Kelsey adormeceu no caminho para casa, apesar de seus melhores esforços para permanecer acordada. Porém, a falta de sono e o movimento contínuo de Edwiin acariciando seu cabelo, tornaram o sono inevitável. Mas agora que ela estava com Edwiin novamente, o mundo poderia desmoronar, e ela não se importaria.
Sua barriga doeu um pouco, acordando-a.
"Você está bem?" Edwiin perguntou, sua voz cheia de preocupação.
Kelsey assentiu. “Minha barriga dói um pouco, mas estou bem. Eu só preciso descansar."
"E comer", Cornelius acrescentou, olhando para ela no espelho retrovisor.
Kelsey riu. “Bem, isso é óbvio." Ela pensou por um momento, querendo escolher as palavras corretamente. “Cornelius, Edwiin, obrigada por virem ao meu resgate."
"É um prazer, minha senhora", Cornelius brincou.
"Você sabe que eu mudaria o céu e a terra para chegar até você", respondeu Edwiin, sua voz baixa e rouca.
Cornelius assentiu. “E ele não está exagerando."
Kelsey riu. “Bem, eu realmente agradeço." Então ela pensou em algo. “Eu tive que fazer algo que não me orgulho." Ela mordeu o lábio inferior e depois soltou. “Eu acho que posso ter matado um homem."
Edwiin assentiu, afastando o cabelo do rosto dela novamente. “Você pode não estar orgulhosa, mas eu estou orgulhoso de você."
"Eu também", Cornelius interveio.
Edwiin colocou a mão no rosto dela, forçando-a a olhar em seus olhos. “Você fez o que tinha que fazer para escapar."
Kelsey assentiu com lágrimas nos olhos. “Eu sabia que tinha menos de vinte e quatro horas."
"Exatamente," Edwiin respondeu.
Cornelius suspirou. "Não consigo acreditar que o Bing se ofereceu para matar o Avery."
"Ele o fez pelo dinheiro. Ele queria o acordo", disse Edwiin, mas nunca tirou os olhos de Kelsey. Ele passou o dedo sobre o nariz e a bochecha dela, como se estivesse gravando sua imagem na memória.
"Estremeço só de pensar no que poderia ter acontecido." Cornelius balançou a cabeça. "Kelsey, só estou feliz que você tenha voltado, segura e sã."
Kelsey assentiu, grata por tê-los ambos. "Obrigada. Estou feliz por estar de volta."
Um alívio a inundou quando, alguns minutos depois, eles chegaram aos portões do castelo. Kelsey nunca esteve tão feliz de ver o castelo em sua vida como quando Cornelius parou o carro na portaria. Mas assim que o guarda viu quem eram, ele rapidamente os acenou para entrar.
"Caramba! É bom estar em casa", disse Kelsey e então soltou um grande bocejo.
"Só um aviso", disse Edwiin, com a voz sombria. "Sua mãe estava preocupada."
"Ai, meu Deus!" Kelsey balançou a cabeça. "Ela não vai me deixar em paz agora por uma semana!"
Ambos, Cornelius e Edwiin, riram.
Mas se esse era o preço a pagar por estar em casa, então ela o pagaria com prazer... pois estava feliz de finalmente estar em casa.
***
Kelsey cometeu um erro ao dizer a Edwiin que seu estômago doía um pouco. Porque assim que ela saiu do carro, ele insistiu em carregá-la até a casa.
"Minha filha!" sua mãe gritou, correndo pelos degraus da frente do castelo quando a viu. Então ela olhou para Edwiin. "Como ela está?"
"Mãe, estou bem", respondeu Kelsey. "Pare de falar sobre mim como se eu não estivesse aqui." Ao dizer isso, ela se lembrou de Shannon.
Celeste bufou. "Bem, se você está bem, então por que o Edwiin está te carregando?"
Edwiin olhou para baixo e sorriu para ela.
Kelsey suspirou. “Cometi o erro de dizer a ele que minha barriga doía."
"Bem, então, ele está certo em carregar você," Celeste exclamou. Depois, olhou para Edwiin. “Peço desculpas... por mais cedo—"
"Não pense nisso," interrompeu Edwiin, com os lábios em uma linha reta. “Nós dois estávamos sob muita pressão."
Kelsey olhou entre os dois. “O que aconteceu?"
Celeste abanou a cabeça. “Ah, nada! Absolutamente nada."
Kelsey suspirou. “Mãe, o que você fez?"
“Não foi nada", interveio Edwiin, carregando-a pela porta da frente do castelo.
"Estou tão feliz que você voltou!" Katherine exclamou, lágrimas escorrendo pelo rosto. "Eu estava tão preocupada com você!"
“Katherine, você está chorando?" Kelsey brincou. “Essa é a primeira vez que eu te vejo chorar!"
Katherine passou a mão pelo rosto, enxugando as lágrimas. “Sim... bem... não se acostume." Então ela sorriu. “Mas estou tão feliz que você está em casa!"
Shannon a puxou para um abraço, feliz em vê-la também. “Eu estava preocupada, mana."
Mas Edwiin ignorou todos eles, passando por eles e carregando-a diretamente para cima, pelas escadas. “Desculpem todos, mas Kelsey precisa descansar. Ela passou por muito. Ela descerá para ver todos quando estiver se sentindo melhor."
No topo das escadas, caminhou com determinação pelo corredor, chutou a porta do quarto e a levou para dentro. Ele a depositou na cama e a cobriu com os cobertores, fechou e trancou a porta.
“Não quero que você seja perturbada". Edwiin sentou-se na beirada da cama para tirar os sapatos e depois se deitou ao lado dela.
Kelsey virou-se de lado, enrolando suas mãos embaixo da cabeça. “Exceto por comida."
Edwiin riu. “Exceto por comida." Então acariciou o rosto dela e olhou em seus olhos com tanto amor que ela pensou que seu coração iria explodir ao recebê-lo. “Eu te amo, Kelsey. Digo isso do fundo do meu coração."
“Eu também te amo," ela respondeu. “Mais do que você jamais saberá." Ela pensou por um momento e então acrescentou, “Eu sei que nosso casamento foi arranjado a princípio, mas se eu pudesse casar com alguém no mundo... escolher alguém no mundo... seria você." Ela colocou a mão em sua bochecha. “Sempre foi... e sempre será... você."
“Eu te amo mais que a própria vida," disse Edwiin. “Você é minha única e eu nunca amarei ninguém mais." Então seus lábios desceram sobre os dela em um beijo que transcendia a vida e tocava sua alma. Foi um beijo de paixão e de promessa, esperança e, acima de tudo, amor. Ele se afastou um momento depois e puxou ela para seus braços. “Vem aqui. Vamos dormir um pouco."
Quando o sono a encontrou, ela estava aninhada nos braços de Edwiin... onde ela ficaria pelo resto de sua vida.