamos reunidos no cemitério.  Amigo, colegas de trabalho e até   trabalhadores  da sua empresa  estavam lá  para se despedir de Aleksei, embora o seu corpo não  estivesse  lá, a sua alma estava dentro dos nossos  corações.  Foi muito  difícil entender  e aceitar sua morte.  Kelly estava ao meu lado me dando apoios.  Mas eu já não  chorava,  assistia a cerimônia no automático. Depois que o padre acabou de falar  chegou o momento das mensagens,  todos  falaram o quanto  Aleksei era importante para ele  que sua morte não  era merecida,  cada palavras ditas por seus amigos me fizeram  pensar  que possivelmente se não  estivesse  aqui,  Aleksei  ainda estaria vivo, se eu não  tivesse  sido teimosa em ir paga Holanda a Família de Caio  também  estaria estaria saliva.  Som ainda ontem  fiquei a saber que toda a família  de Caio havia sido morta  por minha culpa. 
  Agora  é só me resta carregar  minha cruz pois só  existe ela  e  a solidão para me fazer lembrar  o quanto  fodida  e quebrada eu estou.  Alguns minutos depois  todos eles se foram  apoiar a enterrar alguns pertencem  a Aleksei,  mas eu decidi ficar por alguns minutos, ajoelhei-me diante  da sua campa e  fiz a oração que minha mãe  me ensinou enquanto era criança. Fiquei a observar a terra vermelha que cobria Aleksei  e disse. 
—  Me perdoe,  é  tudo culpa minha. —  Entretanto as   lágrimas já caiam novamente em meus olhos deixando meu rosto molhado.  —  Esperei  tempo demais para poder respirar o mesmo ar que você, sentir o mesmo  calor, eu também  fui egoísta  e deixei que o sentimento  de angústia me demorasse.  Aleksei,   eu ... Eu simplesmente não  quero acreditar que  você não  estará mais aqui.  Ninguém vai entender o meu sofrimento, perdoe meu amor.  — Enxuguei as lágrimas  e depois  continuei me declarando para ele. — Eu também te amo, e esse lugar sempre será seu meu amor.  
— Amo - Te. 
FIM