Capítulo 58
1361palavras
2024-03-30 00:51
Como resultado, não havia ninguém lá fora.
Quem estava pregando uma peça tão cedo de manhã?
Ritalin franziu a testa e estava prestes a fechar a porta quando sentiu um arranhão na perna.
Ela se assustou. Olhando para baixo, ela viu um pequeno gato branco preguiçoso sentado aos seus pés, olhando para ela, e sob seu pescoço pendia um pequeno cartão amarelo.
Ritalin se abaixou e levou o MOMO para dentro. Ela estendeu a mão e tirou o cartão do pescoço dela.
"Meu dono não está em casa. Você poderia me acolher por alguns dias?".
Um sorriso apareceu nos lábios de Ritalin. Ela segurou o MOMO apertado e uma onda doce agitou em seu coração.
"Estou de volta à vida!"
Yvette estendeu a mão e a acenou na frente dos seus olhos. Ela pegou uma colherada de sorvete e engoliu. Era tão frio que seus dentes estavam tremendo.
"É o quarto dia. Desde que esse gato rechonchudo veio para nossa casa, você parece que perdeu a cabeça, e ainda disse que não sente nada por ele!"
Ritalin segurou a sacola de compras com a outra mão. Ela baixou os olhos e disse em voz baixa, "Estou ocupada com os assuntos da empresa."
"Tudo bem, você pode se enganar. Quando ele abraça uma garota, você pode chorar no banheiro." Assim que Yvette quis dar uma lição em Ritalin, seu celular tocou. Depois de terminar de falar, seu rosto ficou pálido.
"O que há de errado?" Ritalin viu que algo estava errado e ficou um pouco preocupada.
"O paciente que passou por cirurgia ontem teve uma infecção. Eu tenho que voltar para o hospital." Yvette lhe deu as coisas em sua mão e disse com a expressão apertada, "Você vai primeiro".
Depois disso, ela correu para a beira da estrada e parou um carro antes de partir.
Ritalin ficou parada e observou por um tempo, e então ela foi para casa. Quando chegou à comunidade, viu Vincent que a esperava no térreo.
Eles estavam a mais de 10 metros de distância um do outro, e a visão de ambos era turvada pela neblina. No entanto, Ritalin pôde reconhecê-lo de imediato. Ela estava acostumada, mas Vincent obviamente ainda não a havia visto.
Vincent estava em pé sob um pinheiro do bairro. Ele vestia uma jaqueta verde, jeans azul claro e um par de tênis. Ele não estava vestido como um homem de 28 anos, mas sim como um jovem de 18 anos, cheio de juventude.
Havia passado apenas alguns dias do Ano Novo e a temperatura já havia começado a baixar. Ontem, havia nevado, então a neve no chão ainda não havia derretido. Estava frio por todos os lados. Vincent devia ter esperado por um longo tempo. De vez em quando, ele estendia a mão e expirava ar quente, esfregando-a para se aquecer, e também dava pequenos passos de um lado para outro. Alguém como ele provavelmente nunca havia sofrido tanto desde que era criança.
Ela parou ali e ficou parada. Segurava a sacola de compras com a outra mão e entrou silenciosamente no prédio por outra porta enquanto se escondia sob a sombra da árvore.
Se ela tivesse visto Vincent assim no passado, teria amolecido o coração. Mas agora, seu coração estava quase imperturbável. Ela só se sentia profundamente cansada. Ela costumava seguir Vincent. Agora que as coisas haviam mudado, ela entendia por que Vincent ficava tão irritado quando a via.
Ela colocou as sacolas de compras no chão, procurou a chave na bolsa e abriu a porta.
Assim que a porta abriu, ela viu MOMO no sofá, meditando. O pequeno levantou as pálpebras e "miou" para ela, como saudação, e depois fechou os olhos novamente.
Ritalin sorriu levemente, entrou com a sacola e fechou a porta.
Depois de lavar as mãos e servir a comida do gato para MOMO, o pequenino começou a comer com alto astral. Suas pequenas patas estavam à frente da tigela de ração e sua cabeça balançava, o que era particularmente adorável.
Ela se agachou ao lado dele e não pôde deixar de cutucar a orelha do pequeno. A criaturinha tremeu levemente e olhou para ela com olhos cheios de ressentimento.
