Capítulo 34
1344palavras
2023-10-13 17:32
Ponto de vista da Madrina
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"O que aconteceu?" "Você não está se sentindo bem?" "Ela está apenas sendo dramática, ignore-a." "Não sejam muito duros com ela, o Derek falou para gente cuidar dela até que ele voltasse, seus i*iotas."
"Não estamos sendo rudes, só estamos ficando cansados ​​da teimosia dela." Todos começaram a falar ao mesmo tempo, e eu apenas os mirei com uma cara feia, agarrando o meu longo suéter cinza. Eu já estava mais irritada do que deveria.
"Não quero ficar aqui, é simples assim! Odeio esse lugar, e não quero viver com um bando de monstros sugadores de sangue!" Gritei, com a voz falhando aqui e ali, mas decidi falar o que estava engasgado de qualquer maneira.
"Então, por favor, estou implorando! Me deixem ir embora, só preciso da ajuda de um de vocês!" Levantei a voz, e os meninos ficaram em silêncio por alguns segundos antes de Felipe soltar uma risada. "Acho um pouco irônico você estar pedindo a ajuda dos "monstros sugadores de sangue". Por que não escapa sozinha, gatinha?" Ele me provocou, e eu comprimi os lábios em uma linha fina.
"Porque vocês nunca me deixam sair, e você sabe disso. Então não sei por que está falando isso e..." Comecei a gaguejar, então parei de falar, e logo os vi sorrindo, por estarem se divertindo com a minha reação. "Que fofa!" "Ela está tremendo, que linda!" "Posso pelo menos prová-la esta noite?" Eles começaram a me provocar e brincar, fazendo o meu sangue ferver, mas consegui me controlar.
Afinal, só conseguiria sair dali pedindo ajuda. "Já foi o suficiente!" Santiago disse com a voz séria e se levantou, arrastando a cadeira com um ruído alto. Em seguida, ele se aproximou de mim e agarrou a minha mão, levando-me para fora da sala. "Espere, não! Não preciso que você me salve, Santiago, posso cuidar de mim mesma!" Reclamei, afastando a mão, e ele se virou franzindo as sobrancelhas em desgosto.
"Está claro que não pode." Ele enfatizou, e eu estava prestes a dizer algo quando senti outra pontada no pescoço e estremeci, apertando o local da mordida com força. Por que ainda estava doendo tanto? E quanto tempo eu ainda ficaria sofrendo? Até que se cure do nada? "O que foi?" Santiago me perguntou, enquanto abraçava os meus ombros com segurança, e fiquei em silêncio até uma ideia surgir na minha mente.
"O Derek se alimentou de mim esta noite." Falei a verdade, e observei seus olhos se arregalarem antes de serem preenchidos por uma emoção familiar, que me fez estremecer. "E está doendo tanto..." Murmurei impotente, afastando o cabelo para mostrar o curativo. "De... de verdade?" Santiago gaguejou um pouco, tocando as minhas clavículas e se aproximando para dar uma olhada, ainda com a boca ligeiramente aberta em descrença. "Está doendo, Santiago. Faça parar." Comecei a ficar desesperada, então ele se inclinou para trás para encarar os meus olhos.
"Como posso te ajudar?" Ele perguntou com delicadeza, um pouco pálido, e eu mordi o lábio inferior diante da sua expressão um tanto decepcionada e magoada. 'Será que ele sente algo por mim? Não, de jeito nenhum! Ele já falou que não, então não tem como.' "O seu sangue vai me curar, certo?" Perguntei finalmente, e o observei semicerrar os olhos antes de assentir hesitante. "Então me dê um pouco." Comprimi os lábios, mas ele negou com a cabeça, fazendo o meu coração acelerar.
"Sinto muito, amor, mas não tenho permissão para fazer isso. Só o Derek tem permissão para lhe dar sangue, e, inclusive, somente o sangue dele." Eu o encarei por um bom tempo, desapontada, até suspirar de frustração. "Vocês são todos iguais. E eu aqui achando que você era diferente." Retruquei com a voz cheia de veneno, então o vi recuando um pouco, antes de balançar a cabeça e dar um passo à frente para tentar se defender, mas eu logo me afastei.
