NINA
O beijo estava tão bom, tão perfeito mas me assustei quando senti a mão do Juan em minha perna,sei lá o que aconteceu mas parei o beijo e meio que o empurrei...
Juan — Calma, eu não vou fazer nada que você não queira.
Ele fala e eu me levanto da cama com vergonha.
Nina — Me desculpa Juan,foi instintivo, agora eu vou arrumar alguma coisa para você comer... Falo toda atrapalhada eu sou uma burra mesmo, me praguejo quando saio do quarto e fecho a porta,eu me assustei quando ele encostou na minha perna.
Nina — Sou uma idiota mesmo ..
Falo indo para a cozinha arrumar alguma coisa para nós, olho a geladeira e decido fazer uma sopa, é leve e forte ao mesmo tempo é isso que ele precisa e eu também.
Lupita — Hum que cheiro bom... Lupi fala quando se aproxima da cozinha.
Nina — As batatas estão ali, pode picar por favor.
Lupita — Sim, aconteceu alguma coisa, ah o Dante está lá dentro com o Juan.
Nina — Ok, e não aconteceu nada.
Ela vem até a pia e começa a picar as batatas e eu estava picando outros vegetais e estava tão focada que nem a ouvia e olha que Lupi conversa.
Lupita — É sério Nina que você não vai me contar o que aconteceu,por que você tá aí fazendo caras e bocas e além de engraçada está assim.
Ela fala me imitando e eu jogo uma cenoura nela.
Nina — O Juan me beijou, na realidade eu beijei ele e depois ele me beijou...
Falo fazendo caretas e ela me olha e depois começa a rir.
Lupita — Me explica melhor isso Nina.
Nina — Ah Lupi, você deu uns pega no Dante ontem e tá aí...
Lupita — Ei, foi ele..
Nina — Eu, foi ele também,quer dizer foi eu primeiro depois ele..
Lupi me olha e começa a rir eu jogo uma cebola nela que me olha brava.
Lupita — tá bom eu parei, mas me conta foi bom,por que o do Dante foi perfeito.
Ela fala sonhando com o beijo.
Nina — Foi incrível Lupi e isso me assusta.
Lupita — Assusta ,por quê.
Nina — Eu gosto dele Lupi, e isso me assusta imagina se ele gostar de mim, e se um dia ficarmos juntos,imagina eu chegando em casa e falando assim " Vincent esse é meu namorado, Juan,ah ele é um Cochelo", Imagina a cara do meu pai,da minha mãe...
Ela começa a rir e eu juro só não joguei a panela nela, por que ia estragar a panela.
Nina — Para de rir Lupi, isso é sério, imagina eu apresentando os dois que já se conhecem e o pior eu estarei ao lado de um Cochelo.
Lupita — Tio Vince vai ter problema de coração...
Ela fala e começa a rir e só para quando o Dante chega na cozinha.
Dante — Boa noite, Nina...
Nina — Oi Dante, você foi lá ver ele.
Dante — Sim...
Nina — E ele está precisando de alguma coisa
Dante — Não, ele dormiu.
Nina — São os remédios, Juan é forte, saudável e isso conta para a recuperação dele, logo ele estará pronto para fazer o que sei lá ele costuma fazer...
Falo sem graça não era para ter saído assim mais saiu, viro as costas e ouço a Lupi rir,ela hoje está demais.
Nina — O quê foi Lupi...
Lupita — Nada, só ficou na minha cabeça,mais Dante vem ajudar a cortar os legumes a Nina vai preparar um sopa incrível e precisamos de uma mão forte como a sua.
Ela fala e eu que caio na gargalhada,olho para ela que fica com raiva e depois olho para o Dante que me olha sem entender nada.
Nós três trabalhamos na sopa e ao final estávamos comendo, fui até o quarto e como o Juan estava dormindo resolvi comer primeiro.
Dante — Nossa Nina isso é muito bom.
Lupita — Sim, a Nina aprendeu tudo com a Madalena,um às na cozinha e a tia Liz então nem se fale.
Nina — ela te ensinou também mas você nunca entendia..
Lupita — Isso é verdade,eu juro não tenho vocação para cozinhar.
Nina — Dante, uma vez a minha mãe estava ensinando nós duas a cozinhar era um molho branco, ninguém sabe como mais dona Lupi simplesmente colocou fogo na panela, o alarme de incêndio disparou e meu pai desesperado como sempre brotou lá em casa em menos de meia hora terrivelmente preocupado e com os bombeiros.
Falo e Dante cai na gargalhada, Lupi dá um tapa nele que finge doer a fazendo ficar preocupada.
Lupita — Oh, pela Virgem Nina, olha o que eu fiz, onde dói, te machuquei,me perdoa.
Olho para o Dante e com o olhar afiado de uma futura médica vejo que não foi nada.
Me levanto balançando a cabeça e vou até a cozinha e preparo a refeição do Juan, passo pela sala de jantar e eles estão lá se beijando.
Nina — Hã,hã, cuidado hein vocês dois, meu pai corta seu amiguinho em um piscar de olhos...
Falo e vejo um Dante sem graça uma Lupi vermelha,preciso ter uma conversa com ele a sós, Lupi é minha família também e assim como os meus não quero que nada aconteça com ela, ainda não conheço o Dante direito, não é que não confio,mas preciso de mais do que eles me contarem suas vidas, fazer o que se sou assim, preciso de coisas palpáveis e não vou falar nada se tiver a certeza que ele não vai machucar minha amiga.
Abro a porta do quarto e vejo que ele está acordado.
Nina — Oi, trouxe uma sopa para você.
Juan — Obrigada meu anjo.
Ele fala e meu coração palpita, coloco a bandeja perto de mim e tiro a tampa do prato, vejo sua boca salivar e começo a dar comida para ele.
Juan — Isso é muito gostoso, você tem mãos de fada meu anjo.
Nina — Obrigada, aprendi com minha mãe e a Madalena, nossa governanta que mais parece minha avó...
Juan — Você ama sua família né.
Ele me pergunta e eu sorri.
Nina — Sim, devo minha vida a eles, Vincent foi incrível ele me amou como sua filha de verdade,me deu casa ,comida, uma vida quando me salvou, nem falo da minha mãe ela é uma mulher que não cabe palavras para descrever, nunca deixou a tristeza abater, trabalhadora, guerreira e meus irmãos então são frutos do amor dos dois e assim como o amor da minha mãe e do meu pai eles são incríveis..
Falo sorrindo me lembrando de cada um.