Capítulo 46
1866palavras
2022-07-15 19:51
Despertei com o corpo nu de Nick ao meu lado e sua perna sobre meu corpo. Ele me abraçava. Retirei cuidadosamente o braço e a perna dele e levantei sem fazer ruído para não acordá-lo. Nem sei que horas eram. Havíamos ido dormir quando o dia já estava amanhecendo. Os lençóis da cama estavam metade no chão. Dormirmos praticamente só no colchão. Havia embalagens de preservativos por todo o quarto, abertas e fechadas. Fui pé por pé para o banheiro. Abri o chuveiro e deixei a água quente escorrer pelo meu corpo. Perder a virgindade não doeu, mas transar a noite inteira me rendeu uma ardência horrível. A pergunta do dia era: como eu consegui ficar tantos anos da minha vida sem sexo?
Fechei meus olhos e deixei a água quase fervente escorrer pelas minhas costas, me sentindo relaxada. Até sentir as mãos de Nicolas envolvendo meu peito. Dei um salto.
- Assustei você? – ele perguntou dando um beijo no meu pescoço.
- Claro, não estou acostumada a ter alguém no banho comigo.
- Posso esfregá-la? – ele perguntou pegando o sabonete.
- Nem pensar... Não consigo nem andar direito. – reclamei trazendo-o para debaixo do jato de água comigo.
Nos beijamos demoradamente e depois ele me levou até a parede gelada do Box.
- Não sei mais como eu vou ficar sem você. – ele disse descendo a língua pelo meu colo.
- Nick... – eu falei sentindo meu corpo já em chamas.
Ele desceu lentamente até minha barriga e se ajoelhou, colocando uma das minhas pernas sobre o seu ombro, deixando livre o que ele precisava de mim. Então sua língua começou a me acariciar, me deixando completamente zonza por ficar tão excitada sem estar preparada para aquilo. Minhas mãos encontraram seus cabelos molhados, que passei a puxar com força conforme a língua quente dele entrava no lugar mais íntimo do meu ser. As duas mãos dele passaram a pressionar minhas nádegas com força, puxando meu corpo de encontro do movimento de sua língua, me deixando completamente louca.
- Ainda quer que eu pare? – ele perguntou com um sorriso safado.
- Nem pensar... – quase gritei.
Ele riu antes de voltar ao belo trabalho que fazia ali embaixo. Fechei meus olhos e me entreguei aos momentos de prazer que meu melhor amigo e agora namorado, Nicolas Welling, me proporcionava. Gozei violentamente, enquanto minhas unhas apertavam com veemência seus ombros, deixando-o todo vermelho e arranhado.
Ele subiu, trazendo meu corpo estremecido ainda de encontro ao dele debaixo da água, enquanto eu recuperava minha respiração. O carinho que ele tinha comigo era simplesmente sem explicação. Eu não sei se era isso que me fazia sentir-me tão bem e à vontade com tudo que ele fazia. Eram momentos incríveis e eu tinha certeza de que mil anos poderiam passar, eu jamais esqueceria cada minuto que vivi com Nicolas Welling desde que o conheci, há mais de um ano atrás. Afastei-me um pouco e peguei a chave da minha gargantilha, encaixando na fechadura que ele trazia no pescoço:
- Você também tem a chave do meu coração. – falei olhando nos olhos dele. Sim, eu não me importava mais se iria me afogar naquele azul profundo. Eu sabia que ele iria me salvar... Sempre. – Eu amo você, senhor perfeito.
Ele me deu um beijo longo na bochecha:
- Minha louquinha preferida.
- Nick, ainda temos que fazer a cena do filme pornô que eu vi! – falei rindo.
- O que você anda assistindo, menina?
- O pior tipo de baixaria que você já viu... – confessei.
Ele riu:
- Temos tempo para botar tudo em prática. Não quero machucar você. Foi o bastante para a primeira vez... Até mais do que achei que você suportaria.
- Eu suporto qualquer coisa... – falei mordendo meu lábio sedutoramente. – Pelo menos qualquer coisa que envolva sua língua...
Ele pegou meus cabelos encharcados e segurou-os firme, fazendo eu levantar a cabeça. Senti seu membro duro encostando em mim, suplicante:
- Você é minha perdição, baixinha.
Desvencilhei-me e abaixei meu corpo vagarosamente, me ajoelhando na frente dele.
- Acho que chegou a hora de pagar pelos bons serviços prestados, senhor perfeito. – encarei.
Ele não falou nada... Ficou me olhando surpreso.
Quando olhei para aquilo duro e grosso na minha frente vi que não era um filme pornô, que eu sentia tesão ao olhar. Era a minha vez de testar ficção e realidade. Era tempo de novas experiências. Meu primeiro desejo relacionado aos filmes era ser fodida de quatro levando tapas na bunda. Aquilo parecia ser bem bom. O segundo era fazer um bom boquete, que o deixasse tão louco quanto ele me deixava com sua língua. Iniciaria com o segundo antes do primeiro.
Coloquei seu membro na minha boca e comecei a sugar desajeitadamente. Não queria frustrá-lo. Era a primeira vez que eu fazia aquilo e queria fazer bem feito. Felizmente Nicolas começou a se movimentar dentro da minha boca, facilitando minha noção do que fazer. Parecia bem mais fácil nos filmes. Na vida real era excitante, mas complicado. O que eu fazia com a falta de ar em alguns momentos? Algum tempo depois e parecia que eu nasci sabendo fazer aquilo. E não sei se eu tinha mais prazer em tê-lo dentro da minha boca ou ver a reação dele enquanto eu fazia aquilo. Sim, Nicolas estava gemendo e totalmente entregue a mim, a última virgem. Minhas mãos ajudaram no movimento de trazê-lo cada vez mais profundamente. Senti minha intimidade se encharcar junto da água quente que escorria nela. Era como se eu precisasse dele dentro de mim ou morreria. Quando foi gozar, ele retirou da minha boca e ejaculou entre meus seios. Porra, como aquilo podia fazer eu me excitar tanto? Era possível viver vinte e quatro horas fazendo sexo? Eu poderia testar. Acho que não enjoaria nunca daquilo. E tínhamos tantas coisas ainda para praticar...
