Capítulo 17
1511palavras
2024-01-05 16:20
Mais tarde naquela noite no avião, Ari se pegou cochilando, mas a poltrona giratória não era muito apropriada para dormir.
"Você gostaria de tentar descansar um pouco?" Lillian perguntou, seus olhos expressando simpatia. “Ainda temos várias horas pela frente e não chegaremos em Estrea até amanhã cedo.”
"Sim, mas essas cadeiras tornam isso quase impossível," Ari se ouviu reagindo sem pensar. A desavença com a mãe e a irmã, além de passar a tarde inteira fazendo compras, tinha consumido todas as suas energias, e ela se sentia extremamente cansada.
Lillian sorriu. "Venha comigo." Ela se levantou e caminhou em direção à parte de trás do avião, esperando claramente que Ari a seguisse.
Cansada demais para objeções, Ari se levantou da cadeira, pegou a bolsa e a seguiu. Lillian passou por um bar e os banheiros, mas parou na frente de uma porta, bloqueando a parte traseira do avião. Um largo sorriso se espalhou em seus lábios, e então ela abriu a porta.
Dentro havia uma cama redonda king-size, coberta com um convidativo edredom de seda branca. Em uma pequena penteadeira havia uma máscara de dormir e um pijama de seda brancos.
Ari respirou aliviada. "Obrigada."
Lillian sorriu maliciosamente. “Aproveite.” Então fechou a porta atrás dela, deixando-a descansar.
Ari sentou-se na borda da cama e passou a mão sobre o sedoso e suave tecido do edredom, maravilhada de que tanto luxo e comodidade estivessem em um avião. Ela tirou os sapatos e se acomodou sob o cobertor sem se preocupar em trocar de roupa. Poucos momentos antes, ela estava pronta para se encolher em um canto do chão, se isso não fosse constrangedor para Lillian e a Realeza. Mas ela quase chegou ao ponto de não se importar mais. Ela estava desesperada por sono. Não havia nem necessidade para a máscara de dormir. Já estava escuro lá fora e, com a luz apagada, não havia claridade. Mas Ari estava grata pelo tempo sozinha para se desmontar. Ela pensou em sua mãe e em sua irmã, imaginando quando as veria novamente... e se elas algum dia a perdoariam.
***
O que parecia ter sido apenas alguns minutos depois, Ari acordou com a desaceleração dos motores do jato. Quando ela voltou a si, em um primeiro momento não lembrava onde estava, mas então tudo voltou à sua mente quando os motores ficaram mais barulhentos, fazendo-a acordar assustada. Então, tudo voltou à sua mente. Ela olhou pela janela e era dia. Ela não sabia se era dia na América devido aos fusos horários, mas ela tinha certeza de que o avião logo aterrissaria, de qualquer maneira. Ela se espreguiçou, ajeitou suas roupas o melhor que pôde e depois calçou os sapatos, sabendo que tinha que se apressar antes da aterrissagem do avião.
Quando Ari saiu, Lillian estava esperando na mesma poltrona giratória, como se não tivesse se movido a noite toda. Mas Ari sabia que não era bem assim.
"Como você se sente?" Lillian perguntou, parecendo como se ela mesma tivesse conseguido pegar no sono.
Ari deu de ombros. "Um pouco melhor. Pelo menos não sinto mais que vou desmaiar."
Lillian sorriu. "Não se preocupe. Quando chegarmos ao hotel, você poderá descansar mais."
Ari queria saber quando seria o casamento, mas imaginou que seria nos próximos dias. Ela estava grata por ter tempo para recuperar o sono. Ela não queria estar andando pelo corredor bocejando.
Andando pelo corredor.
Parecia estranho que ela logo estaria andando pelo corredor e sua mãe e irmã não estariam lá. Quase não parecia real. Mas, como Lillian disse, poderiam fazer uma cerimônia para família e amigos mais tarde. Ari se perguntava se a família dele estaria lá, ou se seria só eles. De qualquer maneira, eles ainda estariam casados. Ela tentou não pensar nisso como uma sentença de morte. Ela estava prestes a se casar com a realeza, afinal. E ele disse que era um homem honrado. Ela apenas esperava que ele fosse fiel à sua palavra.
"Aperte o cinto", Lillian instruiu, tirando-a de seu devaneio. "Vamos pousar em breve."
Ari assentiu, sorrindo. Mas à medida que o avião começava a descer, ela descobriu que estava animada para ver Estreia, bem como seu novo marido. Ela se perguntava se o príncipe Grayson iria cumprimentá-la pessoalmente, ou se ele iria esperar até o dia do casamento. De qualquer forma, eles ainda estariam tão casados quanto.
Logo, as rodas do avião tocaram o solo e o piloto jogou os propulsores em reverso, desacelerando o avião e forçando-a contra o encosto de seu assento.
