Capítulo 133
2641palavras
2022-07-25 06:26
Ele me soltou e andamos de mãos dadas pela areia, nos afastando de todos.
- Foram dias horríveis sem você. – ele disse apertando minha mão e me olhando.
- Eu precisava fazer isso.
- Logo depois de ter perdido nosso bebê? Sequer me deu a chance de consolá-la... Eu havia acabado de levar um tiro.
- E eu tive medo que da próxima vez ele realmente acertasse você e não fosse só de raspão. Nunca tive certeza se aquela bala era para assustar ou para matar. E quantos bebês estariam à mercê dele se eu continuasse esperando a vida ou Deus dar uma lição nele?
- Então resolveu agir sozinha, como sempre. Você não sabe o que significa “juntos”?
- Eu só sei o que significar amor, Nick... Eu sou uma desmiolada, hipócrita, dissimulada...
- Vingativa e convencida. – ele completou. – A minha rainha do drama de sempre. E vou anexar outra palavra: teimosa.
- Ainda assim louca por você.
- Eu estou orgulhoso pelo livro... E por você ter colocado Simon na cadeia. Não sei se teríamos conseguido de outra forma.
- Eu joguei com o que eu tinha... E arrisquei. E no fim, deu certo.
- Você soube que Joana foi embora?
- Não... Eu não soube de nada.
- Aposto que você tem a ver com isso também.
- Pode apostar que sim. – eu ri.
- Me lembre de nunca mexer com você, rainha do drama.
- Ah, mexa comigo sempre, Nick... Adoro quando você mexe em mim.
Ele ruborizou.
- Estou vendo o senhor perfeito com vergonha?
Ele não disse nada. Subimos uma escadaria, que dava para um deck. Lá havia um barco... Ou seria um iate? Sinceramente, eu não sabia a diferença entre um e outro.
- Isso... É para nós? – perguntei incrédula.
- Preparada para uma nova experiência?
- Qual seria?
- Fazer amor em alto mar.
- Preparada.
Fomos conduzidos para dentro do barco por um homem que deu algumas instruções para Nicolas e depois nos deixou a sós.
Assim que Nicolas ligou o iate de pequeno porte, perguntei:
- Você já fez isso?
- Poucas vezes, mas sim, já fiz. Não acredita na minha habilidade em dirigir um iate? – ele brincou.
- Acredito em você, Nick... E em tudo que você faz. – admiti.
- Este momento é nosso... Só nosso. – ele disse.
Assim que deixamos o pequeno deck onde o iate estava atracado, subi ansiosa para ver a paisagem. Eu nunca havia estado num iate em toda a minha vida. Na verdade, nem num barco. Senti o vento forte fazendo meus cabelos baterem no meu rosto... E a sensação era absolutamente incrível. O sol alto, iluminando o mar gigantesco enquanto o Paradise ia ficando para trás, com sua beleza inigualável e indescritível. Sentei e curti cada momento ali, sozinha, sabendo que em breve eu estaria nos braços do amor da minha vida. Quando eu quase não conseguia mais avistar a terra firme o motor parou. Então Nicolas chegou à parte superior, me olhando do jeito que só ele fazia, capaz de me arrancar o suspiro mais profundo.
Antes que ele se aproximasse, fui ao encontro dele e o abracei com força. Fechei meus olhos e senti seu perfume tão conhecido... O mesmo de anos. Eu tinha tantas coisas para dizer. No entanto não conseguia balbuciar nenhuma palavra. Só desejava que aquele momento fosse eterno.
- Eu amo você, rainha do drama. Ontem, hoje e sempre. – ele disse no meu ouvido, alisando meus cabelos.
- Amo você, senhor perfeito. E vou amar enquanto eu viver.
