Capítulo 108
2620palavras
2022-07-25 06:10
Nicolas iria com seu próprio carro e chamou outro com motorista, a fim de que todos fossem confortáveis até a boate. Antes que fizéssemos a divisão entre os carros, Lorraine me puxou, empurrando-me para o banco da frente no carro de Nick e sentou atrás.
- Vocês vão neste. – ela gritou para Dani, Alissa e Val, apontando o carro com motorista. – Família aqui, amigas ali. – ela botou a língua para elas, debochadamente.
- Onde está Felipe? – perguntei.
- Acredita que ele ainda está se arrumando? Lá em casa é assim, a gente espera pelo homem e não pela mulher.
Felipe veio, todo arrumado e perfumado e sentou ao lado dela. Nicolas me olhou demoradamente:
- Você está linda.
- Obrigada. – eu disse sem jeito, sentindo meu coração explodir dentro de mim.
Ele ligou o carro, me questionando:
- Por que vestido?
- Porque eu gosto... E porque eu quero. – provoquei.
- Espero não ter que carregá-la bêbada.
- Não temos mais dezoito anos.
- Carreguei você há uns meses atrás... Na minha casa.
- Fatalidade.
- Não beba demais. – ele alisou minha perna e deixou a mão sobre ela.
Retirei a mão dele e disse:
- Depende...
- Do que? – ele perguntou.
- Do seu comportamento.
Ele riu:
- Sua bebedeira depende de mim? Só pode estar brincando que até nisso eu levo a culpa.
Lorraine estava muito quieta. Virei para trás e ela estava aos beijos com Felipe e ele com a mão dentro da calcinha dela.
- Que porra. – virei imediatamente.
Nicolas riu e levantou o espelho retrovisor totalmente para cima.
- Juro que não quero ver a calcinha de Lorraine.
- Nem deve... – falou Felipe rouco.
- Se querem dicas de como fazer bebê, basta nos seguir nas redes sociais, lindos. – Lorraine brincou.
- Este carro é legal. – falei observando os detalhes modernos do carro dele, tentando desfocar do que minha prima fazia com o marido no banco de trás.
- Quer dirigir um pouco?
- Não.
- Não entendo seu medo... Você dirige bem.
- Não gosto de carro. Tenho medo.
- E de moto?
- Acho que gosto um pouco... Desde que seja na carona.
- Mesmo depois de ter derrubado a moto sobre você?
- Sim...
- Subiria na moto de um cliente, Vivian? – ele perguntou, me olhando rapidamente.
Eu ri:
- Sim.
Chegamos ao nosso destino. Desci e arrumei meu vestido. Era justo e tinha duas fendas nas pernas, bem generosas. O decote era amplo e ao mesmo tempo não mostrava muito dos meus seios.
O carro das meninas chegou logo em seguida. Descemos e logo ele Nicolas elogiando as demais:
- Vocês estão lindas!
Revirei meus olhos: otário, falso, fingido, canalha.
Óbvio que não passamos sequer perto da fila. Assim que o senhor Welling apareceu na boate, só faltaram jogar um tapete vermelho a cada passo dele. Sequer ganhamos cartões de consumação. Ou seja, bebida liberada, por conta do dono do resort.
- Eu vou beber até vomitar. – disse Lorraine.
- Não vai mesmo. Tem um bebê nosso aí dentro. – Felipe passou a mão carinhosamente na barriga dela. – Vai tomar água mineral.
- Está bem amor... – ela o agarrou e lhe deu um beijo na boca.
O local era gigantesco. O som era tocado por um DJ conhecido nacionalmente, por isso naquela noite o ambiente estava lotado. As luzes coloridas iluminavam o lugar por inteiro. Os bares tinham barman’s que não vestiam nada na parte de cima... Só calças. E faziam show com as bebidas enquanto preparavam. Eu olhava tudo encantada.
- Nicolas, dá para levar um barman para casa? – perguntou Dani.
- Pode sim... Tudo aqui é comprável. – ele brincou.
- Ok, vou escolher um. – ela saiu.
