Capítulo 12
2533palavras
2022-04-25 01:43
Faltava exatamente duas semanas para o casamento, Katherine se ausentou, naquele dia, do reino Inu Youkai para buscar o restante de sua armada e levar uma grande parte dos exércitos de Shuji para o reino do ocidente, os youkai tinham ordens expressas para assumirem provisoriamente a segurança do reino em questão. Também foi para buscar o restante de suas coisas para, enfim, conseguir se instalar em seu novo lar e avisar que não mais voltaria.
Antes de sair, Kanji a acompanhou, manhoso, até junto de Morning Star, não gostava de ficar longe dela mesmo por um dia, ele dizia:
– Princesa, é necessário mesmo que vá?

– Sim, meu príncipe. Não devo me afastar de meu exército por tanto tempo.
– Quando volta?
– Amanhã, ao amanhecer devo estar ao seu lado.
– Não gosto desses youkai à sua volta.
Rosna ele, olhando para os soldados. Katherine sorri, sem olhar para os homens atrás deles:
– Meu príncipe, acalme-se. Quanto mais breve eu partir, mais rápido estarei de volta.

– Vá então, mas não irá se ausentar assim depois, não é?
– Não, meu príncipe, se tiver que ir ao ocidente, virá comigo.
Ele faz uma carinha triste e manhosa, olhando os grandes olhos azuis do rosto que lhe sorria. Katherine o beijou delicadamente nos lábios, colocando a máscara e subindo em seu dragão, deixando o mestiço de Youkai e levando junto consigo um grande número de youkais.
Assistindo à partida da princesa de uma das janelas do palácio, estava Takeo, com ar severo, observando o filho. Depois do que havia visto no lago, estava mais preocupado com o futuro deste do que o costumeiro. Cho se aproximou respeitosa, aguardando que seu senhor falasse o motivo pelo qual havia solicitado sua presença, antes que a velha tenha dito algo, o inu youkai disse:

– Cho, o que sabe sobre uma serva mestiça de Youkai, que temos em nosso palácio?
– Qual delas, senhor?
– Uma inu youkai que parece chamar a atenção de meu filho.
– De Kanji Sama, senhor? Impossível, eu a adverti muitas vezes de que não devia se aproximar dele...
– Parece que não teve sucesso, Cho. De onde é essa serva?
– Senhor, pelo que sei, se chama Kiku, é uma mestiça de Youkai, proveniente da Ilha da Magia, era uma das concubinas de Darak.
– E por que está servindo aqui?
– Ela não tinha para onde ir...
– Entendo..., mas não quero essa moça perto de Kanji, entendeu? A mantenha longe dele.
– Sim, senhor! Mas... eu posso perguntar o porquê, meu senhor?
– Pode, Cho, você me conhece há muito tempo e sabe que posso prever o futuro quando assim desejo.
– Sim, meu senhor.
– Nesse momento, o futuro se encontra dividido e tudo dependerá de um único passo de Kanji. Se ele errar, atrairá a desgraça sobre todos nós. E eu jamais o perdoarei, é por isso.
– O que de tão grave pode acontecer, senhor?
– Cho!
– Sim, senhor.
– Faça o que lhe peço, mesmo que tenha de matá-la. Entendeu?
– Sim, Takeo Sama.
Disse a velha, saindo, deixando o rei sozinho por alguns instantes, antes que a rainha viesse junto a esse para amenizar as preocupações de sua cabeça real.
O dia passou tranquilo e rápido, naquela tarde de primavera chuvosa, Kanji olhava para a chuva e suspirava, observando alguns dos dragões que permaneciam próximos ao castelo; àqueles grandes seres gostavam da chuva e se dignavam a brincar sob essa. Ao ver o filho entretido, Takara se aproximou, o abraçando pelas costas:
– Pensando na sua princesa?
– Sentindo falta dela aqui, mãe.
– Você está apaixonado, meu filho?
– Acho que... não sei o que responder, mãe.
– Como assim, meu filho?
– Será que gostar de duas pessoas é possível?
– Como assim? Quem é essa outra moça?
