Capítulo 12
2294palavras
2024-02-09 09:18
Nesse momento ele estava muito próximo eu já podia sentir sua respiração no meu rosto.
– Wh-o que y-você quer ? – mal conseguia formar uma frase sem gaguejar.
– Eu quero meu pagamento – disse ele com a voz rouca e eu estremeci e me senti uma geleia, ele colocou o joelho entre as minhas evitando que eu caísse no chão e ficamos em uma posição muito íntima, em nenhum momento me senti coagida, o que quer que ele fizesse eu aceitaria, chame de carência, desespero mas eu quero.
– Agora feche os olhos e abra a boca para mim Aurora– ele disse bem próximo da minha orelha, meu coracao começou a bater tão forte que eu jurei que sairia do meu peito, depois começou a esfregar sua bochecha na minha, fiquei arrepiada mas fiz o que ele pediu, fechei bem os olhos e abri a boca e fiquei esperando.
Então ele colocou algo na minha boca, ainda sem abrir os olhos mastiguei, era tão doce que deu um leve choque no meu maxilar, e tinha uma textura macia.
– Cuidado com o caroço– ele disse e devagar separei o caroço na boca enquanto engolia. Retirei o caroço da boca e segurei com a mão. Era pequeno e cumprido.
– O que é isso ? É delicioso – eu disse realmente chocada, quando finalmente voltei a encarar aqueles lindos olhos verdes que agora brilhavam em orgulho.
– Tâmara – ele respondeu, me deu outra na boca e voltou sua atenção em mim dessa vez no meu pescoço deixando beijos que me causavam arrepios, após comer 3 me recompus e perguntei.
– Como foi a missão– perguntei me afastando dele e sentando na cama, ele se sentou ao meu lado.
– Bem, não se preocupe dei bastante motivo para o foco dela desviar de você, ela vira atrás de mim – fiquei preocupada ela não era alguém que poderia facilmente ser intimidada, instantaneamente me lembrei dos homens que invadiram meu quarto e… ainda não sei o que houve, não tive coragem de perguntar nem a Lucy nem a Lind sobre.
–Não é perigoso para você ?– perguntei desesperada para mudar meus pensamentos, mas ele riu de forma fofa e evidenciou caninos mais longos do que o normal, ele parou de rir levantou a sobrancelha com a leve cicatriz e disse.
– Você está preocupada comigo Aurora ? – ele
Continuou – De qualquer forma eu sou mais perigoso do que alguém como ela, não se preocupe – ele respondeu colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Tentando mudar o foco daqueles olhos penetrantes eu finalmente perguntei
– Sobreno seu pagamento eu encomendei outro anel, voce podera fucar com esse assim que o outro chegar– ele se aproximou me dando um sorriso de lado e beijou minha boca uma vez, duas e disse.
– Eu nunca pedi um anel, mas eu quero isso – e beijou profundamente movendo a boca, eu não sabia como fazer nunca havia beijado ninguém além do beijo casto do Liam. Ele começou a se aprofundar parou e disse.
– Abre a boca pra mim princesa– e eu obedeci e a língua dele me invadiu me deixando sem fôlego, ele tinha um gosto refrescante e doce e o cheiro dele era incrível.
– Respira Aurora– ele disse entre o beijo e eu fiz, tentei repetir os movimentos deles até que algum tempo depois estávamos em sincronia e aprofundando o beijo, minha respiração estava ofegante e instintivamente eu subi nele sentada de frente, sentindo meu corpo quente e precisando de mais proximidade, no momento em que eu me sentei no colo ele gemeu e parou o beijo.
– Preciso ir, antes que eu coma você – ele disse e eu que já estava corada fiquei mais ainda, delicadamente ele me retirou de seu colo, me deu outro beijo, levantou-se e disse.
– Eu volto amanhã e trago mais tâmaras, coma as que eu deixei, vou ficar de olho nela por você – quando olhei para a comoda havia uma caixa, ao abrir haviam umas 4 tâmaras enfileiradas, comi uma e quando voltei para lhe agradecer, ele havia sumido, a janela continuava fechada então não sabia por onde ele havia saido, eu deveria ter medo pois isso foi assustador mas só pensei que ele nem se despediu.
Voltei para a cama, mas o sono demorou para vir, de alguma forma esse dice me deixou renovada e mais forte.
