Capítulo 93
1463palavras
2024-04-22 01:41
Patricia
Eu joguei a Elisa com toda a minha força naquele chão imundo, eu não iria deixar de escapar viva daquele lugar onde ela me Manteve presa, daquele lugar onde ela abusou psicologicamente de mim e da minha mãe, eu sei que ela sofreu muito na vida mas nada, nada nesse mundo justifica o que ela está fazendo comigo e com a minha família, ou deveria dizer com a nossa família?
Enquanto meu marido usava toda a força que tinha e todas as formas possíveis para soltar os meus pais e salvá-los daquele fogo, que queimava tão quente quanto o inferno, eu e a Elisa começamos a brigar, nós lutamos e eu aproveitei para descontar nela toda raiva que eu tinha, por tudo, o meu corpo ainda estava cheio de adrenalina eu continuei socando a cara dela com muita força, nem parecia que essa força estava vindo de mim e sim de algo mais forte.
O Gabriel conseguiu soltar a minha mãe e em seguida conseguiu soltar o meu pai eu estava ouvindo e vendo eles saírem de dentro daquela sala enquanto o meu marido gritava para mim eu encontrei a arma do Gabriel, não pensei duas vezes ao pegá-la a Elisa estava desesperada olhando para mim eu podia ver o sangue escorrendo pela sua boca venenosa ela parecia mais desolada do que eu, como se alguma coisa realmente tivesse afetado a sua cabeça.
Parando para pensar e analisando toda a situação a gente chega a uma única conclusão, Elisa realmente tem muitos problemas psicológicos, muitos traumas de muitas situações em que ela esteve presente, muito provavelmente esse é o tipo de coisa que não iria se resolver facilmente.
Agora tudo depende de mim, eu estava com uma arma apontada para a face da minha irmã, da minha irmã gêmea, foram apenas frações de segundos, pouco instantes em que eu estava com arma engatilhada apontada para ela, eu estava na dúvida eu me sentia uma pessoa terrível por estar fazendo isso, mas no momento ela era o inimigo não eu, era o meu pior inimigo, a minha própria irmã, literalmente Idêntica a mim foi tão pesada toda aquela situação ver o meu marido lutando contra as chamas para conseguir salvar os meus pais de incêndio provocado pela minha irmã gêmea do mal.
E sem pensar duas vezes o som do disparo foi ouvido o em meio às chamas, fumaças e gritos de socorro. Também podia ouvir a voz do meu marido me chamando, eu atirei, atirei nela, mas eu estava com tanta raiva que atirei mais de uma vez, eu vi cair no chão eu a vi sangrar e ser asfixiada pela fumaça pelo fogo. Eu joguei a arma no chão e fui embora, esse ponto na sala não havia mais ninguém apenas a Elisa jogada no chão.
Nós saímos de lá, o meu pai segurando a minha mãe, e meu marido me segurando, mas caminhamos até a saída daqui do quarto, e na porta Bom na verdade quase na porta, encontramos o Gael.
-Onde você estava, cara?- o meu marido perguntou ao seu melhor amigo.
- eu estava procurando você, isso aqui é um labirinto, eu só consegui chegar até aqui porque eu vi a fumaça vindo nesta direção.-o Gael respondeu.
Nossa só assim eu percebi quanto tempo fazia que eu não via nenhum deles, nem o Gabriel nem o meu pai e muito menos o Gael.
Mas finalmente conseguimos sair daquela casa enquanto nós caminhávamos para fora, nós podíamos ver claramente a fumaça se alastrando e o fogo acabando com aquela pequena casa ,o meu coração estava muito acelerado. Eu estava em crise,e com certeza por causa de tudo que acabou de acontecer.
Quando eu respirei fundo eu quase desmaiei, mas eu já fui forte o suficiente para fazer tudo que eu fiz, para conseguir me livrar da minha irmã do mal, que agora estava na casa morrendo queimada depois de ter levado um tiro. O meu pai, a minha mãe, o Gabriel e o Gael e eu estávamos livres, finalmente livre de todo esse mal provocado pela Elisa, nesse caso ela era um mal,.
O Gabriel e o Gael Foram pegar os carros, aparentemente eles deixaram um pouco mais afastado na hora que chegaram não demoraram muito entramos no carro seguimos viagem , ainda pude olhar para trás e ver aquela casa pegar fogo, tudo estava em chama, e se a parte de cima já havia pegado fogo com certeza tudo lá embaixo já havia explodido.
