Capítulo 47
1498palavras
2022-08-26 01:09
Daiana Hereza Nunez 
Eu via como Aleksei, se movimentava na cozinha, como ele mexia na panela no fogo com maestria. Sentada apenas observando seus movimentos ágeis. Mas logo um pensamento que até  então já  se fazia presente em alguns  dias,  é  uma coisa que realmente não me deixa dormir  tranquila, então decidi expô-la.
—Aleksei , posso fazer-lhe uma pergunta?– Comecei, meio tímida  torcendo as mãos  uma na outra.

Aleksei que mexia na panela  olhou para mim e diz:
— Claro,  pode fazer.
— Tudo bem. — Engoli em seco esperando tomar coragem para falar. Respirei fundo e então  falei. — Você.. É.. Você não  pensa em ter filhos? — Agora sua atenção está voltada para mim,  mas logo desvia para a panela a sua frente. E responde:
— Claro que sim,  e  nós teremos muitos  filhos querida. — Arregalei meus olhos e estou assustada com a sua resposta.
— Aleksei,  com..Como assim?— Tendo a minha reação Aleksei após rir me deixando mais confusa. — Mas Aleksei,  eu  não posso.
— Daiana,  não  importa se você não  puder me dar um ok? Há muitas formas de ter filhos,  um deles é  a adoção.  — Ele fala muito  calmo, mas ainda sim tem uma coisa que não sai da cabeça.

— É , eu sei, disso, mas então  sobre  aquilo?— Perguntei-lhe com  uma certa vergonha.  Mas ele respondeu com outra pergunta.
– O quê?
— Você sabe o que eu quero dizer.
— Tudo bem, Daiana, não precisa se preocupar  com essas coisas, quando chegar o momento certo  as coisas irão acontecer.  –  Respondeu ele sorridente e  deixando-me  tranquila. Para não prolongar mas o assunto decidi mandar de conversa.