Ficou eu, ele, Alissa e Val. Começou a tocar a música “Friday I’m in love”, do The Cure, que eu simplesmente amava. Joguei-me na pista, fechei meus olhos e comecei a dançar. Deus, como era bom sentir meu corpo se mexer ao som de um ritmo que entrava dentro da minha mente e me fazia reviver momentos tão bons e significativos da minha vida. Alissa veio dançar comigo e começamos a cantar alto, pouco nos importando com os olhares de todos sobre nós. Até que eu vi Nicolas e Val conversando tão próximos que meu coração quase parou.
Eu tentava sorrir, mas sinceramente, parece que foi jogado um balde de água fria sobre mim. Tive vontade de ir embora, mas minhas pernas simplesmente travaram. Em momento algum ele olhou na minha direção. Só olhava para ela e o que ela dizia. Talvez sempre tenha sido assim... Eu que nunca observei.
Balancei minha cabeça e dei alguns passos... Hora de beber. Enquanto me dirigia ao bar, pensativa e incerta se beber e fugir do problema era o ideal a fazer, alguém bateu em mim e todo o líquido do copo que ele carregava caiu sobre o meu decote, molhando o vestido.
- Que porra! – olhei.
- Ju?
- Cadu? – falei incrédula.
Ele sorriu e me deu um beijo no rosto, junto de um abraço leve:
- Nossa, como fomos nos encontrar aqui... Isso é destino.
- Talvez... – olhei para o meu vestido, sentindo o líquido gelado descendo pelo meu corpo.
Ele passou um guardanapo sobre meus seios, descendo pelo vestido em direção ao meu estômago:
- Me desculpe, Ju. Eu fui um desastrado.
- Que nada... Eu que não vi você. Está tudo bem.
Retirei a mão dele do meu corpo e o encarei:
- Eu soube que você casou... Há pouco tempo.
- Sim... Estou em lua de mel. – ele confirmou. – Iremos embora na segunda-feira. E você, o que faz aqui?
- Vim com meu ex-marido.
- Veio a um resort com o ex-marido? – ele riu.
- Quando chegamos, não éramos ex. – expliquei no ouvido dele, porque a música estava muito alta.
- Entendi...
- E sua esposa, onde está?
- Se eu disser que perdi ela por aqui, você acreditaria?
- Sim. – eu ri. – Talvez ela está fazendo o mesmo que você... Conversando com um homem.
Ele riu:
- É um papo inocente. – ele olhou para os meus seios descaradamente. – Eu acho.
- Posso apostar que sim, Cadu. – ironizei.
Olhei em direção a Nicolas e vi ele Val me encarando. Aliás, Alissa estava parada feito estátua olhando para Cadu. E Dani a alguns metros, virada para mim, sentada no banco do bar, sem piscar os olhos.
- Você me esqueceu, Ju?
Olhei para ele e quase gargalhei. Feliz era a palavra para aquela feliz coincidência. E vingança era o sentimento.
- Como assim?
- Lembra da carta?
Eu ri e coloquei a mão no rosto:
- Porra, que vergonha. Diga-me que queimou.
- Ela se sumiu, confesso. Deve ter sido minha esposa.
- Você guardava? – perguntei curiosa.
- Sim... Foi a única carta de amor que recebi na minha vida.
- E se eu te confessar que nunca foi amor, você acreditaria?
- Não sei...
Ele passou de novo o guardanapo de papel nos meus seios, olhando para eles.
- Você é muito cara de pau. – falei tirando as mãos dele. – Ainda bem que eu não casei com você. Aliás, por que não fez isso comigo naquela época? Você vai ser um péssimo marido.
- Eu só tinha 18 anos.
- Quer recuperar o tempo perdido agora? – o encarei, furiosa.
Nicolas parou ao meu lado, quase me derrubando com seu corpo.
- Nicolas? – Cadu olhou para ele. – Vocês... Ainda estão juntos? Ou melhor, não, você deve ser o ex. – ele arriscou.
- Não sou ex, porra nenhuma. – ele disse. – Sou o atual e o futuro.
