Capítulo 30
1572palavras
2023-08-29 09:01
— Consegue acreditar que o tempo passou assim tão rápido? Parece até que foi ontem que Sophie descobriu que estava grávida e agora já estamos indo no batismo dos gêmeos. — Rosa falou do banco de trás enquanto Alejandro dirigia até a igreja onde seria o batizado.
— Já estão com três meses, não dá nem para acreditar. — murmurei passando para o lado as últimas fotos que Sophie tinha me mandado.
Quando ela chegou na casa de Charles eu nunca imaginei que seria madrinha do filho dela, mas a vida era uma caixinha de surpresas.
Terem me colocado como madrinha e Alejandro como padrinho mexeu comigo, eu não esperava por isso, nós dois como padrinhos de Mary foi uma notícia que me deixou nervosa no último mês.
E isso era também porque desde que me separei de Charles eu vinha pensando em ter um relacionamento com Alejandro, aquela coisa de amizade com benefícios não estava mais bastando pra mim e eu queria mesmo sair gritando aos quatro cantos que ele era meu, que estávamos juntos, queria poderia dizer que o amava, dormir e acordar com ele.
Estava cansada de me esgueirar para fora do quarto dele, ou de me esconder quando alguém aparecia, queria um pouco de paz. Merecia amar e ser amada, não estava querendo o impossível.
Mas ao mesmo tempo eu sabia que Alejandro não estava na mesma sintonia que eu, ele ainda queria manter tudo em segredo, ele não estava apaixonado por mim, ele não queria um relacionamento.
Então eu finalmente tinha tomado a decisão para proteger meu coração, e com o dinheiro que guardei da doceria eu aluguei uma casa e já estava com as malas prontas. Uma amiga de Luke tinha me ajudado, ela era corretora e tudo foi bem fácil, tinha conseguido até alguns móveis que faltavam. Agora só me faltava a coragem para sair de lá, sair da casa de Alejandro.
Parte de mim torcia para que a distância o fizesse ir atrás de mim, mas a parte racional gritava que ele nunca faria isso.
— Hoje o dia está perfeito para um batizado, tudo está lindo. — Rosa falou quando o filho parou em frente a igreja, ela não esperou nenhum instante e foi saindo atrás dele.
— O que aconteceu com você? — a voz dele me chamou a atenção e me fez parar com a mão na maçaneta. — Esteve um tanto distante a semana toda, não fala comigo direito, não me olha por muito tempo. Eu fiz algo de errado?
Suspirei sentido a culpa pesar um pouco em meus ombros e eu o encarei de uma vez. Estava na hora de contar a verdade, eu precisava contar a ele que ia embora.
— Eu não sabia como dizer, mas que se foda, eu aluguei uma casa e já arrumei tudo, estou pronta para me mudar e deixar sua casa em paz finalmente. — soltei de uma vez antes que eu desistisse de falar. — Me apaixonei por você, Ken, acho que isso estraga tudo entre nós.
A boca de Alejandro se abriu e fechou como se ele fosse um peixe fora d'água. Um vinco se formou em sua testa e ele sacudiu a cabeça negativamente, como se não entendesse o que eu tinha acabado de confessar. Mas no fim ele não disse nada, preferiu ficar calado, apenas se virou abriu a porta e desceu do carro.
Aquilo doeu dentro de mim, doeu mais do que se tivesse me dado um tapa. Ele tinha mostrado o que sentia por mim, tinha acabado de me dizer que meus sentimentos não eram correspondidos.
Meu coração se afundou no peito e eu respirei fundo descendo rápido do carro e andando apressadamente na frente para alcançar Rosa e me manter distante dele, ou ia acabar chorando e a última coisa que eu queria agora era estragar o momento da minha sobrinha.
— Agora a cavalaria está completa! — Cris gritou e eu ergui a cabeça olhando para todos e fingindo que não tinha acabado de acontecer aquela merda.
Nós começamos a conversar e eu fui apresentada a mulher que Cris estava protegendo. Todos estávamos conversando e sorrindo, e eu não pude deixar de notar que Alejandro estava evitando chegar perto de mim.
— Está na hora de batizar essas coisas fofas! — Audrey exclamou batendo palmas e todos se alinharam prontos para entrar na igreja.
O que nos obrigou a ficar lado a lado com ele, nós íamos ter que ficar juntos no momento do batismo, assim como deveríamos prometer proteger aquela menina juntos. Aquela pequena palavra estava acabando comigo, juntos era algo que nunca estaríamos, não de verdade.
