Capítulo 19
1222palavras
2023-11-21 00:19
"Você pode pegar outra caixa de copos médios?" Maria chamou Ted que ainda estava nos fundos.
"Claro, gatinha", gritou Ted em resposta.
Maria fechou os olhos exasperada, mas não disse nada. Ele vinha tentando irritá-la desde aquela noite em que correram para o hospital por causa de Madrina.
Maria sabia que tinha sido um erro propor algo para aquele homem. Ela nem mesmo sabia o que estava pensando.
Bem, ela sabia. Ela estava excitada como o inferno e queria uma parte daquele belo traseiro. É uma pena que sua atitude áspera viesse junto. Agora que ele sabia que ela o queria. Ted era implacável.
Ele tinha batido em seu traseiro, virado seu sutiã e Maria meio que esperava que ele puxasse seu rabo de cavalo. Ela desejava que ele não fosse tão encantador com sua atenção. Meio menino da escola, meio deus do sexo, era uma mistura inebriante que ela lutava para combater.
Ted não mencionou o fato de que ela pediu a ele para ensiná-la sobre paixão. Mas estava lá em seus olhos toda vez que olhava para ela. A necessidade e o desejo que residiam lá eram além do indecente e Ted não fazia nada para esconder.
Maria supôs que deveria ter visto isso chegando.
Dreck não tinha voltado à loja por semanas. Ela não sabia o que ele esperava, mas certamente não foi sua ex-mulher, em breve, parecendo melhor do que nos últimos anos. E pior, ela estava acompanhada por um homem que facilmente poderia ter interpretado o Capitão América nos filmes.
"Quem diabos é esse?"
Ted deu um passo protetor à frente, "E quem diabos é você?"
"Eu sou o proprietário, Idiota", Dreck tentou estufar o peito magro, "É melhor você prestar atenção em como fala comigo".
Maria ofegou, "Por que você está aqui, Dreck?"
Os olhos de Dreck se estreitaram, "Esse é o seu novo brinquedinho?"
A mão de Ted se fechou em um punho, "Se falar com ela assim de novo, você vai acabar no chão. Estou te dando um aviso justo".
Nobel saiu da sala dos fundos com Stacy a seus calcanhares.
"Como você pode pagar todos esses novos funcionários, Maria?" Dreck zombou, "Você está escondendo algo de mim?"
A boca de Maria se abriu e fechou duas vezes antes que ela conseguisse falar.
"Se você precisa de algo, Dreck, por favor fale. Se não, vou pedir que você saia."
Cor ruborizou as bochechas de Dreck, "Eu tenho todo o direito de estar aqui. É a minha maldita loja."
"Não, não é," Nobel cruzou os braços, os músculos tatuados flexionando perigosamente. "Você vendeu sua metade para mim. Disse que precisava do dinheiro para o seu 'hábito.'"
Maria piscou em confusão. "Que hábito? Do que você está falando? Dreck?"
"Isso era para ser confidencial," Dreck rugiu contra o homem maior.
Nobel encarou Dreck de perto, "Eu estava disposto a guardar o seu segredo enquanto você ficava longe. Mas você prejudicou Maria. Você não tem o direito de entrar aqui e desrespeitá-la."
"Eu quero minhas ações de volta!" Dreck exigiu duramente, "Eu tenho o dinheiro."
Nobel sorriu, mas nunca chegou aos olhos, "Desculpa, amigo. Mas eu já vendi para outra pessoa."
Maria estava girando a cada revelação. Ted havia se aproximado dela e pegou sua mão. Foi um movimento que Dreck não deixou escapar.
"Tire suas mãos de minha esposa!"
Maria explodiu, "Eu não sou sua maldita esposa. Eu não sou sua maldita parceira. Você não é nada para mim, e você vai embora, ou chamarei a polícia."
Ted deu de ombros, "Não precisa disso, eu posso jogar fora o lixo."