Ele me ajudou a levantar e pegou o sabonete, me lavando cuidadosamente. Depois de ensaboar todo meu corpo, me pegou por baixo dos braços, me trazendo na sua altura, lutando contra meu corpo escorregadio:
- Você não pode engordar nenhuma grama, ou não consigo mais pegar você.
- Consegue sim... – falei enlaçando seu pescoço.
Recebi um beijo nos lábios carinhosamente, mas sem pretensão. Não havia espaço para mais nada ali além de amor agora. Nossos corpos estavam extasiados e satisfeitos. E em nossos corações não tinha espaço para nada mais a não ser nós dois.
- Nem nos meus melhores sonhos imaginei nós dois no banho usando somente gargantilhas de amor eterno. – ele falou rindo.
- Isso é porque você é o senhor perfeito. Agora me solte que eu preciso ver se minha mãe e Otto estão em casa. Acho que eu posso estar encrencada.
Ele me soltou e disse:
- Se fosse para você estar encrencada, não haveria uma cama de casal à sua espera. Acho que sua mãe me quer aqui todas as noites.
- Exibido e conquistador de mães. – falei enquanto pegava minha toalha. – Se eu disser que ela me fez tomar anticoncepcionais você acreditaria?
Ele me olhou surpreso:
- E se eu te disser que vamos fazer tudo de novo sem preservativo depois de ouvir esta notícia você acreditaria?
- Não, Nick. – falei encarando-o seriamente.
- Qual seu medo? Se você está tomando a pílula está tudo certo. – ele fechou o chuveiro.
- Só de passar pela minha cabeça a possibilidade de engravidar me dá um medo incontrolável.
- Rainha do drama, o anticoncepcional lhe dá essa segurança.
- Vamos nos cuidar duplamente.
- Você nunca pensou em ter filhos no futuro?
- Não. – confessei. – Eu não quero ter filhos... Nunca.
- Por quê?
- Isso é um problema para você?
- Não... – ele pegou minha mão. – Ei, somos novos... Não vamos ter filhos, não se preocupe. Foi só uma pergunta. Não quero que fique chateada.
- Então não quero falar sobre filho... Nunca. – pedi.
- Ok, não está aqui quem falou. Usaremos preservativo para sempre e nunca teremos filhos.
Eu ri:
- Isso foi engraçado.
- Vou ser um homem sem filhos. – ele levantou as mãos rindo.
Eu dei um beijo nele e disse:
- Sim, vai.
Nos trocamos e eu arrumei a cama enquanto ele juntava nossas bagunças pelo quarto. Assim que saímos percebi que minha mãe e Otto ainda não haviam voltado para casa.
- Isso nunca aconteceu. – falei quando percebi que eles não estavam em lugar algum da casa.
- Parece que sua família planejou muito bem isso. – ele disse me entregando uma xícara de café.
- O Senhor Perfeito tomando conta da minha casa. – tomei um gole do café.
- Fervendo, com pouco café, muito leite e bem doce.
- Eu já disse que você faz o meu café como ninguém?
- Ainda não...
- Às vezes tenho a impressão que você me conhece melhor do que eu mesma.
- Tentei desvendar você desde a primeira vez que a conheci... É um trabalho árduo.
- Nick, obrigada pelo presente. – falei segurando minha gargantilha. – Obrigada pela noite maravilhosa e inesquecível. E obrigada por existir na minha vida.
- Obrigada por me completar, mesmo imperfeitamente. – ele me abraçou carinhosamente.
Nicolas foi embora no final do domingo e minha mãe e Otto chegaram quase à noite. Depois da festa eles foram para um hotel e passaram o dia lá. Claro que minha mãe sabia o que tinha acontecido ali sem a presença deles. Ela tentou fazer com que eu contasse, mas eu não o fiz. Não me senti a vontade para partilhar detalhes da perda da virgindade com minha mãe. Limitei-me a dizer que foi bom.
- Ele pode dormir comigo sempre que quiser? – perguntei.
Ela me encarou:
- Desde que ele não se mude para cá e isso se torne um hábito.
- Não entendi...
- Só nos finais de semana. Durante a semana você vai estudar e viver sua vida. Poderão se ver, mas ele não pode dormir.
- Por que tanta dureza? – perguntei me jogando na cama enfadada.
- Porque vocês não estão casados.
- Nem quero isso, mãe. Só quero dormir com ele.
- E você não tem vergonha de me dizer isto?
- Até parece que você não planejou tudo...
Ela riu:
- Querida, eu só queria que você tivesse uma primeira vez perfeita. E eu tinha certeza que seria perfeita se fosse com Nicolas. E se eu não tivesse preparado tudo na nossa casa, estaria insegura de onde você faria. Então decidi que aqui era o melhor lugar. Eu adoro Nicolas, mas não quero que você se perca nos seus estudos, principalmente agora que ficou entre as dez primeiras colocadas no vestibular.
- Mãe, você quase colocou isso no jornal. – eu ri.
- É que é orgulho que não cabe no meu peito. Então minha garota inteligente vai continuar estudando e se dedicando a isso. Nicolas só nos finais de semana... Ao menos para dormir.
- Tudo bem... Acho que posso aceitar isso. – falei olhando para o teto sem pensar em mais nada além dele.