Eu não prestei muita atenção na cerimônia, fiz tudo no automático tentando manter meus sentimentos guardados e então começaram as fotos. O fotógrafo se posicionou dando as ordens de quem deveria ir na frente ou não, e eu estava com Mary em meu colo, focada de mais olhando os olhos perfeitos e o nariz pequeno, assim como o sorriso fofo que arrancava qualquer sentimento ruim de dentro da gente.
— Preciso falar com você. — a voz dele soou atrás de mim e meu corpo todo se endureceu, mas eu me neguei a virar.
— Não tenho nada pra falar com você, não é meu amorzinho? É sim titia. — respondi usando uma voz de criança e tentando ignorar o babaca.
— Barbie, estou falando sério. Por favor, vem comigo. — ele deu a volta e se ajoelhou na minha frente mostrando que não ia sair e que estava disposto a fazer uma cena. — Vou implorar se for preciso.
— Levanta daí. — rosnei com os dentes trincados e Holly veio em nossa direção.
Merda ele já estava atraindo a atenção, era a última coisa que eu queria as pessoas perguntando o que estava acontecendo.
— Me da aqui essa menina linda. — Holly chegou perto já pegando Mary do meu colo. — Agora saiam daqui e vão se devolver lá fora. — ela disse em um tom baixo para que só nós dois escutássemos.
Alejandro não perdeu tempo e agarrou minha mão me arrastando para fora antes que eu pudesse protestar. Ele me puxou pelo caminho até os fundos da igreja, foi tão rápido que eu duvidava que alguém tivesse visto.
— Alejandro o que você... — minhas palavras sumiram quando ele me empurrou contra a parede e me prendeu com seu corpo.
— Eu não posso deixar você ir. — ele agarrou meu rosto e colocou a boca sobre a minha, a língua de se enfiou entre meus lábios em uma invasão deliciosa.
Mas eu não podia me deixar levar por isso, não ia continuar com isso depois da palhaçada que ele fez mais cedo.
Empurrei seu corpo para longe, até que ele tirasse os lábios de cima do meu e sem me conter acertei um tapa na cara dele.
Arregalei meus olhos assustada com minha reação, eu nunca pensei que seria capaz de bater em uma pessoa daquele jeito, mas isso não pareceu afetar Alejandro do mesmo jeito, pois ele me puxou pela nuca e me veio me beijar novamente.
— Para com isso. — disse desviando os lábios do dele. — Eu não vou me deixar levar por sua sedução.
Quase como se quisesse me testar ele desceu a boca por meu pescoço, espalhando beijos por minha pele subindo até sugar o lóbulo da minha orelha, me arrancando um suspiro e me fazendo me fechar os olhos.
— Eu não estou apenas tentando te seduzir. — ele deslizou a língua por minha orelha e então mordiscou. — Eu quero te fazer desistir de sair de casa, de me deixar.
— Vá pro inferno seu... Babaca. — protestei sem quando ele sugou meu pescoço quase me fazendo gemer.
Alejandro tirou a boca da minha pele e ergueu o rosto, ele se curvou e uniu nossas testas me forçando a encarar aquele par de olhos que causavam um reboliço dentro de mim.
— Vou te prender na minha cama se for preciso, mas não vou te perder, Barbiezinha.
Porra aquilo era um golpe baixo! Minha boca se abriu em choque e ele aproveitou o momento para voltar a me beijar, empurrando sua língua contra minha. Eu não resisti dessa vez, suspirei e me rendi ao seu toque, a sua boca, a tudo dele.
As mãos de Alejandro desceram pela lateral do meu corpo e ele levantou a saia longa do vestido até suas mãos estivessem tocando a minha pele nua. Ele contornou minha bunda me arrancando um suspiro e quando apertou a carne eu sabia exatamente o que iria fazer a seguir.
Enrolei meus braços em volta do seu pescoço e deixei que ele me impulsionasse para cima, abrindo minhas pernas e se enfiando no meio delas.
— Oohh! — eu gemi surpresa em sentir sua ereção sobre a minha calcinha — Isso não está certo... — murmurei desviando os meus lábios dos dele. — Nos vamos para o... Inferno! — a última palavra saiu em forma de gemido quando ele esfregou seus dedos em meu clitóris.
— Ah com certeza eu vou, mas isso não vai me impedir de te foder até que desista dessa ideia! — Alejandro afirmou esfregando os dedos de cima para baixo me masturbando e garantindo que eu estivesse molhada e gemendo cada vez mais alto. — Precisamos fazer silêncio. Ou vamos dar um belo show para todos.