"Não se preocupe! Vocês são todos monstros aos meus olhos. E você é o pior de todos!" Explodi, sem realmente querer dizer aquilo, mas com a intenção de afetá-lo, no mínimo. Afinal, o pior de todos era o i*iota infame. "Madrina, me desculpe..." Ele começou a se aproximar, porém me virei e comecei a correr de volta para o quarto. "Cale a boca, não quero ouvir as suas desculpas!" Gritei, e congelei quando dois braços envolveram os meus ombros por trás e me puxaram para um abraço apertado.
"Sinto muito, não chore..." Santiago sussurrou com dor evidente na voz, mas de alguma forma, não acreditava nos seus sentimentos. Afinal, se ele realmente se importava comigo, por que simplesmente não me ajudava? "Me solte!" Falei baixinho, ignorando as lágrimas que rolavam pelo meu rosto. Já estava me acostumando com as lágrimas de bebê chorão. Eu eu era muito boa nisso, não? "Não." Ele apertou os meus ombros mais forte, e com um grunhido baixo, eu me virei para dar um empurrão forte no seu peito, fazendo-o cambalear um pouco para trás antes que recuperasse o equilíbrio.
"Pare de fazer isso, Santiago, estou implorando! Porque você só está piorando as coisas ao me dar esperança, agindo como se se importasse. Isso me faz imaginar coisas que não existem! Você vai me ajudar a escapar ou não? Porque se você realmente se importa comigo e realmente sente muito, então pelo menos faria isso por mim, em vez de apenas ficar se desculpando por tudo!" Soltei tudo de uma vez, respirando fundo, e sua expressão permaneceu indiferente até ele dar um passo à frente e tomar a atitude mais inesperada possível.
Ele estendeu a mão e agarrou as minhas bochechas, beijando-me logo em seguida. Seus lábios macios se conectaram aos meus, fazendo-me paralisar enquanto tentava entender o que estava acontecendo. E, assim que a compreensão me atingiu, eu me afastei, encarando-o com surpresa, enquanto ele me olhava com exatamente a mesma expressão, como se também não tivesse ideia do que acabara de fazer. "Ma... Madrina, eu..." Eu o mirei com tanta decepção, que ele congelou no lugar, olhando-me com culpa, até abrir a boca para tentar dizer algo, sem sucesso.
"Vocês são todos iguais." Afirmei antes de correr de volta para o quarto, enxugando as lágrimas. No entanto, assim que abri a porta, paralisei de susto ao ver Termis sentado na minha cama, com o sorriso habitual. "O que você está fazendo aqui? Saia!" Berrei, não aguentando mais toda a m*rda que estava acontecendo. Era um golpe após o outro!
"Nossa, eu não sabia que você me odiava tanto, querida." Suas palavras foram sarcásticas como sempre, e eu rapidamente fechei a porta, cruzando os braços sobre o peito. "O que você está fazendo aqui?" Eu o questionei, enxugando as lágrimas secas, e ele simplesmente respondeu com um "tsk" e deu a risada profunda e sombria de sempre. "Ora, estou aqui para te levar embora, querida." Eu o encarei, surpresa. "Para longe de todos esses monstros." Ele acrescentou com uma piscadela, e suas palavras fizeram meu coração bater mais forte. Ele realmente iria me ajudar a escapar?
"Como?" Ele abriu a boca para dizer algo, mas congelou ao ver o meu pescoço, seus olhos semicerraram em suspeita antes de se arregalarem de surpresa. "Isso, onde você conseguiu isso?" Sua voz ficou surpreendentemente séria e fria, e eu franzi a testa um pouco antes de perceber ao que ele estava se referindo. "Ah, isso?" Dei uma risada nervosa e toquei o curativo. "O Derek se alimentou..." Antes que eu terminasse de falar, alguém agarrou o meu pescoço e me jogou contra a parede mais próxima, fazendo-me gritar de dor ao bater a cabeça. "Você deveria ter sido mais cuidadosa, querida." A voz de Termis continuava fria, e encontrei o seu olhar penetrante ao abrir os olhos. "De todas as pessoas, por que ele?" Ele murmurou, apertando o meu pescoço com mais força, fazendo-me engasgar com a própria respiração. "Ter... Termis, você está me sufocando..." Sua expressão continuou calma, mas seus olhos afirmavam que o que ele sentia era o oposto. "Tsk, agora estou p*to."
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