- Então o que faz de tão especial, senhor Aleksei? -Perguntei sentindo meu estômago roncar de fome, me levantei da cadeira e contornei a mesa que nos separava.
Chegando perto do mesmo, o cheiro gostoso que vinha nela invadiu minhas narinas fazendo minha boca se encher de saliva. Um pano branc de louça estava sobre seu ombro, Aleksei tirou- o para limpar suas mãos. Então ele virou-se para mim com um grande sorriso e disse.
- Eu gosto quando você fica assim, desse jeito, seu sorriso tão lindo que eu me perco nele, e nesses teus olhos que cada dia me faz sentir único. - Disse ele ocupando capa espaço que nos separava, Aleksei erguer sua mão ao meu rosto e com o polegar carência em cada lar da minha face.
- Aleksei!- Exclamei já sentindo meu coração bombardear meu sangue para cada veia do meu corpo. Ele está tão próximo, nossa respiração estava quase escassa por conta da alta temperatura que subiu entre nós. - Meu Deus, o que se passa aqui? Porque não consigo me afastar dele? - Perguntei para mim mesmo mas não há resposta, engoli em seco esperando então que aconteça alguma coisa. Fechei meus olhos diante da especulativa.
- Shiuuuu. - Silenciou-me com o dedo, ficando mais próximo nos rosto, e então, nossos lábios se encontram num beijo muito especial, que só ele poderia me dar
Ele pede passagem com a língua e eu a consedo sem hesitar em nenhum momento, nossas línguas se encontram e se movem em um ritmo harmonioso. Sinto o sabor gostoso de seus lábios misturando com sua saliva, cada partícula do meu corpo arrepiar-se com seus toques deixando-me febril. Sinto-me muito quente como uma fornalha, Aleksei não espera nenhum segundo  para poder respirar melhor,  parece sedento  disso assim como eu. Não  consigo controlar meu fogo, nem minha  imaginação fértil.  Eles estão  totalmente distorcidos e  muito  confusos, nem por isso paro o beijo.  Pegando-me de  totalmente desprevenida, Aleksei ergueu meu corpo  fazendo-me que minhas pernas circulam  sua cintura,  em passos rápido ele chega até a mesa e é me faz sentar nela, entre minhas pernas o mesmo se encaixa,   sem parar o beijo  que logo foi ficando mas  intenso,  selvagem e gostoso.  Suas mãos atrevidas  não se contentam em ficar somente emmeu rosto,  ele também vai  passeando pelas minhas pernas apertando-as com sua força não  muito forte.
Aleksei, deixa meus lábios,  por alguns segundos para recuperar o ar,  entretanto sua boca não se limita apenas nisto,   o mesmo vai dando certos beijos  em minhas orelhas  pescoço  até chegar a clavícula onde  beija morde e volta a beijar,  eu por outro lado deixo  que ele faça  tudo,  pois preciso  dele, disso para finalmente me livrar dos fantasmas, meu corpo aqueceu e parece que tudo ao rede  ficou menor, meus olhos estavam fechados pois  me permitindo  sentir viva,  flutuar como um  qualquer coisa  lançado no ar. De repente  tudo ficou escuro,  minha mente já não conseguia ver nada claro, minha respiração se tornou mais ofegante, causado dificuldades em deixar  o ar entrar em meus pulmões. Abrir meus olhos e a imagem que meus  olhos  captam me deixou rija no lugar,  sem acreditar no que via eu gritei  assustando Aleksei.
— AHAHAHAHA. — Fechei meus  olhos novamente,  mas as lágrimas já  banhavam meu rosto. Tentei  empurrar o corpo de Aleksei,  para longe de mim,  mas o mesmo segurou  meus pulsos com firmeza.
- Daiana,  o que foi? O que  aconteceu? — Sua voz saiu séria mas preocupada,  eu não  conseguia respirar como deve ser,  a imagem  de Alexandre Fontinella,  ainda está muito viva em mim.  — Daiana,  por favor fala comigo,  olha pT mim, tá  eu estou aqui. Ninguém vai te fazer mal, entende? — Perguntou, mas eu não respondi.  Porque estou muito assustada,  engulo em seco esperando então que aconteça alguma coisa horrível,  pois minha  mente só  tende a projectar   isso agora.
— Aleksei,  estou com medo. — Disse após sentir seus braços em volta de mim num abraço caloroso.  – Eu vi ele.. Eu.. O..— Não  consigo parar de chorar pois as lembranças de como eu estava nas mãos de um carrasco  estão  a Retornar com o amor  em dilúvio.
— Quem ? Quem você viu, Daiana? —Aleksei diz calmo, assim que se desfaz do abraço.  Fazendo-me olhar para ele, o mesmo volta a falar. —Quem, Daiana?— Com uma enorme diversidade em falar eu, engulo em seco diversas vezes  e digo  com com o gosto amarga  em minha boca  e trêmula.
- Alexandre Fortinella, eu  vi ele... Al.. Aleksei , estou  com muito medo. – Choro mas ainda, pensando no pior pode acontecer.  Sacando minhas lágrimas com suas mãos Aleksei  deixou um beijo na minha testa  e disse.
— Calma  meu amor,  Alexandre não pode mas te fazer nada ouviu? Ele não vai fazer nada com você.
— Mas  e  se..
— Não,  não pense mais nisso, está tudo bem, já acabou.   Tá  bem. — Disse ao se faltar de mim  indo para  a geleira,  ao chegar  o mesmo  abre e pega uma garrafa, pegando em um copo  o mesmo volta até mim, enchendo  o copo,  feito isso Aleksei entregar para mim e diz .— Bebe,  se sentirá  mais calma.
— Aleksei?— Chamei após pegar  o copo com água em sua mão. Ele olhou para mim  então Apontei para a panela no fogo,  pois estava queimando.  —  A panela, está a queimar.
– Oh, esqueci- me dela. —  Exclamou  ele  indo ver a sua panela.  Olhei para a água  em minhas mãos por um bom tempo,  respirei fundo e por fim tomei a toda.
Pousei o copo vazio sobre a mesa  e desce da mesma.
*****
Aleksei  fez uma canja de galinha para mim. Ainda  não  toquei  nela, estou tão  perdida em pensamento.    Não  consigo tirar a sensação de que estou sendo perseguida,  estou tão cansada. Aleksei  teve que atender uma ligação importante no seu escritório,   empurrou o prato junto  à colher,    meu coração dói muito,   não  consigo segurar as lágrimas elas  começarem  a cair sem que eu pudesse  impedi-lá.   Levei as mão para o rosto e de seguida  levantei-me da mesma   pois preciso  distrair a minha mente,   para não deixar que o pânico de ansiedade me tomasse agora.
Caminhando a passos  rápidos eu chego a sala de estar,  pego no  comando com uma certa dificuldade,  pois minhas mãos estavam trêmulas e ligo a televisão em um canal qualquer.  Estava na Euronew,   mas meus pensamentos não  estavam  no presente mas sim no passado.  Só  voltei  quando uma reportagem  me chamou atenção.
—   O empresário  e fazendeiro, Alexandre Fortinella,  holandês condenado a prisão preventiva,  por assassinato,  estupro,  agressão física,  psicológica e   omissão de cadáver,   é  agora o criminoso mais procurado por toda a Holanda  o mesmo, conseguiu fugir após um grande incêndio que aconteceu  duas cenas atrás no prédio  de Amesterdão.   Ainda não se sabe o que originou  tal incêndio apenas que teve onze feridos e dois mortos. Entres eles funcionários e presidiário... — Me levantei  plasmática e totalmente incrédulo, mulher mal terminou de falar   logo a energia foi  cortada pelo corte de energia.
No outro lado ouço a voz de Aleksei chamando por mim, muito assustado e preocupado.
— Daiana...— Mas antes que  pudesse responde-lo senti uma picada no ombro e logo meu corpo amoleceu  meus olhos se fecharam   me fazendo cair desmaiada.