– Ah, mãe... não é ninguém... eu acho que deve ser só coisa de homem mesmo. Ou meu orgulho... não sei.
– O que sente quando vê essa moça?
– Ódio, repulsa, nojo... não consigo controlar, uma vontade de... e muito confuso... mãe, eu não consigo entender que sentimento horrível e cruel é esse que se apodera de mim.
A rainha ouvia aquilo com o cenho franzido e em silêncio. Agora estava preocupada e se lembrava da conversa que havia tido com seu marido sobre a reação dos inu youkai em relação à feitiçaria, que sempre achou se tratar de exagero da parte dele, mas, ouvindo o que seu filho dizia, parecia claro que era um fato. Takara puxou Kanji de frente para si, o abraçando e disse:
– Filho, por favor, afaste-se dessa moça!
– Mãe o que...
– Me escute, por favor. Fique longe dessa moça que desperta seu ódio. Case-se com Katherine e seja feliz, não deixe o sentimento ruim te dominar.
– O que está havendo, mãe, por que está assim tão preocupada?
– Só me prometa, filho!
– Sim.
Disse o garoto em tom baixo, só para a mãe ouvir enquanto a abraçava. Logo depois, a rainha se afastou descompensada pelos corredores do castelo. Já era tarde da noite, Kanji foi para seu quarto sem muita pressa, quando passava perto do corredor da cozinha, avistou Kiku que parecia estar preparando um chá. Ele se aproximou, abraçando-a com força por trás, dizendo em seu ouvido de modo imperativo:
– Venha comigo, agora. E traga vinho!
– Sim, Kanji Sama.
Ele subiu as escadas com pressa, enquanto, na cozinha, a ardilosa mestiça de Youkai colocava vinho na jarra, serviria uma poção do que havia preparado na noite anterior com o esperma que recolheu. O teria manso, como um cordeirinho, a partir daquela noite. Assim que tudo ficou pronto, a moça seguiu para o quarto do príncipe.
Em um dos quartos do segundo andar, Ami tentava dormir sem sucesso algum. Katherine havia viajado, logo não havia com quem pudesse conversar. Por um instante a moça olha para a porta do quarto, um pensamento invade sua mente, não havia quem a censura se também, a princesa pulou da cama, pegou uma capa, vestiu rapidamente sobre a camisola branca, abriu bem lentamente a porta de seu quarto, quando viu uma serviçal passando com pressa, não deu atenção à moça, esperou-a passar e seguiu pelo corredor, na direção do quarto de Shuji, porém não pôde deixar de perceber que a serva entrou no quarto em frente ao de seu noivo, o quarto de Kanji.
Surpreendeu-se, mas estava com pressa de ir ao quarto de seu amado antes que alguém a descobrisse, se aproximou, olhando ao redor, rapidamente abriu a porta e se esgueirou para dentro dele. Seu noivo dormia no escuro, a janela aberta próxima da cama, deixava a claridade lunar entrar; ela deixou sua capa próxima da porta, andando até próximo da cama, pôde observá-lo dormindo, tranquilo, sobre a cama, com o peito nu.
Ami sentiu um arrepio subir pelo meio de suas coxas até sua nuca, não pensou nenhum instante mais, deixou sua camisola escorregar até o chão e deitou-se ao lado de seu amor, beijando apaixonadamente os seus lábios, de imediato Shuji abriu os olhos, um pouco surpreso, não conseguia se lembrar de ter pedido que alguém lhe fizesse companhia naquela noite, estava prestes a enxotar a atrevida de seu quarto, quando sentiu o cheiro e o gosto de sua noiva, parou o beijo um segundo dizendo:
– Ami o que faz aqui?
– Shuji, eu posso dormir aqui com você hoje?
– Assim?
Disse ele, olhando rapidamente para o corpo da noiva nua ao seu lado na cama, começou a se sentir excitado com o cheiro dela, era uma fêmea no cio exalando um cheiro de desejo chamando pelo macho, por seu macho. Ami falou suspirando no ouvido dele:
– Shuji, eu quero você.
