Capítulo 6
772palavras
2022-04-17 04:13
Após precisar ser arrastada por Ami para longe de Kanji para que não o matasse na entrada do castelo Inu youkai. Já no quarto, Ami e a rainha Lianor tentavam acalmar Katherine que estava furiosa e humilhada e não ficaria nem mais um minuto naquele local. Lianor disse:
– Filha, reconsidere, por favor. Seu pai não permitirá sua partida.
– Falarei com ele depois.
– Katherine, você sabe que não pode deixar seu pai sem proteção.
– O reino Inu Youkai é muito bem protegido.
– Você ouviu o rei... se casará com o jovem príncipe, minha filha. Aqui é seu lar.
Katherine fez silêncio, se dirigindo à porta do quarto, quando escuta a frase de sua mãe, ela responde sem sequer olhar para ela:
– Mamãe, me perdoe, mas você ouviu o que o príncipe disse?
– Sim, mas...
– Você acha realmente que ainda haverá um casamento? Depois de tudo que ocorreu? Meu pai é o rei, ele não aceitaria uma humilhação dessa, eu não aceitarei...
Katherine colocou a máscara sobre o rosto, saiu do quarto com pressa sem se deter aos apelos da mãe e foi em direção dos dragões. Passou por Cho, a velha serva ainda assustada, mas Katherine não lhe deu chance de falar nada, já estava saindo pela porta, quando ouviu:
– Katherine?! Onde acha que vai?
– Embora.
– Bobagem, venha até aqui imediatamente.
– Sim, senhor, pai.
Hideki, após ter visto o príncipe Inu youkai desacordado e de ter se certificado que ele não morreria, até mesmo achou certa graça de toda a situação. Apenas quando percebeu a movimentação dos dragões, percebeu também que a filha deveria estar planejando partir, então foi buscá-la pessoalmente para falar sobre o plano e o desejo do príncipe Inu Youkai. A garota o seguia em silêncio quando entrou na sala onde Takeo os esperava:
– Princesa, antes de tudo, eu preciso me desculpar com a senhorita pelas palavras do meu filho. E lhe dizer que eu mesmo não teria feito diferente... entendo sua reação ao desrespeito de meu filho mais novo.
Ela ficou em silêncio. Por trás da máscara, embora as palavras do rei Inu youkai a fizeram suspirar de frustração, Hideki disse:
– Katherine, eu quero que parta imediatamente para às montanhas ao norte daqui, nos limites do território Inu youkai, mate um youkai chamado Darak e traga uma jóia chamada de Caveira de Sangue para mim.
Ao ouvir seu pai lhe dar uma missão, Katherine prontamente viu ali sua deixa para livrar-se daquela situação, mataria o tal youkai partindo logo após para os distantes domínios dos dragões, deixando a entrega de tal joia aos cuidados de Seidy. Então, questionou:
– Qual a localização dele?
– Essa.
Diz Takeo, mostrando para ela em um mapa como chegar às montanhas onde o inimigo se escondia, explicando tudo no caminho. Depois de dar todas as coordenadas, Hideki diz:
– Vá e retorne o mais breve possível, com a jóia.
– Sim, senhor! Pai, quando retornar, desejo voltar ao castelo do Oriente.
– Não retornará.
“Veremos!” – Mas, pai...
Pensou, enquanto o observava rosnar frustrado a sua frente, não iria discutir sua decisão, Hideki acrescentou:
– Já chega, princesa. Vá cumprir minhas ordens, imediatamente.
Diz Hideki, impacientando-se. Katherine saiu contrariada pela porta do cômodo, jogando-a para trás, saindo intempestiva. Kanji que, embora estivesse bastante machucado e ainda um pouco atordoado, a observa se dirigindo ao lado de fora do castelo, aproximando-se do menor dos dragões, mantendo uma distância segura e não deixado que a jovem o percebesse, não queria tomar outra surra como a que havia tomado e que lhe rendeu quase o dia inteiro inconsciente. Viu quando a garota encostou sua mão sobre a testa do poderoso animal por alguns minutos e ele desapareceu voando pelo céu, sob seu olhar atento, Katherine já havia percebido a presença do príncipe se esgueirando, observando seus atos. Não estava interessada em falar nada para o rapaz, então apenas montou em Morning Star e desapareceu nos céus, alto demais e rápido demais para ser seguida por ele.
O príncipe apenas observou confuso a reação daquela estranha mulher que simplesmente partiu, como se não o estivesse percebendo junto à porta de entrada do castelo. Suspirou, arrependendo-se da sua reação. Imaginou que aquela mulher de aparência tão fria e dura não devia estar se importando se estava vivo ou morto ou se havia se arrependido, a única coisa que tinha certeza era que as palavras que havia dito no jantar haviam magoado aquela humana e que, por mais que desejasse, não teria como se desculpar e isso estava incomodando sua alma. Precisava pensar em algo.