Ele caminhou até Dreck e desviou de um soco selvagem. Ted acertou-o uma vez em seu queixo frágil, e o pequeno homem foi ao chão com estrondo.
Levantando-o pela calça, ele praticamente o jogou porta afora.
Maria estava tremendo, suas mãos estavam cerradas e seus joelhos batiam um no outro.
"Está tudo bem," Ted murmurou enquanto passava um braço ao redor dela.
"Do que ele estava falando?" Maria tremia, "Como ele poderia vender metade da minha loja sem o meu conhecimento?"
Ted sabia que precisaria contar a ela toda a verdade, mas não seria do melhor interesse dela que isso acontecesse ali. Ele olhou para Nobel, que assentiu em concordância.
Maria podia ouvir Nobel pedindo à nova funcionária, Stacy, para atender o balcão enquanto ele terminava de arrumar o estoque que ela e Ted haviam deixado para trás. Não era um horário movimentado no The Grind, mas havia alguns clientes.
Suas bochechas queimavam só de pensar em se humilhar daquela maneira.
Ted gentilmente a conduziu até o sofá e sentou-se ao lado dela.
"Maria, você está bem?"
Os ombros dela estavam curvados, e ela parecia abatida de uma maneira que o incomodava. Maria era normalmente tão atrevida, sempre em cima dele por algo que ele havia feito. Ele não gostava de vê-la tentar se fechar em si mesma.
"Como ele vendeu a minha loja?" Maria perguntou, tremendo.
"Você examinou todos os papéis no acordo de divórcio?" Ted teve cuidado para não se aproximar demais.
Maria franziu a testa, "Acho que sim. Tinham muitos deles, e eu só assinei onde estava indicado.”
"Seu ex-marido babaca deve ter inserido a venda nos papéis. Você tem sorte de que Nobel estava lá."
Os olhos de Maria estavam cheios de lágrimas, "Mas Nobel disse que já a vendeu, e de onde ele conseguiria o dinheiro para algo assim?"
Ted deu uma respiração funda, "Nobel comprou metade da loja para um sócio silencioso. Ele era apenas o intermediário, Maria."
"Foi você, não foi?" Uma lágrima respingou em sua bochecha. “Por quê, Ted? Eu sei que você é advogado e administra um negócio para o Olive. Por que faria isso?"
A mandíbula de Ted se apertou, "Eu não estava prestes a deixar aquele imbecil tirar seu sustento, Maria. Ele tem alguns problemas reais, problemas sérios. Eu sei que você sabia sobre a traição. Mas eu queria proteger você de todo o resto."
O rosto dela empalideceu, “Me conte. Eu preciso saber."
Ted suspirou, esfregando o queixo.
"Me conte, Ted. Eu preciso saber!"
"Ele está em sérios problemas com uma operação de metanfetamina. Parte dos seus fundos da loja desapareceu, e eu só posso supor que foi para pagar as drogas. Ele está se metendo nisso agora, Maria, acho que você está em perigo aqui."
Maria sentiu um calafrio no corpo. Ela sabia o que era viver com pais usuários. Como ela não percebeu os sinais com Dreck? Eles estavam lá, escondidos?
Ted envolveu Maria com força em seus braços.
"Eu não vou deixar você lidar com isso sozinha. E não vou permitir que você perca sua cafeteria."
Ela fez um som de lamento, "Você não quer dizer nossa cafeteria? Você agora é dono da metade dela."
Ele balançou a cabeça, e ela trouxe seu olhar confuso e lacrimoso para os olhos gentis dele.
"Você é a única dona do The Grind. Eu sou advogado, Maria. Não foi difícil fazer isso."
"Como eu posso te reembolsar?" Ela engasgou.
Seu rosto se contorceu, “Eu não quero que você me reembolse!"
O tom de Ted estava quase duro, "Eu quero estar lá para você, Maria. Eu quero facilitar as coisas para você. Merda, eu só quero passar o tempo com você. Você não consegue ver isso?"
Maria engoliu em seco, "Eu estou começando a ver."