Ele abaixou-se e me ergueu com seus braços até que nossas bocas ficassem na mesma altura. Encarei aqueles olhos da cor da imensidão do mar ao meu redor e não sabia dizer o que era mais lindo naquele momento. Então eu enlacei seu pescoço com meus braços e esfreguei meus lábios nos dele, lentamente, sentindo seu hálito e sua respiração junto da minha. Os dentes dele puxaram meu lábio inferior, que foi mordido levemente, arrancando-me um sorriso bobo e cheio de desejo. Senti minha calcinha molhar enquanto com a língua umedeci seus lábios antes de encontrá-los num beijo calmo e leve, como há tempos não trocávamos. Um beijo de amor, de paixão, de saudade. Mas como éramos Nicolas e Juliet, loucos um pelo outro, nossas línguas intensificaram o toque, como se fôssemos morrer ali mesmo se não nos devorássemos um ao outro.
Nicolas foi tirando meu vestido, sem desgrudar um minuto da minha boca. Foi descendo lentamente as alças, empurrando até minha cintura, fazendo com que caísse no chão. Senti o calor do sol nas minhas costas, aquecendo completamente meu corpo. Então sua boca deixou a minha e foi descendo sem pressa pelo meu rosto, pescoço, orelha, ombros... Eram beijos quentes, com sua língua sentindo cada parte da minha pele, fazendo verter o desejo nas minhas partes íntimas, quase sem conseguir esperar por tê-lo dentro de mim.
Meu colo recebeu seus lábios, enquanto ele retirava meu sutiã. Depois cada seio teve sua atenção, sugados lentamente, onde eu conseguia sentir seus dentes. Ele não tinha pressa, como se tudo que quisesse era que aquele momento fosse eterno. Desci seu rosto para minha barriga, arrancando um riso dele, mesmo sem me olhar. Quando ele abaixou minha calcinha, alcançando minha intimidade, eu gemi alto, fechando meus olhos e deitando meu pescoço para trás, sabendo que tudo ao meu redor era uma paisagem tão perfeita quanto o homem que eu tinha comigo.
Sua língua entrava e saía lentamente enquanto ele abria ainda mais pernas, ajoelhado no chão. Eu era incapaz de abrir meus olhos. Estava completamente entregue à luxúria e ao desejo daquele momento. Tudo que eu conseguia era segurar seus cabelos crescidos, o empurrando ainda mais para dentro de mim.
Meu corpo estremeceu e eu gozei quando ele levantou minha perna, colocando-a sobre o seu ombro, ainda ajoelhado no chão.
Nicolas me pegou no colo gentilmente, descendo pela escada até uma pequena cabine com uma cama grande e bem arrumada, onde a vista era somente o mar... Nada mais.
- Você gozar com a linha língua é uma das melhores sensações que eu já experimentei no sexo. – ele falou enquanto me depositava sobre a cama e se colocava ajoelhado sobre mim.
Arqueei meu corpo de forma sexy, e encarei seus olhos azuis, desabotoando botão por botão da sua camisa, sem olhá-los:
- Um pouco injusto eu estar nua e você de roupa, “marido”.
Ele abriu o zíper e retirou a calça enquanto eu ainda não havia chegado ao último botão da camisa. Quando o vi nu, senti meu sangue ferver dentro de mim. O posicionei deitado na cama, ficando sobre ele, com minhas pernas ajoelhadas sobre a cama, como ele costumava fazer comigo. Nossos olhos se encontraram e eu conseguia ver o coração dele batendo forte no peito e sua respiração ofegante.
- Saudades de nós... – ele disse com voz fraca.
- Saudade de tudo que vivemos... E ansiedade por tudo que ainda vamos viver, senhor perfeito. – falei enquanto beijava seu peito carinhosamente, deixando minha língua sentir cada pedaço da pele quente dele.
Quando finalmente cheguei em seu membro duro, esperando ansiosamente por ser devorado pela minha boca, eu disse:
- Agora quero que você goze para mim, senhor perfeito. Quero engolir cada gota... – falei enquanto o aconchegava na minha boca quente.
Minha mão acompanhava o ritmo da minha boca, e eu o engolia o mais profundamente que eu conseguia. Ouvir os gemidos altos dele me deixava molhada novamente, pronta pra gozar. Senti seus dedos adentrando em mim na mesma velocidade que eu o engolia. Os movimentos foram ficando mais rápidos e frenéticos e eu já tinha três dedos entrando com facilidade, e ansiando por seu pau. Meu coração batia forte e minha respiração acelerava quase de forma incontrolada quando eu percebi que iria gozar novamente. Então senti seu jato quente descendo pela minha garganta, enquanto eu me esvaia em um prazer profundo.