- Vocês...
Nicolas pegou o guardanapo de papel da mão dele e jogou no chão:
- Não toque nela. Nunca mais...
- Ele pode tocar sim. – contestei, olhando para ele desafiadoramente.
- Quer levar umas palmadas? – ele me perguntou, com os olhos brilhando de raiva.
- Ei... Você não pode agredir ela. – Cadu disse confuso. – Estávamos só conversando.
- Ouse... Dar-me as palmadas. – eu o provoquei, colocando minhas mãos na cintura.
Ele me pegou no colo e me jogou em seu ombro, como seu eu ainda tivesse dezoito anos, dentro do Manhattan Bar... E não pesasse nada.
- Me ponha no chão agora. – eu ordenei em vão enquanto ele andava comigo pelo meio da multidão.
- Vou lhe dar tantas palmadas na sua bunda que vai implorar para eu parar.
- Eu não vou deixar você tocar em mim... Seu idiota. Não sou propriedade sua...
Ele passou pela porta do banheiro feminino e ordenou altivamente ao segurança:
- Ninguém entra. Até o final da noite.
- Sim, senhor Welling. Não se preocupe.
- Ei... – falei ao segurança, levantando minha cabeça. – Me salve, estou sendo sequestrada. Chame a polícia.
- Não posso fazer isso, senhora Welling.
Nicolas começou a gargalhar e deu duas palmadas fortes na minha bunda, me deixando com o sangue fervendo:
- Eu sabia que você não deveria ter vindo com a porra do vestido. – ele reclamou.
- Eu já disse que você não manda em mim. Vai cuidar da Val, seu idiota.
Ele não me soltou e passou a mão pela minha perna, alcançando minha bunda e apertando com força.
- Me ponha no chão... Agora. – falei sentindo minha calcinha molhando, incerta se eu queria mesmo sair dali.
Ele me desceu e foi andando até a parede, empurrando meu corpo com o dele. Senti o frio da cerâmica nas minhas costas.
- Está com ciúme da sua amiga?
- Não mesmo. Eu até queria que ela fosse se hospedar na sua casa...
Ele alisou meu rosto:
- Você ainda duvida do que eu sinto por você, rainha do drama?
- Eu... Odeio você. – falei baixando meu rosto.
Ele levantou meu queixo, fazendo-o encará-lo:
- E eu amo você.
Fiquei sem palavras. Senti meu coração acelerar e um frio na barriga.
- Estou farta das suas mentiras. – eu disse.
- Amar você nunca foi uma mentira... É minha única verdade.
Tentei sair de dentro do espaço que ele me continha com os braços, mas ele se aproximou ainda mais:
- Foi tudo combinado com Val. – ele disse, abaixando a cabeça.
- O que foi combinado?
- Fazer ciúmes para você, meu amor.
- Mas... Por quê?
- Pra você entender que me ama... E que não consegue ficar sem mim... E que precisa esquecer a porra do que aconteceu lá atrás. Porque não há futuro feliz se não estivermos juntos.
Ele pegou meu rosto entre suas mãos e me olhou no fundo dos olhos:
- Amo você... E jamais amei outra mulher em toda a minha vida. Foi tudo planejado, menos você encontrar a porra do Cadu justo aqui.
Eu comecei a rir:
- Pareceu planejado ele aparecer.
- Da minha parte, juro que não foi. Não sou idiota de fazer isso. – ele deu um beijo no meu nariz. – Porque você é muito maluquinha, então com isso não se brinca... Seria um grande risco.
Passei meus braços pelo pescoço dele:
- Cadu está em lua de mel aqui.
- Hum... Isso pode ser verdade. Paradise é um local bem procurado por casais em lua de mel...
Ele me ergueu, deixando nossos rostos na mesma altura:
- Achou mesmo que eu deixaria você por Val? – ele sorriu.
- Sim. – confessei tristemente.
Ele sugou meu lábio com os dentes, delicadamente:
- Eu quero você, Juliet. Para sempre.
