Capítulo 15
2391palavras
2022-04-29 10:16
Início de uma madrugada quente, Katherine saiu do castelo sem se deparar com ninguém, montou em Morning Star e se dirigiu a um rio ali próximo. Chegando ao local, retirou suas pesadas roupas, mergulhando nua no rio. Ami tinha lhe dito que era delicioso e como a irmã e o noivo sempre faziam isso, Katherine não viu mal naquele agradável banho.
Depois de algum tempo nadando e se banhando, resolveu voltar para junto do grande dragão branco, que estava cochilando tranquilo, talvez por pena de acordá-lo ou por preguiça, a princesa se aconchegou junto ao couro macio do animal, relaxando um pouco, olhando para o céu, quando escuta:
– Que cena maravilhosa!

Ela teria se assustado se não reconhecesse o dono daquela voz que já estava muito próximo, já se apoiando sobre seu corpo nu. Katherine arregalou os olhos, tentando protestar:
– Kanji? O que está fazendo aqui?
– Eu vi o dragão saindo, então o segui, sabia que só podia estar com ele.
– Hum! Queria algo, príncipe?
Ela pergunta, enquanto era envolvida pelos braços de seu noivo, que começava a beijar seu pescoço e o início de seus seios, enquanto tentava parecer alheia ao que acontecia, sentindo sua pele se arrepiar a cada toque de seus lábios. O mestiço de Youkai responde com um sorriso sedutor:
– Só vim ajudá-la a se secar.

– Posso fazer isso sozinha.
Ele olha bem dentro dos enormes olhos azuis, enquanto passa uma de suas mãos no meio das pernas dela com cuidado e desejo, fazendo-a soltar um suspiro. Kanji constata, malicioso:
– Se ajudar a secá-la, vai ser muito mais divertido.
Antes que respondesse, Kanji a beijou com paixão, apertando seu peito nu sobre seus seios, segurando um dos seios da garota com força, massageando em círculos, enquanto seus dedos invadiam sua intimidade, com o polegar massageava seu clitóris, fazendo-a enlouquecer de desejo rapidamente, começando a tremer enquanto movia os quadris e puxava a parte de baixo do quimono dele, para descobrir mais do corpo do belo mestiço de Youkai sobre si.

Kanji deixou que ela tirasse suas calças sem parar de tocá-la um único instante, voltando a se jogar sobre o corpo de Katherine, chupando e beijando seus seios com o toda a excitação que sentia por aquela mulher desde o primeiro beijo que recebeu dela, esfregava seu membro rijo contra o clitóris da princesa, fazendo-a gemer alto, quase chegando ao ápice. Em um movimento rápido, virou a de costas para si, deixando-a apoiada sobre o corpo do dragão.
Encaixou-se na entrada dela, ainda se esfregando, enquanto continuava a masturbar sua amada, queria que sentisse todo o desejo que nutria seu corpo, queria a ouvir gritando de prazer como uma fêmea no cio se entregando ao seu macho. A sentiu cada vez mais quente e úmida, começou a penetrá-la com força e cuidado, fazendo ela sentir um misto de dor e prazer que pareceram excitá-la ainda mais, fazendo com que gemesse o nome dele como uma desesperada, enquanto tinha seu pescoço mordido pelas presas de seu amado.
Kanji intensificava cada vez mais suas investidas, sentindo as contrações em Katherine se intensificando cada vez mais, não demorando muito para que ela estremecesse em gozo, enquanto Kanji a segurava pelos cabelos, nada disposto a cessar seus movimentos. Katherine podia sentir que começava a estremecer outra vez, quando começou a escutar uma voz fraca implorando por ajuda:
– Me salve, por favor!
Ela apertou os olhos, tentava se concentrar no que estava ouvindo, mas não conseguia, seu prazer era intenso demais, gemeu alto, sentindo Kanji penetrando-a ainda com mais força; mais uma vez escutou a voz, que parecia ser de uma mulher, se aproximando mais.
– Estou arrependida, por favor... me ajude! Ele vai me matar...
Não conseguiu ouvir mais nada, uma onda de prazer mais intensa que a primeira a atingiu, fazendo-a ter um orgasmo, com Kanji agarrando seu pescoço, apertando seu seio direito com a mão.
Ao abrir por um instante os olhos, pôde ver no céu a figura imponente de Shooting Star, voando baixo como se estivesse tentando a alertar de algo, mas Katherine não conseguia se concentrar, os movimentos de Kanji provocavam em seu corpo um torpor, um frenesi que não conseguia controlar, aproximando-se mais uma vez do orgasmo, sentindo as garras dele cravando no seu quadril, fazendo-a enlouquecer de tesão, sentindo a língua dele percorrendo sua coluna, Katherine não aguentou mais, apertou as mãos no coro do dragão, apoiando-se sobre o mesmo, ficando quase com o tronco deitado sobre ele, suas pernas tremiam muito, podia sentir o gozo escorrendo por suas coxas, babava de tanto prazer e desejo por estar sendo possuída daquela forma, quando ouviu a voz de Ami:
– Katherine?
