Capítulo 71
1158palavras
2023-11-10 17:46
Enfermeira — Doutora os exames do paciente chegaram...
Uma das enfermeiras do hospital bate a porta e entra com todos os papéis.
Nina — Obrigada.
Abro os envelopes e começo a ler,Pela Virgem, Rafael tem as mesmas características que as minhas quando tive câncer.
Suspiro em frustração,por quê os céus deixam crianças sofrerem, a única coisa que me dá alívio é saber que ele ainda tem uma chance muito grande de cura.
Pego o telefone e ligo para a secretária,as vezes me esqueço que não estou no meu hospital e que Jenny não está aqui.
Nina — Oi,aqui é a doutora Macnamara,pede para organizarem a sala de cirurgia para amanhã às sete,faremos a cirurgia o paciente está correndo risco de morte se demorar.
Escuto ela falando que vai organizar e desligo,me levanto e vou até o quarto dele, não queria ver o Juan tão cedo mais aqui está a médica e não a mulher.
Bato na porta e escuto ele falando e entro.
Nina — Olá...
Olho que ele estava em uma cadeira sentado perto da cama,estava concentrado olhando o filho que dormia por causa de alguns remédios que demos a ele para realização dos exames.
Juan — Oi...
Ele fala e não me olha,continua virado olhando para o filho,meu coração aperta ao ver essa cena,queria ir lá e o abraçar,mas meu orgulho não deixa. Sim sou orgulhosa ao extremo quando se trata dele...
Nina — Como ele está.
Juan — Dormindo, acorda conversa um pouco,depois volta a dormir.
Nina — Sim, os efeitos dos remédios.
Vou até o Rafael, tiro meu estetoscópio do pescoço e ouço seus batimentos, que ainda estavam acelerados, pulsação, temperatura,tudo começava a ficar desregular.
Tiro o estetoscópio e olho para ele, Juan tinha o olhar perdido olhando para a parede.
Nina — A cirurgia foi marcada para amanhã às sete da manhã,o Rafael não pode esperar mais.
Falo e ele se levanta da cadeira.
Juan — Ok.
Nina — Senhor Cochelo,precisamos de doação sanguínea para ele, não temos sangue B- disponível no hospital,pedi para que trouxessem de outros hospitais mas até agora nada.
Falo ele coloca a mão nos olhos e suspira.
Juan — Vou dar um jeito.
Nina — Jeito senhor,como assim, sua esposa deve ser compatível com ele, não seria mais fácil trazer ela,fazer a coleta e pronto.
Falo sem entender o por que ele não quer trazer a Yolanda aqui,se ele pensa que tenho medo ou sei lá alguma coisa a respeito dela.
Nina — Olha, se for por minha causa que você não quer trazer ela aqui....
Mas não termino de falar e ele volta a olhar para mim,mas seu olhar na era de alegria ou tristeza.
Juan — Eu disse uma vez e vou repetir pela última, Yolanda não é necessário aqui e já me pergunte novamente.
Ele fala com raiva e só aí entendo que agora era o Don da máfia que estava falando comigo,mas não abaixo minha cabeça,vou até perto dele o encaro frente a frente,se ele acha que vou me curvar ou ficar com medo ele está enganado,olho dentro de seus olhos.
Nina — Você está negando ajuda ao seu filho,vamos precisar de várias bolsas de sangue,mas você se recusa a fazer o óbvio,que tipo de família vocês são que preferem ver o filho morrer a isso...
Falo e do nada ele pega em meu braço e me leva até a parede fazendo minhas costas doerem.
Juan — Você não sabe nada da minha vida, não venha me acusar.
Sinto uma leve pressão nas costas, não falamos alto apenas sussurramos com raiva.
Nina — Não me importo com a forma como vocês vivem,o que me importa é a vida do seu filho,foi para isso que estudei,salvar meu pequenos.
Falo olhando para seu rosto,sua respiração a poucos centímetros de minha boca,o cheiro amadeirado de seu perfume,sua boca ali.
Juan — Eu disse que sobre o sangue, que darei meu jeito.
Ele fala e seus olhos não saem de meus lábios,minha boca seca,minha garganta fica seca.
Nina — Então faça pois a cirurgia é amanhã de manhã.
Suas mãos estavam em meus braços os apertando contra a parede,sua respiração estava forte e o cheiro de chiclete de menta saia dele.
Quando dei por mim,eu o beijei...
No começo era um beijo lento que ficou devastador quando simplesmente deixamos o que nos prendia sair...
Minha mão foi de encontro a sua nuca e a mão dele circulou minha cintura,nossos lábios devoraram um ao outro.
Pensa Nina,com a cabeça não com o coração,paro o beijo e o empurro e acerto um tapa em sua cara.
Nina — Nunca mais faça isso...
Falo e saio do quarto,mas antes de sair escuto ele falando.
Juan — Mais foi você que me beijou... Olho para sua cara que estava com o sorriso mais largo do mundo... Filho da puta,sua mão foi até a boca e alisou s ia lábios vermelhos,meu batom estava lá.
Mostro a minha cara mais feia e saio, não bato a porta por que o Rafa estava dormindo e saio dali,vou até a minha sala e pego minhas coisas, preciso ir para casa,ficar no mesmo ambiente que o Juan está afetando meu juízo.
Saio do hospital e pego um táxi, não vou levar bar para o Jonathan,demora muito para ele chegar e quero sair daqui o quanto antes,no carro pego meu celular e quando ligo ele noto que estou parecendo uma louca com os lábios borrados e os cabelos desgrenhados,suspiro frustrada comigo mesma.
Nina — Burra,fraca...
Falo limpando a boca e passando a mão em meus cabelos.
Mas ainda sinto o cheiro e o gosto quanto de seus lábios no meu.
Nina — Ah,pela virgem não me deixes cair em tentação mãezinha..
Falo e o motorista deve me achar uma idiota.
Assim que o carro para na porta de casa,pago ele e entro.
Estranho pois o carro do Leny estava na porta.
Javier — Olha só quem temos aqui...
Meu irmão fala e sorrio indo em sua direção e dando um abraço apertado nele.
Nina — Que saudades...
Javier— O que você aprontou sua baixinha...
Ele fala e caio na gargalhada.
Nina — Eu sou mais velha que você...
Javier— Mais ainda é baixinha...
Saio de seu abraço e olho para ele.
Nina — Você anda tomando bomba,se tiver vou contar para o papai e você sabe o que vai acontecer...
Ele ri.
Javier— Não enche,isso é a genética Macnamara e os treinamentos de academia.
Olho para ele que levanta seu bíceps e demostra como está forte.
Javier— Mas agora me fala o que está acontecendo,que papai mandou trazer Laila escoltada e vi que tem uma mulher no seu quarto,e cara que gostosinha...
Ele fala e acerto um tapa nele.
Javier — Aí...o que eu falei de errado.
Nina — Não se aproxime dela, ela já sofri na vida e ainda está grávida,aí de você Javier.
Mas não termino de falar Leny aparece na sala com cara de preocupado.