- Para sempre... – dei um beijo leve nos lábios dele. – Amo você... Mesmo tendo feito o que fez. Ainda não perdoei você... Mas também não consigo ficar longe... Porque eu te amo. E eu odeio amar você.
- E eu amo amar você.
Ele me beijou, com ardor, com força, sua língua exigente querendo a minha. Foram alguns dias longe... Suficientes para uma saudade absurda.
- Vou fodê-la no banheiro de novo, rainha do drama. Depois vamos para a escada de emergência e repetimos a prostituta na esquina... Por quantas vezes você quiser.
Puxei a camisa dele e joguei no chão. Comecei a chupar cada centímetro do peito dele.
- Me marque por inteiro, meu amor. – ele fechou os olhos.
Abri sua calça e desci rapidamente, me ajoelhando no chão e pegando seu membro duro e brilhante de tesão. Passei no meu rosto antes de começar a chupar com vontade.
- Caralho, você vai me matar. – ele disse num fio de voz. – Se não casar comigo, vou mandar fazer um hotel para ser seu cativeiro, pois juro que vou sequestrá-la.
Eu não estava a fim de falar. Queria mesmo era sentir todo o pau dele dentro da minha boca e seus gemidos intensos só para mim. As mãos dele enrolaram meus cabelos enquanto ele acompanhava o movimento da minha cabeça. Dei leves mordidas, o levando a loucura. Achei que ele fosse gozar, mas não. Simplesmente me levantou do chão com facilidade e retirou meu vestido na parte de cima, deixando meus seios nus.
- Que porra você estava pensando quando saiu sem sutiã?
- Pensei em ficar nua no banheiro com você... – falei puxando a boca dele para meus seios enrijecidos.
Nicolas me levantou e colocou-me sentada na pia em mármore. Sua boca quente envolveu meu mamilo enquanto eu alisava seu membro completamente duro e úmido. Suas mãos levantaram meu vestido e os dedos me massagearam sobre a calcinha.
Levantei seu rosto e beijei sua boca com força, apertando-o contra mim, sentindo seu coração bater tão intensamente quanto o meu. Ele arredou a calcinha para o lado e se enterrou em mim enquanto suas mãos envolviam meu corpo. Éramos como um só, tamanho desejo e amor que nos deixavam completamente colados, sem saber quem era um ou outro. Puxei os cabelos dele enquanto aceitava sua língua entrando na minha boca com a mesma intensidade de seu membro. E mordi com força o lábio dele, soltando um gemido quando gozei e o senti dentro de mim, derramando seu líquido que significava que eu lhe dei tanto prazer quanto ele me deu. Não soltei o lábio, ainda entre meus dentes, enquanto sentia a respiração dele ofegante junto da minha. Senti sua língua na minha boca e o soltei, lentamente.
Ele me encarou e passou a mão no lábio:
- Acho que todo mundo no trabalho vai perceber que você gozou neste final de semana, amor.
Eu ri:
- Foda-se todo mundo.
Ele retirou minha calcinha lentamente e depois jogou-a no lixo.
- Nick... Eu não acredito.
- Você não precisa disto.
- Nós não vamos ficar aqui para sempre. Eu preciso ir embora depois, esqueceu?
- Podemos ficar aqui para sempre se você quiser. – ele me disse dando um beijo na minha bochecha.
- Quero a minha calcinha...
- Quer que eu junte do lixo?
- Não... Mas...
- Não se preocupe... Só vamos embora daqui depois que todo mundo tiver ido.
- Vamos passar a noite no banheiro?
- Você que sabe... Podemos ir para a pista também. Mas você estará sem calcinha. E eu pouco me importo. Porque vou ficar tão grudado em você que ninguém se arriscará a sequer olhar na sua direção.
- Desta parte eu gostei.
Ele me retirou de cima da pia e colocou-me virada para a parede, levantando meu vestido:
- Preparada para segunda parte?
- Sim... – falei sentindo meu corpo arrepiar quando ele mordeu levemente a minha orelha. – Pode repetir tudo de novo?
Ele riu:
- Com prazer...