CapĂtulo 13
1443palavras
2024-05-21 10:10
Aquela mulher, o que ela estava fazendo aqui?
"VocĂŞ disse alguma coisa?" Alice voltou para sua mesa depois de passar um tempo no banheiro. Ela tinha um olhar curioso ao se sentar em frente Ă sua amiga.
Ela a levou para um restaurante recĂ©m-inaugurado nĂŁo muito longe das Propriedades Francis. Alice insistiu em usar seu prĂłprio carro, entĂŁo Ann deixou o dela no estacionamento do referido edifĂcio. Sua melhor amiga a repreendeu para nĂŁo dirigir sozinha, já que ela estava grávida. Ann se sentiu culpada por isso e aceitou tudo o que Alice disse de forma tĂmida.
Elas já deram seus pedidos ao garçom e estavam esperando pela comida. Alice optou por uma pasta enquanto ela pediu algo mais pesado. De alguma forma, Ann sentiu fome depois daquela entrevista com o CEO. E ver aquela mulher só piorou as coisas.
Como se costuma dizer, as grávidas devem sempre estar felizes. E uma das suas "pĂlulas de felicidade" era satisfazer o seu apetite de manhĂŁ atĂ© Ă noite.
Ela balançou a cabeça e olhou para a janela ao lado dela. "Não ... nada ..."
"Só me veio algo à cabeça, é só isso."
"Se você diz." E Alice se desculpou para falar com alguém ao telefone. Trabalho.
Ann ficou novamente sozinha na mesa. Ela estava em transe, analisando seus pensamentos. Ver o CEO de perto era um grande evento, mas encontrar Sally no mesmo local era outro.
"Sally... Sally..." Ela murmurou. EntĂŁo, percebeu qual era o sobrenome da mulher.
Ela Ă© a Sally Francis! Ann fechou os olhos e praguejou por dentro. Uma Francis, claro. EntĂŁo, aquela mulher estava conectada com os executivos das Propriedades Francis.
Agora ela está tendo dĂşvidas se deve continuar a buscar o emprego depois dessa realização. Ela nĂŁo gostaria de ver a mesma pessoa que arruinou seu casamento e levou o homem que ela amou todos esses anos. NĂŁo que isso importe para ela agora, mas certamente superar será tĂŁo difĂcil quanto aço se o motivo pelo qual ela estava naquela condição miserável antes estivesse bem ao lado. Isso nĂŁo seria bom nem para ela, nem para o bebĂŞ dentro dela.
Ann deveria evitar todo tipo de estresse. E uma das muitas razões para o seu problema era se lembrar das faces que mancharam seus três anos de casamento.
Alice voltou justo quando a comida estava sendo servida. Sua melhor amiga ficou surpresa em como ela esvaziou seu prato em questão de minutos. Ela apenas sorriu para Alice enquanto limpava a mancha de molho ao lado de sua boca com o guardanapo. Ann nunca poderia contar para Alice como ela ficou faminta por todo o estresse, sem mencionar a razão por trás disso.
"Então me conte, com todos os detalhes, como foi a sua entrevista?" Alice saboreava seu chá gelado. Ela olhou para a amiga com uma sobrancelha arqueada.
“Eu já te contei o que aconteceu, não foi?” Ann estava brincando com seus vegetais no lado do prato com seu garfo. Ela nunca desgosta deles. Ela só não tem o apetite para comê-los no momento.
“Ah, você falou?” Alice estava desconfiada novamente. Seus olhos estreitaram levemente para ela. Ann revirou os olhos em irritação.
“Sim, eu falei,” ela disse abruptamente. “Na verdade, foi o seu CEO quem me entrevistou—” e ao perceber o que acabou de dizer, ela cobriu a boca, os olhos bem abertos.
Alice sorriu maliciosamente. “Viu? Você não me contou tudo, Ann…” Agora, sua melhor amiga parecia mais interessada do que nunca. “Me alimente com detalhes.”
Ela suspirou em derrota ao contar o que aconteceu atrás da porta fechada. “Eu não acho que vou conseguir. Eles estão procurando engenheiros experientes em primeiro lugar.”
“Ainda assim, ele também disse para você esperar pelo resultado,” Alice mexeu as sobrancelhas. “Vamos ver em alguns dias o que vai acontecer com essa busca.”
“Ou se falhar, tente outras empresas. Tenho certeza de que muitas vão te aceitar, Ann.”
"Eu sei," Ann se consolou enquanto dava um gole no suco.
Depois do almoço, Alice a levou ao shopping mais próximo. Sua melhor amiga expressou sua empolgação em comprar coisas para o seu bebê. Então a levou para a loja de departamentos e se encaminharam para a seção de bebês. De lá, Alice comprou muitas coisas de bebê, todas em cores neutras, já que não sabiam o sexo do bebê.
