Juan estava sentado no sofá do quarto de hóspedes da casa da Lupita que não faço idéia de onde ela estava, ele me contou a história da sua vida, da morte da sua família, do quanto abusaram do irmão dele, do sequestro da irmã, de como ele sofreu e o que ele fez para me ver livre, de ter sido chantageado pelo Yolanda e se casado sem ao menos me dizer o por quê, mas o que me doeu foi quando soube que ele pegou meu óvulo e o fecundou, não era raiva eu estava em choque, decepcionada, triste.
Juan — Eu te amo Nina Macnamara mais do que você possa imaginar.
Essas palavras foram diretamente em meu coração que bateu sem compasso.
Juan — Te contei tudo, eu não tenho mais segredos com você,se quiser ir a porta está aberta.
Ele estende a chave na minha direção, eu vou até ele e pego para abrir a porta, saio batendo a porta atrás de mim,vou até o corredor e grito de dor, por saber que fui enganada e que agora eu tenho um filho lindo que precisa de mim.
Nina — Aaaaaaaaaa....
Doía saber disso, doía as coisas que ele me falou, doía saber que ele sofreu e se afundou em drogas e bebidas, doía saber que meu filho não saiu de mim e sim de uma piranha vagabunda, escrota, doeu saber que ele sempre me protegeu e nunca percebi.
Grito como se estivesse sozinha e era assim que me sentia, precisava jogar para fora tudo, toda a dor e gritar não estava me aliviando.
Me levanto do chão perto da escada e desço um degrau, depois outro minha vista estava embaçada com as lágrimas que rolavam.
Mas paro antes de chegar no final da escada e retorno com raiva para o quarto, abri a porta novamente e ele estava lá, com a cabeça entre as mãos.
Nina — Eu te odeio Juan Cochelo, odeio por você ter me abandonado, odeio por ter casado com outra, odeio por ter me levado ao fundo do poço, sabia que por sua causa me senti a menina mais horrorosa do mundo, que foi minha mãe que me ajudou a elevar minha autoestima, odeio por que foi por sua causa que fui embora, odeio por que todos esses anos eu olhava a sua foto de casamento com a Yolanda e imagina que poderia ser eu alí, odeio por que usou uma coisa minha sem minha autorização e fez uma criança maravilhosa, e principalmente eu te odeio, olha para mim seu covarde...
Falo e ele levanta a cabeça e seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar.
Nina — Eu te odeio por me amar.
Eu gritava feito louca eu queria que ele ouvisse tudo que eu tinha para falar.
Nina — Eu te odeio por que você me deixou ir.
Nina — Eu te odeio por que foi egoísta e não me deixou te ajudar, eu te odeio...
Falo chorando e gritando espero mesmo que ele saiba o quanto eu o odeio.
Nina — Mas mesmo assim eu me odeio, eu me odeio por que todos esses anos eu não te esqueci, eu procurei em outras bocas a sua e não achei, eu procurei em outros braços e não achei, eu tentei e tentei e não consegui deixar de te amar, eu te amo Juan Cochelo mais do que você possa imaginar.
Falo indo em sua direção e sentando em seu colo,nossas bocas se chocam e nos beijamos....
Juan — Eu te amo ...
Nina — Eu te amo...
Falamos juntos.
Ele me aperta como se fosse me quebrar, minha mão estava em sua nuca apertando a, eu queria que ele sentisse o que estava sentindo,eu queria que ele soubesse o quanto eu o amava.
Nina — Eu não te odeio,por que você foi doentio.
Juan — Eu te amo tanto e por isso fiz, não pensei que um dia ia ficar assim com você, me perdoa Nina,me perdoa.
Eu vi o Juan chorando uma única vez em minha vida e essa vez foi agora.
Faço como minha mãe sempre fez comigo, beijo cada pálpebra de seus olhos.
Nina — Temos muito tempo para isso.
Falo beijando sua boca, ele se levanta comigo no colo, me levando até a cama,nossas bocas não saiam um da outra,meu coração batia tão rápido e forte.
Quando minha costa encontra a maciez do colchão ele me olha.
Juan — Você é linda, sempre foi, até com aqueles óculos enormes que você usava para ler.
Sorrio e dou um tapa em seu ombro.
Nina — Ah vai a merda.
Ele sorri e eu também,mas ele para e me olha sério.
Juan — Se eu pudesse tinha tirado toda dor que você sentiu.
Nina — Não podemos mudar o passado Juan, ele já aconteceu e nos tornou o que somos hoje,mas podemos mudar o futuro.
Eu falo e ela me beija sua mão vai até minha coxa subindo até a corrente do meu vestido.
Juan — Eu vi essa corrente e pensei o tempo todo em arrancar elas.
Ele fala com a voz mais rouca que já ouvi fazendo meus cabelos arrepiarem, sua boca se separa da minha indo em direção a minha perna, ele levanta a perna e começa a beijar desde o tornozelo até a coxa me fazendo rir.
Juan — Esse salto te deixa sexy pra caralho.
A boca dele para nas correntes e ele brinca, um pouco e me tortura também, passa a língua nelas que encosta na minha pele me fazendo sentir o quanto sua boca estava quente.
De repente sinto as correntes serem arrancadas do meu vestido.
Nina — Ei, custou uma nota isso...
Juan — Te dou muitos mais, só para você usar comigo.
Nina — Hum, possessivo senhor Cochelo.
Juan — Só com quem amo.
Ele fala e sobe sua boca até a minha e nos beijamos, dessa vez nada de descontrolado, era calmo e com carinho, sua boca preenchia a minha, sua mão apenas me apertava na medida certa.
Mordo seu lábio e ele se afasta sorrindo.
Nina — Eu quero você Juan...
Falo ele sorri de ladinho com aquelas covinhas mais lindas que só ele tem.