Ritalin imediatamente se calou. Seu rosto estava extremamente corado. Que sujeito rude! Um ladrão! Um delinquente!
Momo miou duas vezes no lugar. Quando percebeu que seu dono o ignorava, suas orelhas tremeram e ele o seguiu.
Jerez empurrou Ritalin para dentro do carro, inclinou-se, pegou Momo e o jogou nos braços dela. Depois, entrou no carro, mas não o ligou.
"Me deixe sair!"
Ritalin apertou as patas de Momo em sua mão. Seu tom não era mais tão arrogante. Pelo contrário, parecia um pouco magoada. Ela não era tola. Sabia que não podia ofender Jerez. Além disso, havia uma grande diferença entre homens e mulheres em termos de força. Ela não precisava enfrentá-lo de frente.
O jovem a ignorou e retirou um maço de cigarros do porta-luvas. Pegou um cigarro e o colocou em sua boca.
Ritalin rangeu os dentes. "Desculpe, senhor. Estou de mau-humor hoje. Ignore o que eu disse antes..."
Ele finalmente olhou para ela. Em meio a fumaça, seus olhos de repente se anuviaram. Ritalin se assustou e desviou rapidamente o olhar, mas viu um traço de sangue no dorso da mão dele. Lembrou-se de que ela havia o arranhado pouco antes, no momento em que havia lutado contra ele, e se sentiu um pouco culpada.
Ela retirou um curativo do bolso, segurou a mão dele e cuidadosamente o aplicou. Jerez olhou para os olhos semicerrados dela e sua mão que segurava o cigarro levantou o queixo dela. Seus olhos escuros mergulhavam em seu coração, e então o beijo aconteceu naturalmente...
Ritalin sabia muito bem o que estava fazendo. Ela até zombou de si. A traição era realmente emocionante. Não era à toa que Vincent não se cansava nunca. Ele estava por aí se divertindo. Por que ela devia se resguardar? Mas quando ele passou a mão em seu suéter, não pôde mais durar sua pose.
Ela segurou as mãos dele nervosamente, ofegou e disse: "Não, não posso..."
Jerez franziu a testa, apagou seu cigarro e repentinamente reclinou seu assento. Ele se inclinou para ela, apertou o queixo dela e disse rudemente: "Sim, você pode!"
Ele desabotoou as roupas dela grosseiramente. Ela até pôde ouvir os botões caindo, e a selvageria em seus olhos era assustadora.
Ritalin entrou em pânico. Ela abraçou suas roupas firmemente e balançou a cabeça com os olhos vermelhos. "Não, eu sou casada..."
Jerez parou de repente, e seus olhos lentamente se tornaram frios e maliciosos.
Um homem de seu nível era como as mulheres que se atiravam em seus braços. Não era necessário que ele forçasse uma mulher casada. Porém, o fato dela se recusar diretamente feria o seu ego. Todos os homens têm um ego muito elevado.
"Saia!", ele se desvencilhou dela e voltou para o banco do motorista, sem olhar para ela.
Os olhos de Ritalin se inundaram de lágrimas. Ela apertou suas roupas, saiu do carro e correu apressadamente.
Jerez segurou o volante e seus olhos estavam carregados de frustração. Havia algo peludo em seus braços. Ele estendeu a mão e agarrou os pelos debaixo do pescoço dele. De repente, algo gelado caiu em sua mão. Ele pegou e viu que era uma aliança de casamento.
...
Ritalin praticamente fugiu. Ela havia bloqueado Jerez. Nunca faltaram pretendentes desde que ela era jovem, mas esta foi a primeira vez que ela foi tratada com tanta grosseria. Ela não queria vê-lo novamente!
Ela não ia contar a Troye sobre Stuart. Sem mencionar que Troye estava sem dinheiro, e ela não poderia pedir a ele. Com a situação atual de Troye, ela não suportava a ideia de deixar que seu pai se preocupasse com ela. No entanto, ela não conseguiria desembolsar este um milhão. Depois de muito pensar, ela só podia recorrer a Vincent.
