Ponto de vista da Madrina
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"Então você não terá nenhum problema se eu sair assim..." Afirmei com rispidez, porém ainda conseguindo forçar um sorriso.
"Claro que não!" Ele murmurou, soltando-me e saindo do caminho para eu sair do quarto. "Mas não se arrependa de nada depois desta noite. Todos eles ficarão bêbados, então não espere que a deixem ir embora tão facilmente." Ele me avisou, fazendo-me parar para absorver suas palavras antes de virar a cabeça para fitá-lo. "E não espere que eu salve a sua linda bunda também!" Ele terminou com um olhar presunçoso, que eu paguei na mesma moeda.
"Eu nunca pedi para você me salvar de ninguém. Na verdade, preciso de alguém para me salvar de você, Derek. A sua existência me enoja!" Fiz uma cara feia antes de sair do quarto, deixando-o com uma expressão indecifrável no rosto, como se a realidade dos fatos finalmente o tivesse atingido. Bem, já era hora.
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x-x
A música explodiu no salão, e os meninos começaram a dançar junto com algumas garotas desconhecidas. Todos riam curtindo a festa, inclusive eu, é claro. E de vez em quando, eu verificava a situação dos meninos, certificando-me de que eles estavam bebendo o suficiente. Afinal, eu precisava que todos ficassem fora de órbita, inclusive Derek, pois era a única maneira de entrar furtivamente no quarto dele.
"Vampiros ficam bêbados?" Perguntei a Alice, que deu uma risada curta antes de assentir, já com os movimentos um pouco alterados.
"Eles tomam um vinho especial, querida! Deve ter verbena ou alguma m*rda desse tipo misturada, não sei!" Ela riu antes de caminhar até Santiago e se esfregar de costas nele, fazendo-me encolher de nojo.
"Vamos acabar logo com isso!" Resmunguei, passando por Morin, que já estava bêbado, e indo até Sherlock, que dançava com duas garotas ao mesmo tempo.
"Ow, ow, que delícia." Ele cantarolou, olhando-me da cabeça aos pés, e eu dei um sorrisinho antes de fazer sinal para as meninas saírem do caminho. As duas me olharam com desagrado, e eu levantei uma sobrancelha, revirando os olhos enquanto passava os braços em volta de Sherlock, que me encarou com surpresa.
"Onde está o Derek?" Movi os quadris e o corpo junto com o dele enquanto ele passava um braço em volta da minha cintura, tentando me puxar para mais perto, mas me mantive no mesmo lugar.
"Por quê? Está sentindo falta do seu brinquedinho?" Ele sorriu, puxando-me para mais perto, e eu franzi a testa diante da acusação.
"Tenho certeza de que é o contrário, Sherlock." Eu o corrigi com um pouco de sarcasmo, e ele riu sombriamente antes de balançar a cabeça com pena.
"Como se você não soubesse que ele está nas suas mãos já há algum tempo." Seus olhos castanhos encararam os meus, e eu revirei os olhos mentalmente com suas palavras.
"Desculpe quebrar a ilusão da sua pequena bolha, Sherlock, mas o Derek não é alguém que se possa..."
"Desculpe, mas vou levá-la por um minuto." Anthony me interrompeu, colocando-se entre nós, então ouvi Sherlock murmurando algumas palavras pitorescas para si mesmo antes de ir embora.
"Você está tão gostosa, gatinha." Ele me elogiou, pegando os meus quadris com firmeza, e puxando-me para mais perto.
"Ah, sim, claro! Você pode me dizer onde o Derek está?" Eu o questionei, perscrutando o salão, até ver Santiago olhando para todos os lados. 'Quem ele está procurando agora?'
"Me diga..." Exigi dessa vez, passando um braço em volta do pescoço de Anthony, tentando ao máximo me esconder de Santiago, pois era óbvio que ele aparecera para me "salvar".
"Eu não sei, querida! Deve estar t*ansando, quem se importa? Vamos aproveitar a noite, só você e eu." Sua voz ficou toda sedutora, e eu me assustei quando ele inclinou o rosto mais perto para encarar os meus olhos.
"Pare com isso antes que eu vomite, Anthony, eu não poderia me importar menos com você! Só quero saber onde o Derek está." Fiz uma careta para ele, que começou a rir, antes de ficar mais sério.