Ele pegou meus cabelos com força e me puxou para perto do seu rosto, colocando sua língua dentro da minha boca, misturando nossos gostos, nossos cheiros e intimidades que só compartilhávamos um com o outro. O apertei com força contra meu corpo, que estava sobre ele, puxando com força seu lábio inferior com meus dentes, fazendo-o se afastar:
- Isso doeu, “esposa”. – ele disse passando a mão na boca e rindo. – Mas prevejo comentários de que alguém gozou na tarde de núpcias.
- Sim, gozou duas vezes... E pode gozar mais e mais... Porque ela tem o marido mais incrível e gostoso do mundo inteiro.
Ele me virou, cobrindo-me com seu corpo e levantando meus braços, prendendo minhas mãos com as suas na altura do vidro acima da cama.
- Eu poderia ficar aqui para sempre. – ele confessou. – Comendo você por toda a minha vida.
- Eu posso dizer o mesmo, senhor perfeito.
- Como conseguimos ficar tanto tempo afastados, rainha do drama?
- Foi menos de um ano, Nick... E eu precisava.
- Estou falando dos seis anos... Não dos meses. Porque eu vi você todas as noites.
Levantei meu olhar, encarando-o confusa:
- Como assim?
- Acha mesmo que Otto me deixaria fora da vida de vocês?
- Mas...
- Todas as noites eu a via dormindo, quando ele levava o telefone até sua cama, numa chamada de vídeo. Eu precisava diariamente me certificar de que você estava bem. E sim, eu previa que você estava concretizando sua vingança.
- Justiça. – corrigi.
- Se prefere chamar assim, eu não me importo. Para mim ainda se chama vingança. E eu entendi que este momento era só seu, rainha do drama. Porque realmente eu não consegui ajudar, mesmo tentando.
Tentei me desvencilhar das mãos dele, para abraçá-lo, mas ele não permitiu:
- Daqui você só sairá quando eu quiser... – ele advertiu.
- Eu não quero sair nunca, Nick... Quero ficar para sempre nos seus braços... Perdoe-me por não esperar sua recuperação do tiro.
- Eu só queria ter estado com você depois da perda do nosso filho.
- Eu pensei em você... Em “nós” o tempo todo, senhor perfeito. Eu... Tentei apagar a perda do bebê da minha mente. Foquei tanto no livro, na prisão de Simon... E sempre que eu me via pensando naquele serzinho que eu vi, que eu tive dentro de mim, eu direcionava minha cabeça para ele... O homem que o tirou de nós. Então o ódio ia crescendo dentro de mim cada vez mais.
- Você planejou que fosse desta forma quando? Não entendo como teve esta ideia... De fazer a sua história interessar a alguém que quisesse ajudá-la a fazer justiça...
- Planejei isso há um tempo... Só não imaginei que iria embora. Mas quando eu o vi no hospital... E vi o meu sangue no chão... Meu mundo desabou e eu só via Simon na minha frente. E eu tive medo de ele fazer isso com outras pessoas que eu amava. Então ficar longe de todos era o melhor a fazer. Eu sabia que você não tinha dado nada para ele enquanto estávamos afastados um do outro. Ele só começou a ambição pelo resort quando viu que eu lhe dava esta possibilidade, entende?
- Eu sempre soube que você não me deixaria, rainha do drama. Por trás da partida, havia um objetivo... Pelo menos a meu ver. E eu estava certo. Só tive medo que isso levasse anos... Até chegarmos aos trinta, como no final do seu livro. Mas assim que Simon foi preso, eu providenciei o casamento imediatamente. Porque sabia que finalmente você voltaria para mim.
Eu sorri, tentando abraçá-lo, sem que ele me soltasse.
- Por que você não voltou imediatamente para mim, rainha do drama?
- Faltava um último detalhe. Mas eu já resolvi.
- Quer me contar?