Um dos seguranças lhe trouxe um casaco bege longo. Ela reconheceu que era um dos casacos que havia escolhido em uma loja na Quinta Avenida.
"Você vai precisar disso", disse Lillian, colocando seu casaco enquanto outro segurança o segurava para ela. "Vai estar frio lá fora."
O segurança segurou para ela enquanto ela vestia e amarrava o cinto ao redor de si. Ela colocou a bolsa no ombro e se dirigiu à porta, pronta para começar sua nova vida. Enquanto esperava, ela olhou para o telefone para ver se havia alguma mensagem de Henley ou de sua mãe. Mas nenhum deles tinha mandado mensagem. No entanto, ela tinha uma mensagem de Vickie, querendo saber se ela estava bem e pedindo para ligar ou mandar mensagem quando tivesse tempo. Ela sorriu, grata por Vickie. Pelo menos ainda tinha ela.
Logo a porta se abriu, e uma corrente de ar fresco entrou no avião. Ari levantou as lapelas de seu casaco contra o pescoço para se proteger do vento. Ela sabia que estaria frio, mas estava muito mais frio do que em Nova York. Mas ela sabia que se acostumaria. Ela saiu para a luz brilhante do sol e ficou no topo das escadas, observando a terra coberta de branco. Naquele momento, ela soube que estava em casa.
"Vamos?" O segurança ofereceu o braço a ela e ela o aceitou, deixando que ele a escoltasse pelas escadas até um carro esperando no asfalto. Por um instante, ela se perguntou se Grayson estava lá, mas sabia que não estava. Ela era apenas uma de suas posses. Amor era muito para desejar. Mas talvez um dia. Afinal, ela não podia esperar que o casamento deles fosse baseado em amor imediatamente. Não quando eles nem se conheciam.
"Pronta?", perguntou Lillian ao lado dela, olhando em seus olhos como se estivesse lendo sua mente.
Ari assentiu, grata por conhecer pelo menos uma pessoa em Estreia.
Um segurança abriu a porta do carro para eles e ajudou-a a entrar, enquanto Lillian deslizava pelo outro lado. Depois, os seguranças se acomodaram no banco de trás.
No caminho para o hotel, ela observou o campo passar, sentindo como se tivesse acabado de entrar em uma terra de conto de fadas, pontilhada de castelos junto com edifícios modernos e árvores perenes cobertas de neve, cintilando na luz brilhante do sol. Era como se ela tivesse voltado no tempo. Para uma época de cavalaria e cavaleiros. Para uma época em que a vida era mais simples.
Logo, eles chegaram ao que parecia ser outro castelo, quando ela percebeu que era um hotel glamoroso feito para parecer um castelo.
"Chegamos", anunciou Lillian, e então colocou a mão sobre a de Ari, chamando sua atenção. “Suas coisas estarão no seu quarto de hotel, junto com seu vestido de casamento."
"Quando é o casamento?" Pareceu estranho perguntar, quando em circunstâncias normais, ela teria planejado todo o evento.
"Amanhã." Lillian a puxou para perto e deu-lhe beijos no ar em ambas as bochechas. “Te vejo pouco antes do casamento para te ajudar a se vestir."
Ari assentiu. “Obrigada... por tudo."
“Foi um prazer." Respondeu Lillian, e então sussurrou. “Vai dar tudo certo. Eu prometo. Apenas aproveite a jornada."
Ari sorriu. "Eu irei."
Então ela entrou, mas um cavalheiro a cumprimentou antes que ela chegasse à recepção. Ele gentilmente pegou seu cotovelo e a levou para longe do balcão, fora do alcance das orelhas alheias.
"Meu nome é Declan Bates..." Ele abaixou a voz. “Relações públicas da coroa."
Ela assentiu em compreensão.
Ele entregou a ela um cartão-chave. "Espero que não se importe, mas tomei a liberdade de te fazer o check-in no seu quarto."
"Obrigada."
Declan assentiu. “Os seguranças te levarão para o seu quarto. É um prazer te conhecer."
"Obrigada por me cumprimentar pessoalmente." Ela pensou por um momento e então perguntou, “Quando vou conhecer... ele?" Ela foi cuidadosa para não dizer o nome dele. A última coisa que ela precisava era que alguém ouvisse com quem ela iria se casar, e então tivesse que enfrentar um exército de paparazzi na próxima vez que saísse do quarto.
Declan sorriu, obviamente grato por sua discrição. "Amanhã."
Ela segurou seu cartão-chave, esperando que fosse o único. Embora este homem provavelmente fosse ok, ela não o conhecia e não queria correr nenhum risco.
Ari entrou no elevador e dois seguranças entraram com ela, ambos vestidos de ternos escuros e usando óculos escuros. Ela sentiu como se tivesse acabado de entrar em um filme estrelando a C.I.A., o F.B.I. ou a máfia. Ela não tinha certeza qual.