Capítulo 32
1032palavras
2023-10-12 01:56
— Pela Virgem de Guadalupe,que bagunça.
Falo assim que chegamos no nosso apartamento, minha mãe ia mandar uma pessoas para arrumar mais não achei necessário, pelo visto me enganei, tudo está empoeirado.
Lupita — Ah Nina, tenha dó é só poeira de casa fechada a mais de um mês, mão na massa é só aspirar e passar um paninho e pronto.
Ela fala arrastando suas malas para dentro do apartamento,vou até meu quarto que está bastante empoeirado e abro a janela deixando o ar entrar, começo por ali mesmo, organizando minha mala e roupas,depois vou para cama tirando lençóis e tapetes, levo para a máquina separando as roupas e colocando para lavar e volto para terminar de organizar, Lupi está escutando música e aumenta o volume cantando músicas da Thalía.
Depois de uma tarde bem corrida conseguimos organizar o nosso apartamento do nosso jeitinho,o bom é o final o cheirinho de limpeza que fica,aprendi com minha mãe uma receita muito agradável de aromatizador de ambiente, Jasmim com algumas ervas e o cheiro é maravilhoso.
Lupita — Ufa, agora quero tomar um banho e me enterrar naquela cama.
Olho para ela incrédula.
Nina— Como assim, você se cansou.
Lupita — Ah tá, vai me dizer que não cansou.
Nina — Um pouco,mais ainda tenho energia para gastar,vou dar uma volta no parque e depois eu sossego.
Ela me olha com cara de espanto.
Lupita — Tenho raiva de você sabia.. Ela fala rindo e indo para o seu quarto.
Vou para o meu e coloco um tênis o horário está perfeito para uma caminhada, assim que saio do prédio olho para o céu não é mais bonito que o de Cancún mais dá para o gasto.
Mais sabe o que queria mesmo, era ver o Juan sei lá ele me explicasse por que não me ligou já que tínhamos trocado números, ai eu devia ter mandado uma mensagem para ele, ou não vai que ele me achasse uma oferecida sei lá.
Paro no meio do parque colocando a mão na minha testa.
Nina — AFF, eu juro que sou uma idiota, não faço idéia do que fazer.
Enquanto eu falava sozinha levo o maior susto da minha vida quando sinto uma mão encostar no meu ombro.
Leny — Olá...
Olho assustada para ele,que fica vermelho.
Leny — Desculpa te assustei.
Nina — Leny, pela Virgem, agora sei que do coração eu não morro...
Eu falo e ele ri, Leny é até bonitinho quando sorri,mais meu coração só pensa em outra pessoa.
Leny — Desculpa,mesmo, eu te vi andando de um lado para o outro falando sozinha e gesticulando tanto que pensei que tivesse algum problema.
Ele fala e acabo ficando vermelha de vergonha,imagino como eu estava pensando e falando.
Nina — Desculpa, estava pensando em tantas coisas que nem reparei que estava parecendo uma doida.
Leny — Doida não, mais estava engraçado, você fazia tantas caras e bocas e virava as mãos...
Ele me imita e dou um tapa em seu braço.
Nina — Tá bom, não precisa me zoar entendi.
Caímos na gargalhada.
Leny — Como foi as férias....
Nina — Foi ótima, casa, família, filmes, séries e a sua.
Leny — Ah, trabalho, trabalho e mais trabalho.
Olho para ele e noto que só redor de seu olho esquerdo ainda tem uma auréola roxa.
Ele nota para onde estou olhando e diz.
Leny — Isso não é nada, um idiota mimado que não sabe o que quer da vida, pensa de mais e acerta de menos.....
Ele fala e penso ser um irmã,Leny não me disse tudo da família dele.
Nina — Leny, você não me deve explicações...
Leny — Eu sei, só não quero que pense que saio brigando com qualquer um, só tive um desentendimento com uma pessoa que se acha o dono da verdade só isso..
Ele fala e o observo, Leny parece uma pessoa centrada,essa briga para ele deve ter sido bem séria mesmo.
Leny — Você quer tomar uma água de côco...
Eu sorrio e aceito estava mesmo com sede.
Nina — Eu aceito.
Fomos até um food truck que tem aqui na praça e pedimos.
Andamos e tomamos nossa água.
Nina — Ansioso para começar as aulas...
Pergunto e ele começa a rir.
Leny — Nem um pouco....
Eu engasgo com a água.
Nina — Não?....
Leny — Não.... Eu não gosto de estudos e trabalhos assim como você..
Ele fala e eu acabo rindo.
Nina — Sim, sou uma nerd...
Falo e ele para no meio do caminho.
Leny — Nerd não, acho você focada em um caminho bonito,ser oncologista e tratar crianças com câncer é uma coisa muito nobre Nina, eu não tenho que administrar uma empresa que já vem para mim, mesmo se eu não quiser eu tenho que ficar com ela.
Ele fala e posso sentir um pouco de desgosto na voz dele.
Nina — Sabe Leny, na vida somos feito de escolhas, você escolhe o que fazer, não deixe os outros escolherem por você seu futuro.
Ele me olha sério e depois começa a andar passando na minha frente.
Leny — Minha família é complicada Nina,mas vamos vou te deixar em casa.
Andamos dessa vez em silêncio,e fiquei com um pouco de dó dele, acho que nem todos tem uma vida como a minha, mãe e pai que se amam e uma família bem equilibrada.
Leny — Bom chegamos, fique bem Nina.
Ele fala assim que paramos na porta do meu prédio.
Nina — Obrigada Leny..
Leny — Fique bem Nina..
Ele sai e eu subo, Lupi acho que está no quinto sono,vou até meu quarto e tomo um banho e me deito, estava sem fome e dormi rápido.
Sabe se lá que horas a campainha do meu apartamento toca incansavelmente, eu acordo assutada e ainda meio dormindo saio do quarto.
Lupita — Pela Virgem Nina, quem será a essa hora.
Nina — Não sei Lupi...
Falamos as duas indo em direção a cozinha.
Nina— Quem é...
Dante — Nina, sou eu Dante,preciso da sua ajuda o mais rápido...
Ele fala e estranho.
Lupita — Quem é...
Nina— Dante...
Olho para o relógio na parede e são duas da manhã.