Os olhos da Ann estavam sorrindo enquanto ela observava todas as adoráveis roupinhas de bebê. Eles compraram alguns macacões, regatas e shorts. Havia muitas coisas fofas naquela seção, todas em cores claras. Ela não pôde deixar de escolher algumas de sua preferência e acabou comprando mais do que deveria.
Elas estavam na fila esperando a vez de pagar no caixa, Alice se virou para ela com uma expressão envergonhada. “Eu acho que ainda estamos faltando muitas coisas—”
“Alice!” Ann sibilou para a melhor amiga. Alice apenas riu na cara dela.
Elas voltaram para a Francis Properties e se despediram. Ann pegou seu carro e voltou para a casa de seus pais. O tempo passa muito rápido quando ela está com Alice. Já passava das quatro da tarde quando ela olhou o relógio.
Ann estacionou o carro na garagem quando viu um lindo buquĂŞ de rosas amarelas. No meio dele havia um pequeno cartĂŁo preso. Ela suspirou. Ela sĂł conhecia uma pessoa que mandaria flores para a porta de sua casa. E nĂŁo era a primeira vez que ela recebia um desses.
No entanto, ela não tem coração para jogar as flores fora. Ela acabou colocando-as dentro de um vaso com água para prolongar a vida delas.
Ann pegou-os e leu o que estava escrito no cartĂŁo.
Ann,
Posso conversar com você? No café Barista às 17h hoje,
Kingsley,
"Você está apenas perdendo seu tempo, Kingsley", ela murmurou enquanto amassava o pedaço de papel e jogava na lixeira mais próxima. Ann entrou em casa e colocou as flores arranjadas no vaso na sala de estar.
Ela se ocupou organizando todas as coisas que ela e Alice trouxeram da loja de departamentos. A casa de seus pais tinha trĂŞs quartos; uma suĂte master, o quarto dela e um para os hĂłspedes. Todas as coisas do bebĂŞ e, em breve, o playground do bebĂŞ estarĂŁo no quarto de hĂłspedes. Já havia sido remodelado para atender Ă s necessidades de seu filho no futuro.
Levou quase meia hora para terminar de arrumar as coisas no quarto de hĂłspedes. Ann havia sido extremamente cuidadosa com a maneira como as coisas eram colocadas no quarto. Coçava nela arrumá-lo o mais rápido possĂvel e depois percebia que tinha gastado muito mais tempo do que o necessário.
Suando muito, Ann decidiu se refrescar e buscar algo para comer dentro de sua geladeira. Ela encontrou algumas frutas e começou a comê-las. Ann estava para terminar sua primeira tigela quando seu telefone tocou. Ela pegou seu telefone no bolso lateral de suas calças jeans e o atendeu.
Ela bocejou, o corpo cansado querendo descansar no conforto de sua cama. “Olá…”
“Eu te acordei?” Alice estava na outra linha.
Ela bocejou novamente. NĂŁo pode evitar. "NĂŁo, eu apenas arrumei as coisas dentro do quarto de hĂłspedes. E agora estou cansada e apenas quero dormir."
"SĂł para lembrar, estarei aĂ para o jantar," sua melhor amiga informou mais uma vez. "Ah, talvez vocĂŞ tenha esquecido..."
Ela sorriu sem jeito mesmo que Alice nĂŁo pudesse vĂŞ-lo. "Claro que nĂŁo."
"Por que eu perguntei?" E Ann riu de como Alice respondeu. "Vou estar no supermercado mais tarde. O que vocĂŞ quer que eu compre?"
"O que vocĂŞ quer que eu cozinhe entĂŁo?" Ela perguntou de volta.
Há uma longa pausa na outra linha antes de Alice conseguir responder. "Que tal o seu espaguete à Bolonhesa?"
"Sinto tanta saudade do seu espaguete que de fato me deu desejos."
"Bobo, vocĂŞ nĂŁo pode me enganar." Ann verificou sua geladeira e percebeu que estava sem frango. "EntĂŁo compre pra mim o seguinte..."
"E nĂŁo se esqueça do frango moĂdo."
Depois de algum tempo, Ann conseguiu tirar um cochilo na cama. Ela estava tendo um sonho em um lugar distante com um homem sem rosto quando de repente foi interrompida pelo toque contĂnuo do seu telefone.
Ainda meio adormecida, Ann pegou seu telefone que estava na mesa de cabeceira e viu um bom número de ligações vindas de Kingsley. Então, naquele instante, chegou uma nova mensagem no seu telefone.
"Onde você está?" Ela leu isso em voz alta antes de desligar o telefone. Ann voltou a fechar os olhos e tentou sonhar mais, esperando que outra fantasia pudesse entrar em seu mundo.
Que se dane Kingsley! Ele pode esperar uma eternidade naquele cafĂ© e ela nĂŁo dará a mĂnima para isso.