Capítulo 66
1228palavras
2023-11-14 00:01
Ponto de vista da Madrina
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"Você quer me ajudar? Então, faça o que eu digo e vá embora, ok?" Ele sibilou, e eu fiquei em silêncio com suas palavras frias. "E nunca mais faça algo desse tipo." Ele terminou, aproximando o rosto do meu, quando lhe lancei um último olhar antes de me virar e começar a sair. Assim que abri a porta, uma mão a fechou por trás, porém não me virei para encarar o vampiro. "Me desculpe, será que nós não poderíamos..." "Não, sinto muito por me importar. Não pensei que isso te incomodaria tanto." Virei-me bruscamente, e ele soltou um suspiro, apoiando o braço na porta, no topo da minha cabeça, depois inclinando-se para mais perto enquanto eu recuava.
"Não é que eu não queira que você se preocupe comigo, ok? Fico feliz que se importe comigo, mas você precisa parar de agir sem pensar, porque está fazendo uma m*erda atrás da outra." Inclinei a cabeça ao ouvir suas últimas palavras, e percebi que ele estava segurando um sorriso malicioso, o que me irritou. "Boa escolha de palavras." "Sempre dou o meu melhor, cara de boneca." "Tenho certeza que sim." Fiz uma careta, e ele simplesmente deu de ombros, antes de recuar. "Agora desça, que irei logo atrás de você. Ainda temos que comer." Ele deixou escapar um gemido de dor enquanto se endireitava, e acabei ficando com pena dele. Nunca o vira com tanta dor antes. Por isso, decidi ouvi-lo e deixá-lo sozinho por ora, e abri um sorrisinho antes de sair do quarto, não muito feliz por ele ter se recusado a me deixar ajudá-lo, porém não poderia forçá-lo a beber o meu sangue. Era uma escolha dele.
Depois de enrolar alguns minutos andando pelo meu quarto, finalmente desci, e alguns mordomos me cumprimentaram quando entrei na sala de jantar. Todos já estavam reunidos à mesa, incluindo Derek, então me sentei no lugar habitual. "Como eu estava dizendo, precisamos sair ainda esta noite para encontrá-lo, porque não podemos deixá-lo com algo tão poderoso nas mãos. Caso contrário, ele voltará para matar todos nós." Troye deu sua opinião, e parei o que estava fazendo para encará-lo. "Isso é verdade, se não o encontrarmos agora, nunca conseguiremos recuperar a adaga." "Eles estão em vantagem agora, Derek." "Tudo bem, partiremos em uma hora." O líder dos Alexandre finalmente concordou, e meu queixo caiu com suas palavras.
"Espere, você ainda está ferido, então como vai sair?" Eu o questionei, quase pulando da cadeira, mas consegui me conter. "Ele está bem agora e vai se curar com o tempo. Não temos tempo para esperar nem podemos ficar parados enquanto os Amani estiverem com a adaga de prata que pode nos matar. Você viu o que aconteceu com o Derek, Madrina." Nick me lançou um olhar duro, e eu balancei a cabeça, hesitante, fitando Derek, que ficou em silêncio, encarando-me com um olhar vazio. "Como eu disse, partiremos em uma hora." Ele continuou com o plano, e eu senti a raiva fervendo dentro de mim enquanto tentava me acalmar. 'Por que ele não pode simplesmente me ouvir uma vez na vida? Ele poderia muito bem descansar um dia, antes de sair procurando o Termis. Não se passaram nem 24 horas que ele foi esfaqueado, e o ferimento não está melhorando, então por que se arriscar?' "Peço licença." Murmurei, levantando-me e saindo da sala, ignorando Derek que começou a me chamar pelo nome.