Como eu ainda estava de atestado tomei o café no dormitório esperei acabar o picnick para sair do quarto, precisava tomar cuidado para não esbarrar no Liam ou na Ashley, mas pensando bem queria saber como ela estava. Mandei mensagem para Lind mas ela não respondeu, então criei coragem e levantei da cama, coloquei uma calça leggin e uma camisa e fui direto para o dormitório dela.
Ela não estava, na verdade eu não vi nenhum aluno ou instrutor durante no caminho até aqui. 'Onde estariam todos?'
Fui até a ala das camareiras e encontrei uma Liz de olhos arregalados e com aspecto cansada, a chamei até meu dormitório e perguntei onde estavam todos.
Ela explicou que a Ashley havia sido sequestrada na manha de sábado mas que foi encontrada ontem a noite, metade da guarda do castelo foi enviada para localizá-la e os alunos se comoveram com a situação e foram ajudar nas buscar, passaram o dia todo ontem procurando por ela mas de repente ela apece aqui na porta da escola sem lembrar o que houve, ela foi levada para a clínica da capital e os alunos ganharam o dia de hoje para descansar pela ajuda. Perguntei a ela se TODOS os alunos fizeram parte das buscas e ela assentiu. Ela disse que ontem isso aqui estava uma loucura.
– Que bom que a encontraram, mas eles suspeitam de alguém? – perguntei
– Bruxas – responde Liz – Ela estava sem memória achando qua havia passado apenas uns minutos, mas estava suja com as roupas rasgadas, enfim até eu que não gosto dela fiquei com dó – respondeu a Lucy. Meu telefone toca e é a Lind, finalmente. Ela me chamou para ir até seu dormitório, me despedir da Liz e me retirei.
Cheguei lá a Lind estava com uma cara muito animada ela até tremia, quando abriu a porta me puxou e olhou para fora do quarto como se procurasse por alguns espiões.
Ela repetiu tudo que a Liz disse, e falou que teve que participar das buscas por "apoio" e para não levantar suspeitas. A guarda real ainda está procurando quem fez aquilo com ela, mas pelo serviço bem feito ninguém encontrou nada.
Contei sobre minha visita ao dark bar, mas omiti a parte do companheiro e do beijo. Lind era uma amiga de verdade, mas ainda tenho medo dela me julgar e me achar vulgar. Como foi dia de folga para os alunos passamos o dia comendo besteiras e fofocando, ao final do dia insisti que eu devia voltar para meu dormitório e sai.
Os alunos começaram a aparecer e fui me desvencilhando deles direto para meu dormitório, mas ouvi a voz do Liam
– Aurora !– andei mais rápido mas ele me alcançou e me puxou pelo ombro com força para eu me virar para ele.
– Você não me ouviu te chamar ?– disse ele com cara de bravo.
– Ah! Oi Liam, não ouvi você, desculpa– eu menti sorrindo falsamente.
– Onde você foi na sexta a noite quando saiu – arregalei os olhos e engoli em seco "ele me viu, será que ele sabe que foi minha culpa o sumiço da Ashlay".
Me desvencilhando do seu toque que ainda me causavam arrepios e choques eu respondi.
– Fui a uma festa na capital, mas é segredo– pisquei para ele tentando parecer casual– Como você sabe eu ainda estou de 'castigo' – ele me olhou cético, mas mudou o assunto.
– Sobre seu pai…– ele desviou o olhar– Preciso que você fale com ele o mais rápido possivel, vou me casar com a Ashley no final do ano, mas vamos anunciar o noivado após o A.C.A. – ele disse sem me encarar
– Me dá uma semana e eu arrumo uma solução – foi só isso que eu disse e dei as costas para ele, eu estava em pânico só em pensar no meu pai, me dava enjoo. Pensei ter ouvido ele chamar meu nome novamente mas andei mais rápido ainda e fui direto para meu dormitório.
Assim que entrei e fechei a porta senti um cheiro reconfortante e sorri, não acendi a luz queria essa sensação de ser observada.
– Você não comeu as tâmaras que eu deixei – sua voz acusatória e grossa não me deu medo e sim arrepios.
– Meu dia foi corrido – respondi enquanto andava até minha cama e senti ele atrás de mim, não pude não sorrir eu gostava dessa sensação.
–Posso te fazer comer, da mesma forma que eu fiz ontem – senti seu hálito na minha nuca fiquei instantaneamente arrepiada e senti minha barriga esquentar enquanto a Lucy ronronava.