- Eu não quero contar para ninguém... Aliás, eu quero esquecer, Nick... Para sempre o que eu fiz no último ano.
- Não vai mais escrever? – ele perguntou confuso.
- Claro que vou. Aliás, já tenho ideias na cabeça. Estou pensando em criar uma trilogia sobre príncipes e princesas. O que acha?
- Eu acho que quero usar minha esposa até a noite, sem parar um minuto. Porque eu fiquei quase um ano sem sexo.
- Bem vindo ao clube... Sequer beijei na boca.
Ele me deu um beijo leve, envolvendo meus lábios nos dele de forma apaixonada.
- Se eu soubesse que você beijou alguém, você não estaria nos meus braços neste momento.
- Não quero outra boca na minha senão a sua, senhor perfeito.
- Nossos corpos foram feitos para ficarem juntos... Eles se encaixam perfeitamente, você não acha? – ele sorriu, enrugando os cantos da boca.
Levantei meu rosto e beijei os cantos dos seus lábios carinhosamente.
- Se não me soltar, vou matar você, Nick. – adverti.
- Será que devo ter medo desta ameaça?
Levantei meu rosto e o mordi novamente, até que ele me soltasse. Ele tentou me imobilizar novamente, mas não conseguiu, pois eu fui mais rápida e subi sobre ele, me esfregando em seu corpo enquanto o encarava com minha respiração já ofegante.
- Eu nunca acreditei em finais felizes, Nicolas... Até conhecer você.
- E eu nunca acreditei no amor, até conhecer você... Completamente louca e desnorteada, correndo atrás de um idiota qualquer.
- Eu senti ciúmes de você com Val... Cada vez que a beijava ou sequer olhava na direção dela.
- Eu senti ciúmes quando levei a carta... Quando a vi furiosa porque ele apareceu e você havia beijado o otário do Giovane. Senti ciúmes quando você ficava com Tom... E quando olhava para qualquer outro que não fosse eu. Mas eu só tive certeza de que estava completamente apaixonado quando você me abraçou... No dia que lhe dei o celular.
- Eu não abracei você... – contestei.
- Abraçou... Quando tentou pegá-lo no momento que o escondi atrás de mim.
- Acho que foi a primeira vez que nos tocamos de verdade. E sim, eu fiquei completamente confusa naquele dia... Com o que eu senti.
- Eu fui forte... Completamente louco por você eu não a beijei. Porque sabia que se fizesse isso você logo me esqueceria... Porque você era assim.
- Eu jamais esqueceria seu beijo, Nick... Porque eu nunca gostei de alguém como de você.
- Disse que perderia sua virgindade com Cadu pelo que me recordo.
Eu ri, tentando prender as mãos dele para cima, como ele havia feito comigo. Mas eu não tinha força. Senti seu membro já duro sob meu corpo e ri maliciosamente:
- Mas não perdi com ele.
- Ainda assim merece um castigo por ter sequer pensado em fazer isso...
Falando isso Nicolas saiu debaixo de mim, posicionando-me de quatro na cama. Meu coração acelerou imediatamente.
- Uma palmada por cada coisa errada... Vamos lá, lembre de cada uma e eu vou bater enquanto me enterro dentro de você sem piedade... – ele disse encostando a cabeça de seu membro ereto na minha entrada, sem penetrar-me, deixando-me absolutamente louca de prazer.
- Eu beijei Giovane...
Senti uma palmada leve.
- Quero mais forte... – reclamei.
- Então diga um erro mais sério...
- Eu mandei uma carta para Cadu.
A palmada foi mais forte desta vez.
- Eu quero você, Nick... – falei quase num fio de voz, sentindo meu corpo estremecer querendo-o dentro de mim.
- Então me faça bater...
- Eu fui rebelde com meus pais...
A palmada foi mais forte.
- Eu mentia... E ganhava castigo...
- O que você fez debaixo da coberta com Nicolas Welling no seu quarto, na presença de Lorraine?
- Eu... Deixei ele me masturbar...
Então ele se enterrou em mim, com força, pegando meus cabelos, trazendo minha cabeça de encontro ao corpo dele.