"Sabe, já faz um bom tempo que percebi isso, Madrina... mas você realmente mudou." Ele se inclinou para sussurrar no meu ouvido, seus lábios roçando levemente os lóbulos das minhas orelhas.
"Sério? Não brinca, Einstein. Pessoas mudam." Comecei a ficar impaciente, então puxei bruscamente a parte de trás do seu cabelo loiro, fazendo-o sibilar de dor.
"É verdade, mas nós dois sabemos que não é esse o caso aqui. O que ele lhe ofereceu?" Ele me questionou, puxando-me pela cintura para mover o corpo junto com o meu. "Ou será que a pergunta é: o que ele fez com você?" Ele se corrigiu, afastando-se um pouco, e eu estremeci com suas palavras antes de desviar o olhar, tentando disfarçar e dar a entender que ele não sabia de nada.
"Você está enganado, Anthony. Não quero nada de ninguém..."
"Eu sei que você está mentindo." Ele me interrompeu, e eu estava prestes a dizer algo quando alguém agarrou a minha mão e me girou, era Santiago.
"Vou deixá-la com você!" Anthony sabia que não deveria discutir com o outro vampiro, por isso foi embora, e eu gemi de aborrecimento ao encarar Santiago.
"Qual é o seu problema? Por que continua me seguindo?!" Gritei, enquanto ele me examinava da cabeça aos pés e mirava o meu olhar intenso.
"Por que você está fazendo isso, Madrina?" A voz suave me fez sentir um pouco mal, mas eu sabia que era melhor não me afetar.
"Porque é isso que eu quero?!" Joguei as mãos para o alto, e ele me olhou preocupado.
"Eles vão se alimentar de você se você ficar aqui, então, por favor, venha comigo para conversarmos. Sei que você está brava e com raiva, mas acredito que posso resolver o seu problema ou, pelo menos, melhorar a situação..."
"Já terminou?" Ele ficou em silêncio por um tempo após a interrupção, até pegar a minha mão.
"Por favor, venha comigo... Podemos..."
"Só se você tomar alguns drinks comigo. Se não, vá se f*der, porque não estou de bom humor agora! Preciso fazer uma coisa ou..." Parei de divagar ao perceber que havia falado demais, e fiquei tensa quando o senti apertando de leve as minhas mãos.
"Ou o quê? O que você tem que fazer hoje à noite?" Ele me questionou com os olhos semicerrados, e eu continuei o meu teatrinho.
"Santiago, me deixe em paz, ok? Só quero esquecer de tudo, só isso. E você não está me ajudando agora!" Decidi jogar a carta da compaixão, e Santiago sendo Santiago, caiu na minha armadilha na mesma hora.
"Como posso te ajudar?" Ele perguntou, enquanto eu reprimia um sorriso e pegava a sua mão para levá-lo até um sofá.
"Não se mexa!" Olhei ao redor do salão e fiz sinal para um mordomo, que correu na nossa direção com uma bandeja cheia de vinho e cerveja. Foi quando peguei uma garrafa e sentei no colo do vampiro, pegando-o totalmente de surpresa.
"O que você está fazendo?!"
"Você prometeu me ajudar, Santiago. Então, vai manter a palavra ou não?" Eu o questionei, olhando para as várias bolas de discoteca, antes de voltar a mirá-lo, e o encontrei com um olhar de desculpas. 'Deus, esse cara é muito irritante! Só preciso que ele e Derek fiquem bêbados o suficiente para eu conseguir aquela p*rra de caixa idiota, por que ele está sendo tão persistente?'
"Vamos lá!! Podemos continuar de onde paramos esta noite..." Cada vez mais desesperada, decidi seduzi-lo. Por isso, passei o dedo por sua mandíbula, deixando-o tenso ao meu toque.
"Não posso..."
"Por favor, por mim?" Fiz meus olhos de cachorrinho, e observei sua expressão suavizando até ele ceder.
"Tudo bem, mas só um pouco." Ele disse antes de pegar a garrafa e tomar alguns goles, fazendo uma careta de descontentamento.
"Só isso?" Eu o questionei com uma carranca quando ele me entregou a garrafa.
"É muito forte! Talvez outra noite." Ele tentou me convencer a parar, mas revirei os olhos e tomei um gole da tequila.