– Hum?
Gemeu ela:
– Katherine, acorda!
– O quê? Ami? O que foi?
– Irmã, você poderia largar os meus seios, está doendo!
Katherine olha para suas mãos apertadas sobre os grandes seios de Ami, tirando as mãos rapidamente, constrangida, virando de costas para ela, que dormia ao seu lado na cama, Katherine estava transtornada, havia sido apenas um sonho. Realmente precisava que o casamento acontecesse logo, aquele tipo de sonho estava cada vez mais frequente, não iria resistir ao noivo por muito tempo daquela maneira.
Ami pergunta maliciosa:
– Estava sonhando com o que, irmã?
– Com nada, Ami!
– Não parecia, estava gemendo, se contorcendo e chamando o Kanji...
– Ami!
– O quê?
– Cala a boca e dorme.
– Está bem!
Ami virou-se, rindo baixo. A garota sabia bem que tipo de sonho era aquele, antes de ceder ao noivo havia tido sonhos inconfessáveis com ele.
Faltavam apenas alguns dias para o casamento, Ami estava radiante ao ponto de chorar por qualquer motivo, o que deixava Katherine desconfiada, já que a irmã teve que praticamente ser proibida pelo noivo de visitá-lo à noite, claro que o fato de Katherine ameaçar contar tudo ao rei e à rainha inu youkai, caso ele não a proibisse, foi decisivo e crucial para Shuji tomar essa decisão.
Na sala secreta junto ao quarto de Kanji, Kiku chorava, se maldizendo, arrependida, acabaria sendo morta por aquele louco cruel que Kanji havia se tornado, o sangue de seu olho esquerdo, que havia sido arrancado quando, em um acesso de fúria, o príncipe a espancou até que todo o lado esquerdo de sua face estivesse desfigurado, se misturava com as lágrimas, aquilo já havia se tornado um hábito, pensava ela, olhando para os seios e o corpo todo marcado pela violência. Precisava de ajuda para sair daquele local, tinha dificuldade para respirar, pois uma costela quebrada lhe pressionava o pulmão e uma grande fratura em sua perna direita parecia estar ficando infeccionada por falta de tratamento, o que lhe causava dores horrendas.
Desesperada com aquela situação, Kiku passou o dedo indicador por seu sangue, fazendo um símbolo sobre a parede atrás de si, evocando um espírito zombeteiro que deveria aparecer para uma única pessoa e guiá-la até onde se encontrava. Fez sua evocação com todas as energias que ainda lhe restavam, ordenando:
– Traga a princesa dos dragões até mim!
Dito isso, uma grande parte da energia dela se desprendeu rapidamente, desaparecendo da sala, deixando-a desacordada naquele local.
Naquela tarde, as princesas estavam fazendo a última prova em seus vestidos de noiva, Katherine era a descrição do sonho romântico, a noiva perfeita dentro do vestido de cor clara, quase translúcida, se admirava no espelho, não podia crer no que seus olhos viam, em alguns dias estaria casando com seu príncipe, já podia se imaginar com muitos filhos e filhas correndo por aquele castelo; despertou de seus pensamentos ao som de uma risada maldosa, olhou para frente e se deparou com um reflexo no espelho que não conhecia.
Um ser de aparência diabólica, os olhos vermelhos como sangue, cabelos dourados e pele pálida, surge dentro do espelho, saindo imediatamente e passando junto de Katherine, saindo pelo castelo. Perplexa com aquele ser, foi atrás dele. As costureiras, pediam:
– Princesa, por favor, volte aqui...
Mas nada adiantou o apelo das youkai, Katherine saiu decidida pela porta, pisando firme, sacando uma de suas espadas, a qual tinha uma pedra negra em sua base, dizia que podia destruir inimigos físicos e espirituais. Saiu atrás da estranha criatura, que desapareceu no quarto de Kanji, Katherine entrou sem sequer bater na porta, o príncipe não se encontrava, a garota podia sentir uma presença no quarto muito forte, aproximou-se da cama com cuidado, revistou o móvel sem nada conseguir achar. O closet chamou sua atenção, ela passou uma das mãos sobre a porta, abrindo abruptamente, a presença era muito forte naquele local, mas não parecia sozinha, sentia um rastro muito fraco de mais alguém. Falou, já impaciente:
– Apareça, maldito!
Outra vez ouviu a risada zombeteira do espírito, que surge à sua frente. Rapidamente, por instinto, o golpeou com a espada, o cortando no meio. Por alguns segundos o ser ficou olhando-a sem nada entender, por que aquela mulher tentou o ferir com uma espada? Foi quando ele viu um brilho rosa sair do meio do seu peito, surpreso se desfez no ar por efeito daquele golpe, o estranho espírito não existia mais. Mas ainda permanecia uma presença naquele local, então começou a revirar a bagunça sem conseguir achar de onde estava emanando aquela presença.
