Capítulo 37
1589palavras
2023-08-31 13:44
Ponto de Vista da Lisle
Nesses últimos dias, deixo de lado todo o meu ressentimento e dor. Não sei como explicar isso, mas é como uma fuga da minha própria mente e corpo. Nesses dias, eu sinto que meu passado desaparece, mas me encontro assim que me decido deixar para trás o que me puxava para baixo.
O escritor Herman Hesse disse que alguns de nós pensamos que persistir nos torna mais fortes, mas, às vezes, precisamos apenas de desapegar das coisas.

No segundo em que desapego de quem eu era, eu me torno o que posso ser e, quando deixo o que tinha antes, recebo o que preciso tanto na minha vida.
Paro na frente do espelho e me olho. Dá para ver o cansaço em meu rosto. Sinto que amadureci da noite para o dia. Eu estou com uma regata azul de gola alta muito macia e um shortinho de pijama. Eu me olho no espelho e presto atenção no meu corpo. Nancy já está melhor, e não há sinais de fraqueza desde o sequestro na semana passada. Nós duas estamos curadas.
Há apenas cicatrizes do ferimento causado ​​pela bala de prata e alguns hematomas. Eu passo a mão sobre as cicatrizes, ainda me olhando pelo espelho. Elas permanecerão para sempre como testemunhas desse passado horrível, mostram que não foi somente um pesadelo. Como eu queria que fosse a minha imaginação... Encarando-me no espelho, levanto levemente a regata para expor meu abdômen.
Pelo amor da Deusa… Estou mesmo grávida. Não consigo acreditar, nem sei quando fiquei. Nunca tomo algum cuidado para não engravidar. Na minha ignorância, deixo tudo aos cuidados de Mickey. De alguma forma, penso que ele não quer um filho agora, mas surpresa! Estou grávida e, mais do que isso, estou em êxtase ao saber que o filho de Mickey está crescendo dentro de mim.
Eu olho para minha barriga, que já tem uma leve protuberância. Estou grávida de quase três semanas. Dentro de um mês e meio, no máximo, nosso bebezinho vai estar em nossos braços. Coloco minha mão na região do ventre e acaricio com ternura. A mesma vibração começa a se ampliar. Meu filho sente e reage a cada toque meu.
Fico tão encantada com minha barriga levemente saliente que nem percebo quando Mickey aparece por trás de mim e me abraça, colocando as mãos ao meu redor, para que nossa imagem abraçada se reflita no espelho. Ele deve ter saído do banho, pois seu cabelo está molhado e há uma toalha em sua cintura.

"Quando eu comecei a amar você?" Mickey me diz, sorrindo e beijando meu pescoço. "Ainda não sei."
Eu olho nosso reflexo no espelho e, levanto uma sobrancelha. Eu o encaro com um semblante interrogativo.
"Tudo o que sei é que um dia parei de andar e admirei os seus olhos. Aí, a partir daquele momento, soube que sempre voltaria para admirá-los, fossem nos dias bons ou ruins."
"Mickey." Eu chamo, virando-me em seus braços e olhando para ele.

