Capítulo 39
1079palavras
2023-10-12 18:50
JUAN
Nina — E sua família,como ela é?....
Ela me pergunta com sua voz mais doce e suave.
...." Minha família".....
Eu penso.
Depois de passar pelo inferno de levar um tiro, ter pensado que ia morrer, cá estou eu, olhando para a menina mais linda e gentil que conheci na minha vida e sem saber o que dizer.
Juan — Posso te dizer, que ela nunca será como a sua Nina..
Falo ainda pensando.
Nina — Me fala um pouco, você tem irmãos.
Ela me pergunta e um sorriso de forma em meus lábios.
Juan — Sim, três, Ramón e Martín que são gêmeos e tem 16 anos e Yasmin com 6 anos uma florzinha nessa podridão.
Eu falo com remorso e ela que estava levando a colher na minha boca retorna e a coloca no prato.
Nina — Eu sinto muito Juan, acho que as pessoas no mundo não deveriam sofrer, meu pai sem ser o Vincent o que me fez,sumiu quando a minha mãe estava grávida ele voltou quando eu tinha sete anos no sequestro em que tive, eu ainda me lembro dele e do medo que eu sentia, ainda tenho aquela noite aqui na minha mente, eu estava lá naquela casa a dias, às vezes eu comia, outras não eu escutava minha mãe gritar e nunca disse isso a ninguém além da Lupi, eu sei que ele era um traficante dono de um cartel na Argentina, meu sangue só não tem mais mancha por que sou filha da Liz que é a melhor mãe do mundo,mas um dia eu peguei uns papéis que o Vince tem em casa e nele continha as informações do Gustavo, eu juro eu vomitei tudo que comi, ele era um asco de homem.
Ela fala e meu coração aperta levo minha mão até a sua e a seguro.
Juan — Meu pai, não é uma má pessoa Nina, ele tenta ser durão e tal mas foi a forma como ele foi criado, meu bisavô criou meu avô e assim sucessivamente, mas ser mafioso tem seus pontos.
Nina — Pontos ? .
Ela me olha confusa.
Juan — Não quero dizer que é legal,mas tem uns pontos positivos,olha Cancún com nossa administração vai me dizer que não era segura, agora que está essa merda, mas vamos voltar a dominar a área.
Falo e ela se levanta da cama.
Nina — Se um dia, você tiver uma opção você largaria essa vida e seria,sei lá um administrador de empresas por exemplo.
Ela me pergunta,como eu pergunto como,um pessoa tão linda e tão especial pode ser tão diferente de todos querem e conheço.
Juan — Não sei Nina, talvez...
Ela vai até a mesa de cabeceira e pega um remédio e me entrega eu bebo um gole de água e o engulo.
Nina — Você tem que avisar seus pais, por mais que seja mafioso ele deve estar preocupado com você pois já ligou inúmeras vezes.
Olho para o celular e tinha mesmo várias ligações e mensagens não atendidas.
Juan — Amanhã, agora vem se deitar.
Estendo minha mão e ela acha estranho.
Nina — Me deitar com você...
Juan — Sim, aqui do lado, não vou fazer nada, não acho justo você dormir nesse colchão no chão.
Nina — Não, eu sou muito estabanada,eu posso te machucar.
Ela fala sorrindo e ficando vermelha.
Juan — Se você não vier deitar aqui,eu vou me deitar no chão.
Ela arregala os olhos e com muita dificuldade pega na minha mão, eu a puxo para a cama fazendo ela se deitar do lado oposto ao meu tiro.
Nina — Se eu te machucar, você me chama por favor.
Juan — Ok...
Ela se deita e coloca a coberta, apesar da dor na barriga eu me viro e a puxo para perto de mim, ela sorri com minha atitude.
Nina — Eu vou te machucar...
Juan — Não vai..
Ficamos quietos um sentindo a respiração do outro e quando eu vi estava em um sono profundo.
Sou desperto por uma fresta de sol no meu rosto, a noite passou tão rápido e meu sono foi tão profundo que vi.
Nina — Bom dia...
Olho para o lado e ela já está de pé e com uma bandeja de café da manhã.
Juan —Bom dia meu anjo, mas por que de pé tão cedo.
Nina — Aula..
Ela fala revira do os olhos e eu acabou levantando minhas sobrancelhas em dúvidas ela é uma nerdzinha e agira revira os olhos para aula.
Nina — O quê, tenho que ir mesmo, hoje temos uma prova e não posso ficar,mas olha, por favor Juan não faça nada que possa te machucar, a Lupi vem na hora do almoço e te dá comida, o Dante vem no intervalo e vai te ajudar a tomar banho e fazer sua higienização,por favor olha para mim...
Ela fala, eu nem estava notando que quando ela falava eu só olhava para seu lindo rosto.
Juan — Estou olhando...
Nina — Não se levanta sem ajuda, não faz traquinagem e por favor eu coloquei ali naquele bilhete os horários e remédios que tem que tomar, eu vou estar em casa só a noite, por favor, você não foi até um hospital não fez exames mais detalhados, eu fico com medo que algo aconteça.
Ela fala e balanço a cabeça em afirmativo.
Juan — Pode confiar em mim.
Ela deixa a bandeja e entra no closet e depois sai com alguns cadernos e livros, acho graça disso.
Nina — Eu já vou, e por favor qualquer coisa me liga.
Juan — Pode ir tranquila,mas antes de ir vem aqui.
Eu falo e ela me olha, coloca os cadernos na mesa e vem até perto da cama, eu estico a minha mão e ela pega.
Juan — Me dê um beijo de bom dia,meu anjo.
Suas bochechas coram em um tom rosado e vermelho, ela abaixa sua cabeça e nossos lábios se encontram novamente, minha mão vai até sua nuca para intensificar ainda mais nosso beijo. Estou me viciando no seu gosto, assim que ficamos sem fôlego ela para com um selinho.
Juan — Agora sim, terei um bom dia.
Nina — Bom dia Juan...
Juan — Boa aula meu anjo.
Ela volta a pegar seus cadernos e sai, e eu fico aqui com a cara de bobo, será que estou me apaixonando por ela, eu não sei, só sei que nunca vivi uma experiência como essa.