A luz do sol invadiu o quarto pelas janelas, deixando o ambiente claro e dourado. Uma música romântica e suave tocava lá embaixo, e era óbvio que Jennifer estava por trás disso.
Mariana soltou um gemido suave e virou-se na cama para ver Thales olhando profundamente para ela enquanto ela dormia. Um sorriso que genuinamente vinha de dentro dela irrompeu em seu rosto, iluminando seus olhos.
"Bom dia, Raio de Sol." A voz profunda de Thales ecoou e ela sorriu ainda mais. Ela ergueu os dedos até ele e tocou suas bochechas lisas e não barbeadas, e seu coração parecia transbordar de alegria. Ela acabara de ter a melhor noite de sua vida.
"Thia ..." Ela começou, buscando em seus olhos.
Sentiu lágrimas se formando em seus olhos e as palavras que queria dizer secaram em sua garganta. Ela não conseguiu pensar em nada além de uma palavra. Uma palavra que pesava muito em seu coração. Amor. Ela nunca tinha se sentido assim antes. Ninguém jamais a fez sentir tanto amor desde que seus pais morreram. Ela nunca sentira tanta paz.
Ela foi tola por pensar que poderia ignorá-lo. Tola por achar que ele estava apenas a usando. Ele não precisava dizer nada, mas após o amor apaixonado que fizeram, ela pôde sentir o que as palavras não conseguiam expressar. O que as ações não conseguiam descrever claramente. Ela sentia ele. Ela sentia um pedaço dele.
"Eu te amo, Mariana Allen. Eu juro, eu te amo." Thales disse olhando para ela com seus olhos verdes, a verdade gravada em cada brilho. Ele estendeu a mão para tocar seu cabelo.
Ela parecia deslumbrante diante dele novamente. A massa negra de seu cabelo descansava em sua palma e era sedosa e lisa ao toque. Ele havia sonhado com esse momento muitas vezes. Acordar com ela em seus braços. Como ele não lutou por ela antes? Como pôde ter assistido em silêncio enquanto Octavio a maltratava. O que ele fez quando ela perdeu seu bebê?
Ele olhou para seus olhos novamente, agora ela estava chorando. Lágrimas escorriam por suas bochechas e ele prontamente enxugou-as. Ele jurou protegê-la. Mantê-la. Protegê-la. Ela pertencia a ele agora.
“Ninguém mais vai te machucar.” Ele jurou. “Ninguém mais vai te fazer chorar.” Ele disse e desceu sobre os lábios dela, apoderando-se deles. O beijo continha muitas promessas não ditas. Lágrimas queimavam no fundo dos seus olhos enquanto a segurava perto de si, sua pele nua na dela, sua respiração misturando-se com a dela, seu cheiro em sua cabeça e amor por ela em seus olhos. Naquele momento - eles se tornaram um só.
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Octavio pulou de seus pés imediatamente e jogou o copo que tinha em mãos.
O barulho da quebra assustou Nelson, que estava sentada longe dele no pátio.
"Octavio! O que houve, Octavio?" Ela perguntou, levantando-se e correndo para a sala de estar. "O que aconteceu?" Ela perguntou olhando para ele, preocupação em seus olhos. Olhou para a garrafa de uísque que ele tinha estado a beber apenas há um momento e o copo em sua mão que agora estava estilhaçado no chão, espalhado em pedaços irrecuperáveis.
"Octavio? Octavio, o que aconteceu?" Ela perguntou olhando para seu rosto enfurecido.
"Você!" Ele disse furioso. "Você é o que aconteceu, é isso!" Ele exclamou. Seu peito subia e descia e ele parou de andar pela sala e a analisou de cima a baixo, a amargura marcada nos cantos do seu rosto.
"Do que você está falando?"
"Por causa de você eu a perdi. Eu a perdi!" Octavio disse e começou a chorar.
Nelson ficou em choque olhando para Octavio enquanto ele se desmoronava em lágrimas aos seus pés.