"Lisle." Mickey continua falando. "Nunca fugi do amor nesta vida, mas simplesmente não pensei que algum dia encontraria minha companheira predestinada. Fugi de tudo que não era autêntico. Isso foi até o momento em que conheci você, e eu não me importei com uma companheira predestinada ou com que eu queria antes. Eu não estava interessado em nada do que conhecia ou ansiava antes. Após conhecê-la, eu só precisava de você."
"Quando eu comecei a amar você? Não sei até hoje, mas, agora, é tarde demais, porque sei que amo você de todos os jeitos, Lisle. E o fato de, no fim das contas, você ser a minha companheira predestinada é apenas um detalhe. O meu amor por você já é tudo."
Eu o abraço e afundo em seu peito. Na última semana, Mickey dorme comigo todas as noites e garante que eu me recupere sem problemas. Ele me beija, ele me acaricia. Faz tudo o que pode para me ter de volta por completo.
Suas mãos agora se movem pelo meu corpo e, quando alcançam meu ventre, param. Nosso filhinho se mexe muito toda vez que Mickey me toca, é como se reconhecesse sua presença.
"Ela está incomodando você?" Mickey me pergunta.
"Ela?" Eu indago, entretida. Achei que ele queria um menino para seguir seus passos.
"É." Mickey diz. "Eu quero tanto uma garotinha. Uma pequena Lisle para me adorar e me amar".
"E se tivermos um menino?" Eu falo mais séria.
"Seria uma bênção para nossa alcateia: mas se eu puder escolher... Então, Lisle, me dê uma filha."
"Você diz isso agora." Eu o encaro. "Mas todo Alfa quer um menino."
"Desde quando eu sou como todo Alfa, Lisle?" Mickey solta uma risada. "Teremos mais filhos. Teremos meninos e meninas, mas quero que a primeira seja uma garotinha. Ela será tão linda e delicada, que vai me dar vontade de ver você sempre grávida dos meus filhos."
"Eu não sou uma fábrica de bebês, Mickey!" Eu o encaro, levemente assustada, para que ele não esteja falando sério. Quero ter filhos com ele, mas dentro de certos limites. Acho que três seria bom o suficiente para mim.
"Não se assuste." Ele ri. "Vamos ter quantos filhos você quiser." Ele me admira com desejo no olhar.
"E como você vai fazer isso?" Questiono.
"Deixe-me mostrar!" Mickey fala.
Suas mãos agarram minha bunda e me levantam para que minhas pernas fiquem em volta da sua cintura. No momento em que o envolvo, a toalha se solta e cai no chão. Seu grande p*u está pronto para a ação e perto das minhas partes íntimas, deixando-me exc*tada.
Já faz quase duas semanas desde que fizemos amor. Apesar de eu ter voltado para casa há uma semana, a tragédia com Damon, o fato do Rei estar livre e, provavelmente, preparando-se para nos atacar de novo, sem falar dos ferimentos que tive; toda essa loucura fez Mickie sentir a necessidade de me proteger, mas ele está no clima enfim e sei que não vou perder tal oportunidade.
"Eu quero tanto você." Mickey afirma, caminhando comigo para a nossa cama. Não digo nada, mas começo a me mover. Esfrego a minha intimidade no p*u duro dele.
"Pela Deusa da Lua." Eu o ouço gemer. Imediatamente, ele começa a se mover mais rápido e, em um segundo, já estou deitada no meio da cama. Mickey está em cima de mim, despindo-me. Ele parece um homem faminto. E a comida que deseja sou eu.
"Perdoe-me, Lisle... Prometo que vou me comportar, mas não aguento esperar mais." Mickey comenta ao me deixar nua por completo. Até recentemente, a química entre nós beirava à loucura. As sensações que Mickey cria em mim são tão intensas que não tenho palavras para explicá-las. Mas seus toques desde descobrimos que somos companheiros predestinados são tudo que preciso para sobreviver neste mundo.
Sem hesitar, Mickey se abaixa e posiciona a cabeça entre minhas pernas.
"Serei o mais gentil e calmo que puder, mas depois de duas semanas com saudade de você, não prometo nada. Só posso jurar que amanhã será melhor." Ele solta uma gargalhada.
"Mickey, cale a boca e me possua!" Eu digo, apoiando-me nos cotovelos para vê-lo melhor.
Ele fica tão chocado com minhas palavras que o vejo engolir a seco, mas logo se recupera e não consigo nem descansar minha cabeça, pois sinto sua respiração sobre meu cl*tóris.
Ele lambe minha intimidade, morde meu cl*tóris e alterna o movimento. Sinto todo meu corpo formigando. Seus beijos são como uma vibração contínua no meu cl*tóris e, em cinco minutos, eu grito ao g*zar graças à sua boca.
"Seu perfume é o paraíso!" Ele me diz, levantando-se e lambendo os lábios. Estou uma bagunça completa. Não consigo nem reagir.
O fato de sermos companheiros leva tudo a um novo nível. É divino!
Nem consigo respirar. Sinto ele se posicionando na minha entrada e me esfregando, para me deixar bem molhadinha. Estou à beira de um novo orgasmo quando sinto seu p*u deslizar dentro de mim. Ele para ao aproximar a cabeça da minha orelha.
"Eu nunca vou deixar você ir embora." Mickey diz enquanto começa a se mover dentro de mim. Ele se move levemente, como se tivesse medo de me machucar. Seu movimento lento me deixa louca.
Estou na cama. Jogo a cabeça para trás e, sem perceber, começo a gemer e expor todo o meu pescoço para Mickey beijá-lo.
Sinto a tensão aumentar em meu núcleo, e um formigamento percorre meu corpo até o osso. Posso sentir Mickey se contraindo dentro de mim, e minha intimidade apertando seu p*u. Então, esta é a felicidade do vínculo de companheiro... Começo a tremer sob seu toque.
Assim que chamo seu nome, tremendo sem controle, Mickey diz:
"Não consigo esperar, sinto muito!" Ele avança sobre minha garganta. Não tenho tempo de reagir quando sinto suas presas se alongarem e afundarem em meu pescoço enquanto ele g*za dentro de mim. Ele me marcou. Eu sou dele! Pelo amor da Deusa... Mickey não espera pela minha cerimônia de Luna. A mãe dele vai matá-lo!
Mas quem se importa?
Eu logo troco nossa posição, com um movimento que o choca, e o faço se deitar na cama, ansiando pelo meu próximo movimento. Avanço sobre sua garganta e o marco sem nenhuma hesitação. Ele segura minha cabeça e me abraça, afundando minha marca em seu pescoço.
Ele é meu!
E, em seus braços, percebo que há uma diferença importante entre desistir e desapegar. Eu não desisti, apenas deixei a tristeza de lado para ter algo melhor.