Justo então, o telefone na mesa tocou. Ritalin bateu palmas, levantou, andou até a mesa de chá, e pegou o telefone.
O supermercado fica muito perto do apartamento, portanto Ritalin e Yvette não levaram seus celulares quando saíram.
Ela olhou para o número exibido na tela e hesitou por um tempo antes de pressionar o botão de chamada para responder.
"Ritalin, você já voltou?"
A voz de Vincent estava um pouco rouca. Ele deveria ter ficado no vento frio por bastante tempo.
Ritalin baixou os olhos e disse em tom suave, "O que aconteceu?"
Sua voz fria abrandou seu entusiasmo inicial. Ele se acalmou e sussurrou, "Estou na entrada. Podemos conversar quando nos encontrarmos."
"Estou fazendo hora extra hoje e não sei quando vou voltar para casa", ela recusou.
"Vou esperar você sair do trabalho, então. Não importa quanto tempo leve."
Ritalin franziu a testa e disse friamente, "Fica por sua conta."
Ela detestava mais que tudo quando Vincent usava esse tom ameaçador, especialmente quando ele tratava seus sentimentos como moedas de troca.
Depois de desligar o telefone, ela viu que tinham várias chamadas perdidas no celular. Além de Vincent, também havia um número internacional.
O coração de Ritalin de repente bateu violentamente. Seria aquele o número dele?
Ela bateu com o dedo na cabeça e pensou, "Ritalin, o que você está esperando?"
Os dias de inverno são bem curtos. Ritalin saiu do banho e o céu já estava completamente escuro. Ela enxugou o cabelo, caminhou até a janela, ergueu as cortinas e olhou para baixo.
Estava nevando lá fora, e os salgueiros estavam tão pesados que pendiam. As luzes da rua e o reflexo da neve iluminavam o bairro inteiro. Vincent estava próximo ao esquilo, com uma camada de branco sobre seu corpo. Ele parecia uma escultura de gelo, parado ali silenciosamente.
Ritalin soltou as cortinas e voltou para o quarto. Se ele estava disposto a esperar, ela deixaria que ele esperasse. Ela tinha certeza de que sua paciência não duraria nem mesmo uma noite.
Secou o cabelo e estava prestes a dormir quando o telefone tocou novamente.
Ritalin pensou que era Vincent. Mas quando ela viu o número internacional, ela subitamente ficou nervosa. O toque do telefone bateu em seu coração. Ela não sabia se era devido ao nervosismo ou a outros sentimentos.
Ela fechou os olhos e lentamente estendeu a mão para pressionar o botão de atender.
"Você está dormindo?"
Quando o telefone foi conectado, a voz profunda e magnética do homem veio do outro lado, fazendo o coração da Ritalin tremer. Seu rosto estava vermelho.
"Ainda não. Você ainda não dormiu?"
O homem riu baixinho e disse com um tom mimado, "São três horas da manhã."
Ritalin ficou atônita. Ela se lembrava agora da diferença de fuso horário. Era de madrugada lá. Será que ele ligou calculando a diferença de horário?
Ritalin de repente surgiu com essa especulação. Ela abriu a boca, mas tinha medo de ouvir algumas palavras constrangedoras da boca dele, mesmo que seu objetivo fosse óbvio.
Ela limpou a garganta e mudou de assunto. "Você não esteve aqui por alguns dias. O MOMO não está bem humorado esses dias. Ele provavelmente sente sua falta."
"E você?" O Sr. Vaillant estava em frente à janela do chão ao teto, olhando a bela cena noturna com um olhar gentil e profundo. Ele segurava um pequeno vaso de flores em sua mão. Era uma planta verdinha que acabava de brotar. Era crocante, verde e tenro.
Havia um sorriso suave em seu rosto, e sua voz era macia e gentil. "Você sente minha falta?"
A mente de Ritalin estava em um tumulto. Ela respirava nervosamente pelo telefone. Ela segurava o telefone com força, e seu rosto ficou vermelho. Finalmente, ela apertou os lábios e disse, "Cuide-se lá fora".
O Sr. Vaillant não a constrangeu mais. Ele colocou o vaso em sua mão na mesa de chá do hotel, dobrou suas longas pernas, sentou no sofá e segurou o telefone celular com a outra mão.