Na manhã seguinte, antes que ela pudesse ir até Vincent, ele veio até ela. Ela estava tomando café da manhã quando ele jogou uma pilha de jornais em seu rosto. O papel áspero a machucou. Então, ela viu a manchete do jornal. No carro escuro, um homem e uma mulher apareciam entrelaçados em uma foto. O ângulo da foto era ótimo. O homem estava de costas para a câmera, e era possível ver metade do rosto dela, em êxtase...
"Senhora Whitney, é porque eu não a satisfaço? Por que você está tão sem cara?"
Seus olhos estavam cheios de sarcasmo e ele queria mais do que tudo despedaçá-la. A mente de Ritalin ficou em branco e seus lábios se moviam, mas ela não conseguia emitir uma única palavra. Já que ela havia sido flagrada, como ela poderia defender? Por ela ser uma pessoa irrelevante para este círculo, ela acabou parando nos tabloides. Ela sorriu ironicamente para si mesma e olhou para ele. "Comparado a você, eu não sou nada."
"Vad*a!" A cara de Vincent expressava uma carranca. Ele a segurou pelo pescoço de repente, e a pressionou contra a parede. Ele baixou a cabeça e mordeu os lábios dela. Ritalin ficou atordoada por um momento. Esta foi a primeira vez que ele a tocou, mas ela só sentia nojo. Ela não conseguia esquecer as cenas desagradáveis em suas lembranças. Ele havia beijado tantas mulheres. Quando ela pensou nisso, sentiu náuseas.
Ela o empurrou e vomitou. Vincent fez uma cara horrível, e queria dizer algo, mas o celular dele tocou. Ele olhou para ela e pressionou o viva voz.
"Vincent, vem para o hospital. Aconteceu uma coisa com o Tobias!"
A expressão de Vincent mudou e ele desligou o viva voz. Ele pegou o telefone e se afastou. Ritalin não ouviu o que ele disse, mas suas expressões estavam péssimas. Finalmente, ele disse, "Estou indo para aí." Então ele desligou.
Ele deu dois passos e depois voltou para olhar friamente para Ritalin. "Ritalin, lembre-se de que você é minha esposa enquanto não estivermos divorciados. Quer fazer outra coisa? Tudo bem, preparei o acordo de divórcio três anos atrás. Depois que você assinar, a partir de então, não interferirei em seus assuntos!"
Havia nenhum rastro de Vincent no apartamento, mas suas palavras soaram como um trovão e explodiram a mente dela.
Finalmente ele disse a palavra divórcio.
Por três anos inteiros, ele nunca mencionou o divórcio, não importava o quão ruim ele fosse com ela. Esta foi a única vez. A mente de Ritalin estava estática. Divórcio? Ela romperia a única relação entre eles e se tornaria uma estranha a partir de então. Ela deveria esquecer o amor ela sustentou por cinco anos? Não, era impossível!
Ritalin pulou desesperada e correu porta à fora.
Ao descer as escadas, viu Vincent com o carro saindo do bairro devagar. Ela parou um táxi e disse com pressa, "Senhor, depressa, siga aquele carro."
Ela tinha que explicar claramente que não queria o divórcio. Em nome do amor que nutria por ele, ela suprimiu toda a sua teimosia, podando sua personalidade ao redor dele. Se ela não tivesse ele, como encontraria a si mesma?
"Senhorita, está tudo bem com você?"
O motorista perguntou, preocupado. Ritalin balançou a cabeça e, então, percebeu que já estava chorando.
O carro de Vincent parou no Hospital Top, onde Yvette trabalhava. Três dias depois, ela soube que Alice havia retornado.
Desde aquela manhã, sua pálpebra direita tremia violentamente. Ela sempre sentiu que algo iria acontecer hoje. Seu desconforto aumentou quando chegou ao hospital.
Ela respirou fundo, saiu do carro e ligou para Yvette.
"Ritalin, por que você não me ligou antes? É você no jornal? P*ta m*rda, você virou minha ídola agora. Finalmente, você é incrível."
"O Vincent deve ter se contorcido de ciúmes de novo, né?"
Yvette conseguia dizer que era ela com apenas uma olhada. Ritalin estava com dor de cabeça e disse com calma, "Você está no hospital?"
Sentindo o tom incomum de sua voz, Yvette ficou séria. "Sim, estou de plantão hoje."