Capítulo 45
1624palavras
2022-06-30 01:58
Não tinha nada a ver com os filmes pornôs que eu assistia. Doce inocência a minha. Eu não poderia descrever uma sensação produzida pelo corpo que não havia como explicar, acompanhada de um sentimento tão forte que era o amor. Na segunda vez que gozei com o sexo oral, tentei não gritar, embora o gemido tenha sido impossível de controlar. Como minha mãe e Otto faziam sexo sem que eu ouvisse nenhum som? Eu duvidava que aquilo era possível.
Meu coração deu saltos dentro de mim quando senti o corpo de Nicolas sobre o meu, me esmagando de uma forma tão perfeita que eu não queria sair dali nunca mais em toda a minha vida.
- Me beija... – eu implorei enquanto o via me olhando ternamente.
Então seus lábios encontraram os meus. E sentir sua língua na minha depois de um sexo oral foi quase como ter um orgasmo. Envolvi minhas pernas no corpo dele, sentindo seu membro na minha entrada. Sabia que era inevitável o que aconteceria agora. Assim como tinha certeza de que eu queria aquilo tanto quanto o ar que entrava pelos meus pulmões.
Seu beijo ficou mais lento enquanto ele foi entrando em mim aos poucos, vagarosamente. Eu estava tensa, mas ao mesmo tempo curiosa e ansiosa. Sentia uma certa dor, se é que poderia descrever como isso... Seria mais correto desconforto. Céus, quando ele ia terminar aquilo?
Afastei o rosto dele e o encarei, ofegante:
- Nick... Vamos rápido com isso... Quero gozar de novo.
Ele deu um sorriso perfeito enquanto leves rugas emolduravam o canto da sua boca... Aquilo era o que eu mais amava nele. E acho que poderia dizer que gostava também da forma como a língua dele fazia sexo oral. Eu pediria aquilo todos os dias.
Quando ele finalmente me preencheu por inteiro, o medo e a insegurança se foram completamente. Então eu estava preparada para a minha primeira vez perfeita. Nicolas começou a adentrar e sair mais intensamente, causando uma sensação inexplicável. Eu não sabia definir se era melhor aquilo ou a parte do sexo oral. Mas agora já sabia que ia querer sempre as duas coisas. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente, como se fossem feitos para aquele momento. Senti o suor escorrendo pelo meu corpo, misturado com o prazer do momento. E sim, fazíamos amor enquanto nossos olhos mergulhavam um no outro.
- O presente... – falei num fio de voz.
- O quê? – ele perguntou confuso.
- Precisamos da caixa...
Ele entendeu o que eu estava falando. Saiu de cima de mim e foi até a cozinha, onde eu havia deixado a caixa. Ele abriu e colocou sobre a cama:
- O que vamos querer? Neon, rosa, com sabor, prazer prolongado... – ele foi retirando tudo debochadamente.
- Nick... Qualquer coisa. Só não me deixe esperando. – implorei com meu corpo ainda em chamas.
- Cara, neon nem pensar. – ele falou jogando uma no chão.
Ele rasgou com os dentes uma das embalagens e colocou o preservativo.
- Seguimos de onde paramos, meu amor... – disse ele dobrando minhas pernas enquanto entrava em mim novamente.
Agora ele já não parecia ter receio ou pena de me machucar. Os movimentos era intensos e fortes. E eu já não sentia mais nenhum desconforto. Ele retirou se membro e passou a mão em toda minha extensão completamente encharcada e disse:
- Você está pronta, meu amor... Quero que você goze gritando o meu nome...
Senti meu corpo arrepiar só com as palavras dele e a excitação tomando conta de mim ao imaginar a cena que protagonizaríamos em seguida.
- Não me deixe vazia de você, Nick... – implorei.
Ele me deu um sorriso devasso e finalmente decidiu não me deixar mais esperando e me foder pra valer. Ver a força que ele fazia sobre mim e seu membro adentrando e saindo rapidamente era mais do que eu podia suportar. Quando eu senti que não aguentaria mais segurar todas as minhas emoções e sensações, comecei a gritar o nome dele, como ele pediu. Assim que gozei, senti seu corpo cair sem força sobre o meu enquanto seu membro ainda estremecia se derramando dentro do preservativo.
Ficamos um tempo assim, ele deitado sobre mim, sentindo nossos corações batendo intensamente, num mesmo ritmo. Nossos corpos estavam suados e eu me sentia absolutamente bem e extasiada.
- Machuquei você? – ele perguntou, ainda com o rosto escondido nos meus cabelos, sobre meu ombro.
- Ainda não, Nick... Mas estarei pronta quando quiser me machucar deste jeito.
Ele levantou o rosto e me encarou:
- Eu já disse que você não presta?
- Já...
- Eu amo você...
- E eu tive a melhor experiência da minha vida... E foi com você. Estou feliz que tenha sido assim... Com o amor da minha vida.
- Da vida inteira?
Eu ri, revirando meus olhos:
- Sim, senhor perfeito.
