Capítulo 57
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2024-03-10 08:03
Capítulo 57
Gabriel
Eu não vou esquecer daquele buquê de flores horrorosos, mas que porra é aquela?Quero saber quem é o desgraçado que em sã consciência acordou em um lindo dia de vida miserável dele e pensou, “hum, porque não mandar flores para a esposa do Gabriel Almeida?” Filho da puta, um filho da putaaa!!
Depois de se despedir da minha esposa, entrei no meu carro, e dirigi até a minha empresa, a buzina do Chery Celer Hatch 1.5 2017(carro popular) na cor branca atrás de mim, como se isso fosse ajudar a porra do transito a andar,não era a única coisa que martelava na minha mente. Eu não conseguia parar de pensar sobre aquelas malditas flores, e o pior é que a Pati não faz ideia de quem enviou aquele buquê.
Cheguei à empresa com muito custo, entreguei as chaves do carro ao Carlos um dos manobristas da minha empresa, eu não queria ir até o estacionamento então apenas pedi para que ele estacionasse para mim.
Entrei e como sempre, os muitos “bom dia” foram sendo disparados em minha direção, mas eu não estava com saco para pagar de bom humor hoje, eu só passei direto para o elevador que leva direto para o andar da presidência.
Entrei no elevador e apertei o botão, cerca de quarenta e cinco segundos depois o elevador se abriu e eu entrei no último andar daquele arranha céu, e a primeira coisa que eu vi ao pisar os naquele andar, foi um grande arranjo de flores, num vaso de cristal, margaridas e rosas vermelhas, bem parecidas com o maldilto buquê, em cima da mesa da Andressa.
Bom dia senhor Almeida.-A minha secretária disse me comprimentando com um sorriso amarelo.
Bom dia Andressa! Algum recado?-eu respondi sem tirar os olhos daquele maldito arranjo delicado que enfeitava a mesa.
Sim senhor, seis recados até agora, e uma ligação do seu pai.-ela respondeu
Me passe os recados,me envie por e-mail a agenda de hoje e se livre desse arranjo horroroso de flores.-eu disse com a cara mais séria que consegui fazer.
Sim senhor.-A minha secretária respondeu.
Me virei em direção a minha sala.-Com licença senhor Almeida.-A Andressa falou chamando a minha atenção novamente.
Sim Andressa?-eu respondi virando o meu corpo em direção a ela.
Acredito que eu deva me livrar do arranjo de flores da sua sala também?-ela perguntou.
É igual a esse?-eu perguntei
Sim senhor.-Ela respondeu.
Então sim, se livre delas, eu vou tomar até a cozinha, tomar um café enquanto isso.-eu respondi.
E dessa vez fui em direção a cozinha do andar, a empresa não tem muitas cozinhas, apenas duas, uma delas fica nesse andar, e a segunda fica no terceiro andar se eu não me engano, na verdade não achei necessário colocar tantas, nós temos duas máquinas de café expresso em cada andar, e também temos o restaurante do prédio, não cobramos pela comida, eu não acho justo cobrar a comida dos funcionários, é claro que eles ainda recebem o vale refeição.
A cozinha deste andar é pequena, mas é confortável, temos duas máquinas de lanche, além da máquina de café, temos uma geladeira, e um microondas, armários preenchendo um espaço, mensalmente enchemos as geladeiras e os armários com algumas guloseimas, energéticos, refrigerante, salgados, e até algumas refeições congeladas para microondas.
Temos ótimas salas de descanso, uma em cada andar, eles podem usar uma cadeira de massagem, ou apenas tirar um cochilo, podem ler, eles tem bons horários, e também tem intervalos de descanso.
Eu fiz questão de suprir as necessidades básicas dos meus funcionários. Afinal, um funcionário feliz e descansado trabalha melhor. Também temos transporte para os funcionários, os meus funcionários saem às dezoito e trinta, e nós temos ônibus para cada região da cidade, e deixamos cada um em sua casa.
Eu decidi fazer isso porque a cidade é perigosa e o trânsito é horrível , eles demoraram muito para chegar a empresa, e voltar para casa, então o ônibus pega eles em casa e os trás até a empresa no horário correto.
Tomei o meu café e voltei para a minha sala.
***
Patricia
Dá para acreditar? eu simplesmente perdi o meu celular, eu não lembro onde exatamente. -a Geovana falou com um tom de indignação.
Você já procurou na sua sala?-eu perguntei para que ela tentasse se lembrar.
