Capítulo 96
1114palavras
2023-11-18 02:40
NINA
Depois de verificar o meu filho na UTI, eu e Lupi fomos para minha casa, conversamos pelo caminho e contei para ela que o Juan comprou uma casa para nós, contei sobre o telefonema da Yolanda, tudo acho que ela só não teve uma síncope de tanto rir por que brigava com ela a cada quilômetro, Morris um dos seguranças do Juan não tirava os olhos da estrada, uma coisa que me deixou um pouco desconfortável,pois se estou correndo perigo eu quero saber.
Assim que o carro para na porta de casa vejo que Polina já estava aqui, entramos e Lupi me fala assim:
Lupita — Mafiosos russos tem mais cara de mal do que Mafiosos Mexicanos...
Juro que só não ri por que estava tensa.
Nina — Boa tarde a todos.
Falo e minha bisavó me olha e sorri, mamãe também e começa só a conversar olho para meu pai que tinha cara de poucos amigos.
Polina— Como já estão todos aí, quero muito ver o resultado logo, esperei por cinquenta anos e não quero esperar mais.
Ela fala abrindo o envelope e entregando uma das cópias lá a minha mãe a outra ela começou a ler, vejo mamãe levando a mão a boca e meu pai apenas a abraçando e dando um beijo em sua testa, as duas se abraçam e ali estava confirmado que mamãe era mesmo a filha de Zoya que foi roubada na maternidade depois do acidente que vitimou a sua mãe, pai e avô.
Um passado triste, que se não bastasse fez a mamãe sofrer tanto na vida, Polina vem de uma família muito rica, mamãe tem berço, tem dinheiro se comparado ao meu pai os dois tem uma renda de igual para igual, mas o tempo que vivemos só eu e minha mãe passamos por muita dificuldade, talvez se não fosse pelo sequestro não teríamos passado por tudo que passamos, mas também não teríamos tudo que temos hoje, meu pai, o amor entre eles, meus irmãos, minha vida, tudo foi por permissão da virgem de Guadalupe.
Depois de muito ali, comemorando por essa nova fase da minha mãe subi para meu quarto, estava preocupada por que desde que o Juan saiu do hospital transtornado ele não me ligou, ou atendeu a minha ligação, nada, absolutamente nada.
Se tem uma coisa que sei é que o meu coração está me dizendo que há algo errado e vou descobrir.
Vou até o banheiro e tomo um bom banho, já era mais de onze da noite e eu só queria saber onde ele estava e o que estava fazendo, poderia esperar ele aparecer, poderia, poderia largar de ser boba e não ir, poderia, mas não seria eu, algo me diz para ir.
Saio de casa e Morris está lá, na garagem conversando com alguém pelo telefone.
Morris — Não, devem estar todos dormindo, não a vi, sim a dona Lupita está aqui também, sim senhor boa noite.
Paro e olho para ele que leva um susto.
Morris — Virgem santíssima.
Sorrio com isso.
Nina — Era o Juan...
Pergunto ele tenta desconversar.
Morris — A senhora deveria estar dormindo.
Nina — Te fiz uma pergunta...
Morris— Sim era o senhor.
Nina — O que está acontecendo, que ele está tentando fazer com que eu fique de lado.
Ele tenta sair mais o paro.
Nina — Morris,me diga o que está acontecendo.
Ele me olha suspira e coça a cabeça.
Morris— Uma emboscada para Paniewisk senhora, ele sabe quem é a senhora, sabe quem são seus pais, o senhor só disse para não deixar a senhora sair, olha a mansão está toda cercada com ordens direta de seu pai para ninguém entrar ou sair.
Olho para ele e agora eu estou brava com o Juan como assim, eu quero estra lá nem que seja para chutar a bunda desse miserável que acabou com o futuro da minha mãe e a infância da minha cunhada.
Pego meu telefone e ligo para o Juan, que me atende quando achei que ele não atenderia mais.
Nina — Por que não me disse.
Escuto ele suspirar.
Juan — Por que eu te amo e não quero que nada aconteça com você meu anjo.
Nina — E se acontecer alguma coisa com você, acha que vou viver como.
Pergunto e ele suspira novamente.
Juan — É arriscado em todas as formas.
Nina — E se eu quiser aprender como tudo isso funciona, afinal sou bisneta de mafioso Russo, sou mãe de um filho de um mafioso Mexicano, meu pai era um traficante argentino tenho currículo.
Falo e escuto uma gargalhada dele que ascendeu um ponto de alerta em meu peito.
Juan — Eu te amo meu anjo, e não vou deixar uma realidade te levar de mim.
Nina — Juan, e se essa realidade te levar de mim o que eu faço sozinha.
Juan — Cria o nosso filho.
Ele fala e fico brava.
Nina — Juan Cochelo se atreva a morrer,ou a me deixar sozinha nesse mundo,eu te ressussito e te mato depois.
Falo e ele suspira pesado e escuro o Dante falar ao fundo.
Juan — Tenho que ir meu anjo, eu te amo mais que você possa imaginar.
Meu coração congela nesse momento.
Nina — Juan, por favor, não faz nada.
Mas a ligação cai e me desespero.
Nina — Me leva agora até onde ele está.
Viro para Morris com sangue nos olhos, nem ele ou meu pai vai me fazer ficar aqui esperando o amanhã chegar.
Morris — Senhora...
Nina — Agora Morris,me leve onde ele está.
Falo brava e furiosa.
Entro no carro e encontro alguns seguranças que não queriam me deixar passar, quando já estava quase saindo meu celular toca e vejo ser uma ligação do meu pai, atendo por que sei que ele não vai me deixar sair.
Nina — Pai, se o senhor não liberar a saída eu pulo desse penhasco e vou chutar a bunda do Juan.
Falo e ele suspira.
Vincent — É perigoso Nina, e você pode atrapalhar.
Nina — Vai me deixar sai ou abro a porta e pulo.
Ele suspira novamente.
Liz — Volta filha, deixa eles fazerem isso.
Começo a tremer quando ela fala isso.
Nina — Eu preciso mãe...
Os homens que estão na frente do carro saem dando passagem para nós.
Nina — Eu te amo mãe, cuida do papai.
Desligo o celular e o carro começa a sair com mais velocidade.
Morris— Senhora...
Ele fala e tiro da minha bolsa minha arma.
Nina — Você sabe onde estão apenas dirija para lá.
Vejo a cidade passar por nós e sei que estamos na parte baixa da cidade.