Capítulo 59
833palavras
2023-11-07 00:01
Ponto de vista da Madrina
Vi Anthony jogar o cabelo loiro para o lado e se sentar direito após uma mulher sair do seu colo satisfeita, e segurei a vontade de vomitar.
"Quer se juntar a nós?" Ele abriu os braços, e eu continuei andando em direção à porta, até Anthony e Santiago aparecerem na minha frente, fazendo-me ofegar e lançar-lhes um olhar furioso.
"Saiam da frente!" Passei por eles e abri a porta para sair. "E não me sigam!" Acrescentei, então ouvi os caras gemendo e o som de passos pesados atrás de mim, por isso acelerei o passo, mesmo sabendo que não adiantaria nada.
"Sério, amor, você não pode simplesmente sair assim." Morin passou um braço em volta dos meus ombros e me parou. "Agora vamos voltar pra dentro."
"Você pode tirar as mãos de cima de mim?!" Bufei, empurrando-o para o lado. Em seguida, virei-me para encarar Troye, Morin, Anthony e Santiago, que pararam repentinamente.
"Quando você vai parar com esse mau comportamento? Além disso, aonde você iria no meio da noite?" Morin mexeu no cabelo e limpou o sangue da boca. "Você sabe que o Derek vai nos matar se alguma coisa acontecer com você, não sabe?"
"Pois acho que isso é um problema de "vocês"." Enfatizei, enquanto via o resto dos vampiros sair correndo da mansão, e bufei, irritada. "Deus, vocês não podem me dar uma folga? Só vou ver os meus pais!" Baixei um pouco a voz, já que todos estavam ali.
"Madrina, estamos no meio de algo... Será que você não poderia parar com isso e voltar para a mansão?" Olhei feio para Sherlock, que estava abotoando a camisa, e nem mesmo se preocupara em ajeitar o cabelo.
"Não, e juro que se algum de vocês me tocar, falarei pro Derek que tentaram me machucar!" Não sei de onde surgiu essa ameaça, mas de alguma forma ela pareceu bastante eficaz para Nick, pois o vampiro deu um passo para trás e afastou as mãos na mesma hora.
"Sério que você vai apelar pra isso?” Santiago deu um passo à frente, levantando uma sobrancelha, e antes que eles pudessem dizer mais alguma coisa, eu me virei e comecei a sair da mansão, ignorando os meninos, que continuaram me chamando.
Um carro parou bem na minha frente assim que saí pelo portão, e dei um passo para trás, semicerrando os olhos quando alguém baixou a janela, era Derek.
"Ah, que fofinho! Vocês andam de carro mesmo tendo supervelocidade?" Murmurei baixinho enquanto os irmãos de Derek se amontoavam ao meu redor, e revirei os olhos ao ver metade deles me encarando aborrecidos.
"O que está acontecendo?" Derek perguntou, confuso, e eu cruzei os braços sobre o peito, dando-lhe as costas. Honestamente, só de vê-lo eu já ficara irritada. 'Não sei bem por que, mas estou muito incomodada desde que ele me chamou de "Helena". Essa menina é amante dele ou o quê? Como ele teve coragem de me chamar pelo nome de outra garota no meio de uma conversa séria e...'
"Ela está aprontando de novo! Deve estar de mau humor por alguma coisa." Nick falou com veneno, deixando-me aborrecida. Naquele momento, senti Derek me fuzilando com os olhos, mas nem olhei para ele. Em vez disso, falei a primeira e mais ridícula coisa que me veio à mente.
"O Nick aqui tentou ficar comigo." Eu disse sem rodeios, e durante os próximos segundos, o silêncio tomou conta do ambiente antes de Derek explodir.
"Que p*rra você fez?!"
"Derek, ela está mentindo! Sério, Madrina, você vai jogar sujo agora?" Nick se defendeu, e não posso negar que sorri um pouco por dentro antes de a culpa me atingir. 'Ok, talvez eu tenha ido longe demais.' Demorou alguns segundos para os meninos acalmarem Derek e realmente convencê-lo de que eu estava mentindo, e eu me arrependi um pouco daquele movimento mesquinho.
"Não tenho tempo pra isso, Madrina! Entre no carro." Derek ordenou enquanto segurava o volante, porém desviei o olhar novamente, apertando ainda mais os braços sobre o peito. "Madrina Raener, entre na p*rra do carro!" Ele de repente gritou, fazendo-me pular no lugar até encará-lo.
"Pois venha me obrigar, Derek Brunswick!" Tentei conter a raiva, mas não consegui, tudo nele me irritava naquele momento.
"Com prazer!" Eu o ouvi murmurar assim que comecei a me afastar, ignorando o som da porta do carro batendo.
"Entre!" Ele agarrou o meu pulso, porém o afastei. "Madrina..."
"Da última vez que nos falamos, o meu nome não era Madrina!" Ele se encolheu um pouco com as minhas palavras. "Agora, se você me der licença..."
"É por isso que você está brava?"
"Não. Só estou brava porque você fica irritado por nada e me dá ordens 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isso uma hora com certeza fica cansativo." Recuperei a compostura, tentando manter a mentira que estava contando a mim mesma. Foi quando ele soltou um leve suspiro, e o músculo da sua mandíbula tremeluziu antes da sua expressão suavizar.