Os poucos homens olhavam Kara de cima a baixo. De repente, riram e disseram: "Está escuro e ventando hoje à noite. Como você vai resolver isso sozinha? Que tal entrar no nosso carro primeiro?"
Enquanto falavam, cercaram Kara e Tina.
"O que vocês estão fazendo?" Kara estava alerta e percebeu imediatamente que algo estava errado. Quando um homem se aproximou dela, ela o chutou diretamente.

"Vadia!" O homem estava com dor, e sua expressão se tornou feroz. "Se você não aprecia favores, não nos culpe por sermos rudes. Irmãos, vamos lá!"
Essas pessoas estavam obviamente bem preparadas. Apesar de Kara ser boa em artes marciais, com uma Tina assustada ao seu lado, ela logo perdeu suas forças e foi atingida por um bastão em suas costas. Tudo ficou escuro e ela caiu.
*
Nathan esperou no quarto privativo por um longo tempo, mas ele não via Kara. Sua paciência estava se esgotando.
Mora tinha tentado ligar para Kara e não conseguia contato. Ela olhou para o relógio na parede e perguntou preocupada, "Nathan, algo aconteceu com Kara?"
Nathan franziu a testa, pensando sobre essa possibilidade.

Kara era uma pessoa com bom gerenciamento de tempo. Além disso, era seu aniversário hoje, seria impossível que ela se atrasasse. Mas agora, eles não conseguiam falar com ela. Ele e Mora já não estavam mais no clima para se divertir, então dispensaram os amigos. Nathan disse, "Vou pedir para alguém verificar a localização do celular dela."
Mora acenou com a cabeça e esperou ansiosamente.
Logo, a última localização do celular de Kara foi enviada.
Nathan franziu a testa. "O que ela está fazendo no meio do nada a essa hora?"