Enfiei um travesseiro no rosto e suspirei exasperada, absorvendo toda a situação. 'Não sei por que estou tão assustada, mas acho que só estou com medo de que ele morra. Acho que qualquer pessoa na minha posição estaria assim, certo?' "Ei, você está acordada?" Derek me abordou, abrindo a porta do quarto e me deixando irritada. "Me deixe em paz." Respondi amargamente, lembrando de tudo que ele me dissera horas antes, e o ouvi suspirar enquanto jogava o travesseiro para o lado para mirá-lo. Ele já estava com uma camiseta preta de mangas compridas e uma calça jeans escura, e fiquei um pouco decepcionada ao perceber que ele parecia pronto para sair. "Então você vai mesmo sair?" Ele sentou ao meu lado na cama e assentiu. "Só estou fazendo isso porque preciso." Ele respondeu com um suspiro, e eu me virei em silêncio. "Pode ir, então." Murmurei, deitando-me na cama, e engasguei quando ele se ergueu sobre mim, pressionando as mãos em cada lado do meu pescoço.
"Não!" Ele respondeu, e eu levantei uma sobrancelha, tentando ignorar as fortes batidas do meu coração. "Você vai beber o meu sangue, então?" "Não..." "Derek, beba o meu sangue de uma vez. Você teria feito isso antes sem nem hesitar, então por que está se negando agora?" Falei com impaciência, e o vi estremecer um pouco, até aproximar o rosto do meu. "Já disse que não." Ele sussurrou, apoiando o antebraço na cama, e tocando a minha bochecha com a outra mão. "Mas eu não diria não a um beijo." Ele passou o polegar nos meus lábios, e meus olhos se arregalaram enquanto eu tentava fazer algum comentário espirituoso, porém, infelizmente, nada me veio à mente.
"Vou deixar você me beijar se ficar na mansão esta noite." Decidi finalmente, e um gemido suave escapou dos seus lábios antes que ele começasse a se levantar. No entanto, envolvi as pernas em volta do seu torso e o puxei de volta enquanto ele me olhava surpreso. "Tem certeza de que não quer?" Pisquei inocente, e sei que estava jogando baixo, mas se isso o fizesse ficar, e possivelmente salvasse a sua vida naquela noite, então sim, teria prazer em jogar sujo. "Sim." Sua voz saiu um pouco mais alta que um sussurro, então fiz o meu melhor beicinho, encolhendo os ombros. "Tudo bem, então."
Comecei a afastá-lo, mas ele nem se mexeu. Em vez disso, o vampiro encarou os meus olhos, antes de mirar os meus lábios, e no próximo segundo, seus lábios estavam perfeitamente colados nos meus. Passei um braço em volta do seu pescoço ao senti-lo segurando o meu rosto com as duas mãos, saboreando cada momento enquanto o beijo passava de apaixonado para mais áspero. Contive um gemido quando ele puxou o meu lábio inferior, e o ouvi reclamar de dor antes de se afastar, minha respiração saiu em um curto suspiro quando ele fez isso. "Está doendo muito, mas ao mesmo tempo está tão bom que não consigo parar."
Eu ia pedir-lhe para descansar, porém ele conectou os lábios aos meus de novo, ainda mais exigente. Sua língua roçou o meu lábio, mas eu não lhe dei entrada, ganhando um grunhido como resposta quando ele se afastou e se moveu em direção ao meu queixo, enchendo-o de beijos molhados. Reprimi um gemido, e ele finalmente chegou ao meu pescoço, e começou a puxar e mordiscar o meu ponto fraco de forma sedutora, deixando o meu estômago alvoroçado. Antes que eu percebesse, ele começou a lamber todo o meu pescoço, dando-me arrepios por todo o corpo, então o agarrei com força quando ele sussurrou as palavras que aceleraram o meu pulso dez vezes mais. "Posso?" Ele suspirou no meu ouvido e mordeu o meu lóbulo antes de voltar para o meu pescoço, e algo afiado de repente roçou a minha pele, fazendo-me engolir em seco antes de ficar em silêncio por alguns segundos.
"Sim."