– Ami?! Sabe o que está dizendo?
– Sei... pensei muito nisso. Eu preciso de você, agora...
Disse, beijando-lhe os lábios, deitando os seios sobre o peito nu dele, o abraçando apertado pelo pescoço, descendo os lábios por seu pescoço, depois subindo até sua orelha. Shuji tentava conter-se, sentindo seu corpo se arrepiar ao apelo de sua noiva pressionando os seios rígidos contra seu peito, o cheiro dos cabelos sobre seu corpo, a maciez daquela pele, o hálito que vinha daqueles lábios, o perfume daquela pele, tudo intenso demais. Tentou ainda argumentar consigo mesmo que estarem ali, daquela maneira, era errado, mas estaria casado com ela em duas semanas, amava aquela mulher e a desejava também. Ami disse mais uma vez, quase implorando:
– Shuji, por favor, faça amor comigo. Quero te sentir no meu corpo.
Ele não conseguiu mais se conter, deitou seu corpo sobre o dela, passando a mão por seus seios, acariciando, massageando ao som dos gemidos baixos de sua amada, enquanto sua outra mão passeava pela coxa direita da moça, fazendo suas pernas ficarem levemente afastadas, lambia o pescoço, enfiava sua língua dentro do ouvido da garota, enquanto apertava seu mamilo de leve entre as garras.
Desceu, beijando seu pescoço lascivo, detendo nos seios rígidos pela excitação, não se lembrava de em sua vida ter sentido a pele de uma fêmea tão macia como aquela, cheirou profundamente a pele entre os seios, enquanto os lambia, beijava e chupava, Ami segurava-lhe pelos cabelos, apertando seu rosto contra os seios, mordendo os lábios de prazer, sentia arrepios tomarem conta de seu corpo, um prazer ainda desconhecido tomava conta de seu ser; ele desceu, beijando todo o ventre, mordendo levemente e distribuindo chupões suaves sobre a pele.
Passou a língua por suas coxas, as apertando com as mãos com força, Shuji tentava se controlar para que seus instintos inu youkai não viessem à tona a qualquer momento, não queria ser agressivo, não podia de forma alguma, aquela era sua fêmea, queria apenas que tivesse prazer, o prazer que veio buscar ao procurá-lo.
Pousou seu rosto sobre o sexo dela, sentiu seu aroma adocicado de excitação e lambeu-a devagar, explorando-a com sua língua, passeando por seu clitóris em movimentos circulares, deixando-a ainda mais úmida e quente. Chupou suavemente o clitóris da noiva, fazendo-a soltar um gritinho e se contorcer sobre a cama, a umidade escorria abundante, penetrou-a com um dedo, fazendo que gemesse mais alto, chamando seu nome, aquilo o enlouquecia, sentia seu membro duro latejando, queria penetrar naquele corpo virgem e belo.
Penetrou o segundo dedo, sentia que estava quase gozando, apertando os seios com as mãos, mordendo os lábios; de olhos fechados, Shuji se deteve alguns segundo, voltando a beijar a boca de Ami, ela o apertou entre os braços, o youkai mordeu o lóbulo da orelha dela e perguntou:
– Você tem certeza, minha princesa?
– Por favor, Shuji. Me faça sua, por favor...
Dizia, gemendo, apertando-o contra o corpo.
Não podia mais esperar, ergueu um pouco as suas pernas, penetrando-a delicadamente para não machucá-la muito, movimentando-se devagar para que se acostumasse ao membro duro em seu corpo; ouviu-a soltar um gritinho entre os dentes, seguidos de gemidos incessantes, continuou penetrando-a cada vez mais forte e mais profundamente enquanto beijava e mordia o pescoço da moça. Ami arranhava as unhas nas costas de seu youkai, o que o fazia delirar, também gemendo de prazer, sentiu as contrações nela aumentando, se tornando mais fortes, apertando seu membro, que pulsava dentro dela.