- Obrigado por ter me escolhido.
- Obrigada por ter feito este momento ser inesquecível. Será que podemos repetir tudo de novo?
Ele girou para o lado e escorou a cabeça no braço, que estava erguido e passou dois dedos sobre toda minha extensão ainda molhada, enquanto me encarava:
- Você já se tocou aqui?
- Já... – confessei. – Mas nada se compara ao seu toque... Especialmente da sua língua.
- Nunca teve um orgasmo se tocando?
- Não... Eu não ia muito fundo... Tinha medo de perder a virgindade com meus dedos... – confessei fechando os olhos, envergonhada.
Ele começou a gargalhar.
- Nick... Eu falei sério.
- Como você me consegue fazer rir nesta hora?
- Eu não sou nada romântica, não é mesmo?
- Não muito... Ainda assim eu amo você... Do jeitinho que é... Até com as pitadas de drama.
- Agora vamos lá... Eu quero o presente que você trouxe.
- Pode escolher aqui... – ele disse virando a caixa com os preservativos sobre a minha barriga. – Temos de tudo que você possa imaginar. Só sua prima para fazer isso. Eu posso apostar que ela está rindo da gente neste momento.
- Quero o meu presente, Nicolas Welling.
Ele suspirou e pegou a calça, retirando de dentro uma pequena caixinha de veludo, me entregando.
Olhei para a caixa e para ele, um pouco nervosa. Senti minhas mãos trêmulas:
- Isso não é um anel de noivado, não é mesmo? Ainda sou tão jovem... – lamentei ironicamente.
- Abre, rainha do drama.
Abri e lá estavam, descansando perfeitamente sobre a almofada aveludada duas gargantilhas prateadas que se completavam, uma a fechadura, escrito “Love” e a outra a chave, escrito “You”. A parte da chave tinha um trevo de quatro folhas. Ele retirou e me entregou a parte do “You”:
- Aceita ser meu par, sem casar? – ele perguntou rindo enquanto segurava a gargantilha.
- Eu aceito. – falei sem pensar duas vezes.
Se ele tivesse me entregado uma aliança com um pedido de casamento eu teria aceitado. Eu era totalmente pertencente a Nicolas Welling.
- Você não precisa colocar se não quiser... Só quero que fique com você. Para que sempre lembre que você tem a chave do meu coração.
- Posso chorar agora? – tentei brincar para realmente não chorar de verdade. Nunca um homem fez algo tão especial para mim em toda a vida.
- Eu sei que você não choraria.
- Acha mesmo que sou assim, Nick?
Ele me encarou:
- Eu nunca sei o que pensar de você. Juliet é como uma caixinha de surpresa.
- Coloque no meu pescoço, por favor. Eu nunca mais vou tirar. – me virei e ele colocou. Arrepiei-me ao toque das mãos quentes dele no meu pescoço.
- Emoção? – ele perguntou alisando meu braço arrepiado.
- Não... É amor. – falei pegando a outra parte da gargantilha enquanto sentava de frente no colo dele e fechava atrás do seu pescoço.
- Mandei fazer especialmente para nós. Porque eu tenho certeza que o que sentimos um pelo outro é real... E espero que seja ontem, hoje e sempre.
Estávamos nus e abraçados, sentados sobre a cama. Escorei minha cabeça no ombro dele e disse:
- Nick, se quando fizermos trinta anos ainda não estivermos casados, você aceita casar comigo?
- Está me pedindo em casamento? – ele riu.
Olhei no fundo dos olhos azuis dele e falei seriamente:
- Não importa onde estejamos... Pode ser do outro lado do mundo, completamente separados... Ou até mesmo com outras pessoas... Se tivermos trinta anos e não formos casados, nos encontraremos aqui... E casaremos.
- Isso é uma ordem? – ele perguntou sério.
- Não... É um pedido. Porque se um dia eu perdê-lo, saberei que nos encontraremos novamente. Nem que seja quando tivermos 30 anos.
- Por que trinta?
Eu ri:
- Porque eu sempre disse que casaria com trinta anos.
- Você nunca vai me perder.
- Aceita minha proposta ou não?
- Aceito. – ele disse. – Se nos separarmos, sei que vou ter que encontrá-la quando completarmos trinta anos. E ainda casar a força. Isso é insano, mas vindo de você eu não me surpreendo. – ele riu.
- Eu me surpreendo de você aceitar fazer parte das minhas insanidades.
- Eu aceito qualquer coisa que no fim estejamos juntos, de uma forma ou de outra. Mas não vamos nos separar, Juliet. Nunca.
Eu o empurrei na cama e sentei sobre ele.
- Vamos usar “prazer prolongado” desta vez? – peguei um preservativo e abri com meus dentes. – Eu sempre quis fazer isso. – confessei rindo.
Ele se desvencilhou e me deitou, subindo sobre meu corpo e puxando meus braços para cima, me imobilizando:
- Vou fazer amor com você até que a lua vire sol.
- Então comece, senhor perfeito.