Mora já não podia esperar mais. Ela agarrou a chave do carro e saiu correndo. Nathan também se levantou. "Eu vou com você!"
O celular de Kara estava desligado, e eles não conseguiam rastrear a localização exata. Mora e Nathan chegaram ao último lugar onde ela teve um acidente, apenas para ver que o carro estava preso em um buraco grande. O local estava escuro, mas não havia ninguém no carro.
"Kara, Kara—" Mora gritou, mas só ouviu sua própria voz no espaço vazio. Seu coração tremeu duas vezes. "Nathan, o que devemos fazer? Kara está realmente em perigo!"
O rosto de Nathan, que sempre fora cínico, afundou. Ele verificou os rastros ao redor do carro e encontrou o celular da Kara, que tinha sido quebrado e jogado fora, na grama próxima. Ele tinha absoluta certeza que algo realmente aconteceu com Kara. Ele cuspiu no chão, e sua expressão subitamente se tornou feroz. "Como eles ousam tocá-la? Devem estar cansados de viver!"
"Vamos ligar para a polícia primeiro." Mora pegou seu celular e chamou a polícia. Nathan não impediu ela.
Ele também estava fazendo uma ligação para conseguir a ajuda de alguém para encontrar o paradeiro de Kara.
*
Kara foi acordada pelo choque.
O carro era conduzido em uma estrada de montanha esburacada. Sua cabeça continuava batendo na porta do carro, o que a fazia contorcer de dor.
Suas mãos e pés estavam amarrados, e um pedaço de pano fedorento estava enfiado em sua boca. Ela quase vomitou.
Mas ela aguentava. Ela olhou em volta e viu que Tina também estava amarrada. Ela estava deitada não muito longe dela e não havia sinais de que ela estivesse acordada.
Não era só seu pescoço que doía, mas ela também estava fraca por todo lado. Ela não conseguia fazer nenhum esforço. Maldita seja, estas pessoas devem ter alimentado elas com algo.
Olhando para o céu escuro lá fora, ela não sabia quanto tempo elas tinham estado inconscientes.
Kara estava muito ansiosa, mas ela não ousava agir precipitadamente. O homem sentado à sua frente começou a discutir.
"Chefe, era para pegarmos uma mulher. Agora pegamos duas. O que devemos fazer com a extra?"
"Estúpido, é claro que vamos vendê-las juntas. Devemos deixá-la voltar e informar os outros então?"
"Elas são ambas muito bonitas. Seria uma pena se as vendêssemos diretamente. Chefe, você acha se..." O homem disse com um sorriso lascivo.
No entanto, Kara estava tremendo quando ouviu isso. Eles estavam indo vender elas?
Ela pensou que eles eram sequestradores e que as haviam raptado por dinheiro. Nunca esperou que essas pessoas fossem traficantes de seres humanos e quisessem vendê-la.
A única possibilidade que ela conseguia pensar era que essas pessoas queriam enviá-las para algum lugar isolado para serem esposas de algumas pessoas.
Se esse fosse o caso, seria mais problemático do que encontrar sequestradores.
Uma vez que elas chegassem naquele vilarejo, todos no vilarejo ficariam de olho nelas. Seria muito difícil para elas escaparem.
Estava tudo escuro.
O coração de Kara continuava a cair. Ela não sabia se Nathan havia descoberto que algo havia acontecido com ela. Se esse cara só pensasse em comer e brincar e não se importasse se ela aparecesse ou não, ninguém descobriria que ela estava desaparecida.
No entanto, antes de Kara poder pensar mais, o carro entrou numa trilha esburacada e um vilarejo desolado lentamente apareceu à frente delas.
Este vilarejo estava cercado por montanhas, e só havia essa estrada nas montanhas que podia ser usada para entrada e saída.
A estrada da montanha era acidentada, o que fez Tina acordar e soltar um gemido doloroso.
Kara queria lembrá-la para não fazer barulho, mas foi tarde demais. Os traficantes de seres humanos já perceberam que elas estavam acordadas.
"Patrão, elas acordaram. É a hora certa para elas acordarem. Podemos levá-las para o Velho Willis agora mesmo."
A van foi conduzida para dentro do vilarejo e finalmente parou em frente à cabana de palha mais dilapidada no final do vilarejo. Um homem velho, sujo e magro estava parado na porta.
Quando ele viu a van chegando, imediatamente se aproximou.
Tina se inclinou em direção a Kara com medo. As sobrancelhas de Kara estavam bem cerradas, mas seus membros estavam amarrados. Ela só podia permitir que o velho a analisasse.
O líder dos traficantes de pessoas disse, "E aí? Está satisfeito com a mercadoria?"
Um olhar ganancioso apareceu no rosto do velho. "Por que tem duas?"
"Hehe, será que não é suficiente comprar uma para o seu filho bobo, mas você quer comprar uma também?" Os traficantes de pessoas perceberam os pensamentos do velho num piscar de olhos.
Kara sentiu arrepios por todo o corpo ao ser olhada pelos olhos obscenos do velho. Nesse momento, um homem desleixado em um par de calções grandes saiu do portão dilapidado e gritou, "A noiva está aqui. A noiva está aqui. Onde está a minha noiva?"
Quando o velho ouviu isso, ele apontou imediatamente para Kara e mostrou seus dentes amarelos e pretos com um sorriso. "É ela. Tire-a do carro."
"Ok, onde está o resto do dinheiro?"
O velho tirou um saco de pano com 5.000 dólares dentro e o traficante de pessoas pegou diretamente.
Kara foi forçada a sair do carro e foi segurada pelo grandalhão. Ele a beijou no rosto, e seu hálito fétido fez Kara sentir náuseas.
Tina choramingava dentro do carro. Ignorando a obstrução dos traficantes de pessoas, ela queria descer com Kara. Kara nem conseguia se proteger agora, mas ela não podia ver Tina ser levada por eles, então ela lutava com todas as forças.
O traficante de pessoas estava um pouco irritado e perguntou ao velho, "Você tem 3.000 dólares? Se tiver, eu posso vendê-la para você como sua esposa."
O velho olhou para o corpo de Tina. Ele moveu sua boca seca como casca de árvore, mas ainda assim não se moveu. Ele tinha tirado todo o seu dinheiro para comprar uma esposa para o seu filho bobo. Como ele poderia ter outros 3.000 dólares?