Ami gozou chamando pelo nome de seu amado, que a penetrava com uma força sobre-humana. Ele mesmo gozou logo após, despejando dentro dela todo o seu gozo quente e espesso, deixando-se cair entregue sobre os seus seios. Ami o abraçava carinhosamente, fazendo carinho em seu longo cabelo prateado até adormecerem, nus e abraçados sobre a cama, um macho e sua fêmea recém-desvirginada.
No quarto em frente ao deles, a situação remetia a sexo, em nada lembrava amor, Kanji estava com Kiku presa em suas garras pelo pescoço, enquanto a penetrava com força sobre a cama, fazendo a jovem ficar quase sem ar, ela gritava um misto de prazer e dor que nem mesmo Kanji parecia entender. Ele rosnava, agarrando seu cabelo:
– Faça silêncio, vadia! Não quero que escutem.
Ela tentava não emitir mais nenhum som, sem sucesso, o príncipe a estocava forte, fazendo-a estremecer, apertando as mãos na coberta para não gozar tão rápido daquela vez, Kiku sabia que se atingisse seu ápice rapidamente novamente, talvez ele ficasse mais violento ainda, tentou pensar em uma série de coisas absurdas para adiar seu próprio prazer, em vão, acabou estremecendo toda, deixando escapar um profundo grito de prazer, o rosto de Kanji era uma mistura de desprezo e desejo, que lhe davam um ar assustador. Sentia prazer em torturar aquela mulher, nem ele mesmo entendia o porquê daquela sensação deliciosa.
Saiu arrastando-a pelos cabelos, levando-a para o quarto de banho; jogou-a no chão, junto da banheira que mais parecia um ofurô, deixando-a de quatro, posicionou-se atrás dela, erguendo sua cabeça e seu tronco dizendo:
– Eu avisei, não quero ouvir seus gritos, vagabunda.
Kiku mal conseguia respirar, estava assustada, o príncipe podia sentir o cheiro do medo em sua amante e isso o fazia sentir mais tesão ainda, enfiou a cabeça da jovem dentro da água da banheira e segurou com força, penetrando forte sua entrada traseira, que a fez se debater, perdendo o ar quase que de imediatamente. Sem se importar, o rapaz se movia dentro dela com força e velocidade, quando sentia que o corpo dela começava a amolecer, puxava sua cabeça de dentro da água, deixando-a pegar um pouco de ar, mas tornando a afogá-la.
Um pouco antes do amanhecer, Kanji já estava satisfeito, simplesmente mandou que Kiku vestisse suas roupas e desaparecesse sem que ninguém a visse. A jovem, coberta de arranhões e hematomas pelo corpo, se vestiu o mais rápido que pôde e saiu do quarto, sorrateira, andando ainda com certa dificuldade pelo corredor; quando estava deixando o quarto, foi surpreendida por Ami, que estava saindo do quarto da frente, acompanhada por Shuji.
Kiku ficou surpresa em ver a princesa, mas se apavorou por ter sido vista pelo casal e saiu com bastante pressa, escondendo o rosto. Ami observou-a e disse assustada ao noivo:
– O que aconteceu com aquela serviçal? Você viu, Shuji?
– Vi. Volte para seu quarto.
Disse, beijando-a.
Assim que a princesa desapareceu de volta para seu quarto, Shuji entrou intempestivo no quarto de Kanji, e percebeu que o quarto estava desarrumado, com muitas manchas de sangue no lençol e nas paredes, um cheiro forte de sexo estava no ar, o príncipe observou, preocupado, à sua volta, não vendo o irmão de imediato, mas logo o percebeu próximo à sacada, vestindo apenas uma calça branca leve, estava parado de pé e pensativo. Shuji perguntou:
– O que aconteceu?
– Nada. Por que acha que aconteceu algo?
Responde o jovem mestiço de Youkai, sem voltar seu rosto na direção do irmão:
– Eu vi a serva.
– Entendo.
Shuji estranhou a reação do irmão, sequer olhou na sua direção, não brigou por ele estar em seu quarto, o youkai podia ver no irmão uma estranha energia, algo muito forte e bizarro. Saiu sem dizer mais nada, voltou ao seu quarto e se arrumou, iria procurar aquela serva, queria saber o que estava acontecendo.