– Talvez eu goste dos seus métodos, mas dessa vez não te pedi nenhum serviço para que você possa cobrar seu pagamento – respondi provocativamente testando nossos limites.
– Posso ficar te devendo serviços em troca do pagamento antecipado – ele respondeu e eu podia sentir o calor do seu corpo nas minhas costas, ele estava muito perto.
– Eu gosto dessa ideia– respondi me virando e dando de cara com um peito forte, nesse momento seu cabelo estava solto e caia sobre os ombros, o cheiro dele era incrível, aspirei forte para me lembrar de cada detalhe, percebi que ele fazia o mesmo no meu cabelo.
Sentados na cama me senti acolhida e querida enquanto ele me alimentava com tâmaras, não consegui disfarçar o sorriso bobo.
– Qual sua obsessão com tâmaras? – Perguntei – aliás descobri que são um alimento extremamente raro – perguntei enquanto me arrumava na cama de forma confortável.
– Quando estamos em missão, precisamos muitas vezes ficar parado por horas para não sermos vistos, a Tâmara é uma ótima refeição, sem falar que ela tem algum efeito sobre nossos lobos, os deixa mais fortes.
Quando eu te vi pela primeira vez, fiquei com medo de você desmaiar de tão fraca que você parecia, até o Bloop te carregou com medo de você nem aguentar andar – disse ele colocando um mecha de seu próprio cabelo para trás da orelha– E quando você caiu da cadeira tínhamos certeza que você havia desmaiado mas você parecia tão fofa que o nem o grande Bloop suportou, tentei te alimentar com tâmaras mas você ficou desconfiada ao ver as e eu so pensava em te tirar de lá o mais rápido possível para que você pudesse voltar e se alimentar. Comecei a missão naquele momento – certeza que minha boca estava aberta em choque, isso foi muito atencioso, mas me preocupa que ele seja amigo de alguém como o Gorila, afinal o tal de Bloop é um assassino tinha o emblema dos assassinos no peito e a cara de um.
Após comer a última Tamara ele deixou mais uma caixa na cômoda e se aproximou.
– Vocês são muito amigos ? Você e o tal do Bloop – perguntei, ele pegou meu rosto aproximando o dele
– Te respondo depois, por agora quero sentir seu gosto – e me beijou novamente segurando minha nuca, dançamos nossas línguas em um beijo longo, doce e sensual. Meu corpo estava em chamas e eu queria mais, me aproximei dele e ele foi para meu pescoço, beijando, chupando eu comecei a fazer barulhos estranhos que não conseguia esconder, deitei na cama e ele subiu em cima de mim entre as minhas pernas.
– Estou a ponto de enlouquecer– ele disse enquanto beijava e chupava meu pescoço, num local específico e sensível e delicioso, foi quase demais a sensação e coloquei a mão na boca para tapar os sons, ele retirou minha mão da boca e disse no meu ouvido.
– Eu quero ouvir seus sons, mesmo que seja apenas uma degustação. Quero saber quais sons você fará quando meu pau estiver enterrado bem fundo em você – arregalei os olhos para essas palavras tão travesas e ele continuou me beijando e se esfregando em mim por cima da calça, novamente gemi enquanto segurava seu cabelo e ele me beijou na boca forte.
– Porra Aurora, você não faz ideia de como eu quero te comer agora – Eu costumava abominar qualquer tipo de palavra de baixo calão, mas vindo dele me deixa tão quente e molhada. Ele se levantou com os lábios inchados, e mesmo na escuridão eu vi seus olhos com íris tão preta e grande que quase cobria todo o branco dos seus olhos.
Ele se levantou arrumou a enorme barraca nas suas calças de forma que ficasse menos desconfortável.
– Preciso ir, prometo voltar amanhã a noite e trago mais tâmaras, coma essas ainda estou de olhos na menina Dawson – ele pegou sua capa e se aproximou de mim que ainda estava deitada de pernas abertas, com um sorriso malicioso ele me beijou nos lábios deu as costas e foi em direção ao local mais escuro do quarto e antes de sumir disse.
– Até logo (minha) princesa– podia jurar que ele disse "minha", mas eu estava com o coração tão acelerado que pode ter sido minha mente, carente e desesperada pregando peças. Levantei liguei a luz e ele havia sumido. Como isso é possível, sumir do nada, onde caberia aquele corpo enorme…
"Por favor, Aurora se comporte. Por favor…" repeti meu novo mantra e fui para o banheiro lavar a tragédia na minha calcinha.