Tocou a parede de trás daquele cômodo e percebeu era de lá aquela presença. Bateu de leve com o cabo da espada na parede, que soou oca, deu dois passos para trás e chutou a parede, que se moveu um pouco, podia ouvir um murmúrio abafado. Achando estranho, chutou novamente, fazendo a parede vibrar. Iria derrubá-la de qualquer forma, quando escutou:
– O que está fazendo?
– Kanji?
Disse ela, olhando para trás, espantada com a presença dele.
O príncipe, ao ver a noiva tentando pôr o fundo falso de closet no chão, tentou aparentar tranquilidade e questionou, brincando:
– Está redecorando o quarto?
– Bem eu... o que tem atrás dessa parede afinal?
– Nada, desde que me lembro desse local a parede está aí.
– Todos os quartos têm essa sala?
– Não, só o meu e o de Shuji.
– Entendo.
Ela saiu da sala, passando junto a ele para sair, beijando-lhe os lábios, Kanji a observa se afastando e pergunta:
– Que vestido é esse?
– Gosta?
– Muito, você está um sonho vestindo-o. Isso me faz imaginar...
– O quê?
– O que tem embaixo dele.
Ela sorri maliciosa, vendo-o se aproximar com um jeito sensual e que muito custava-lhe resistir, o deixou beijar seu pescoço, quando Kanji desceu os beijos até o início do decote, onde começava a aparecer o colo, Katherine sorriu, soltando um suspiro, dizendo:
– Príncipe, você sabe o que tenho sob o vestido.
– Não, eu não sei.
Diz o rapaz, voltando os olhos para ela enquanto a beijava:
– Facas.
– O quê?
– É o que tenho debaixo do vestido.
Ela riu sonoramente ao ver que ele a soltou assustado e sem entender o porquê de ela ter facas sob a roupa. Katherine saiu do quarto, o príncipe estava atrás dela, falando:
– Você usa facas embaixo da roupa para quê?
– Caso eu não possa usar minhas espadas.
– E o que faz com elas?
– Isso.
Ela puxa rapidamente uma faca debaixo do vestido, jogando na direção de uma serva que estava saindo da cozinha, atingindo em cheio uma maçã vermelha sobre a bandeja, a pobre criada ficou um pouco assustada, mas assim que viu Katherine com Kanji, sorriu, fazendo uma reverência. A princesa apenas sorriu, apanhando a faca com a maçã da parede e a mordendo, oferecendo a fruta ao noivo, que sorriu e disse:
– Você atira facas?
– Sim, uma habilidade pouco comum, mas posso lhe ensinar se desejar.
– Claro! Desejo tudo em você.
Ela sorri. Iria mais uma vez se entregar aos beijos de seu príncipe, quando escutou o grito de Ami vindo de onde estavam provando os vestidos. Despediu-se de Kanji com um selinho nos lábios e correu até lá. Ao chegar, se deparou com a cena, a irmã rodeada por quatro costureiras tentando fazer o vestido fechar nela, sem muito sucesso, a moça estava uma fera, olhou para a irmã pelo espelho e disse:
– Que droga, fizeram o vestido pequeno, irmã.
Katherine coçou a cabeça, preocupada, podia sentir que a irmã estava grávida e chegou a sentir um alívio quando alguém disse que o casamento era daqui dois dias, olhou-a seriamente e disse:
– Pare de comer tanto e aumente o vestido.
– Mas, Katherine...
– Ami, você sabe por que o seu vestido está apertado, então faça o que eu disse.
– Como assim, irmã?
– Você não notou?
– O quê?
– Senhoras, por favor, saiam imediatamente.
– Mas, princesa, nós não temos muito tempo e precisamos consertar o vestido...
Katherine apenas as olhou com seu olhar mortal, mirando a espada em uma delas. As mulheres, sem mais protestos, as deixaram sozinhas, saindo com bastante pressa do local.
Ami insiste:
– O que é, irmã?
– Ami, você está grávida, não percebeu isso?
– Não! Você está brincando, foram só algumas noites.
– Não estou brincando, a presença de sua criança é sutil, mas é gritante em você.
– Será que mais alguém percebeu?
– Não sei, não imagino o quanto um youkai é sensível.
– Para evitar discussões inúteis, evite se aproximar de Morning Star, se seu filho tiver o dom, irá ser percebido imediatamente.
– Daqui dois dias estarei casada e partindo com Shuji para o ocidente, espero que não percebam.
– Ami, avise seu noivo sobre esse assunto, o mais rápido possível.
– Será que ele vai gostar?
– Tenho certeza que sim.
– E o vestido?
– Experimente o meu, deve ficar perfeito para você.
– E você?
– Me casarei com o seu ou com outro qualquer.
Diz Katherine, tirando o vestido e o entregando à irmã. Ami, fez o mesmo. A princesa havia acertado com a troca, os vestidos haviam ficado perfeitos, até a hora da cerimônia ela não teria como aumentar. Ami saiu dali com pressa procurando o noivo, mas esse havia ido ao ocidente levar o restante de suas tropas e conhecer o reino no qual estaria morando em dois dias. As novidades teriam de esperam um pouco mais.