Na verdade já, aqui não está, a Casa da Esperança tem um grande achados e perdidos, se estivesse aqui eu com certeza já teria encontrado.-a Geovana falou com uma cara de frustração.
Você lembra qual foi a última vez que você o viu?- o Gael perguntou
Ontem a noite, por volta das nove horas da noite depois que você me deixou em casa..-ela respondeu olhando para o Gael e percebeu que eu estava em pé olhando para a cara deles.
Digo, quando você me enviou uma mensagem, a essa hora…Isso , eu estava em casa quando você me enviou uma mensagem, às nove horas da noite…-ela tentou corrigir o que disse, mas eu já saquei que está rolando alguma coisa entre esses dois.
Hum… Entendi..-eu respondi tentando segurar e esconder o sorriso, eu não quero atrapalhar esses pombinhos.
E você já procurou pela sua casa? - o Gael perguntou tentando manter o foco na conversa principal.
Eu procurei, até a minha avó me ajudou, pedimos a moça que limpa lá em casa para procurar pela casa. -A Geovana falou
Olha Geo, eu tenho que ir, faltam apenas dez minutos para a minha aula começar, mas boa sorte com a procura do celular, espero que encontre logo.-eu falei para a Geovana enquanto conferia o horário em meu relógio de ouro branco, cravejado de algumas pedras.
Claro Pati, vá para não se atrasar.-Ela respondeu.
Boa sorte, tchau.-eu respondi indo em direção a sala de arte.
Obrigada!-ela respondeu. O meu segurança ficou com a Geovana, pois é, o trabalho dele é cuidar da minha segurança, mas o jovem galanteador, prefere ficar dando em cima da minha chefe hahaha, talvez assim eu ganhe um aumento.
Hoje é quarta-feira, seria o meu dia de folga, e teoricamente eu deveria estar aqui apenas para ajudar a limpar, mas como ontem eu fiquei corrigindo provas, ontem não teve aula então nós passamos as aulas de ontem para hoje.
Eu conheci outras duas turmas de arte, crianças e adolescentes, muito empolgadas e muito talentosas.
Eu estou muito feliz por poder trazer o meu conhecimento até elas, eu estou muito animada porque eu posso aprender e ensinar, eu posso evoluir um pouco com cada um deles.
O sino do relógio bateu indicando que já eram quatro horas da tarde, a minha última aula do dia. Hoje eu almocei em casa, o Gael me levou para casa e almoçou comigo, nós iríamos almoçar por aqui mesmo, mas eu estava querendo tomar um banho, e como eu não moro longe da Casa da Esperança e a última aula do turno da manhã é às onze e meia, e a primeira do turno da tarde é apenas a uma e trinta da tarde, temos um grande intervalo de duas horas, então fomos para casa.
Depois do banho eu escolhi uma roupa mais fresca, porque o dia estava mais quente pela tarde do que pela manhã. O almoço como sempre estava maravilhoso, a comida da dona Marta com certeza é a melhor de todas.
Eu não lembro de ter provado a comida da minha mãe porque ela morreu quando eu era bem pequena, então não tenho certeza se cheguei a experimentar do seu tempero. Mas eu aposto que se ela estivesse viva, com certeza a comida da minha mãe, seria a melhor de todas.
Durante a tarde eu voltei para a Casa da Esperança para dar as minhas aulas, e como eu disse , só tive aula até as quatros horas da tarde.
Depois que o sino soou, eu encerrei a aula recolhi o meu material , me despedi dos alunos e saí da sala de aula, segui pelo corredor para a sala dos professores, eu precisava entregar o diário de classe, onde eu anoto as aulas e as atividades que foram feitas durante as aulas, e as atividades que eu passei para os alunos.
Ao sair da sala dos professores eu segui pelos corredores até a saída do prédio onde o meu fiel escudeiro, vulgo Gael, meu segurança me esperava.
Entramos no carro e seguimos para casa, e durante esse pequeno percuso até a minha casa eu fiquei pensado naquele maldito cartão com as flores, foi um poema um pouco estranho, e também aquele versiculo da biblia, nossa aquilo foi bizarro, eu não consigo pensar em quem poderia ter me enviado as flores, eu cogitei que o meu pai faria isso, mas porque ele me enviaria aquela passagem biblica que mais parecia uma maldição?
Eu não quis mostrar para o meu marido, porque sei como ele é cismado, ele é o tipo de pessoa que iria querer investigar isso, e pior ele iria me encher de seguranças, e logo agora que eu convenci ele a deixar apenas o Gael como meu segurança novamente.