Foi como uma cena de filme, o Gabriel dirigindo eu no banco do passageiro, meu pai e a minha mãe abraçados no banco de trás do carro, ambos estavam chorando desesperadamente , e eu não consegui derramar uma gota de lágrima você quer, apesar de tudo que já tinha acontecido eu estava perplexa, eu estava em choque, talvez adrenalina ainda estivesse no pico.
Eu apenas estava parada olhando para janela mas conseguia ouvir um fundo a voz do meu marido dizendo que ia ficar tudo bem vida que tudo já passou.
***
Gabriel
Dirigir até o hospital mais próximo como ficava tudo muito longe Então já estávamos na capital quando encontrei o hospital, todos nós somos internados por conta da fumaça, a Patrícia estava fraca, assim como a Paloma a mulher que eu descobri ser a mãe da minha esposa, o seu Cadu, o Gael e eu apenas ficamos tomando um pouco de oxigênio, porque nós inalamos fumaça, mas não estávamos tão fracos quanto aquelas duas, eu tenho pelo que poderia ter acontecido se a gente não tivesse seguido a Elisa e descoberto toda essa façanha ridícula.
Dou Graças aos céus por ter conseguido acabar com tudo isso, finalmente a minha esposa está de volta comigo ,ela nos meus braços novamente e se ela assim desejar eu ficarei com ela para sempre.
Inclusive ,acabei de me lembrar que a Patrícia provavelmente ainda não sabe sobre o que de fato aconteceu entre mim e a Sol.
Então eu esperei o momento certo retirei o acesso do soro, e fui até o quarto onde estava Patrícia, ela estava em um leito ao lado da Paloma, a minha esposa estava dormindo de lado então apenas a observei, acariciei seus cabelos, coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da sua orelha, e eu pude ver novamente aquela pequena cicatriz, que só a minha Patrícia tem.
Enquanto eu via a minha Patrícia dormiu, e observava com carinho e ternura, deixei escorrer uma lágrima por entre os olhos, eu estava tão feliz, a minha Patrícia estava comigo de novo, só ela conseguia fazer o meu peito ser preenchido de Amor daquela forma, ela estava tão fraquinha, tão vulnerável daquele jeito deitada naquele leito de hospital, não consegui mais conter as emoções e comecei a chorar, eu chorei que nem uma criança o meu peito subia e descia pois a minha respiração estava pesada e meu coração acelerado.
Eu estou tão aliviado, o meu coração está mais leve, eu sinto que todo mal foi embora, é muito bom poder ver a minha doce amada esposa novamente. Acho que eu estava chorando alto demais, porque em um momento que eu não esperava, a Patrícia se mexeu, olhou para mim e me perguntou porque eu estava chorando, eu apenas acalmei a minha esposa, e disse que estava tudo bem, agora realmente tudo estava bem, sobre precisávamos que ela se cuidasse, seguisse todas as orientações médicas necessárias para que ela pudesse voltar para casa logo logo.
A Patrícia apenas me abraçou e chorou comigo, eu rapidamente comecei a explicar a ela o que tinha acontecido naquele dia, entre mim e a Sol, eu contei e a Patrícia chorou e disse que sabia que eu nunca teria traído ela. Eu chorei mais uma vez.
A Patrícia me apresentou a sua mãe como o seu esposo, aquelas duas comeram tanto, e de uma forma tão rápida que eu consigo imaginar. Como deve ter sido tudo tão traumático para elas.
Estou além de tudo aliviado, pelo fato de que a Patrícia Finalmente vai voltar para casa sangue salva e também pelo fato de que a Elisa finalmente foi embora para sempre, ela teve o que mereceu, na verdade depois de tudo que ela aprontou eu acho que ela deveria ter sofrido um pouco mais, morre queimada depois de ter levado um tiro ainda foi pouco para ela.
Ela merecia passar o resto dos dias dela apodrecendo em uma tela nojenta e imunda como aquela que ela prendeu a minha esposa, mas sem água e sem comida,ela merecia definhar até a morte. Pelo menos não precisaremos nos importar mais com aquela cobra ardilosa.
A Patrícia descansou o resto do dia, e até recebeu a visita da Geovana e da dona Marta, elas se abraçaram e eu respirei aliviado.